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NosRede

Rascunhos

 

nota do efeefe: não faço idéia de quem escreveu esse texto...

''Rascunhei esse textinho, mas acho que dá pra explorá-lo mais. Alguém se habilita?''

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==  :: Nós na Rede ::  ==

Nós na rede. Há duas interpretações, distintas mas complementares, nessa singela expressão. A primeira, óbvia, trata do *nós* como pronome pessoal, inserido na rede mundial de computadores, a web. E há a tradução literal de uma imagem como a de uma rede de pescadores, por exemplo.

O que faz a rede são pequenos nós artesanalmente trançados. Mas o que pega, prende os peixes são os buracos entre os nós da rede. O nada. O que fazemos na rede, nós, os nós, é potencializar o uso efetivo da rede: os peixes pescados vão, no final das contas, alimentar toda a comunidade, e até mesmo quem nem mesmo conhecemos.

Esses nós não são meras amarras. Trazem embutidos todo um conhecimento, uma técnica imemorial repassada de geração a geração. Em nenhum momento, em toda a história, cogitou-se a hipótese de se patentear essa técnica, deixando livre a oportunidade de os pescadores continuarem a prover de alimentos suas comunidades.

Nosso *peixe*, agora, é a informação. Preenchemos os buracos da rede, exponencialmente, com informações. E as distribuímos livremente para (retro)alimentar toda a comunidade.

Pensei na imagem da rede de pescador, mas ocorre-me agora que é muito mais rica do que imaginei. Os primeiros cristãos, perseguidos, marginais, identificavam-se pelo símbolo de um peixe. Era, exatamente, o alimento que compartilhavam em comunidade. E era símbolo da vida, da recriação permanente da própria comunidade.

A mesma comunidade marginal e perseguida que sobreviveu baseada em princípios fraternais, solidários, colaborativos.

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''P.S.: desprezem-se, aqui, os aspectos mercantilistas a que a pesca foi submetida, e revoguem-se igualmente os fundamentalismos conservadores (!) religiosas. Falei apenas das primeiras comunidades cristãs.''