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MutiraooMetaReciclagem

por hdhd em 05/10/2006

O MetaReciclagem foi concebido num modelo colaborativo sob o conceito do projeto Metá:Fora. Este conceito tem como foco o desenvolvimento de tecnologia voltada para a potencialização de redes sociais, criando alternativas para interconectar e integrar comunidades geograficamente dispersas.

A informação é dinâmica. Tudo acontece seguindo alguns traços. Como uma pintura que ganha força nas nuances e nos tons das tintas que são sobrepostas. Uma construção em que a base fica estampada no acabamento.

Assim, a dinâmica da tríade da informação livre é uma decisão que deve ser tomada desde a base à interatividade. O hardware; a infra-estrutura física para acesso à rede depende de decisões, que são importantes no processo. Como o bater de asas de uma borboleta, a escolha vai ser definitiva para a arquitetura da rede. No MetaReciclagem optamos pelo hardware de “doação” - Pentium 100 com 32 de ram (ou configuração semelhante). Ou seja, o hardware padrão, que é objeto de doação e que nas empresas não têm mais utilidade. Esta opção é função inequívoca nos desdobramentos do projeto. A escolha do hardware define as novas escolhas que faremos no desenrolar do projeto.

O projeto MetaReciclagem trabalha com o primeiro estrato da tríade da informação, a infra-estrutura física. Trata-se de um projeto que tem por objetivo coletar, triar e reciclar microcomputadores usados e torná-los minimamente operacionais para a realização de operações básicas em projetos sociais: edição de textos, planilha de cálculo, acesso à web e troca de mensagens. Eventualmente, são utilizados microcomputadores com um perfil mais avançado para projetos que envolvam a produção, pelos usuários, de conteúdo multimídia. Dois aspectos são fundamentais no projeto Metareciclagem:

• A utilização de software livre, por motivos econômicos, escalonabilidade do software em relação ao equipamento e na redução da dependência de fabricantes de software;

• A inversão do paradigma do "acesso" à tecnologia. Os equipamentos encaminhados pelo projeto não são simples terminais de acesso. São estações de produção colaborativa.

Utilizamos também uma gama de outros softwares livres orientados para a continuidade dos projetos. Todos esses softwares trazem na bagagem o senso colaborativo, pois o software influencia a interação nas comunidades.
Não só pelo lado da sustentação de um modo de produção colaborativo, mas pelo espelho virtual que o software livre reflete nas mentes das pessoas. Lembre-se que o software livre é apenas a ponta do iceberg do conhecimento livre.

Isso não tem nada a ver com as máquinas. Máquinas apenas dão o suporte para a colaboração e interatividade. Computadores são apenas ferramentas que potencializam a conversação entre pessoas comuns.

A dinâmica da informação não é uma equação balanceada. Hardware e software só podem ser entendidos em importância se estiverem servindo à integração da humanidade. Por uma nova realidade, pois pessoas querem estar com pessoas.