Jump to Navigation

Arte

["LivroVerde"] > [:LivroVerdeArte: Arte]

Por ''Glauco Paiva''


=  Consideraçoes sobre arte  no processo de MetaReciclagem  =


Num primeiro momento a arte junta-se ao metaReciclagem via pintura de computadores, em seguida  os contextos de exploraçao de linguagens vao se incorporando como proposta metodológica, visando nao somente a estética envolvida mas também a desmistificaçao do hardware. No decorrer do tempo as pinturas ganharam vulto pedagógico, pois com elas conseguimos aproximar pessoas que num primeiro momento ainda asssustavam-se com as novas tecnologias, e ao desmontar e pintar os gabinetes e ao ver a simplicidade envolvida nas placas, conexoes, cabos e outras partes pudemos ter um real exemplo de descentralizaçao do conhecimento. A pintura atrai, provoca e instiga a atitude de desconstruçao (homo ludus), ela funciona como porta de entrada aos conhecimentos tecnicos, outro aspecto é o da produçao coletiva criando um vinculo com os equipamentos, com as pessoas e o espaço. As gestualidades complementam-se, a pintura interage com as montagens, com o encaixe de placas, memórias e outras metaforas que ligam a arte e o processo tecnológico.

Agora uma nova etapa amplia as conversaçoes entre arte/tecnologia, o caso dos totens que  sao terminais de acesso, muito mais descontraídos e atrativos, esculturas feitas com sobras e outros  partes do computador, onde ao interagirmos com  as comunidades ficam explicitamente evidentes que as pessoas podem sim assimilar este conhecimento de forma prazeiroza e em pouco tempo e aí se dá o empoderamento, como pudemos observar no caso dos meninos do Bairro Sacadura Cabral em Santo André e também observamos no projeto Meninos de arte do artista e professor Juan josé Balzi (Ver [http://www.balzi.art aqui]).

O Caminho trilhado por nós em oficinas é simples e talvez por isso mesmo tenha um efeito rápido, tornando o conhecimeto divertido para todos os participantes, na desconstrução das maquinas e em sua limpeza, nas conversas sobre os motivos a serem trabalhados, a formulaçao das cores, uma pitada de história da arte como ampliaçao de repertório, busca de temas locais, a memória de cada comunidade na exploraçao de temas geradores e aí sim pincéis e tintas, aerógrafo e compressor, as partes sao coloridas visando uma unidade visual, uma identificaçao com o local e a resignificaçao dos equipamentos em trabalho coletivo. Enquanto os gabinetes secam os participantes brincam com a gestualidade da montagem das placas  e como estas placas se parecem com uma pequena cidade, um jogo de encaixes e plugs, o artesanato das redes que interligam nao somente as máquinas mas sim as pessoas e estas sao as redes que queremos formar e ajudar na articulaçao, criando assim a possibilidade de interaçao de forma transversal e nao linear, sem os limites impostos pelo ensino formal.