Encontrão Intergalático de Metareciclagem - Primeiro Dia 20 de janeiro de 2009 (arquivo: repo_6648_encontrao_200109.mp3) FF - “Hoje é dia 20 de janeiro de 2009, protocolarmente o encontrão de metareciclagem começa atrasado, protocolarmente nem todo mundo chegou, tem uma galera que tá chegando ainda, tem uma galera que chega nos próximos dias, mas, pô muito louco o negócio né velho. A gente finalmente conseguindo fazer esse lance que eu tava querendo fazer há uns 4, 5 anos… éééé... que eu acho que é enfim uma tentativa da gente ver qual que é dessa história toda e entrar na minha eterna crise de propósito dessa história toda também, que eu fico insistindo em querer entender pra que que serve as metareciclagens. Bom! Cara o lance é o seguinte... éééé...” Ao fundo (Bugarin) - “Não. é pra vir mais pra perto.” FF - “A caixa tá lá, mas tem uma caixa aqui também.” Ao fundo - Voz masculina. “O lance é que fica mais alto.” FF - “Eu acho que o lance é o seguinte, eu passei tipo um ano e meio agora... ééé... mergulhando em documentação, textos, relatos, histórias, coisas que estavam perdidas pela web sobre o que é metareciclagem e tal, o que aconteceu neste tempo todo... éééé... quais são as pessoas, enfim todos os textos e coisas que rolaram que rolaram na lista e tal. E aí saiu essa primeira edição do Mutirão (Mutirão da Gambiarra - link) que enfim já tá no ar agora o .pdf amanhã, se tudo der certo a gente vai trazer umas cópias aí, pelo menos 50 cópias pra todo mundo que tá aqui... éééé... mas a história que é eu passei todo esse tempo vendo de novo esses textos e pensando de novo e era uma coisa assim até então até eu começar essa história eu tava meio que... (interrompe fala: ah tudo bem vai lá, guilherme volta daqui apouco tem uma mesa que ele tem que ir lá, vai e volta fio)... éééé... antes de começar esse processo todo de rever, de buscar, de mergulhar nessa história toda da metareciclagem, eu fiquei eu tava um pouco até desanimado com todo o lance que de repente o metareciclagem existia uma identidade bastante forte aqui em são paulo que tinha uma atuação bastante forte com certo grupo de pessoas, mas a gente se espalhou, a gente perdeu um pouco de uma certa coesão que tinha, de uma certa união e um identidade bastante forte que tinha. E as coisas se espalharam e virou uma rede, e de repente virou mais uma rede. E a gente aqui tem cara, cada um aqui participa de umas 20, 30 redes e tal... éééé... então ficou mais de uma rede e a gente perdeu um pouco dessa história toda. E até o que (interrompe fala: baixa aí), o que eu acho é que aquela coisa toda que que que dava uma sensação de identidade que era uma prática assim a metareciclagem como uma prática, como um tipo de perspectiva sobre a tecnologia e tal, isso meio que se espalhou, isso tá em outras redes hoje em dia, isso tá em vários projetos de inclusão digital ou vários projetos de outras naturezas, de educação, e de repente eu fiquei me questionando sobre, enfim, o que que é a metareciclagem e se é necessário existir essa rede. E enfim, eu mandei aqueles emails na lista, acho que alguns de vocês devem ter lido, deu setenta e poucas respostas, cento e poucas respostas e acho que o fato dessas respostas terem aparecido, ou seja, das pessoas terem se interessado em discutir já pra mim é um bom sinal, de que as coisas ainda tem algum motivo de existir... éééé... eu acho que assim hoje é uma coisa interessante que é a primeira vez que a gente consegue fazer um encontro dedicado a metareciclagem. É a primeira que a gente não tá simplesmente ocupando algum evento, seja um evento de pontos de cultura coisa assim, que a gente sempre acaba fazendo os encontros de metareciclagem dentro de outras coisas... éééé... pela primeira vez a gente conseguiu colocar a metareciclagem como um tema e trazer pessoas, e enfim, a gente conseguir fazer essa história tem uma coisa de retomada, de um tipo de conversa que existia antes que era aquela coisa que a gente fazia antes aqui em São Paulo, que era todo mundo se reunindo dentro de um galpão e tava se encontrando, e eu acho que assim... Eu queria começar pedindo pra vocês assim rapidamente, sem querer enfim sem desanimar vocês com aquela coisa toda de enfim se apresentar, colocar uma plaquinha com os nomes, mas eu queria que vocês falassem quem vocês são e assim cara... duas frases sobre o que vocês acham que têm a ver com metareciclagem, porque vocês estão aqui, o que fazem vocês estarem aqui e não lá fora, sei lá, almoçando ou sei lá o que... ééé... ou se vocês quiserem contar como vieram parar aqui ou o que vocês querem fazer de metareciclagem o que vocês estão começando também de metareciclagem... éééé... duas frases, exercício exercício de sintese pra vocês todos. Então, a Lelex a gente de repente corta o microfone.. hehe... mas todo mundo aí, quero saber o que vocês estão fazendo aqui porra.” Áurea - “Bom, meu nome é Áurea, eu sou jornalista, sou editora da revista A Rede, então tem tudo a ver com o trabalho de vocês. Vim aqui pra acompanhar a discussão e saber as novidades.” Ariel - “Meu nome é Ariel ou Hamithat, eu sou sociólogo, sou advogado e tô aqui porque apesar de ter conhecido o metareciclagem até um tanto quanto depois assim... lá em brasília eu já tinha uma prática que eu acho que é muito parecida assim, por isso que eu acho que rolou uma identificação muito muito rápida quando eu tive contato com o pessoal.” FF - “Só queria dar um toque que é uma coisa que depois eu vou falar de novo sobre isso, mas a gente tá sem rede aqui, a gente têm uma rede wifi, se vocês quiserem eu passo a senha, mas meu papelzinho, câmera, vamos documentar, que é uma coisa que eu vou voltar nesse assunto depois então vamos fazer anotações, vamos sei lá documentem como vocês quiserem, que eu acho que isso é um ponto importante que eu quero depois conversar. Lelex - “Pode cortar o microfone.. hehe Bem eu sou a Lelex meu nome é Elenara, e assim, acho que para resumir em duas frases.. o que eu me identifico muito com o metareciclagem é que eu sou feminista né, e a minha vida toda as pessoas achavam que eu devia militar em clube de mães, militar isso, militar aquilo e acho que o feminismo né ele é igualdade, ponto. Não é nem mais homem nem mais mulher, ele é igualdade. E o metareciclagem me traz essa esperança de novo, de que ele tá em tudo quanto é lugar mas ao mesmo tempo ele tem sua identidade própria entende, tem sua idéia sua metodologia sua concepção... ééé... porque quando eu quando eu conheci essa gurizada foi via metáfora (Projeto Metáfora) né... e daí é uma longa história que eu não vou contar agora, mas enfim, era: se você me dar uma chave de fenda né eu te mostro como transformar o mundo - aquela frase assim pra mim foi fantástica porque adoro chave de fenda, e depois virou do metáfora passou a ser metareciclagem, a coisa toda vêm em função do computador, e para mim o computador é uma metáfora do nosso cérebro e então tu não pode ficar só na coisa do desconstrói, constrói porque ele é muito mais do que isso né... ele pode ligar a gente em rede ele é capaz de transformar, e a metareciclagem pra mim traz isso, não só a a transformação da tecnologia mas também a transformação social né... e isso não significa só porque eu vejo assim eu tenho uma garotada que conhece pra caramba software que conhece pra caramba hd (disco rígido do computador) mas tem outra garotada que a partir disso ela pega e faz outras coisas né... como as bijouterias da menina, aquela do vêm do lixo, como o trabalho que a patrícia fez com o natal livre, como o pixel, enfim, então tu vê assim que se tu não te metareciclar, tu não vai conseguir metareciclar nada né... e eu vou para por aqui porque eu tô afim de fumar na verdade... hehe” Ao fundo - Vozes.. Paulo Bailux - “ Bem galera, eu sou o paulo bailux (ao fundo: aplausos... êêêêêê... grande paulo bailux!) eu começei a me apaixonar pela metareciclagem através do régis, o régis bailux, ele me mostrou essa essa identidade... assim de sempre querer buscar mais conhecimento, tipo de estar em rede ali conversando com a galera, de sempre estar trocando experiências. E eu fiquei feliz né... de estar participando da metareciclagem e estar aqui também porque foi através da rede que eu tô aqui nesse momento, então vou passar a palavra aqui...” Jean habib - “Massa.. o cara que todo mundo conhecia só pela internet né… Eu sou jean habib, bom tenho um trabalho aí de multimídia com software livre, já há algum tempo.. e mais especificamente metareciclagem me identifiquei sempre muito assim com esse tema da metareciclagem, reciclar tecnologia e apropriação tecnológica e tal. Tenho alguns trabalhos de arte onde o conceito tá mais presente em instalações e tal e tô aqui pra conversar com vocês e tentar acrescentar alguma coisa.” Gama - “Opa, um prazer tá aqui com vocês todas e todos. Meu nome é gama, eu venho de santarém no estado do pará. Sou um esporo metareciclento lá no meio da floresta... ééé... a gente por causa desse nosso isolamento lá a gente acabou acho que se reconhecendo na metareciclagem num princípio filosófico que a gente já digamos desenvolvia mas não tinha uma uma sistematização, uma coisa assim um coletivo que a gente se reconhecesse né.. eee... mais do que nunca está claro pro nosso coletivo que é o projeto puraque, de que a metareciclagem é um caminho de desenvolvimento crítico e de intervenção em defesa da amazônia.” Fernanda - “...ééé... Oi meu nome é fernanda, eu sou de porto alegre e infelizmente assim eu não tenho nenhuma relação direta ainda com inclusão digital no sentido de fazer alguma coisa dentro dos projetos, eu sempre... Eu morei cinco anos fora do brasil e ano passado eu vim de novo pra cá, eu tava morando na europa.. ééé... eu tava estudando na área de mídia digital e foi aí que eu entrei em contato com esse mundo da inclusão digital, através da academia né no caso... ééé... e eu depois do meu mestrado que eu fiz na áfrica toda o meu conhecimento assim de como é que funciona essa dinâmica é um conhecimento europeu-áfrica, eu não conheço muito assim que dizer tô conhecendo agora né... de como é que funciona a coisa aqui no brasil e aí foi através daí de toda essa de toda essa chegar aqui e começar a explorar porque aí eu tô fazendo agora um doutorado e eu quero fazer campo no brasil que eu entrei em contato daí com a metareciclagem então a história assim de como eu conheci o felipe tal já é uma viagem, assim é muito bem dentro da coisa de rede mesmo, é uma longa história mas muito interessante... ahn... e eu me identifiquei um monte então eu tô assim de fininho assim entrei na lista tô olhando vendo como é que as coisas funcionam e é isso aí tô aqui mais como espectadora mesmo e vendo como é que eu posso começar a colaborar.” Lelex - “O lance do metareciclagem é legal por isso né... porque além da inclusão digital social não sei quê.. têm a nossa história né... da nossa inclusão, que eu acho que é o que a fernanda quis falar...” Salsaman - “Boa tarde sou salsaman, sou desenvolvedor de software livre... ééé.. o programa se chama Lives, é para editar vídeo e fazer VJ. Então pra mim, a reciclagem que eu faço pessoalmente é reciclagem de software para os outros utilizarem, novas idéias no programa para fazer coisas.” Leila Botelha - “É então sou a leila botelha, conhecida como negalize, mas assim peraí... metareciclagem pra mim eu já faço isso pra minha vida entendeu... então não tenho muita coisa para falar, era isso, eu prefiro na prática mesmo.. hehe...” Patrícia Fish - “Oi eu sou patrícia, eu vim de curitiba... eee.. há um tempão assim eu trabalho muitas vezes sozinha com inclusão e com informática. Eu sou nerd lá em casa todo mundo é... todo mundo trabalha com software livre. E de repente a gente se acha assim no meio do nada batendo pino sozinho, e têm mais um monte de gente que têm muito ideal parecido com o que a gente já tá fazendo então mais ou menos por isso que eu entrei no meta acho que eu tô na lista há uns 3 anos e agora a gente tá montando um esporo que se chama voltstrox(?) em curitiba, a gente têm um espaço grande são 500 mil, 500 metros quadrados, água, luz, internet, uns 150 computadores doados esperando mão de obra pra arrumar... e tá lá por enquanto vamo ver até onde vai.” Flávio Teixeira - “Boa tarde eu sou flávio teixeira também vim de porto alegre, na caravana que veio em 2 ônibus... ééé... e eu sou engenheiro elétrico com ênfase em computadores e trabalhei com um projeto de inclusão digital nas comunidades quilombolas no interior do estado do rio grande do sul, ééé... então a gente já fez praticamente uma metareciclagem porque nossa organização, uma organização do movimento negro chamada angola janga foi responsável por esse, por um subprojeto dentro de um projeto maior que trabalhava com as comunidades quilombolas e nesse projeto a gente recebeu, ficou responsável por 100 computadores que a caixa econômica federal passou através da ong moradia e cidadania pra trabalhar com essa comunidades. Então a gente distribuiu os computadores nas comunidades quilombolas e trabalhamos com um projeto de introdução à informática, assim, trabalhando com temas como a questão da cidadania, raça e etnia, a questão da economia solidária né. Então a gente ensinava informática com conteúdos já focados na temática quilombola e pra mim metareciclagem ela tem muito haver com o que eu já tenho feito com outro nome, vamos dizer assim né, meu trabalho de conclusão é na puc e eu já tinha essa visão de que a tecnologia ela tem que estar a serviço da democratização, ou seja, o acesso tem que ser democrático. Não adianta desenvolver uma tecnologia e ficar na mão de poucos né, então a proposta ela já tem muito a ver com que a metareciclagem está propondo também, de abrir a tecnologia e levar a tecnologia para as pessoas de uma maneira democrática, então tem muito a ver.” Luiz Valdo(?) - “Bem, meu nome é luiz valdo, eu coordeno um centro de recondicionamento de computadores em porto alegre. A primeira experiênica de CRC no brasil começou em 2006. Vim com a caravana da associação software livre. A gente têm um interação muito grande com a ASL e essa questão da metareciclagem ela é muito importante porque pra quem tá envolvido nesse processo do recondicionamento, o próprio CRC ele gera um lixo eletrônico, quer dizer... muito, uma grande parte dos equipamentos ele é descartado. Então essa interação e essa integração e esse é o motivo que eu tô participando dessa oficina, exatamente para a gente articular esse movimento no brasil. Eu tava lendo aqui a matéria né, a projeção para 2012 é 100 milhões de máquinas no brasil quer dizer... ééé... a cada a cada ano se gera mais lixo eletrônico né. E a metareciclagem além da questão ambiental, tem toda a questão da geração de emprego e renda né... quer dizer as pessoas podem se organizar em torno envolvendo arte né... envolvendo outras atividades e através disso gerar uma renda né. O nosso CRC esse ano inicia um projeto em articulação com o pessoal da economia solidária visando que aqueles jovens organizem cooperativas né, não só para a manutenção de computadores mas também esse veio da metareciclagem poderá ser um veio a ser explorado e a ser criado junto à essa cooperativa, então eu acho que é um movimento que o principal eixo é a nossa articulação quer dizer que a gente se articule, que a gente troque idéias e através disso a gente faça crescer o movimento de metareciclagem no brasil.” Daniel Duende - “Opa, eu sou daniel duende né, e eu já acompanho o metareciclagem de longe, hora de longe hora de perto, ex-metáfora... e bom, meio de fora porque primeiro eu sou um cara tímido, embora quase ninguém acredite nisso.. hehe... e segundo porque a minha viagem é em observar a reciclagem das pessoas, aquilo que a lelex falou também né, de como as pessoas primeiro têm que se reciclar no processo antes de começar a reciclar a máquina ou qualquer coisa a volta... ééé... eu vim aqui para discutir justamente a dimensão mítica da reciclagem das pessoas, e é uma puta viagem que depois eu falo melhor, e é um prazer tá com vocês aqui.” Ao fundo – Vozes. “Filma enquanto eu...” Daniel varga - “Bom, eu sou o daniel varga. Eu tô em contato com o metareciclagem desde 2004 quando aconteceu no senac um encontro de ciberarte em o que o FF o Daniel Pádua, um pessoal foi lá falar sobre o meta e aí eu na hora me identifiquei porque eu vi que era um bando de louco que queria mudar o mundo e eu também me considero como um louco que quer mudar o mundo, que pensa diferente da maioria das pessoas... eee... meu lance do metareciclagem é exatamente isso mostrar para as pessoas que existem possibilidades... éééé... de se fazer as coisas de modos diferentes, que a gente não precisa pensar do modo que a TV manda que a gente pense, não precisa seguir: beba coca-cola, pare de fumar, não sei o que - fazer as coisas programadas, existem outras formas de ver o mundo, de compartilhar e de agir no mundo, bom é isso.” Luiz - “Bom, eu sou luiz, sou do recife pernambuco, sou uma das pessoas que menos participa da lista, embora converse com alguns de vcs... ééé.. (interrompe fala: sou mais ou menos, mais ou menos... ééé...) tô fazendo uma pesquisa nos últimos 3 anos tenho acompanhado a metareciclagem e outros novíssimos movimentos sociais como algumas das pessoas, algumas pessoas que eu conheço consideram... ééé... tô numa fase, entrando numa fase final campus party, e o encontrão de metareciclagem é o começo do fim dessa... ééé... dessa minha trajetória nos últimos 3 anos. Estou é me sentindo privilegiado de estar participando... ééé.... do encontrão e é uma satisfação estar aqui enfim.” Pixel - “Eu sou pixel, (interrompe fala - alguém pergunta sobre sua camisa - é só fazer... essa mesma forma ela veio aqui pro campus party, essa camisa já tem uns anos eu preciso fazer outra, já tá manchadinha e tal mas a proposta é que a gente faça um monte aqui né...) e só lembrando que meu nome se escreve com p minúsculo e que eu vim da internet. E já tem, bom, muitos anos que eu conheço o metarec, foi uma, foi uma experiência muito interessante, muito impactante para mim, porque eu fazia vários experimentos em salvador e aí eu me mudei pra são paulo e de repente eu cheguei lá e falei... pera aí, isso é o que eu queria, tipo meu deus... e desde então eu tô imerso nessa rede. Alguém falou pra mim uma vez eu tava... eu passei os últimos dois anos tentando mudar a cabeça de algumas pessoas em brasília porque eu trabalhava na coordenação de um programa de inclusão digital né, e tentei fazer... bom gente vamo ver como é que eu consigo tipo tirar um parafusinho da cabeça de cada um, prá tentar enfiar pelo buraquinho o metareciclagem e depois fechar de novo pra não perceberem... mas eu lembro que quando eu tava lá alguém virou pra mim e falou assim, olha agora que cê tá aí e tal, é... cê tá fazendo e se afastou do metareciclagem. E eu falei não, não é que eu me afastei, é que eu tô fazendo menos barulho porque eu preciso tipo atuar um pouquinho de forma mais sorrateira. Mas recentemente eu voltei a articular algumas coisas no coletivo, tô muito feliz com isso inclusive algumas coisas aqui, e queria aproveitar e convidar todo mundo pra participar da pesquisa em interface que a gente tá fazendo aqui lá no balcão. É isso.” M Braz - “Meu nome é marcelo, alguns conhecem como mbraz. Sou educador, tecnólogo, louco, curioso, chato, não nessa ordem exatamente... briguento, teimoso... Para resumir numa frase porque que eu vim para esse encontro, eu vim porque vocês vieram, porque vocês estão aqui, justamente por isso, acho que é daqui que se começa alguma coisa.” Fabianne Balvedi - “Bom, ééé... eu sou a fabs balvedi... eee... o motivo deu estar aqui é porque vocês também estão aqui.. hehehe... a ué rsrsrsrsrs eu tô fazendo exatamente isso, mas e enfim o motivo deu estar conectada à metareciclagem é que a metareciclagem ela reciclou a minha vida e reciclou eu falo não o meta reciclou porque eu não documentei isso ainda, eu já levei uns puxões de orelha do ff por causa disso, ele tá correto têm que puxar a orelha mesmo, porque a metareciclagem não está completa antes de estar documentada, a documentação é necessária, então a metareciclagem reciclou a minha vida e espero que em breve ela ela complete o ciclo e se e se metarecicle, e eu tenha isso documentado. Enfim, esse é o motivo pelo qual eu também estou aqui.” Tiago Bugarin - “Oi tá legal, é eu sei.. Oi eu sou tiago, meu último apelido público era lixeira, bum bombástico, não não foi bombástico, não é mais... bom tá em aberto eu vou abrir uma enquete pras pessoas votarem qual é o próximo, a gente decide coletivamente, pode ser, a tininha já me chama de titi então, tá valendo. Tô aqui porque eu acho que é o caminho, é o caminho do meio (voz ao fundo: tu tá perdido meu), ô cara... toda vez que eu tento me encontrar eu dou voltas velho, é foda, mas é mais ou menos por isso mesmo, mas acho que é o caminho, e aí a interpretação de que que é o caminho é de cada um.” Daniel Pádua - “Tô com vergonha de falar... (ao fundo: risos...) bom, eu sou daniel pádua, o povo me chama de dpádua. Eu participei da criação da lista junto com o felipe e com a galera do metáfora e tudo mais. Rapidamente a gente percebeu que o que a gente tava tentando fazer já acontecia de diversas maneiras em vários lugares, então por isso o nome assim o nome é irrelevante, mas acabou sendo usado pra conectar todos nós, então o nome é sagrado, tipo isso. Bom, eu moro em brasília, quem quiser passar um tempo lá têm lugar pra ficar. Eu tenho ficado meio ocupado assim eu algum tempo pensando demais e aí eu tô articulando pouco mas estou acompanhando sempre. Fico feliz prá caramba de ver gente nova entrando o tempo todo, chegando junto, tipo eu queria agradecer o felipe pela teimosia porque se não fosse o trabalho dele de tá puxando, de tá tentando resgatar nossa história, o histórico das nossas conversas e tudo mais ia ficar difícil da gente chegar aqui como uma coisa que teve um início, então isso é fundamental isso me dá bastante fé de que a coisa vai continuar, independente de qualquer pessoa ou qualquer máquina. Então é, de certa forma, eu aprendi a entender metareciclagem como uma tentativa das pessoas de transformarem a si mesmas botando fé juntas em alguma coisa, em qualquer coisa, e pra botar fé junto a gente têm que compartilhar o que a gente tá sentindo, a gente tem que compartilhar o que a gente tá fazendo junto e o que a gente tá vendo. Então quanto mais a gente compartilhar, mais pessoas chegam e percebem que essa é uma maneira de manter uma linha assim, manter um fio que une passado, presente, futuro, gente nova, gente velha, gente marromeno, no meio do caminho, e todo mundo na realidade compartilhando um imaginário vivo e livre, e é exatamente isso que tem sido tirado da gente, usurpado de nós, há tanto tempo, há tanto séculos, assim, então é muito emocionante a gente parar prá perceber que com tanta porcaria acontecendo no mundo, com tanta gente tentando tirar de você a única coisa que você têm quando está vivo, que é ter fé e ir atrás dessa fé, é muito foda assim ver que nesse estágio que a gente tá, a gente consegue dar origem a movimentos desse tipo, então enfim, é isso.” FF - “Eu sou ff, ponto. É isso aí, tamo aí, eu não vou me apresentar não. A Téia chegou depois, o CH chegou depois... eu não te conheço.. ah! a Aline de fortaleza ó! E o orlando. Então eles vão se apresentar rapidamente, uma ou duas frases só pra dizer o que vocês estão fazendo aqui, resumindo. CH começa, o que tá fazendo aqui velho?” CH - “ É... meu nome é carlos... (interrompe fala: nossa tá alto!), meu nome é carlos é CH, carlos henrique, sou de minas gerais, gosto de software livre, acho que metareciclagem tem muito a ver com a real mesmo nossa, e tem que fazer mesmo, tem que pensar.. ééé … a sei lá a gente tá montando uns arduinos (hardwares livres) na mesa ali, já tem quase cinco protótipos de arduino prá gente brincar aí durante feira.” Orlando - “Bom, é... eu sou orlando, sou paraibano, moro da paraíba. Venho de uma experiência acadêmica, como aprendiz de acadêmico e assim a gente poderia fazer uma série de críticas a esse meio no qual eu estou inserido, até já tive uma discussão com o cirano do metacafé sobre isso quando a gente se conheceu pela internet, eee... mas prá estar nesta experiência acadêmica eu precisava acreditar em alguma coisa, né, precisava acreditar muito em alguma coisa prá poder fazer porque se não não rolava. E eu comecei a procurar essa coisa prá acreditar na internet, prá poder fazer uma pesquisa dentro de algo que eu acreditasse, porque senão fica uma coisa muito vazia, minha área é uma coisa muito vazia, e eu não queria ter que replicar aquele vazio da minha área, e aí eu cheguei no metareciclagem, e eu tô tentando, falei com a Téia ontem, não tô tentando entender, eu tô tentando viver isso, e aí eu tô por aqui por isso.” FF - “O orlando é metarecicleiro, ele têm um fusca, 79...” Téia - “Então, meu nome é téia, aí bom... a resposta vai ser assim, a gente tava num papo legal eu e o banto, orlando e aline e aí a resposta vai ser a sequência do papo que a gente tava tendo, assim o que eu tô fazendo aqui é que assim a meta me tocou, tocou meu corpo, tocou meu organismo, aí o resto é consequência, aí é continuação do papo que a gente tava tendo.” Ao fundo – Voz feminina. “Fala..”, “Ah sou muito envergonhada...” Aline - “Ah, eu sou aline, brigada... sou, tô no meta há pouco tempo, muito por causa da téia. E continuando o papo é porque é uma coisa que encanta, e pronto.” Ao fundo – Voz feminina. “Aí tá na roda!” FF - “Cabou, vambora, opa.” Rodrigo Bolfer(?) - “Meu nome é rodrigo bolfer, meu primeiro contato com o grupo do metareciclagem... ééé... eu sou da área de designer e arquitetura e eu tenho um mestrado sobre o tema da gambiarra, que é um tema de estudo meu, uma coisa que me interessa muito. E como é um assunto muito relacionado ao metareciclagem, e já fazia um tempo que eu já tava vendo esse movimento todo, e o marcelo me convidou prá conhecer, né, e essa é a primeira oportunidade que eu tenho de ver o grupo reunido aqui, então eu vim pra conhecer vocês, prá ouvir o que que, me parece ser uma coisa muito interessante, tô vendo aqui é um grupo bem variado tô vendo que tem gente do brasil inteiro, e enfim, é isso que tenho pra falar por enquanto.” Lelex - “Eu queria apresentar pra vocês o ariel, e a inaê, são meus filhos, são metarecicleiros também, ele veio aqui me chamar porque ele tem que dar umas entrevistas e a mulher quer tirar uma foto dele, vocês me dão licença.” FF - “É isso aí né, acabou. Não, é o seguinte, ééé... eu acho que é assim, a proposta que eu tinha, era a gente conversar mais um pouco aqui, definir mais algumas coisas e aí a gente dividir em algumas questões que eu acho que são interessantes que eu levantei uma sugestão minha de questões pra trabalhar, mas a gente pode enfim, vamos colocar na roda e ver se vale a pena. (Interrompe a fala: felipe santos, cola aí, se apresenta velho! Ô, a gente vai ficar a tarde inteira se apresentando.) Daniel Pádua - “Gente, deixa eu só falar uma coisa aqui. Infelizmente hoje eu não vou poder participar assim do encontro porque eu tô a trabalho aqui e o pessoal lá em brasília tá me cobrando desesperadamente uma porra de um site que eu tenho que acabar hoje ainda senão fudeu. Então, aí eu vou eu vouficar ali, entendeu, quinta-feira eu vou dar uma palestra ali no design(?), sobre a idéia do design de interface permeada pelos princípios de cultura livre, mas assim, a gente se encontra aí, eu vou passar o resto da semana, a gente tem tempo prá danar prá fazer um monte de coisas, infelizmente eu não vou ficar, mas é isso, então falou.” FF - “Vai embora rapá.” Hamithat: “Pegando a deixa do pádua, eu também vou ter que sair daqui a pouquinho, só que eu vou e vou mesmo assim. Eu vou pegar um avião, eu tô indo prá brasília, eu tô lá com uma causa indígena de uma galera que mora meio que no centro da cidade de brasília, uma tribo de fulni-ô tapuia, e que a especulação imobiliária quer passar o trator em cima dos caras, já saiu licitação, edital, o escambau, setor noroeste, exatamente, sacou? eu tô fazendo o jurídico deles lá, então, pegando a deixa do dpádua daqui a pouco eu tô escapando é porque o avião já tá decolando, e aí quem quiser me acha pela rede, que eu tô, vou tá aí né, conectado.” FF - “Eu também queria, é o Santos já vai falar... eu também queria lembrar hoje de 3 pessoas que não estão, mas que porra... uma é o hernani, que tá aí numa reunião, deve voltar no fim da tarde, também tem muito o que falar sobre metareciclagem, outra é o dalton, que tá no norte do brasil, ele tá voltando de carro, ele deve estar estourando no final de semana, vamos ver se consegue chegar pro campus party até o fim prá gente trocar uma idéia, ele é um pouco um símbolo de um certo lado dessa idéia de metareciclagem, e o terceiro é o fernando que é bem parecido com o orlando mas não é ele, que tá lá no centro comprando, tentando resolver o problema do joystick do arcade que enfim, tá tentando resolver coisas, mas eles não vieram, fernando henrique, liquid slave, a lu também agora tá na bahia prestando vestibular, têm uma galera que não tá então porra, a galera faz falta, uhhm, o rudson que também tá chegando, porra, têm muita gente que não tá mas que vai vir, mais cedo ou mais tarde acho que vai aparecer aí. Felipe santos por favor...” Felipe Santos - “Olá boa tarde, boa tarde, a tânia deve tar chegando por aí... Então eu sou do pontão de cultura digital minuano, lá de porto alegre, a nossa atuação é na região sul, tá, da associação de software livre, nós estamos trabalhando em inclusão digital e com oficinas através do evento IAD(?) que é o ponto forte do nosso pontão de cultura digital. Além disso, eu trabalhei com metareciclagem, trabalho até hoje com metareciclagem, mas atuei como oficineiro de metareciclagem na cultura digital em 2006, 2006... Isso aí.” FF - “Ou... também tá faltando o Banto que tava por aí. E acho que têm mais gente por aí que eu acho que a gente tá esquecendo, têm a tatiana que também acho que tá chegando, ela vai trazer a primeira prova da edição do mutirão prá gente, (interrompe a fala: alguém pergunta - wells? não tatiana prado...), fazer uma prova, a gente vai fazer um testesinho aqui prá ver se vocês podem se chamar metarecicleiros. Cara que assim uma linha de... acho que é assim, uma coisa prá gente começar esse papo mais aprofundado, produtivo, ou que não seja perda de tempo, é porque assim, existe uma coisa bastante concreta, bastante prática, que é prá entender o que que é a metareciclagem, que eu acho que já é ponto pacífico assim, que é a historia de abrir computadores, recondicionar, a gente pensar em coisas que podem ser feitas daquilo, mas eu que existe uma coisa bastante diferente, que assim, quando a gente começou a falar sobre isso, cara, há 7 anos atrás, a gente chega pros projetos de inclusão digital, dizendo que a gente vai reciclar computadores, que já não é um termo adequado, a gente vai recondicionar computadores, é as pessoas falavam não é porque isso não dá porque as pessoas querem computador novo, e tem que pô... tem que gastar dinheiro pra fazer computador novo, (interrompe a fala: a tatiana e zepower (?) chegaram), e a gente falava que era possível isso e as pessoas não acreditavam, e a gente teve todo um trabalho de influência que na verdade eu acho grande parte da força e da potência da metareciclagem não é exatamente no que a gente faz, mas no que a gente consegue provar que é possível, então é uma coisa muito mais simbólica do que efetiva por isso que a gente enfim nunca chegou a escalar, a gente nunca chegou a fazer uma coisa de corporificar e agora vamo fazer um monte, vamo reciclar um monte de computador, que nunca foi muito esse nosso objetivo, acho que foi sempre uma coisa mais experimental, é... eu acho que a gente sempre acaba indo por essa linha de mostrar que algumas coisas são possíveis. Só que hoje em dia isso não é mais uma questão a se tratar, ou seja, mostrar prás pessoas que é possível fazer um telecentro com computador usado, com computador velho, computador de 10 anos atrás, não é uma novidade. E eu acho que é assim, por conta disso, é que a gente acaba precisando de um certo alimento pra reinventar o que que é a metareciclagem, que a gente continua junto, a gente continua conversando, a gente continua se questionando, mesmo sabendo que as pessoas não precisam ser mais convencidas de que reciclar computadores é interessante, e eu acho que aí a gente começa a tentar traçar um linha, que que é a diferença em reciclar computadores, simplesmente, que é uma coisa que hoje em dia qualquer pessoa está fazendo, várias organizações estão fazendo isso, e o que que é a metareciclagem em si,. Eu acho que existem várias maneiras de entender isso, a minha maneira específica de entender isso, vocês podem ter outras versões prá essa história, é que metareciclagem não é só recondicionar computadores mas é participar dessa rede. Ou seja, eu pego, eu faço o que eu quiser com os computadores, eu reciclo, eu quebro, eu jogo pela janela, mas eu conto prás pessoas dessa rede e eu promovo um certo tipo de articulação, eu ensino as pessoas a fazerem o que eu quiser ensinar, eu aprendo com essas pessoas, eu ofereço oportunidades, eu ofereço peças de computadores, eu ofereço lugar pra ficar, eu ofereço idéias novas, eu ofereço textos, então existe uma troca, existe uma ação em rede que se chama metareciclagem que não necessariamente depende da idéia de reciclar computador ou não. Eu acho que trabalhar nessa rede é uma coisa que a gente precisa começar a fazer de uma maneira mais dedicada, eu diria. Ou seja, até hoje nós fizemos metareciclagem como uma segunda ou terceira prioridade, a gente faz coisas, a gente chama de metareciclagem, e a metareciclagem acontece eventualmente, eu acho que isso tem que continuar, isso é o que nos dá uma certa potência prá dizer, velho, a metareciclagem continua viva, continua se reinventando, continua tendo novidade, é... mas eu acho que a gente tem que trabalhar mais na questão da documentação e é isso que eu falei antes, cara, vamo documentar, vamo anotar, vamo fotografar, vamo gravar, vamo filmar, vamo colocar na rede, vamo mostrar prás outras pessoas. E isso é uma coisa bastante interessante, uma conversa que tive por chat há uns 3 anos, com o régis, lá de arraial da ajuda, de onde vem o paulo, e o régis me falava, velho, as coisas estão trancadas aqui, a gente tem um computador, a gente tem um lugar pra fazer história, mas eu não sei muito bem por onde começar, o que que é a metareciclagem, como que a gente vai chamar uma coisa assim de metareciclagem? eu falei, velho, qualquer coisa que vocês fizerem documenta, documenta e põe na rede, compartilha com as pessoas e aí todo mundo vai participar disso, as pessoas vão se interessar, as pessoas vão ver, vão seguir, vão ver o teu exemplo, vão dizer que tem uma coisa possível de acontecer por ali. Então acho que assim, a questão da documentação é super importante, a gente começar a fazer coisas que a gente não só chama de metareciclagem, cara, mexer no seu fusca ou trabalhar na tua tese, seja fazer um transmissor que a téia está fazendo, seja dar oficina no pontão, não interessa o que a gente faça que a gente queira chamar de metareciclagem, mas documentar e circular nessa rede é uma coisa super importante prá poder chamar de metareciclagem e não só enfim de recondicionamento de computadores que não é uma coisa assim tão exclusiva, que também é importante de fazer e tal, mas não é o nosso assunto principal de articulação em rede, prá isso é um dos assuntos que eu acho legal tratar, se pá a gente fechar grupo de trabalho, trabalhar no site da metareciclagem. Eu tava trabalhando com a tatiana que tá aqui, que vai se apresentar assim que eu parar de falar, é... a gente fechar uma proposta de fazer um projeto de site de metareciclagem, não só como site pra mostrar coisas, mas um site com espaço de agenciamente com ações em metareciclagem, então a gente fazer um site com projetos em metareciclagem, com esporos em metareciclagem, a partir daí as pessoas fazerem trocas de idéias, trocas de links, troca de informação, documentar nesse site e assim a gente conseguir fazer um dia aquela história que a gente fala já há 6 anos, que é fazer um banco, um inventário online, prás pessoas poderem trocar peças de computadores e coisas assim, outra coisa a gente ocupar através deste site a gente abrir espaços pra ocupação dos esporos, da gente fazer troca de informação, intercâmbio de pessoas, as pessoas circularem, às vezes falta, tem espaço mas falta gente, em outro lugar tem um bando de gente querendo fazer coisas mas não têm espaço, aí um outro lugar que não tem gente nem espaços mas tem um cara que tem um monte de peça pra circular, então a gente começar a pensar no site como o espaço de agenciamento dessa rede, é na história de reinvenção, da história de realimentação, alimento pra reinvenção, a história que o duende vai fazer que é bem interessante. Eu acho que uma conversa que eu tive com chico caminati, que era do do, enfim, que era do submídia, da rádio muda, que ele chegou uma hora, ah a gente sempre falava desmistificar, desmistificar, desmistificar a história do computador, aí ele falou, velho, vocês com essa mania de desmistificar, o chico é antropólogo, e ele falou, velho, o mito é uma coisa muito importante, a idéia do mito como uma coisa que transcende uma geração e que passa valores e que passa ensinamentos e que passa aprendizados, o mito é muito importante, então é a idéia da gente começar a construir é... se a gente pensar assim o que acontece depois da desconstrução da tecnologia, sabe, como é que a gente reconstrói, porque desconstruir não é tudo que a gente faz, a gente desconstrói a tecnologia, a gente propõe outras coisas, a gente propõe um certo imaginário ali, então a gente começar a trabalhar, velho, com ficcão, com contos, com relatos, com tipos de narrativas que vão no sentindo de reciclar um certo tipo de mito, da gente criar de novo, (interrompe a fala: mística é diferente de mito, é o que a fabianne tá falando aqui do meu lado), isso é mais claro em inglês, mist tem uma coisa de névoa, o mist é o mistério, aquela coisa meio enevoada e o mito é, o mito tem o radical grego lá que a psicologia moderna associou à mitomania, à mentira, mas acho que nenhuma das duas coisas é interessante nesse sentido, mas a gente têm a questão de desconstruir as idéias que vêm e pensar em recomeçar a construir essas idéias, acho que isso é outra linha que eu chamo de tecnomagia, outros chamam de mitoreciclagem, a gente pensa em ficcão metarecicleira, a gente pensa em ficcão que trate de passar um pouco dessa questão, esses outros valores, outro tipo de relacionamento, de relacionamento social, de colaboração que a gente tá falando... ó... eu fiz anotações velho, eu tô ficando organizado, intercâmbio entre os esporos, site, é... tem uma questão prática que eu acho que a gente pode também fazer um grupo, um grupo de conversa, que é assim, a questão prática de, cara, desmontar computador, reciclagem, triagem, teste de placa, coisas assim... o fernando que vai se apresentar daqui a pouco pode ajudar bastante com isso, ele têm uma puta experiência com isso, de velho, testar as coisas que funcionam e o que que não funcionam, a gente teve uma puta vivência interessante aqui em são paulo do galpão do agente cidadão, na época, é fechei o caderno sem ver, mas um elemento que eu acho interessante, já são 3, mais um elemento que eu acho interessante a gente conversar, e aí eu acho que bate no lula, bate na fernanda, bate no orlando, que é a história de entender e tentar conceituar a metareciclagem, a próxima edição do mutirão da gambiarra que vai sair algum dia aí nesse ano se possível, é a idéia é fazer uma coisa mais conceitual, de teoria da prática da teoria, entender que tipo de idéia que perpassa a prática da metareciclagem, a gente começar a entender um pouco isso, então a gente têm talvez um caminho mais conceitual, ou metodológico, de o que que é a metareciclagem e como que isso se desdobra. E eu acho que o último assunto que eu queria conversar ainda hoje é, vamo pensar num plano de ocupação do metalab, que é nossa bancada aqui pros próximos dias, a gente têm amanhã o dia inteiro, aí quinta a tarde a gente conversa aqui de novo que eu quero retomar esses grupos que a gente vai dividir hoje, e aí sexta, sábado, domingo a gente têm que ocupar lá, a gente têm que fazer oficinas, o guilherme já colocou umas coisas lá, o CH têm umas coisas prá trazer, a patrícia trouxe uns brinquedinhos prá fazer, o pessoal do ponto de cultura do minuano, também tava querendo fazer oficinas de coisas, então vamo pensar num plano de ocupação de lá. Então, cara é isso aí, eu quero parar de falar, quem é que assume a bola daqui por diante, cêis topam, ah pera aí... tem que se apresentar galera, ó tatiana se apresenta, depois o fernando, o banto, quem mais chegou agora, chegou mais alguém? felipe ribeiro, oh rapidinho, duas frases, que que cêis tão fazendo aqui.” Tatiana Prado - “Bom, com ff falou eu sou a tatiana, na verdade aqui é o único lugar do mundo que sou a tatiana, mas eu sou a tati, eu sou educadora, eu vim parar na metareciclagem há bem pouquinho tempo, e tenho conversado com ele muito especificamente sobre o site, e é por isso que estou aqui.” Zé power - “Opa, sou o zé, é... zé power, sei lá, é... sei lá eu tô aqui porque eu sou de bh, trampei num metacafé lá em bh, de vez em quando eu dou um help lá com o cirano tb (interrompe fala: cirano não está, fale mais...) ah é, ah então, metacafé é uma viagem de fazer comida de uma forma um pouco mais divertida, a galera se organiza, é um coletivo que vai fazendo, por enquanto, age fazendo comida, vai na casa de alguém, ocupam espaços assim que tão, prá fazer rango, prá ganhar grana mesmo, sobe tudo quanto é receita na internet, tem um site metacafe.wikispaces, a gente tá usando o wikispace, e é basicamente isso mesmo.” Fernando - “É, eu sou fernando, conheço o pessoal do metareciclagem desde 2003, 3, 2? (interrompe fala: começou em 2 e você já tava, 2 cara? 3, 3 é...) então faz tempo prá caramba, eu gosto mesmo é de mexer com hardware, e bom é isso (interrompe fala: o que tá fazendo aqui?), ah, é a gente têm uma máquina de fliperama pra arrumar alí, e só tem 2300 jogos lá, só que o controle quebrou ontem então a gente vai, fazer uma forçinha nisso aí, desmontar lá e ver como tudo isso funciona.” Banto - “Meu nome é.. rsrsrsrs... meu nome é banto, banto palmarino, eu tô aqui participando da agenda da rede mocambos, hoje eu tô focado, hoje em dia eu tô mais focado numa parada só, e é isso, conheço já faz um tempinho aí a galera, é isso.” Felipe Ribeiro - “Pô qual é? Então, eu sou felipe ribeiro trabalho com vídeo, com outras coisas, eu vim pra cá pra conhecer o metarec porque a gente conhece muitas pessoas por nick, por email, por listas de discussões e a gente vê muito o metarec sendo apropriado por vários trabalhos, por governos, por instituições, e eu queria vir prá ver a galera que está realmente por trás do metarec, pessoas, e não instituições, por trás no sentido de estar fazendo coisas, porque às vezes a gente chega num projeto e ah aqui é metarec e vê tudo, menos metarecciclagem. eu vim ver qual é aqui da galera. Sim falta quem?” Fabianne Balvedi - “Só aproveitando o intervalo, é eu lembrei de, a tati falou né que só aqui que ela é chamada de tatiana, eu lembrei de outra pessoa também, tatiana wells, né a tati é uma feminista que foi muito importante na minha vida que também ensinou bastante nesta questão que a lelex tava falando que é do meta ajudar também a gente na questão do genero, né... é bem interessante porque o meta recicla a mente. Eu também vou ter que sair rapidinho que eu vou dar uma palestra aqui de gimp, então gimp, gimp enfim, às quatro e meia mas é se algum de vocês for para o fórum social mundial né... eu gostaria muito de encontrá-los por lá também. O fórum foi muito importante prá mim porque me fez conhecer de perto a metareciclagem, foi lá que eu conheci, então neste sentido é vai ser bem simbólica, essa minha ida agora também, depois de tanto tempo ver como é que estão as coisas, né... não sei como é que vai tar, tô indo dessa vez um pouco mais solta pra ver como é que, né enfim, ahn se puder ver alguns de vocês por lá que bom, se não vamos continuar trocando idéias por aí né. Eu mexo mais com a parte de multimídia, se alguém quiser saber um pouco mais sobre essa parte fiquem à vontade pra me abordar, ok? Bom encontro prá vocês.” FF - “Ah eu queria seguir a onda, pô alguém quer falar alguma coisa aí de tudo isso que eu falei? Aí fala aí né velho?” Voz Masculina - “Eu tô com o sonic ericson k750(?) prá desmontar e brincar, quem quiser é so falar comigo.” Vozes - “Eu não te ouvi...”. “Quer que eu fale de novo?” Voz Feminina (Patricia Fisch?) - “Eu acho que tem uma coisa que é muito legal no grupo do meta, nessa rede que a gente tá inserido que é essa pluralidade de perfis, de eus que todo mundo têm, né então assim a fabs trabalha com design, a gente tem antropólogos, a gente têm advogados, a gente têm, eu sou desenvolvedora de software livre, meu marido também, e nas horas vagas a gente faz bolsinhas de cd, que prá desopilar, sabe não ficar muito longe, coisas assim... meu filho dá palestra, tem, a minha menina num faz nada ela só diz que é metarecicleira, ela fez dez anos agora, né... e dá o site prá todo mundo, e eles falam assim o que vocês fazem lá? um monte de coisas, nossa um monte de coisas vocês nem imaginam, que é a definição dela pelo pouco assim que ela consegue acompanhar, então dentro dessas questões que o felipe abordou antes, é meio cartesiano mas as vezes ajuda, né... é saber até aonde a gente contribui ou o que a gente pode contribuir além de fazer esse, vamo dizer, escambo prá dentro dos esporos, eu tenho equipamento sobrando eu posso jogar prá um outro é saber o que eu como pessoa posso contribuir documentando, que eu sou uma que não documento nunca, né... casa de ferreiro o espeto é de pau, traduzo o software mas não documento o que faço, e prá dizer olha eu faço tal coisa ou eu trabalho com isso, no teu esporo ou na tua ação no que tu tá fazendo sei lá eu aonde no que que eu posso te ajudar, então de repente era alguma coisa interessante, a gente lá é muito hardware, muito é nosso último brinquedo chama mia, que é um cluster de iak (?), a gente queria trazer e queria trazer um segundo cluster pra renderizar imagens, cluster de terabites, não cabia no carro prá trazer, então as vezes a gente tem algumas coisas que podem servir pro pessoal, por exemplo que trabalha com vídeo. O cluster hoje tá ocioso, porque a gente não tem ninguém prá dizer pra nós que só programamos e trabalhamos só com o que é mais pesado como fazer pra editar um vídeo, todo boneco de bolinha que eu faço sai torto, né, então acho que essa troca é uma das coisas que me mantém no meta e que me faz ficar, poder trocar idéia sem o pessoal te olhar, ah tu é nerd, ou tu é designer ou aquelo tipo de coisas que a gente encontra também nos outros grupos, então sugiro que a gente faça isso também, além de contar o que a gente tá fazendo, contar também no que a gente pode fazer, dentro dos locais onde a gente não tá inserido.” Voz Masculina - “Eu queria é pontuar, eu acho que o felipe falou coisas fundamentais que precisam ser postas em movimento daqui pra frente, é... eu acho que concordo com todas elas, é mas queria dizer que me preocupa é a idéia de que fazer metareciclagem, ou estar em metareciclagem ou a metareciclagem é fundamentalmente fazer parte de uma lista, de uma lista não, de uma comunidade ou de uma rede. Isto pode ser dito de muitas coisas, pode ser dito de de atividades muito negativas, é eu to dizendo isso porque e já afirmando a necessidade de pensar os sentidos de metareciclagem e com isso eu tô querendo colocar lenha na fogueira prás próximas edições do mutirão, é eu acho fundamental é apontar, é apontar e começar a fazer as traduções que cada um tem do que é a metareciclagem, é e isso é a construção de sentidos, a construção de sentidos que vão fazer a diferença do que, é do que é tá na rede e do que é não tá na rede, tá entendendo o que eu to dizendo? é bom é isso, queria pontuar isso, é bom é isso.” Lelex - “Não eu acho que uma... alguém disse... como é que era aquele menino, cirano né, de bh? A nossa brincadeira, a brincadeira que a gente mais gosta de fazer, o que é a metareciclagem né... e eu acho que essa história do que é a metareciclagem tem um historinha até que eu coloquei pra vocês, do equilibrista que cada um tem a sua historia, entende, se a gente for definir metareciclagem é isso, ela vai perder o sentido, vai perder a graça, vai deixar de ser metareciclagem, porque ela é uma coisa que tá sempre evoluindo, porque o ser humano tá sempre evoluindo, entende? Eu acho que a gente tem o computador prá se fixar naquilo, mas o que é a metareciclagem sabendo que uma tecnologia, né um computadorzinho de mão assim que é um celular, daqui a 2 segundos ele já tá obsoleto, né, então sei lá, acho que muito por aí, assim, de se a gente tentar definir vai fechar o conceito, vai deixar de ser aberto, vai deixar de livre e vai restringir, vai acabar excluindo, eu acho que a questão da lista é uma coisa fundamental que a patrícia tava falando, o lixeira fez um comentário aqui que a gente deu risada até, mas eu acho que é isso ela tá aberta sabe, ela é livre, e ao mesmo tempo poxa vida gente, quando eu entrei naquela lista eu ficava meio assim, o que que essa gurizada tá falando meu deus do céu, não entendia nada, mas aos poucos eles vão abrindo, vai compartilhando, vai te esclarecendo, e alguém disse aqui, acho que foi pixel, né metareciclagem, não foi a leila também, metareciclagem é a vida entende? E eu sinceramente não vivo sem vocês. Quem é que vai falar agora?” FF - “O pixel vai falar já já, porque a gente gosta de passar o pixel pra trás né, é e é legal que ele fica nervoso.. hehe A primeira cois,a velho, é... eu coloquei ali 3 temas que eu acho interessante de a gente debater nos próximos dias, tem canetas, tem post-it, todo mundo que quiser sugerir novos temas, ou enfim, por favor peguem aí, levantem-se, não precisa ficar parado sentado, que isso é chato. Segunda coisa, cara, isso é uma coisa que a gente têm que conversar bastante mesmo, isso é uma coisa que a gente tem que desenvolver, é uma coisa que, é dpádua foi, isso é uma coisa que sempre ficou assim meio que por trás, e que a gente nunca chegou a desenvolver. Quando a gente fala de, assim atuar de maneira distribuída, atuar de maneira, é atuar em rede num espaço que as pessoas estão totalmente espalhadas, a rede, a comunidade só existe quando a gente troca, ou seja, não existe rede se ninguém manda nenhuma mensagem pra lista, ou publicar, ou fazer qualquer coisa, a rede só existe, o que concretiza, o que faz a rede existir é essa troca. Eu acho que a gente não consegue pensar num sentido de metareciclagem se a gente não forçar muito a barra na história da rede, e a rede não só como um espaço de convivência, espaço de trocas mas também como espaço de controle, espaço da gente ver o que tá sendo falado sobre o metareciclagem, de repente aparece velho, oh, num conheço as pessoas de lá, não tenho nenhuma relação pessoal com elas, num conheço nada sobre a história delas, aparece um projeto do cdi do interior de santa catarina, falando que faz metareciclagem, cara, num faz, assim desculpa, pode ser que as pessoas sejam legais, vou conhecer as pessoas, legal a gente conversa, o dia que elas vierem pra rede metareciclagem falarem oh a gente faz isso aqui, isso aqui e isso aqui, e todo mundo na rede falar oh legal, faz metareciclagem, cara o régis lá no bailux lá em arraial, o cara começou velho, o cara não tinha computador não tinha nada, era ele, cara ele tinha contato com conhecimento budista e começou a postar na lista, ele chama isso de metareciclagem, isso é metareciclagem, certo, isso é muito mais metareciclagem do que alguém em uma cidade qualquer recondicionando computadores e não falando nada pra ninguém e chamando de metareciclagem porque de repente isso dá ibope, saca? Então a gente tem uma questão que é uma forma de atuação em rede que a gente ainda não existe, a gente tem que trabalhar um pouco mais em como essa forma se garante, como essa forma previne certas formas de abuso, é um papo que a gente já teve até com a lelex uma vez aquela história da metalicença, da gente fazer alguma maneira de garantir que ninguém vai se apropriar disso, é a gente já recusou assim reiteradamente a maneira do século XX de garantir que ninguém vai se apropriar disso, que é fazer uma organização, registrar o nome, fazer, a gente não quer esse tipo de atuação, porque a gente tá propondo alguma coisa nova, mas essa coisa nova ainda não tá desenhada a gente ainda corre o risco de alguém se apropriar de uma maneira que a gente não quer, e enfim, fazer o uso desse nome, dessa conceituação do metareciclagem que seja velho sei lá, ou prá dominar pessoas, ou prá fazer dinheiro, ou prá promover ações que não são do nosso interesse, a gente tem que pensar seriamente de como ir mais fundo nisso, eu acho que isso começa por forçar a barra na rede, fazer as pessoas documentarem, o felipe lá em porto alegre fazer a galera lá documentar, fazer a galera entrar na rede até porque acontece esse tipo de coisas que é a patrícia falando de cluster, o jean me falou há 2 meses que tava fazendo um cluster de vídeo, esse tipo de coisa é uma potência de colaboração que a gente não tá explorando, porque as pessoas não tão conversando na rede, as pessoas não tão aproveitando o que os outros podem oferecer de melhor, então acho que a gente têm que conversar mais, a gente têm que facilitar essa conversa na rede e é isso que eu quero fazer com a história do site, nem é site é infraestrutura lógica, porque site, lista, é wiki, chat é toda uma infraestrutura que a gente monta pras pessoas conversarem e as pessoas agenciarem esse tipo de ação, então a gente têm que ir a fundo nisso, prá mim esse é um assunto de conversa, site, rede infralógica é enfim tem outros assuntos aí coloquem seus assuntos... o pixel, vai...” Lelex - “Faz de conta que é a lista que eu me atravesso no meio das conversas...hehehe... o que, que ele falou uma coisa fundamental da história da lista né, da história da rede que eu acho assim ó, se a gente não cria vínculo, não tem reconhecimento e eu acho que a lista é o nosso vínculo entende? E daí existe reconhecimento prá gente poder dizer é metareciclagem ou não.” Pixel - “A lelê falou que não existe uma definição de metareciclagem fechada. Certíssima. Sempre que eu vou falar de metareciclagem em alguma lugar eu falo... gente, eu queria começar esclarecendo que vou colocar o meu ponto de vista do que é metareciclagem e cada pessoa quem falar de metareciclagem vai falar do que é metareciclagem também, do que é metareciclagem pra ela e todas as pessoas vão estar certas. Pode ser uma coisa muito diferente prá mim, pra lelex, pro ff, mas todo mundo que é metarecicleiro, todo mundo que tá na rede tá certo. O felipe tava falando sobre o que não é metareciclagem, pessoas de fora da rede... ééé... dizendo que tão fazendo metareciclagem mas de fato não tão fazendo, e eu acho que a gente tem e a lelê quando tava falando disso de não ter um definição definida, é que quando não tem uma definição definida fica fácil você tá do lado de fora e falar não eu tô fazendo isso, só que a gente tem alguns principios né? Um deles é a integração descentralizada então se você não tá integrado na rede oh, se você não tá integrado na rede você não tá fazendo metareciclagem, compartilhamento de conhecimento gente, a gente têm que exercitar isso gente, muitos de nós não tão fazendo, a gente precisa tá fazendo isso prá tá fazendo metareciclagem, entendeu? Então têm algumas coisas que eu acho que a gente precisa, o que o ff falou é importante tá fazendo um pouquinho mais de esforço, eu queria reforçar o que ele disse, é... porque eu realmente acho que se a gente não se organizar um pouquinho melhor às vezes fica disperso demais, eu acho que às vezes falta um pouco de sistematização no que a gente tá fazendo, e esse pouquinho, esse pequeno esforço que cada um poderia fazer poderia dar um potencial muito maior pro nosso trabalho, aí eu queria aproveitar, o ff não falou que eu não tô ocupando a bancada, eu tô com um monte de coisa lá em cima né filha da mãe, tá longe. Eu tô, eu tô com algum material, serpro ele tá patrocinando uma pesquisa de interfaces que a gente tá fazendo. Essa pesquisa é de interfaces montadas a partir de gambiarra, a idéia é poder simular sistemas caríssimos de 20, 30 mil dólares com material que você tem em casa, material que você consegue ter acesso muito mais fácil, com 3, ou 4 mil reais no máximo, então quem quiser participar dessa experiência a gente tá instalado bem atrás do fliper tem um material lá, deve rolar um papo amanhã por volta das 2 da tarde, e a idéia é começar a mexer nisso amanhã às duas da tarde, e conjuntamente a gente decidir uma agenda, quem tiver participando quem tiver a fim de participar prá ir experimentando e conjuntamente a gente decidir o que que a gente vai fazer nessa experimentação... Quem é o próximo, ninguém quer falar? E o ff vai embora na hora olha só... ah o lixeira vai falar? Não? tá.” Voz Masculina - “Tá, eu queria acrescentar uma coisa que eu comecei e deixei de falar no meio de minha fala, que é tentar identificar, uma coisa que eu acho que diferencia muito é essa ação em rede que é característico da metareciclagem e de outras redes também, que é identificar quais são os conflitos que perpassam essa rede. Existem vários conflitos aos quais a metareciclagem responde ou a que ela está associada, então por exemplo, comunicação, democratização dos meio de comunicação, é um assunto que perpassa a ação metarecicleira, de alguma forma de forma mais intensa no trabalho de algumas pessoas, menos intensa no trabalho de outras pessoas, o trabalho de apropriação de conhecimento que é público, esse é um assunto, é um assunto também que perpassa a ação em rede da metareciclagem e que diferencia esse tipo de ação, esse tipo de rede, que outros temas? Têm uma série de temas, todo debate por exemplo de apropriação do conhecimento humano, universal que vêm sendo acumulado durante todos esses anos, essa é uma, pirataria é... é um assunto também que tá dentro que perpassa a ação em rede do metareciclagem que diferencia essa rede, que diferencia a ação descentralizada, era isso que eu tava querendo dizer naquela minha fala, e é isso que eu acho fundamental nos próximos anos, é isso que vai poder assegurar é e evitar que esse tipo de ação e o tipo de rede que é tão diferencial seja apropriada tão facilmente por aí. Mais alguém?” Voz masculina - “Não sobre essa questão do recondicionamento, até lembrei, a gente têm outra experiência integrada, que é o seguinte, a questão dos caça-níqueis, né tem vários estados aí que eu acho que tem essa experiência, né? O ministéiro público e a policia federal eles apreendem os caça -niqueis e isso fica armazenado juntando pó, estragando com o tempo, é o CRC fez uma, tem uma parceria com o ministério público no qual, eu não tenho em profundidade o conceito de metareciclagem, mas o que está se fazendo é uma metareciclagem social, a madeira dos caça-níqueis, e são milhares, o projeto está instalado no porto de porto alegre, cujos armazéns estão semi-abandonados, é são várias oficinas marcenaria, a parte toda que trabalha com ferro, com corte do ferro, com contrução de objetos, a parte da madeira toda são feito móveis para creches e escolas, e isso aí é doado para a rede pública escolar, e outros materias também, produzem objetos, etc, que é um pouco dentro desse conceito de metareciclagem. Quem gere isso aí, quem são os trabalhadores nesse conjunto aí são o jovens que saem do CRC, quer dizer, eles são treinados no CRC, e passam a trabalhar através de uma bolsa nesse projeto. É uma forma de se dar um destino mais útil e também social, a esse material que fica abandonado, então o ministério pública também ajuda com um aporte financeiro aí pra poder funcionar essas oficinas né. Enquanto a questão da rede, que foi desafiado aí a questão da rede, eu vinha conversando agora na vinda pra cá, sobre uma experiência nas filipinas, as filipinas é um conjunto de ilhas, eles tinham dificuldade em montar um rede de desenvolvedores em software livre, né? Então qual foi a grande qual foi a grande ferramenta? A internet, quer dizer a internet. Até eu dizia pra pessoal com o qual eu conversava, nós também o brasil é um país continental e que tem ilhas tem o norte lá, tem nordeste, região central quer dizer, como integrar essas comunidades? Quer dizer, esse projeto de um site, de uma rede, de grupos de discussão, é aquilo que na minha primeira fala fala eu coloquei, quer dizer, é uma forma de se conseguir articular esses grupos de trocas de conhecimento, intercâmbio, etc, isso aí tudo é altamente positivo e útil pra que a metareciclagem cresça, e cada vez se articule mais.” Voz masculina - “Gente, eu sou muito tagarela, então antes que a vontade de ir tomar um café lá fora, ou de ir ver se as plantas crescerem, vocês me avisam que eu paro tá? Hehhe... Seguinte, dá pra gente alongar um pouco mais essa discussão sobre qual seria um eixo por trás da metareciclagem eu achei muito interessante o que você (interrompe a fala: não, uai... qual o problema que você tem com eixo por trás? Heheeh...) Então, dá pra gente alongar um pouco essa discussão ou cêis acham que já deu e vamos passar em frente? Sim, a minha dúvida é onde é que se encaixa, opa, onde é que se encaixa o eixo por trás aí dessa história? Tá certo então, vou fazer, vou até largar o microfone, mas o que eu tinha pra falar era isso mesmo, então deixa prá lá.” Jen Habib - “É o uirá aí, o uirá. Não aí, nos temas que o ff levantou eu queria saber se ele vai desistir do drupal? E não, sério, é... Eu pensei aqui ele falou que eu não documento, como assim cara eu não documento? A única coisa que eu faço na vida é documentar, pode ficar mal documentado mais eu documento, o problema é que o site do meta não tá acompanhando o RSS do meu blog, entendeu? Então tinha que ter um esquema na home, mas de qualquer pessoa poderia cadastrar um RSS entendeu, porra velho, porque não? Não espamer cadastrando RSS velho?” FF - “Oh eu queria voltar no que a lelex falou agora há pouco que acho que era um ponto importante, que é, cara, rede de colaboração se trata de criar vínculo, eu acho tem uns certos questionamentos cara, que é toda história de copyleft, de copyleft não vai beleza, mas a história de creative commons, licenças abertas e tal, que tratam uma idéia, que os caras falam que aquilo inevitavelmente vai levar à colaboração, cara, eu acho que não é assim eu acho que a gente abrir espaços pra qualquer pessoa se apropriar e tal a gente pode levar a colaboração ou a gente pode não levar a colaboração, eu acho que colaboração é um pouco além, colaboração não é só eu publicar minha música na rede, isso não é colaboração velho, isso não é nem um pouco colaboração, isso aí tô espalhando minha música prá quem quiser usar, as pessoas podem até ouvir minha música, podem, mas assim colaboração pra mim é uma coisa de conhecer a pessoa de ter um contato, e nesse sentido acho que até um certo perigo da história de licença livre, prá vai música, vídeo alguma coisa assim que perde contato, eu perco a necessidade de falar com a pessoa que fez o vídeo, prá usar o vídeo em outro lugar, eu perco uma oportunidade muito rica de trocar alguma coisa com ela saca? Então tem uma certa visão que também é legal a gente pensar que é essa questão da automatização da colaboração saca? De uma superficialização da idéia de colaboração, de repente ah eu posto no blog aí e tô colaborando, não tô colaborando velho, eu tô colaborando quando eu procuro uma pessoa e eu flexibilizo meu discurso ou eu ofereço alguma coisa e pego alguma coisa em troca. Pera aí, pega aqui.” Jean Habib - “Existem outras redes e pessoas que podem estar articuladas no espaços delas e com o local e que não tão sacaneando ninguém e que tão fazendo uma coisa que é super metareciclagem entendeu? Agora, acho que desses encontros a gente tem que atualizar esses links, entendeu?” FF - “Mas por isso que eu digo eu não acho que a gente precise no site do metareciclagem um espaço que qualquer um cadastre o RSS, eu acho que a gente tem que criar um mecanismo prá uma pessoa dizer, velho, eu quero cadastrar meu RSS, aí todo mundo recebe, beleza, põe aí. Então acho que assim pode tirar um pouco desse automatismo da coisa de colabora, colabora, colabora e de repente todo mundo põe o RSS lá, é tem um monte de RSS e perde também, fica um mar de RSS, tipo tem gente que posta coisa pra cacete, saca? Se eu for colocar o RSS do meu twiter dos meu links de não sei o que, de não sei o que velho, vai ter RSS pra cacete, mas isso não necessariamente vai ser interessante pra rede metareciclagem. Então acho que tem que ter uma questão de negociação da idéia de colaboração, não partir sempre da idéia do automatismo de facilitar, facilitar, facilitar, porque a gente na real tá dificultando a filtragem disso aí. Lixeira, patrícia.” Patrícia Fisch - “A patrícia também fala demais, tem que cortar a patrícia. A gente têm uma particularidade que eu percebo desde a época que eu só “isnifava” a lista e olhava, olhava, olhava, voyer, assim, olhava todo mundo mandando mensagem e depois comecei a me meter também, enfim, vocês percebam que cada um de nós faz o que faz, e faz com um plus a mais, faz do seu jeitinho, talvez seja nesse sentido que a gente também têm que controlar muito essa questão da colaboração que o felipe tá falando, porque a gente faz com muita delicadeza, se é que é essa a palavra... Eu vou dar um exemplo porque eu acho que fica mais fácil de explicar, quando a gente fez o natal livre agora em dezembro no paraná, a gente começou porque a gente começou do zero, na realidade começou assim, falou na lista, ah vamo fazer alguma coisa, uma ação isolada de uma pessoa tentando fazer algo, aí o felipe... tenta um esporo, entre um assunto e outro. Beleza, vamo juntar uma coisa com a outra. O que que eu preciso pra ter um esporo? Preciso de um local, como é que eu vou conseguir um local? Então, a brincadeira começou a evoluir de trás pra frente, a gente pediu as doações, aí a gente ganhou as doações, arrumamos prá quem dar, conseguimos um local emprestado prá guardar as doações e aí a gente foi tomando conta daquele espaço e oferecendo outras coisas que a gente poderia fazer, cursos e tal, porque é assim que a gente acaba começando, né eu não posso montar um cluster de vídeo se eu não tiver o que fazer com ele. Né, então, mas pra fazer as maquininhas a gente compilou a nossa própria distribuição de Debian, pra não deixar que outra pessoa vai lá e reconfigure as maquininhas a gente linkou elas a hardware em assemble. E aí começa a brincadeira. Então existe coisas, se eu tenho 386 rodando Debian Woddy (distribuição Linux), eu acho que na lista ninguém conseguiu ainda. A gente criou uma distro em 2 megas, a gente traduziu todos os manuais (?) em uma noite. São esses detalhes pequenininhos que fazem a gente ser metarecicleiro às vezes, porque a pessoa vai lá e põe um telecentro, e ele copia um distro, ele baixa, ele baixa, ele baixa, ele baixa, existe um processo que é mecânico, que é tecnisista em muitas partes que eu acompanho, não vou dizer todos, mas alguns que eu já tentei ajudar, que é tecnicista, então vamos dar um curso companheiros, ou a cartilha do curso é essa, o modo de montar maquina é este, ou nós só montamos hardware de tal a tal, nós não temos esse limite, e eu acho que é isso que transcende um pouco essa questão do que é metareciclagem, ou porque, é montar laboratório, não é montar laboratório? Ou o que seria, e até nesta questão da colaboração, dar pronto o manual como a gente da comunidade do sofware livre faz não garante mesmo a colaboração, 99% das pessoas são usuários e eles só usam e eles ainda reclamam porque não tá bem traduzido. Ou eles reclamam que porra... a interface poderia ser mais bonitinha tipo parecida com windows, mas a gente trabalhou lá 8 horas por dia com o patrão pagando às vezes em outra atividade e mais 8 horas, 10, 12, 20 muito mais as vezes por semana em casa em contra-turno fazendo tradução do gnome, fazendo patch pro debian, fazendo sofware novo, a gente vai trazer um pro seplabs (?), a gente tá sempre desenvolvendo, e aí eu eu não vi a comunidade dizendo pô que legal patrícia, não... a questão do teu muito obrigado, a questão é que a gente tem que cuidar muito, pq 0,0001% que realmente vai pegar e vai dizer putz que do caralho isso aqui, eu acho que posso botar o meu euzinho lá dentro e enfiar um codigozinho de assemble, botar um florzinha do lado da pagina, é isso que faz diferença, faz diferença a gente vir pra cá e se pegar, abraçar, pô valeu, conhecer o fulano, ah eu sou a fulaninha. E saber o que a gente tá fazendo, e é isso que vai fazer a diferença e isso não vai fazer as pessoas que entram na lista que são muito mais que tão aqui, ou que particapam ativamente continuarem no meta, são snifers como eu era no início, eles olham acham que podem se apropriar de alguma coisa interessante, entra muita gente pra fazer trabalho de colégio num sei se vocês perceberam, teses, mas eu não vejo muitas teses circulando lá dentro por exemplo, mas elas são feitas com o meu conhecimento, com o teu, com o teu, até com a piada que a gente largou lá dentro da lista. Então acho que é mais o menos por aí que a gente tem que controlar num sei se eu te entendi bem, mas são essas duas questões, nós somos eus muito particulares lá dentro e cada um dá um particular a mais que é o que enriquece o meta, então essa questão de colaboração acho bem importante mesmo pensar, cria uma licença meta! né... Só quem é meta tem licença meta.” FF - “Não, o legal de metalicença é que dá pra pensar em metalinguagem, então essa licença pode ser usada por quem utiliza essa licença, por aí... A téia vai falar, ó outra coisa que eu coloquei aqui também, o velho um quadro de dias, manhã, tarde e noite prá gente ocupar a bancada ali, a oficina, acho que a gente pode dividir o espaço ali em duas partes, uma ser uma parte prá brincadeiras geral, deixar fixo, quem quiser chegar lá e faz, e uma prás oficinas mesmo, então uma mais pra experimentação e outra pra oficinas, a gente tem mais ou menos 20 lugares ali, roubaram algumas cadeiras, a gente pode até pegar algumas dessas aqui sem a Béa ver, e levar pra lá, mas a princípio a gente tem 20 lugares, a gente pode reservar 10 prá oficina e 10 prá ou 8 pra experimentação e 12 prá oficina, e aí quem quiser propor alguma coisa põe aí o papelzinho no dia e horário que quiser, e se der briga a gente tem estilete.” Voz feminina - “Então, me imbricando aqui na história de licença meta só tem licença meta quem é meta né, é e seguindo a onda do processo de colaboração, porque tem um esquema de colaboração meta que é extremamente externo a lista, que ele acontece, ele é vívido, fluído, consistente, mas são figuras que assim não tem acesso a lista e muitas nem sabem nem que existem lista. Eu venho de uma experiência no ceará altamente gratificante, envolvente, e o cara responsável pelo laboratório de meta, ele nem sabia que tinha lista, né... então assim, mas como? Como você faz prá ter material de referência do meta? É a cabeça dele, né... e tem um puta laboratório montado, e aí os vizinhos dele tão montando um laboratório no quintal de casa, debaixo do cajueiro, que é genial, e aí assim, é como é que ele, como é que essa licença vai chegar lá? Essas figuras, tão lá, não digo afastados, porque não é a palavra, alheios a esse movimento todo, mas estão, são meta, existe uma licença implícita naquele quintal, naquele cajueiro, né, é um outro mito ali, né não, como é? Pois é, eu sou relapsa, é, eu sou, assim eu assumo aqui, assim eu não tenho o hábito da documentação, a documentação é visual, ela fica comigo de uma maneira egoísta, mas eu vou mudar isso, é porque agora o site vai rolar, vai, e pois é, mas aí o desencadear disso é uma outra história.” FF - “É... contradizendo o que eu falei agora há pouco, não... a história é a seguinte, é... cara, documentar não precisa ser na lista, não precisa ser no site do meta, é a gente já tem a história de agregar RSS de outros lugares, então qualquer pessoa que criar um blog aí põe uma categoria no blog, ou meu se colocar metareciclagem no post em algum lugar o google vai achar e vai colocar direto no site do meta, então na verdade a gente tá assim velho um robô no google, no technorati, sei lá, enfim, tem twiter, a gente tem um monte, flicker, youtube, qualquer lugar, qualquer coisa que entra lá e a pessoa põe metareciclagem vai pro site, então isso já é documentar cara, não precisa necessariamente pensar ai entrar no site do meta isso talvez assim a gente vai pensar em melhorar o site pra isso, mas a ideia é assim, colocar o nome metareciclagem já entra, saca, então documentar, pode ser uma documentação egoísta no teu blog, saca? Pensar vou documentar prá mim mesmo no blog, mas isso vai acabar entrando. Eu peguei, num quero, eu quero chamar alguém um voluntário na platéia pra organizar estes post-its, ler todos, e tentar dar uma ordem pra isso, a lelê, organizar isso e tentar montar grupos de trabalho, a lelê não velho a gente não vai sair daqui hoje, quem topa? patricia êêê..., vem, aí, tatiana ajuda também. E ninguém tem idéia de oficina, aí paulo.” Voz masculina - “Eu posso ensinar a galera a fazer streaming.” Vozes ao fundo - Decidindo atividades... “Projetos, bancadas, oficina..” FF - “Porra, tem muito tema que eu quero participar saca? Então eu tô pensando se na real não é o caso da gente não dividir em grupos mas sim dividir só em temas, aí todo mundo participa de todas... ninguém ouve, é mas cara num sei, será? (interrompe a fala: eu acho melhor dividir porque aí foca mais), é é é... eu também quero contar com pessoas, eu quero contar com fernanda, daniel pádua e com a tatiana prá conversar sobre o site, e mais gente todo mundo que quiser claro, mas sei lá, a técnica coan(?) de metareciclagem.” Vozes ao fundo - “A gente têm como conseguir uma sala na sexta de tarde? Falar sobre liberdade de expressão, nossa... integração, coleta, vira um pedacinho, pintura e máquina, como podem usar isso, tem essas coisas assim que não consegue usar lá em casa... e a vizinhança vai lá em casa e vê...” Patrícia Fisch - “Ah tá, site e rede, agregar conteúdos, cadastramento aberto, aí o que que pode se colocar lá? Teoria, não né? Aí o pessoal deixou solto aqui, bancada metarec, e eu agrupei mais ou menos o que a gente poderia trabalhar na bancada do meu parco ponto de visto, a gente pode conversar sobre a técnica de metareciclagem, debates de lixo eletrônico, memelabs, pintura em máquinas, que tem muita mensagem na lista que aparece, vira e mexe, câmera de lata, que a téia falou, sobre o cluster que o pessoal tá perguntando, mas isso é conversa ou isso é bancada? Pode ser as duas coisas. Pode colar na bancada. Tá, dá pra puxar pra lá.” FF - “Bancada, instalação, multimídia, então acho que a bancada, aquela coisa, a gente divide em dois pedaços uma pra ficar fixo, continuado, e a outra parte prá atividades específicas, oficinas e coisas assim. Acho que stream que o jean sugeriu é eu vejo mais como velho ensinar as pessoas a fazerem, então acho que dá prá fazer oficina, a técnica coan de metareciclagem eu não sei o que é. que que é?” Voz masculina - “É conversa e oficina. Hehehee ah eu vou trazer uns brinquedinhos prá gente brincar e a gente faz uma conversa a partir dos brinquedinhos, é prá se ver, gostou, então eu vou fazer de novo.” FF- “Seguinte, dividir em 2 pedaços, um com 8 cadeiras prá ficar direto rodando com o que quiser e um outro prá fazer oficinas com horariozinho e tal prá quem quiser, então cêis querem fazer alguma coisa ou querem ficar lá direto?” Guilherme - “Lógico que não, todo mundo oh, bom enfim pro pessoal que tá aqui e quem for entrar no metareciclagem também na lista e pros seus contatos em volta. Ah sei lá Guilherme meu nome, guilherme, a gente vai se achando aí. Bom, assim eu, o léo me convidou pra participar aqui e tal e eu tinha proposto um mesa que vai continuar, a gente falou um pouco sobre isso ali com outro pessoal e vai continuar ali na mesma mesa do metareciclagem ali a gente já começou a montar algumas coisas ali, a gente chamou de “bits e volts na unha”, essa idéia prá não complicar muito, na verdade a gente discute com o metareciclagem, num vou querer também ensinar, ensinar é uma coisa, rezar é outra coisa. (interrompe fala: cêis vão fazer direto?) É, a idéia é mais ou menos assim, eh, a gente vai tentar chegar nesse processo que tá ali, a gente tem protoboards que são aquelas placas de pesquisa de circuito, algum material, tem algum material meu que tô usando lá que eu vou ter quer levar de volta, mas tem algumas coisas que o léo conseguiu comprar aqui com a produção que quem ficar até o fim e se interessar pode levar. Só o que realmente eu tô precisando lá que eu vou querer levar de volta, é, enfim, disso chegar em no mínimo em uma parte que eu tô bem, é familiarizado ali, chegar em instrumentos musicais, é integrados com sofware, tá, é umas coisas que eu tenho pesquisado e algumas pessoas estão fazendo comigo, principalmente o pessoal do orquestra organismo, pesquisa que eu fiz com Ch e também com Vanessa e Geada, tal, outras coisas assim, é e o pessoal da orquestra organismo, enfim, são tantos grupos, enfim, é e a gente vai chegar desse processo ali, a tentar, objetivos ali, não sei se a gente vai conseguir chegar até domingo ali, mas, vamo ver se a gente consegue entrar nesse transe quem quiser entrar nessa. É, vir desde como que faria isso, tá não precisa ter background, pré-requisito nenhum aí de eletrônica nem de programação, tá vamo tentar trabalhar assim com base, quem sabe mais de uma coisa mostra pro outro, quem sabe música mais que o outro tenha o mesmo tipo de paciência com quem não sabe e tá curioso, até a gente de repente trabalhar com audiovisual não sei, com alguns sofwares que eu tenho trabalhado e algumas pessoas que trabalham com alguns outros também podem sugerir. Então a gente pode chegar nesse processo aí, é, uma coisa que eu acharia legal, se a gente conseguisse, que dentro dessa minha idéia linear aí de construção, ela tava no final mas ela pode ser durante, seria a gente conseguir fazer esses rituais em rede, criar uma idéia de ritual, de... de cada um falando do seu lugar, das suas pessoas, mais próximas, e pensando elas se integrando com outras, e trocando conhecimento, e tentar fazer esses rituais até o final, assim rituais bits e volts rituais e essa coisa bem tátil da gente estar aqui e outras pessoas bem próximas não tarem aqui e tal. Bom, ahm enfim, se a gente conseguir, eu tenho, assim, eu falo por mim agora, alguns conhecimentos que podem ajudar isso. Tá, se alguém tiver áreas especificas dentro disso e quer pensar mais um pouco, acha que até domingo consegue pensar mais em música, ou consegue pensar mais em contar uma história do seu pessoal, é, consegue pensar mais em entender como é que o chip funciona, consegue pensar mais, se quiser focar um pouquinho mais por um lado e tentar ver onde complementa, também é um caminho, então vamo ver o a gente faz até domingo. Daí eu tô comprometido aqui de tá todo dia ali das 10 ao meio dia. Esse horário pode ser flexível, assim que eu vou estar com certeza na mesa ouvindo todo mundo, tentando, a gente pode fazer essa mesa rodar ali, as pessoas chegarem se a gente conseguir chegar nisso vai ser legal. Tá então vamo ver como é que a gente consegue criar essa dinãmica aí, tem pessoas que sabem uns mais que os outros, de algumas coisas, mas outros sabem de outras coisas, acho que metareciclagem fala bastante disso, estudio livre também fala bastante disso, né e enfim vocês podem trazer outros grupos que vocês tem mais intimamente perto aí, é as narrativas que eles tão trazendo eles, elas, né, a gente tem esse vício de linguagem, não falo inglês que é uma linguagem sem gênero, é vamo ver no que vai se transformar nossa língua, ou nosso limbo.” Vozes ao fundo - “Falei alguma coisa, a gente pega o mega fone e vai...” FF- “Pô, então, cara eu num sei o que a gente faz, se a gente faz grupo de trabalho, ou se vai todo mundo conversando ou se encerra aí, vai e volta tal, põe aí, oh eu coloquei aqui ó todos os dias lá bits e volts na unha, mesas...” Vozes ao fundo - “Mesas marcadas a princípio, é... ao meio dia todos os dias lá, às 10 horas é foda, velho, certo.” “Não é melhor a pessoa chegar e ir escolhendo os temas? Bom vamo escolher pessoal, vamo chegar.. “Fazer os grupos de conversa. Tema não faltar, tem bastante...” “O pessoal que ia fazer, eu teria que encontrar os oficineiros.” “Quem é que tá responsável aqui por esse espaço?” FF - “Bom, seguindo na lógica do egoísmo em rede, velho, eu vou querer conversar sobre o site, e só né velho, que é coisa pra cacete pra falar. E sobre o mutirão.” Voz feminina - “Será que não seria legal no site fazer uma rodada um pouco tipo rápida sobre do que as pessoas vêem, acham, percebem e depois a gente aprofunda a conversa prá pensar no projeto especificamente?” FF - “Sim, é, então acho que é isso, vamo tentar talvez mudar a lógica, não de fazer grupos, mas fazer uma rodada sobre cada um dos assuntos, eu acho interessante falar sobre o site, eu quero falar sobre o mutirão da gambiarra, se alguém quiser fazer outro assunto específico, talvez a gente possa dividir, eu acho que não precisa, tá vamo dividir, ou não vamo dividir então? Cêis querem dividir em grupos ou vocês querem discutir tudo? Então ajuda a dividir, levanta aí, levanta aí rapa, tá todo mundo sentado! É, é mais é se a gente for falar sobre tudo acho que não vai dar tempo também cara.... Acho que uma coisa é esporo, gestão de esporo, intercâmbio, mobilização, articulação, se pá triagem, e coisas assim, isso é um assunto eu acho. Tá tu vai levar esse assunto então em frente?” Voz masculina - “Tá, fazer uma divisão dos grupos que, depois, dividindo, depóis de, é que o grupo discutisse, esgotasse, ou achasse que tivesse esgotado o assunto, repassava prá todo mundo o que foi discutido.” FF – “É, a idéia inicial era essa, dividir em grupos e na quinta-feira a gente volta e aí tenta retomar um pouco e fala, a gente ficar aqui, aí a gente não precisa se limitar aqui, a gente pode continuar as conversas depois a gente volta na quinta e fala de novo sobre o assunto, mas fica o problema que é o fato de eu querer participar de vários grupos. Mas acho que eu vou concentrar na história do site então, mas a gente precisa de pessoas prá tocar as conversas, patrícia tu vai tocar a história de esporo, gestão, moilização blá blá blá. É a conversa toda de teoria eixo por trás, blá blá blá cêis levam ai cêis voltam na quinta-feira com idéias conclusões e tal pra apresentar. Beleza, ó eu vou levar a conversa do site e aí eu vou te roubar algumas horas aí, mas enfim as conversas a gente pode fazer quando a gente quiser a partir de agora, tá, é então acho que a gente vai conversando aí na quinta a gente volta, debate de lixo eletronico eu não sei, eu sei que tem uma mesa, que talvez eu acho que eu fui convidado prá participar, eu não me lembro se ainda tô convidado, mas não sei se interessa prá todo mundo. E deixa eu dar um oi ali prá galera que acaba de chegar....”