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Esporos - MetaReciclagem como descentralização

= METARECICLAGEM COMO DESCENTRALIZAÇÃO =


Muito se tem falado de como ver a metareciclagem como um termo que vai muito além de “construir telecentros” ou mesmo da apropriação tecnólogica. O significado do termo neste manifesto tem a aspiração de apontar alguns caminhos para o bom uso deste.

1) As redes colaborativas estão crescendo cada vez mais no Brasil, tanto que estão tornando-se chavão para discursos e “projetos” no terceiro setor, com apoio de instituições públicas e mesmo algum ou outro acontecimento com apoio de instituições internacionais de fomento a este tipo de articulação.

2) O grande problema latente destas iniciativas quando elas tomam proporções de “organização” é a centralização na cultura da “logomarca”, o que por conceito já é uma contradição. Redes que se propõe a funcionar com “voluntariado”, mas que por outro lado trabalham no velho esquema de “quadro de funcionários” como suporte de sua estrutura, tendem a precisar sustentar-se como “marca”, e centralizam seus objetivos no “produto” para qual estão recebendo apoio financeiro e investindo recursos.

3) Percebe-se portanto que o mínimo de condições para que este processo seja autêntico e que este “voluntariado” tenha autonomia e independência frente a estas iniciativas, para que seu trabalho e caráter como indíviduo que pretende ter voz e circulação nessas redes, não perca forma frente ao eterno leviatã que é a “marca” é preciso DESCENTRALIZAR.

4) A proposta então é o seguinte: Buscar os padrões livres de Metadados como objetivo da publicação descentralizada. Se o seu “projeto” tem blogs, e acervos como o Overmundo, Conversê, Estudio Livre e Tramavirtual por exemplo, é necessário que seja possivel apontar de seu próprio site, uma playlist de rádio para os links que você subiu, é preciso que você possa conseguir postar no seu próprio blog, e este blog consiga publicar neste outro sítio “de marca”… Pra isso é preciso que seja incentivada a produçaõ de plugins para ferramentas como wordpress e tikiwiki, feeds de rss, playlists xspf. É preciso que você possa prover os links que você colocou nestas estruturas “organizacionais” com um tipo de login automatizado que você usa no seu próprio rincão, autorizando-o de provê-los dentro de sua própria estrutura. É preciso que haja incentivo ao desenvolvimento em CVS (ferramentas de desenvolvimento colaborativo) espelhados destes contéudos… se colaboramos com o conteúdo, também devemos ter acesso à estrutura.

5) Sem a possibilidade de você poder ter conectividade com seu próprio espaço (idealmente dentro de sua própria máquina) e sem a possibilidade destas estruturas “de marca”, estarem interconectadas e descentralizadas, há de se considerarar que elas estariam apenas usando o mote do “social network” pra sua própria autopromoção, onde a grande “massa” torna possível sua existência, em troca de 5 minutos (literalmente!) de fama.

6) Metadados - Metalogins - Metalinks - Metatags - Metaplaylists - MetalémdaMeta - Se meus dados estão no seu servidor, eu posso apontar pra eles de qualquer lugar - se é uma rede então todos os nós tem a mesma importância.

7)Descentralize e multiplique-se!