transcrição novaes_02 éééé... a história do progresso técnico, né? por exemplo, a reunião da cultura com a técnica que a gente tem hoje. a gente herdou uma certa cultura técnica que coloca como o objeto técnico mais evoluído aquele que é mais autonomo em relação ao humano. ou seja, aquele que é menos humano... perdão. a gente herdou uma idéia cultura relação com os objetos técnicos máquinas. quanto mais evoluída é uma máquina, mais autonoma em relacao ao humano ela é. é só pensar no mito dos robos e da construção deles. robos capazes de realizar tarefas sem as fraquezas humanas, sem dor, sem dúvida. mas em relação à escravidão - basta lembrar blade runner, grande irmão - a técnica, quando tem uma relação de escravidão, ela pode um dia se insurgir contra nós. os robos vão tomar conta, se organizar, ter inteligencia, se insurgir contra seus senhores humanos. simondon fala justamente o contrário - criar o automatismo é a coisamais fácil de fazer com uma máquina. o difícil é fazer com que ela permaneça aberta a novas intervenções humanas. "o objeto técnico mais evoluído não é aquele que é fechado em si mesmo,m mas ao contrário, aquele q é aberto a novas intervenções humanas". pra quem conhece como funciona o software livre, ele é exatamente isso. o software mais evoluído, a meaneira de utilizar não é fechada em sim mesmo, não o produto encerrado em sim mesmo, no mercado, prateleira de supermercado, mas ao contrário, é ele ser aberto, poder ser traduzido numa lingua dialeto local, ter plugins, fazer coisas que não estão previstas. e aí pensar nessa coisa do não previstas que vai participar de alguma medida na estétcia do ob tec. por exemplo, a utilidade. se a gente entende que as máquinas não têm só uma utilidade, mas teêm uma existência, que pressupõe a dignidade, segundo simondon, porque contem o humano... peraí. ele vai pensar a XXX estétcica como a margem de indeterminação dos obj teçnicos. daí também a gambiarra, por exemplo 0 usar de maneira criativa, botar vultura usando de maneira que não tava necessariamente previssta. expandir o proceso de abstração quejá foi feito em cima do onbj tencico. passagens interessantes. o proceso de abstração é fundamental, é anterioro, é pensamento, é pra concertizar., mas elee pode ser pensado pra manter aberto, e não pra ctriar automatismo, mas pra criar dispositivio. nesse sentido é que se pode pensar a questao das intdeterminacoes 0- as potencias, o s lugares onde se pode explorar pra fazer outras coisas. exemplo da caneta bic pra rebobinar fita cassete. comentário do ale, tá usando a fita como extensao do ato de rebobinar. não necessariamente, também mas não isso. é gambiarra. e isso é estético tamém. poder pensar outros lugares, outras formas de significar isso. ale"obsolescencia programada: seria um ato político das empresas de tentar fazer com que esse endeusamento do ob tecnico perdure e que essa humanidade fique distante das pessoas pra que elas sempre tratem ele como objeto técnico endeusado, comprem o próximo enquanto o velho perdeu sua utilidade. novae, então ai ha uma confusao, boa pergunta. nao. eh o seguinte. pra entrar na obseolscencia programada é justamente desmistfificado - nao tem magia mais nenhuma, soh utilidade, nenhuma humanidade, por isso ele é descartável. por isso ele é obsoleto previamente. se ele tiver mítica, magia, aí sim ele pode ser colocado num lugar da casa e ser estético. se não tiver magia, nada além do seu uso, ele é descartável, substituível. f a história é como a gente, o processo de desfazer a mítica que vem pronta, que vem com a intenç~ao de RUIDO, e aí a gente criar outra mítica. a partir dos processos que a gente começa a fazer de desconstrução criar outras míticas, que vão na verdade tem toda a história da mítica que tem a história de corroborar um modo de vida, uma maneira de enxergar as coisas, uma série de paradoigmas. como a gente constrói míticas que vcão levar a esses outros modelos de convivio em sociedade que a gente tá querendo. 9s agradeço a parada do stalker, que foi justamente colocar a dstancia do homem do objeto, bater nessa.. junstar o sujeito com o objeto. isso tá ligado com a históira de faazzer radio livre, por exmplo, tv livre. não é o conteúdo que vai mudar essa coisa tuda. a questão do midiativismo... e sim o modo como as pessoas tao fazendo e organizando esse dispositivo técnico. qual o curto-circuito que tá em questão. e não utilizar a mídia da mesma maneira pra disputrar esse controle ou ese poder. f comentario da fabs. mas acho que nao conseguir aplicar nenhuma funcao a nada é muita falta de criatividade. o lance de ser só estético ach oque é escolha, e não situação. 9s não tem o lance de ser só estético. é o contrário, tem o lance de ser só útil. esse que éo problema. ser estético tá misturado com a idéia, às vezes a galera confunde com... ser despolitizado, a "arte" ser despolitizada. f glerm perguntou pra fabs 'como aassim ser só estético? acho isso impossível ' tem um debate paralelo rolando aí. ale pede um exemplo de objeto puramente estético aceito na cultura da humanidade. sapato é um excelente exemplo pra pensar que tudo que é feito pode ser usado ou trocado, e por isso pode ser vendido. pra pensar o que é estético. entender essa coisa do (en)canto, o significado daquilo, sinificamnte, faz parte do circuito que legitima isso como arte. quer dizer, ele fala "o técnico, o objeto técnico é como se fosse uma descoberta não é criação . parece que mais dia menos dia ia aparecer, ia ser descoberto. por que? porque o cprogresso que rolou é autonomo em relação ao humano. ele acontece. é uma linha evolutiva sozinha. a tv passou do pb pro colorido... e a gora vai ser digital 'e como se fosse isso, uma coisa depois da outra. mas ninguem para pra ver que a tv comecou a nalogica, belez,a foi do pb pro colorido, só que agora a tv digital não é a mesma coisa que a tv pb ou colorida. é uma oiutra coisa. ou seja, esse automatismo previsto do progresso tecnológico tá sendo colocado pra dentro da abstração do fechamento da caixa preta da tv digital, enquanto que é um dispositico, a plataforma de tv ddigital pode ser muito mais interativa. a caixa-preta da tv digital pode ser sim um objeto... é um objeto estético. que pode ser colocado em outro lugar, pode ter uma outra... atalho entre outros serviços, não set-top box. (aí é tv digital mais fotret). pensando isso: a estética colocada como uma coisa própria de um campo de artistas, uma coisa oassi,, e a coisa da descoberta da ciencia, colocada numa esfera totalmente fora da cultura ale como se não fosse humano 9s como se fosse... autonomizando ela, colocando ela fora. um dos autores que fala sobre isso recomeçando em 11:19 é nandojdngn finberg é um dos caras que coloca essa coisa da autonomização mesmo dos processos d evoluçao tecnoógica. o latour vai pegar e falar da caixa preta, sao algumas referencias. e por outro lado incorporar isso no humano, tem uma perspectiva por exemplo da donna haraway que vai pro próprio corpo e tal. entao a gente ta vivendo hoje uma maluquice, no sentido de que exste uma grande massa controlada, que vai continuar entendendo a tecnica como fora da cultura, algo a ser comprado. no maximo, na melhor das hipoteses é gambiarra. mas aí é que tá. a gambiarra, pensando rapidamente, duas coisas: uma ela ser pensada como improviso de velocidade, uma coisa que ce faz ali e tal. e ourta como criacao: estetica e utilidade, tudo junto. mas tambem como precarizaçao do serrvico, ser obrigado a aprender a fazer uma parada, consertar a luz, carro chuveiro, porqeu nao tem grana, nao soh por artificializacao, ntendeu? mas pq tambm nao tem grana pra fazer isso, entao uma gambiarra que eh tambm uma certa forcacao meio que imposta, uma certa condicao social. acho que tem esse dois. e é aí que tá. é muito locou que mesmo esses se misturam e acabam fazendo estética e utilidade. gambiarra é um recurso estético, um resultado estético, é defenśavel xxxx arte. e dentro de uma utilidade, que [é o que a pessoa conseguiu fazer,rebobinaar fita com caneta bic. quero falar voltando, alguém quer perguntar alguma coisa? ale: lucio tá falando do masturbatório técnico... vc falou dos verdadeiros fundamentos das minhas opinioes, eu trabalho demais nao tenho vida sexualmente ativa soh penso nisso. 9s a fase nao ehminha, a frase é duma pessoa... prrofessor sergio silva, grande inspirção, mudeiro, colocou isso dentro do contexto. tá dando interferencia. 9s vou falar então, vou ler aqui pra... ff 11 ouvintes, recorde 9s pegar simondon, prato do dia: "o objeto ténico progride na redistribuicao interior das funcoes em unidades compativeis. galera que pira na tecnicado 0 e 1 tem bastante coisa aqui. o objeto ténico progride na redistribuicao interior das funcoes em unidades compativeis substituindo o acaso ou antagonismo da reparticao primitiva. a specializacao nao se da funcao por funcao, mas sinergia por sinergia. eh o grupo sinergico de funcoes, e nao a funcao unica, que constitui o verdadeiro subconjunto do objeto tecnic. eh por causa dssa pesquis de sinergias que a concretizacao do ob tec pode se traduzir em aspecto de simplfiicacao. o objeto tecnico concreto é aquele que nao está mais em luta com ele mesmo, aquele no qual nenhum efeito secundario nega o funcionamento do conjunto ou é deixado de fora desse funcionamento. dessa maneira e por essa razao, no o tec tornado concreto uma funcao pode ser preeenchida por arias estruturas associadas sinergicamente, enquanto no obj tecnico primitivo e abstrato, cada estrutura eh encarregada de preencher uma funcao definida, e geralmente uma so. a essencia da concretizaao do ob tec é a organizçao de subconjuntos funcionis dentro de 1 funcionamento total. partindo desse principio, podemos compreender em que sentido se opera a redistribuicao de funcoes na rde das diferentes estruturas, assim como no obj tec abstrato e no ob tec concreto. cada estrutura preenche varias funcoes, mas no obj tecnco abstrato ela nao preenche senao uma unica funcao essencial e positia, integrada ao funcionamento do conjunto." é isso, pra pensar a coisa do automatismo. por ex fechou a caixa preta da tv digital. ff pra isso qu serve 9s exaamente se encerrou, nucna vai se perguntar por que a tv digital nao faz ou nao fez isso ou aquilo, porque no proceesso de concretizacao eh como materializou ta ali ta criado, nuna vai se perguntar por que a tv digital nao eh interativa, porqu ce nao pode enviar um video pela sua televisao,por eempo. o brecht em 32 falava em radiodifusao como aparelho de relacionamento, e nao de isolar as pessoas como atores passivos. pegar as pessoas e colocar em relacao. como? cada emissor é um receptor. é o que hoje está se falando de rede mesh. né? isso é 32 é brecht, a radiodifusao podia ser isso. nao é porque foi colocado que as pessoas só vao poder receber e nao transmitir. mas isso é a concretizaao do radio. o radio podia ter sido o receptor for emissor também. talvz tecnicamente fosse embaçado, mas pensar hoje tv digital interativa com a utilizacao do espectro, pod ter um settop box que transmita, via rf intrabanda. ou seja, cada receptor poderia transitir peo que se chama canal de retorno o seu conteudo, a sua opiniao, pro transsmissor, e com isso fazer rede. e com isso fazer rede. poderia conectar todos os televisores, transmitir conteudo daqui. talvez nao online, em primeiro momento. mas poderia carregar no satelite, depois dscarrega. tudo isso é possível. só que por entender a tecnica como automatismo, por entender a tv como automática, esse progresso técnico coocado como o progresso técnico sagrado - não a relação com o psagrado, mas ele sagrado, acontecendo fora ff acima do alcance 9s acima do alcance das pessoas ale acho que nesse s 75 anos desde 32 quando se popunha a radio dif como rede de pares, atraves de uma re-existencia por parte dos tecnicos que manjavam da linguagem, que manjavam da linguagem, comecaram o movimento do radio amador, toda a questao do radio livre. e hoj em dia a gnte chega na internet como um mio que permite isso. isso é um processo de re-existencia cultural e assimilacao desse objeto técnico? 9s de re-existencia nesse sentido sim, mas ale nao no sentido da cultura, porque o uso predeterinado nao é cultura 9s é cutura também, 'abstraç!ao, claro. é dizer que o processo de abstração ele nao e técnico fora da cutura. ele eh cultura. nao pensar o ob tec só como util. no processo de abstracao jah conceber ele como estetico, etico, politico, social, cultural. eh tentar buscaar essa cultura unitaria. eu nao gosto muito da palavra, mas simondon faa disso, da cultura parcial pensada com utilidade, e cultura em sua totaidade, pensando o estrangeiro, mesmo a maquina como estrangeira mas como humana. ff e na verdade mesmo esses usos autoritários da tecnologia acabam sendo também culturais. ale cultural, mas determinado pela industria e pela politica 9s industria e politica eu vou chamar de ciencia ale a ciencia determina um certo uso e ao memso tempo a cultura acaba reinventando outros usos, atraves da gambiarra por exemplo. isso é um processo natural? segundo o simondon, isso sempre vai acontecer, como o pessoal tá aqui falando no chat, do iphone, que já nasce como caixa preta. se a cultura cnsegue absorver a lnguagem técnica, a abstacao matemativa necessaria, a eletronica, seráque ao longo dos anos existe essa reapropriacao, por mais que exista essa rsistencia por aprte da ciencia de manter aquilo como um obketo descartavel 9s o que ele diz e que nem ao longo dos anos. q8ando o obeto tec é concretzado , ele vai ser visto pelo prisma da cultura necessariamente. o que ele reclama é que no processo de concretizacao dele nao se tena cutura, mas ciencia, que dá utilidade pra ele e retira dele toda essa potencia. ele mostra como tá equivocado esse pensamento pra dizer que a cultura é potente, vai modificar. entao o objto tecnco enquanto hmano tambem tem que guardar essas potencialidades. ou seja, o ob tec mais evoluido nao eh o mais fechado, mas o mais aberto. pg 35, inedita: a diferenca entre o obj tecnio e o sistema fisico ou quimico, por exemplo, estudado como objeto, nao reside senao na imperfeicao das ciencias, os conhecimentos cientificos que servem d guia para prever a universalidade das acoes mutuas se exercendo num sistema tecnico, que continuam afetadas por uam certa iperfeicao. elas nao permitem prever absolutamente todos os efeitos com rigorosa precisao, e por isso subexiste uma certa distancia entre o sistema das intencoes tecnicas, correspondendo a uma finalidade definida, e o sistema cientifico, do conhecimento das interacoes causais que realizam esse fim. o bj tecnico nao eh jamais completamnte conhecido por essa razao mesma. ele nao eh jamais completamente concreto, s isso nao for tambm um ncontro raro do acaso. ff o glerm perguntou no chat se tu separa ciencia de cultura, se eh possivel 9s nao é isso. eu quis dizer isso porque eu ia fazer essa citação aqui da ciencia. que a ciencia é o que se chamou de processo de autonomizacão do progresso técnico. é disso que eu to chamando. mas não... a ciencia é a propria expressao, como a cultura e tal. ff pergunta do mbraz, se o iphone, nao existino plas multidoes, porque eh vapor, se é objeto tecnco, essa coisa de estetica, nao sei bem qual a pergunta ale jah foi conceituado o modelo e o pitch de marketing pr mais que ele ainda nao exista. a galera tem a cultura de uso do celular, da camera, do toca-fitas, discman, mp3 player. e a uma empresa diz "agora é aqui, a convergencia". so que o lanc ainda nao existe. qual sera a percepcao da galera? 9s convergncia é a projecao do automatismo. deixa eu pegar outra coisa aqui entao... a questao de ensinar nos colegios e tal. o que caminha simondon nesse sentido, qual a contribui. e tambem uma previa na questao do paulo freire como metodologia e tal. eu bati muito que a gente tah muito mais pra simondon que pra paulo freire, com todo o respeito pela figura humana que foi paulo freire. a nossa pratica tem muito ali, mas ach que tem mais a ver com... e pegar os exemplos que é mimosa e metareciclagem. tentar tratar um pouquinho de metareciclagem, fazer a ponte. por exempo, o que eu acho muito louco em metarec que é muito simondon: a questão de pegar, tocar as maquinas, e nao só, montar, entender os elementos, as placas, tudo isso, abrir a caixa preta ale construcao da linguagem que é lingugem tecnia 9s isso que to falando, tem a apreensao que é corporal, que é do intuitivo, gestual, sensitivo. que é fundamental. voce nao precisa entender, ele coloca, (nao vou usar esse exemplo... me perdi, votla). gestual, corpo, ter isso. e tambem o processo de abstracao. se voce tah desmontando, eh oq ue o ff tava falando, é uam desmitificacao numa certa medida. ele foi mitificado e colocado sagrado, lá, fechadinh, totem. e aí vc pega e destrói, abre ele todo. a abertura da caixa preta é fundamental. mas não pra vc dar utlilidade pra coisa. pra voce conseguir entender, recriar e botar sua cultura ali. e vai e pinta, faz um carro de f1. e isso pra dizer que é estético, pra dizer. fff mas aí será que o próprio ato de abrir, e nessa abertura de mostrar que o que interessa não é o uso prévio nem o uso que vou azer em seguida, mas o próprio ato de abrir tu não acha que é uma remitificaçao? 9s uma? fff um ato de remitificar, de eu me aproximar da tecnologia e nesse processo de abertura ... pode ser isso que seja preguiça, muitas vezes a gente acaba nem indo pro passo adiante de refazer, de dar outro propósito, fazer outra coisa com isso. mas eu acho que o próprio proceesso de abertura já tem uma coisa de criar uma mítica diferente, de criar outra maneira de se relacionar com todo aquele conhecimento, outra perspectiva sobre os objetos técicos - na verdade o processo de abertura já é uma remitificação. ale emendando aqui com glerm falando que abrir nao significa entender, e o lucio perguntando se abrir é um gozo humano. 9s ó, tá ficando interessante aqui. nem sei se tenho resposta. o felipe tá trazendo aqui que abrir já é uma reivindicação, já é uma. eu acho que em grande medida já é fazer algo que não tá previsto, não atender à especificação. ale tá lacrado 9s exatamente, vem lacrado, a garantia do computador é justamente vc nao abrir o lacre. ele é feito pra ter utilidade mesmo, éfeito so pra isso. vc abrir isso, o ato de abertura... não é entnder mesmo, entender é outra coisa. mas a desobdiencia, é uma desobediência. ale as pessoas tem medo 9s elas foram educadas ale vai quebrar 9s nao é só o medo de quebrar... vai dar choque, vai derrubar avião. tudo isso é neutro, não tem nada de humano. é neutro, a técnica foi tornada neutra, colocada em outro luhar que não humano. ale XXX... e a política industrial que vc chama de ciencia 9s sim, do não acompanhamento. voltando a essa história do séc XVIII e XIX. o progresso técnico, voltando. o progresso técnico hoje colocado fora da cultura por causa dos instrumentos, porque quando era ferramenta a galera sentia a parada, acompanhava e tal. e aos poucos foi sendo retirado. depois que foi retirado, pra voltar, só via desobediencia, abrindo o computador,fazendo radio livre, pra entender que não éo entendimento, os conteudos. o entendimento é o segundo passo. a gente tá faando do primeiro passo que é desobedecer, a necessidade de desobedecer a um controle previsto, muito evidente em muitas frentes. ff glerm ia fazer a pergunta, ia compilar e nao fez mais. mas daquele texto que tu comecou a ler antes, 2 antes desse. glerm falou "novaes ia explicar a leitura e falou de repente 'bom, tá dito'". entao dentro dessa idéia de explicar ou entender o objeto, estamos mais pra simondon do que paulo freire, ou tamo xemelizando? 9s eu quis dizer, a galera... ff mais uma entao: qual a diferença entre religiao, arte e ciencia? 9s eu acho que nao existe frontira entr arte religiao, ciencia, tecnologia ale tudo cultura 9s pra mim é, sou antropólogo ale queria entrar na do progresso técnico 9s tá, mas vou pegar a resposta, pegar aqui o Guattari. "A ecosofia social consistirá portanto em desenvolver prátias específicas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da familia, do contexto urbano, do tabalho, etc. Certamente seria inconcebivel pretender reformar as formas anteriores, correspodentes a periodos nos quais, ao mesmo tempo, a densidade demográfica era mais fraca e a densidade daas relacoes sociais era mais forte que hoje. A questao sera literalmente reconstruir o conjunto das modalidades de ser em grupo, e nao somente pelas intervncoes comunicacionais - ntendmento, essas coisas - mas tambem por mutacoes existenciais que dizerm respeito a essencia da subjetividade. Nesse dominio, nao nos ateriamos as recomendacoes gerais, mas fariamos funcionar praticas efetivas de experimentacao, tanto nos niveis micro-sociais quanto em escalas institucionais maiores". Quer dizer: abrir a parada é desobedecer. E esse ato coletivo e tal é construçao sim de um micro lugar social que tá entendendo a técnca de outra maneira, tá estabelecendo com ela uma outra relacao que nao é uma relacao prevista pelo automatismo, pela industria, pela obsolescencia programada... ale ou pela politica que dita o uso tambem 9s ... mas é uma apropriacao pela ultura, a tentatia de modificar uma certa relacao de poder até, de robo, apertar o enter e só acessar - pra isso é programado o software proprietário: pra que voce execute isso como um robo. A maneira como o computador até chega a forcar o comportamento humano. Se a utilidade do computador é apertar enter, a utilidade do cara diante do computador é ele dar o enter. ale entra até numa critica que eu li recentemente do XXX ... que ele fala da história da imbecilidade artificial - galera chama esse futuro imaginario da intelifencia artificil, da maquina que substitui o homem, lea as pessoas, os leigos que nao tem o dominio da tecnica, acaba justamente com essa endeusificacao do ob tecnico acreditando que ele é superior ao ser humano. E nessa relacao, se estabelece uma relacao na qual o ser humano inferior a maquina acredita que a maquina um da vai consguir ser superior a ele, vai vir um robo, inteligente, vou poder ficar de ferias ali e tal. É uma coisa muito louca cê achar que... tira mesmo toda a humanidade da maquina e na verdade a unica coisa que sobra é o endeusamento, que faz que ela seja superior a voce. 9s falar da questao do progresso, que a galera nao le, vamo ver se no audio a galera ouve. a questao do lixo, do... essa partezinha que tá tratando do que eu tava falando antes, uns pedaços interessantes. "as diferentes modalidades da nocao de progresso. a atitude dos enciclopedistas"... po, mas ler tudo isso aqui a galera vai ficar braba, deixa pegar um pedaço entao. ff glerm fez outra pergunta: "novaes disse que arte, ciencia e religiao nao tem muita diferenca, dentro da especialidade do seu discurso que ele diz ser do antropólogo..." 9s hahaha ff "a pergunta é... como abrir a caixinha preta da antropologia? ou quando a gente fala de técnica estamos falando só de engenharia? a idéia de 'progresso' não está por aí envenenando cada campo 'especializado' do saber? mas mantenho a pergunta, como abrir a caixinha técnica da antropologia? ... xemelizar é possível ou o povão é preguiçoso mesmo?" 9s xemelizar é necessário. o povao é ensinado a ser preguicoso mesmo. ff quem é o povao? 9s é o que tá sentado na frente da televisao... foi só me assumir antropólogo e a galera já bate, né, porque é o especialista. me assumi porque é minha formacao, que me ajuda a pensar... continuando... porque tem muito dessa relação da... a história da alienação, essa crítica à questão do acesso... o que é o laptop de 170 dólares? é voce dar as crianças a possibilidade de acesso a uma revolucao educacional, né? aí nesse sentido tá resolvida uma certa alienação... não tem exclusão digital, é inclusão digital.