Pode parecer redundante estar falando de corporações e lixo eletrônico, especialmente frente ao trabalho que o pessoal do http://lixoeletronico.org/ já está fazendo.
Pode ser que eu esteja olhando para o problema muito atras ainda de onde ele realmente já está.
O que sei é que existe uma indústria de faturamento com essa estória de CERTIFICAÇÃO. Certificação para isso, certificação para aquilo, ISO 9000 blá, blá, blá....
E outra coisa que eu sinto é que quem lida com essas coisas tá nem aí pra o BEM do que quer que seja. As pessoas querem é GRANA.
Ok, grana é importante para viver, mas, porque o cara não pode ganhar dinheiro como consequência? Será que isso é possível? Será que quando o dinheiro começa a aparecer ele passa a ser o motivo e não a consequência?
Acho legal partilhar isto aqui no ambiente metareciclagem. Porque, se não partilho não dá para as pessoas adivinharem o que estou pensando. Ainda que eu tenha uma certa consciência que isto seja uma coisa muito complicada. Porque, onde fica o limite entre o partilhar e o se deixar invadir?
Bem. Enfim. O que quero dizer é que esse lance aqui de Corporate Track tem a ver com isso: Expertise em Lixo Eletrônico atendendo Governos e Corporações. Algumas horas acho que é nisso mais ou menos que o pessoal do lixoeletronico.org pensa como uma forma de contribuir para o bem estar da sociedade. Por outro lado, como nem tudo está claro, acho que não custa falar.
Para mim, só faz sentido interesse comercial numa coisa como estas, se ele caminhar orientado para primeiro para o problema: o bem da humanidade. E aí tem que ter alguma ideologia por trás, não?!
Ou seja. Em algum momento alguém vai estar lucrando com essas coisas. Porque estamos na sociedade do consumo. Mas, se nós temos ação política para estarmos à frente dessa lucratividade sem fundamento, ou seja, fazendo a mesma coisa que esses caras, mas não pelo lucro e sim pelo ideal, aí a coisa é diferente. Muito diferente, não?! Aliás, não vamos estar fazendo a mesma coisa que os caras. Porque não precisa nem ser muito perspicaz para ver que quando um negócio é puramente BUSINESS, NÃO SE SUSTENTA EM IDEAIS.
O que resta saber é se ideais podem assumir o lugar do business. E assim irmos aos poucos deixando o mundo menos Industrial.
Quem sabe se eu conseguir ainda este ano visitar aquela mineração lá do Rio Grande do Norte (https://lists.riseup.net/www/arc/metareciclagem/2009-04/msg00681.html) eu jogue algo na rede que constitua aliados, quem sabe, quem sabe....
Abraços