MutiraoMaisSobreNomeclaturas
http://blogs.metareciclagem.org/fff/?p=499
efeefe respondendo a uma resposta do fernando para um amigo dele.
>>>Como o povo define, um bando de gente em uma lista de discussão…
Isso pra mim é nebuloso desde que entrei pro grupo, esse que não existe… porém fazemos vários trampos juntos, como se fossemos um grupo, tomamos algumas decisões em conjunto,
efeefe: Disse bem. Algumas.
>>consultamos o grupo para tirar algumas dúvidas, apesar do grupo não existir ele existe, está claro isso pra você ?
efeefe: Existe um grupo de pessoas. Mas MetaReciclagem não é só esse grupo de pessoas. E por quê? Basicamente porque não somos uma entidade, ou empresa, ou simplesmente uma lista de discussão. Porque as pessoas
envolvidas com a MetaReciclagem não têm, todas, o mesmo grau de envolvimento, e isso é umas das coisas que, pra mim, mantém a correria interessante. Tem nego entrando de cabeça e dedicando a vida, tem nego mandando uma mensagem por mês. Se colocamos todos no mesmo saco, “o grupo MetaReciclagem”, e tentamos nos obrigar a tomar decisões coletivas, vão rolar distorções. Se tentamos excluir quem não tá na correria diária, perdemos muito da essência e das novas idéias que circulam entre essa galera. Por isso MetaReciclagem é uma metodologia descentralizada. Estou certo que tem espaço pra pensar tanto na metareciclagem como um nome pra ações quanto no MetaReciclagem como um grupelho organizado. Entretanto, isso pode dar problemas fora. A partir do momento que a MetaReciclagem passa a interessar à folha de são paulo e que a martinha fala sobre “a ong MetaReciclagem” em
uma palestra na semana de inclusão digital, é necessário que a gente defina pelo menos o que a gente não é. Não somos só uma idéia circulando em uma lista de discussão e weblogs e wikis, é claro. Mas também não
somos só um grupo de pessoas instalando GNU. Tem mais, conceitualmente, e tem mais na prática. Estamos propondo, e estamos fazendo, coisas totalmente novas por aqui. E justamente por isso não podemos nos
apegar à maneira antiga de fazer as coisas: um grupo de pessoas trabalhando juntas, põe um nome e passa a faturar tudo nesse nome. Até porque, sem querer ser repetitivo, a metareciclagem não se limita às pessoas que estão envolvidas na correria do dia a dia. Pensar grande pra andar bastante…
>>Esse conceito do grupo que não é grupo, mas um flash-mob contínuo
efeefe: esquece flashmob. viagem essa tua idéia fixa.
>>é super complicado de entender principalmente quando o interessado procura por um grupo de pessoas com um trabalho em comum, meu caso, ou instituições ou ONGs que procuram parcerias com o grupo… o que é impossível já que o grupo não existe.
efeefe: Pensa por outro lado. Um monte de gente entrou na lista@metarec não pra necessariamente trampar com GNU, mas pra pensar e debater novas formas de transformar a tecnologia para mudar a vida das pessoas.
Se metareciclagem se limitar a santo amaro, agente cidadão, santo andré, olido, caju4, o que sobra pra essas pessoas? Não falar nada nunca, porque não estão envolvidos com os trampos?
>>Superei essa dificuldade de entender o grupo enxergando o grupo como um grupo, mesmo contra a vontade do grupo, só tomo o cuidado de não chamar o grupo de metareciclagem na frente do grupo, ou o grupo que não existe pode se zangar… deu pra entender ?
efeefe: =P
>>Na prática o grupo existe mas seu nome não pode ser pronunciado “formalmente”, mas sim apenas para fins didáticos e não comerciais…
efeefe: Na prática o nome MetaReciclagem é uma bandeira pirata, usamos quando necessário pra subverter preconceitos mentais de pessoas que ainda pensam como no século XX - a marca Kolynos é dentes brancos, a marca Omo é roupas brancas, a marca Medellin é outras coisas brancas. Não podemos acreditar no poder da marca. Não podemos levar “o metareciclagem” a sério, porque nada pode ser levado a sério. Essa correria toda que a gente faz é só o começo de uma pusta época de inovação. Anota aí: daqui a sete anos a gente vai olhar pra trás e rir. Ou chorar. Não podemos acreditar que o que já fizemos até agora é a grande revolução. Essa ainda nem começou.
>>Quando falo do grupo para pessoas de fora, chamo de “metareciclagem”,
efeefe: Perfeito. Estratégia pirata.
>>quando saio de casa para encontrar o grupo digo a minha mãe que fui encontrar o “metareciclagem” pois se disser que fui ao encontro do grupo que não existe ela pode achar que estou com febre.
efeefe: Melhor ainda.
>>Não leve muito a sério essa história do grupo que não existe, o grupo existe mesmo sem existir, é inevitável.
efeefe: Sim. Existe e depois inexiste. E existe como conceito com todo mundo que quer conversar sobre tecnologia social. E existe como identidade de um grupo de pessoas que está trabalhando em menos de meia dúzia de projetos.
>>Apesar do grupo não existir ele produz uma série de coisas
efeefe: “O grupo” não produz nada. As pessoas, sim. E chamam isso de metareciclagem porque lhes convém. Qualquer abstração maior que isso é vício no século XX. Na minha opinião. E não existe maior prova disso do que o fato de que qualquer um pode discordar de mim e usar o nome de outra forma.
>>As várias pessoas que compõem o grupo produzem em suas áreas de maior interesse, eu por exemplo gosto de escrever tutoriais em txt, relacionados a distribuições linux, gosto de experimentar desktops leves As várias pessoas que compõem o grupo produzem em suas áreas de maior (como o FVWM), escrevo material didático para alguns cursos etc.E é desse jeito que a coisa caminha, analisando as necessidades do conceito metareciclagem e desenvolvendo soluções para que outros grupos/ONGs/pessoas apliquem essas técnicas.
efeefe: E justamente por isso metareciclagem não se limita aos quatro-seis labs nos quais o dalton, o fernando, o mota, o thiago, o hernani e o felipe estão envolvidos.
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