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ProjetoMetaFora

HistoricoMetaReciclagem > ProjetoMetaFora

Nota do efeefe: não sei quem escreveu esse texto

=  História do projeto Metáfora  =

["Bases Conceituais Metáfora"]

O projeto Metáfora teve seu início no dia 28 de junho de 2002, mais precisamente as 15:41h, numa lista de discussão dentro do ambiente de colaboração do YahooGrupos. Vale a pena relatar aqui a primeira mensagem que foi enviada para a lista, pois ela simboliza e sintetiza muitas das premissas e dos pontos de confluência que atraíram muitos colaboradores com o passar do tempo.

"Hoje em dia, a maior dificuldade para se começar um projeto de pesquisa é a definição do nome. Que nome dar a um projeto que tem por objetivo entender e propor aplicações para uma realidade em que passaremos do online/offline para uma cultura permanentemente conectada? Como definir uma cultura em que definir o nome de um projeto é mais difícil do que estabelecer um fórum de comunicação entre seus membros? E isso é só o começo. Virtualização da presença, k-logs, m-logs, RSS, telecentros comunitários, inteligência coletiva, o novo nomadismo, são alguns dos assuntos que vão nos guiar." (Felipe Fonseca, 2002)

Estabelecia-se então um corpo inicial de tópicos para discussão, como a própria mensagem se refere. A idéia era atrair pessoas que caminhando no cyberespaço pudessem estar em busca de um ambiente de interação em torno de idéias que buscassem contextualizar as novas tecnologias, seus efeitos e impactos sociais, uma forma coletiva de tradução e interpretação de novas idéias e possibilidades. Iniciava-se dessa forma, o projeto Metáfora.

Pensado e idealizado por alguns dos atores mais influentes e ativos do universo dos blogs brasileiros, como Felipe Fonseca e Hernani Dimantas, o projeto Metáfora tinha por objetivo catalizar as discussões e as práticas em torno da mobilização do blogverso como meio estruturador e articulador dos fluxos de pensamento e ação da Internet brasileira. Amparado pela intensa e capilar rede social dos dois, o projeto Metáfora se lança como possibilidade agregadora e aglutinadora de iniciativas, se torna um ponto de referência em torno do qual muitas pessoas ainda desarticuladas e iniciando suas descobertas no mundo dos blogs começaram a girar e estruturar suas idéias.

Muitas pessoas foram chegando, trazendo diferentes conhecimentos e diferentes visões a respeito dos assuntos que circulavam por um fluxo cada vez maior de emails dentro do ambiente de colaboração. Quem iniciou a lista de discussão foram Felipe Fonseca e Hernani Dimantas, chamando para participar logo em seguida o Paulo Colacino e o Daniel Pádua. Vale citar aqui alguns dos principais nomes (principais por serem as pessoas que traziam vitalidade à lista, enviando novas mensagens, colaborando com respostas a outras mensagens, desenvolvendo projetos, etc.), suas origens, sua primeira aparição e os desdobramentos desses caminhos ao longo do tempo. A partir deste núcleo inicial, que permaneceu como núcleo central durante um bom tempo, o projeto começou a atrair a atenção de diversos blogs, jornais e revistar online e outras listas de discussão, atraindo diversas pessoas que circulavam pelos mesmos assuntos de interesse.

O grupo inicial, devido já a algum tempo de experiência em práticas relacionadas a sistemas de comunicações e comunidades, foi alimentando de novas idéias e possibilidades o universo dos novos membros que iam chegando. Criado e moderado de forma horizontal, o Metáfora se constituiu num pólo de experimentações com aquilo que viria a ser chamado futuramente de Tecnologia Social.

A partir deste ponto, o Metáfora lançou diversos projetos e iniciou relacionamentos externos a própria comunidade, buscando captar recursos e parceiros como meios de viabilizar experimentações em torno de suas idéias e projetos.

==  Rede de projetos e experiências do Projeto Metáfora  ==

["Imagem:Met%C3%A1fora.png"]

===  Buzzine  ===

Buzzine é uma nova revista. Um trocadilho triplo que mostra a essência deste projeto editorial. Buzzine é uma revista de negócios. Diferente dos moldes que conhecemos, pois apresentamos o ponto de vista dos mercados digitais. Uma maneira heterodoxa de tratar a nova economia. A inspiração vem da cultura hacker, onde uma nova ética vem substituir a velha ética protestante, que impulsionou a era industrial. Na era do conhecimento buscamos uma nova forma de pensar e trabalhar. Mas a maior fonte de inspiração vem do Manifesto Cluetrain (Manifesto da Economia Digital; Editora Campus; 2001). Chris Locke, David Weinberger, Doc Searls e Rick Levine decretam o fim dos negócios como conhecemos. Neste novo conceito desenvolvemos nosso projeto editorial.

===  Recicle1Político  ===
O projeto Recicle1Politico aconteceu a primeira vez em 2002 como uma grande proposição para que se desenvolvessem projetos utilizando o lixo eleitoral que lotam as cidades brasileiras em ano de eleição.

Em 2002 tínhamos mais um ano de eleições e a sujeira pelas ruas das nossas cidades estava cada vez maior... Muitas pessoas têm feito interferências na propagandas políticas, ou feito ações que questionam essa forma dos políticos "venderem" sua candidatura (ou "tentarem atingir") seu "público alvo", como se fossem produtos.

Reciclar, retornar a matéria-prima ao ciclo produtivo, aproveitar os resíduos, adicionar significados, interferir, recombinar...

Recicle 1 Político é um movimento orgânico, surgido no meme das redes de livre apropriação de idéias. Somos os novos Recicladores Visuais. Reciclantes. E vamos reciclar a cara dura de quem suja as ruas em nome da cidadania.

Em 2002 a poluição visual das cidades com a propaganda política atingiu proporções vergonhosas. A lembrança de tanto desperdício, desmando e desrespeito generalizado deixou um material como o plástico polipropileno de baixa densidade, usado na maioria das faixas e cartazes, impermeável, não biodegradável mas com múltiplas aplicações, abundante e onipresente primeiro nos postes, praças, ruas e avenidas e depois nos depósitos de lixo, rios e aterros do país.

Limpamos. Damos novas perspectivas à nossas manifestações. Nosso protesto foi apropriar e coletar uma parte deste material, reciclar e reaproveitar o que nos foi possível mostrando àqueles que ofendem nossa inteligência e cidadania como fazer uma ação política e um uso da mídia verdadeirmente sincronizado com nossa realidade.

As "lonas colchas de retalhos" serão utilizadas de diversas formas em ações descentralizadas em capitais do Brasil, país que recicla apenas 2% de seu lixo.

Recicle 1 político é também a sua forma de agir a pensar a política cotidiana.

===  GASLI  ===

A máquina pública brasileira gasta anualmente milhões de dólares em licenças de uso de softwares como o Windows, para que seus funcionários executem tarefas que poderiam ser desempenhadas sem mais dificuldades em sistemas livres e abertos, como o GNU/Linux.

Este desperdício óbvio traz dois prejuízos diretos para o Brasil:

1. Os gastos anuais em software proprietário, inflados, limitam nosso orçamento para investimentos em educação e na democratização da informática.

2. O conhecimento necessário para promover aperfeiçoamentos na nossa estrutura de informática mais vital - a do Estado - fica nas mãos de grandes empresas, em sua maioria estrangeiras, tornando nosso governo dependente de grupos quase sempre descompromissados com nossa realidade social e que cobram cada vez mais por produtos quase sempre cheios de defeitos, devido à incapacidade do modelo proprietário de software em atualizar e melhorar de forma personalizada na velocidade que as redes de informação exigem.

Assim, para nós, profissionais da computação e conhecedores da tecnologia, é um dever pressionar o Estado para a adoção preferencial de alternativas livres e abertas aos softwares proprietários usados nos órgãos públicos.

Recentemente, um grupo de parlamentares, conhecidos na Internet como a "bancada livre", tem defendido projetos de lei que, se aprovados no Congresso, tornarão prioritário o uso das alternativas livres no Estado, como já foi feito em países como Inglaterra, França e Alemanha.

Para facilitar a aprovação destes projetos, organizamos o Grupo de Argumentação para o Software Livre - um grupo de trabalho e pesquisa que reunirá em um guia os argumentos técnicos necessários para esclarecer ao país as vantagens desta proposta. Depois de pronto, o guia será enviado aos parlamentares e à mídia, juntamente com um abaixo-assinado que colocaremos na Web. E então começaremos uma campanha estilo selo-no-blog para facilitar a participação de mais pessoas em defesa do software livre no Estado.

===  MetaONG  ===
MetaONG é uma comunidade de notícias e artigos para o Terceiro Setor, onde os próprios usuários definem o que é publicado.

 * Compartilhar: o MetaONG permite que qualquer usuário envie artigos para publicá-lo no site
 * Discutir: usuários do MetaONG podem discutir livremente qualquer artigo publicado. Estes comentários são arquivados juntamente com cada artigo
 * Pesquisar: todo o conteúdo enviado ao MetaONG é incluído em um banco de dados, onde os usuários podem pesquisar por artigos passados. Assim, o MetaONG poderá ser uma útima fonte de pesquisa para o Terceiro Setor.

O Terceiro Setor é servido por excelentes fontes de notícias na Internet: RITS e Instituto Ethos são apenas alguns exemplos. Estes sites adotam o modelo de "portal", onde existe uma equipe editorial definindo e criando o conteúdo a ser publicado. O nosso objetivo era complementar o trabalho destes sites, disponibilizando um espaço livre onde os usuários possam submeter e comentar qualquer tipo de conteúdo.

O MetaONG é mantido por um grupo de profissionais de tecnologia e Internet, que perceberam a necessidade de um site onde a comunidade de profissionais do Terceiro Setor possa compartilhar conhecimento. Esta necessidade foi exposta primeiramente através da lista de discussção 3setor, e posteriormente a idéia foi aprimorada e implementada pelos integrantes do Projeto Met�:Fora.

===  BlogChalking  ===

Projeto desenvolvido majoritariamente por Daniel Pádua.

A idéia era criar um sistema de busca no Blogger que permita procurar blogs por país, cidade e até bairro.

Segundo Daniel, "Nós temos nossos blogs, gostamos de ler uns aos outros e seria legal descobrir blogs de pessoas morando perto de nós. Mas não tem site de busca para isso. Então a gente vem aqui e usa um formulário simples para gerar um código HTML especial para colocar nos nossos blogs. Ele contém nossa informação geográfica. Então esperamos que os sites de buscas nos "pesquem", com o código. Com isso, esperamos ser capazes de pesquisar blogs de uma região específica, usando estes sites."

===  Provos  ===

Provos foi um evento que visava interconectar pessoas por meio de oficinas, palestras, seminários, mesas-redondas, intervenções artísticas e exibições de vídeos inéditos no Brasil gratuitamente. Com discussões sobre comunicação comunitária, jornalismo contemporâneo, questões sociais da América Latina e Palestina, o evento tinha por objetivo apresentar ao público local a realidade global.

===  Mídia Tática Brasil  ===

O Mídia Tática Brasil é um aglomerado de hacktivistas, designers, escritores, blogueiros, DJs e outros exemplos ainda mais diversos e improváveis da fauna internáutica. O trunfo foi um evento realizado em março de 2003, com a de abertura de Gilberto Gil (Min. da Cultura), John Perry Barlow (EFF) e Richard Barbrook (HRC). Só para coroar, Fran Ilich (Borderhack) e Derek Holzer (N5M) também participarão de eventos.

Não é de hoje que as mentes que planejam o Mídia Tática Brasil fazem furdunço na Web. O evento nasceu intrinsecamente ligado ao Projeto Metáfora, onde estão vários projetos colaborativos de ativismo online. Entre os organizadores estão Giseli Vasconcelos e Tatiana Wells do Metáfora e Ricardo Rosas do Rizoma.

O Next Five Minutes (N5M.org) é o projeto de mídia tática original. Assim como o projeto a ser lançado no Brasil em março, o N5M vale-se de artistas e profissionais voluntários que usem a Web como uma arma de questionamento da produção cultural. Derek Holzer é o organizador dos eventos do N5M e estará no Brasil auxiliando o Mídia Tática Brasil a iniciar seus trabalhos. Foi Holzer que, através da lista de arte eletrônica nettime, deu início ao Mídia Tática Brasil.

Apoiaram o evento o SESC, Ministério da Cultura, Senac, Casa das Rosas, Conrad Editora e Best Solution. O ministro Gilberto Gil discutirá com John Perry Barlow (Electronic Freedom Foundation) e Richard Barbrook (Hypermedia Research Centre) o ativismo online no Brasil e no mundo.

===  MetaReciclagem  ===

MetaReciclagem é principalmente uma idéia. Uma idéia sobre a reapropriação de tecnologia objetivando a transformação social. Esse conceito abrange diversas formas de ação: da captação de computadores usados e montagem de laboratórios reciclados usando software livre, até a criação de ambientes de circulação da informação através da internet, passando por todo tipo de experimentação e apoio estratégico e operacional a projetos socialmente engajados.

MetaReciclagem é uma metodologia, um nome que algumas pessoas usam para definir e identificar uma maneira de lidar com a tecnologia, e que tem por objetivo a reapropriação tecnológica para a transformação social. MetaReciclagem, estruturalmente, aproxima-se mais de um movimento que surgiu de baixo para cima e que permanece aberto a quem quiser participar. É por isso que a MetaReciclagem não tem sedes, mas esporos: pessoas fazem MetaReciclagem em um lugar. Outras pessoas ficam sabendo, decidem fazer MetaReciclagem em outro lugar e saem fazendo. E não precisam passar por um processo longo de aprovação, basta conversar com todo mundo na lista e pronto.

====  Parque Digital  ====
Entendemos o Parque Escola não apenas como um parque, mas como um local onde a comunidade pode exercer essa convivência através de projetos de integração do meio ambiente com a tecnologia.

O Parque Escola tem uma linguagem própria. Além de ser um complexo botânico, tem como premissa a reciclagem e o aproveitamento de materiais para o conforto da comunidade. Podemos, assim, pressupor que o projeto parque Escola está focado nas técnicas de reciclagem e no preservação do meio ambiente.

Uma análise do projeto Parque Escola nos leva a entender a necessidade de uma maior integração com as novas tecnologias. Apesar dos projetos do CDISP e o N@ Escola estarem sediados no Parque Escola, acreditamos que existe um gargalo tecnológico, ou seja, uma falta de adequação entre a linguagem de construção proposta pelo Parque Escola, com a linguagem educacional trazida pelos projetos citados.

O Parque Digital tem trabalhado com o intuito de levar as tecnologias às pessoas, mas de forma descentralizada e de baixo para cima. Nossos objetivos estão no aprendizado, no engajamento das pessoas às comunidades e na integração dos atores em questão. Não se trata de adequar as pessoas às tecnologias que são padrão no mercado, mas de adequar a tecnologia às necessidades e desejos das pessoas.

O Projeto Parque Escola, contemplando sua linha de atuação dentro do conceito da dinâmica da informação vem pesquisando formas de implantação de redes wireless que possam seguir aos seguintes quesitos:

1.materiais de baixo custo e preferencialmente reciclados, como computadores antigos, placas usadas, antenas montadas com recursos alternativos, entre outros artifícios;

2.utilização de software livre, incluindo sistema operacional GNU/Linux, drivers de sistema controladores das interfaces das placas, sistemas de monitoramento da rede, entre outros.

3. Fácil instalação e manutenção, de tal forma que qualquer agente, com um mínimo de capacitação, possa tornar-se responsável pelo acompanhamento cotidiano das redes instaladas, ficando dessa forma as comunidades locais plenamente capazes de realizar a autogestão de suas próprias redes e com conhecimento técnico suficiente para replicar o projeto em outras comunidades em seu raio de influência.

4.Estimular a troca de informação e a criação de uma comunidade nacional de desenvolvedores de projetos abertos e livres na área de redes wireless, fornecendo, dessa forma, uma importante contribuição à independência tecnológica e alternativas técnicas à construção de redes livres.
Laboratório Experimental

Para atingir a maturidade em termos dos potenciais a serem desenvolvidos nessas redes WiFi?, consideramos importante a construção de um laboratório experimental para servir como plataforma de teste para a pesquisa tecnológica aplicada, bem como da experimentação com ferramentas de interação, como weblogs, P2P e gerenciamento do conhecimento, entre outras. Além disso, o objetivo deste projeto piloto foi construir uma metodologia de trabalho e implantação que possa ser replicada em cidades, instituições e grupos dos mais diversos.

Dentro deste ambiente, o projeto foi pensado nas seguintes etapas:

1ª. Montagem de um laboratório de teste, interconectando os equipamentos adquiridos, medindo a largura de banda oferecida e testando as diversas configurações e arquiteturas oferecidas. Essa etapa deverá ser implementada no período de um mês, gerando o conhecimento técnico básico para a construção de rede WiFi baseada nos equipamentos de acesso e replicação de banda acima descritos.

2ª. Implementação das ferramentas de interação e análise do comportamento da rede sob o efeito de tais sistemas. Essa etapa deverá ser implementada no período de um mês. Essa etapa deverá ser implementada no período de um mês, gerando uma plataforma operacional para a rede construída na 1ª etapa.

3ª. Montagem de uma planta teste em uma entidade social, monitorando do uso da rede como forma de obtenção de estatísticas de acesso e análise da solução desenvolvida. Essa etapa deverá ter uma período mínimo de um mês, gerando ao seu final documentos de análise dos resultados obtidos.

Com base nas atividades acima descritas e nos equipamentos a serem adquiridos, prevemos um orçamento total para o projeto da ordem de R$ 20.000,00, sendo esse valor aplicado na aquisição dos equipamentos e na execução do projeto ao longo do período de duração.

A construção desse projeto piloto visa viabilizar a relação entre a tecnologia de rede WiFi e comunidades que, por diversas razões, possuem restrições ao acesso das possibilidades hoje oferecidas pela Internet. Construindo e disponibilizando coletivamente o conhecimento adquirido na realização de tal projeto de pesquisa, estaremos contribuindo para a construção e desenvolvimento de estruturas de acesso que possam efetivamente contemplar projetos de inclusão digital em realidades geográficas diversas, onde as soluções já classicamente estabelecidas não poderiam atingir seus objetivos.
Cooperativas

Conseguimos finalizar a estruturação, a instalação do projeto metareciclagem e a criação de uma rede wifi que abrange o parque escola e o seu entorno. Após este período, houveram eleições municipais em Santo André e o projeto original ficou praticamente estagnado. Algumas ações periféricas foram desenvolvidas, mas sem apoio significativo por parte do governo local.

Máquinas recicladas foram então doadas a cooperativas incubadas pela prefeitura com o objetivo de criar um laboratório piloto de informatização de empreendimentos populares com base em software livre.

Onde?

- Coopflora: pequena cooperativa de ex membros dos mutirões de rua da cidade na área de jardinagem e plantio.

- Cooperativa Olho Vivo: pequena cooperativa de costureiras e confecção.

- Cooperativa de Reciclagem de Papel

- CoopCicla: cooperativa de reciclagem de lixo. Trabalhadores de rua (127) reunidos num galpão nos confins da cidade que recebem o lixo da região de santo andré (isso inclui outras cidades). Eles recebem computadores, de vez em quando, e costumam vender pelo peso. Acordamos em receber estes computadores para recilagem. Em troca de consertaremos
os deles para deixarmos no escritório. O link wifi não chega lá.

O acesso e treinamento do pessoal destas cooperativas e/ou comunidades pretendeu descentralizar a forma de inclusão digital. Focando na formação de redes sociais, ao invés de pensarmos na empregabilidade. Pois o acesso à rede e a circulação da informação no projeto tende a catalisar e potencializar o capital social nestas comunidades.

Através da implantação de um projeto como o Parque Digital propomos a ocupação dos recursos pela comunidade. Ou seja, esta descentralização pressupõe a criação de uma rede social de baixo para cima. Uma inteligência coletiva se estabelece neste ambiente caótico. E não estamos falando apenas de tecnologia. As pessoas poderão agregar valores aos seus projetos pela
simples imersão cultural proporcionada pelo acesso à informação (leia também acesso a modelos de negócios e de organização administrativa)

ComunidadeParqueDigital

O grande poder transformador da Internet não está tão ligado ao acesso à informação. Os meios de comunicação de massa já o provêem de maneira ampla há pelo menos quatro décadas. O que posiciona a internet em um ponto de transformação, e não somente inovação incremental, é a possibilidade de comunicação "muitos para muitos".

Qualquer pessoa conectada à Internet pode simultaneamente acessar e produzir informação. O projeto ParqueDigital fornece uma estrutura lógica para integrar as conversas online das comunidades interconectadas.

Na prática, consiste em um portal de relacionamento cujo conteúdo é construído e moderado, de maneira colaborativa, pelos próprios usuários. As ferramentas de interação envolvem notícias enviadas pelos usuários, fórum de debates, enquetes, diários pessoais (weblogs), livros colaborativos, mensagens particulares, bate-papo e várias outras. O motivo para a multiplicidade das formas de interação é possibilitar que cada usuário escolha as ferramentas mais confortáveis. Além de fatos pontuais, os usuários são incentivados a enviar opiniões, artigos sobre suas especialidades, novas idéias e comentários sobre o que os outros enviam. Os resultados a médio prazo são a criação de uma base de conhecimento comum, que possibilita o aprendizado distribuído, e a formação de uma rede de inovação que reverte em benefício para todos.

Exemplos de aplicação de projetos de "Comunidades":

- Buzzine - revista eletrônica aberta sobre tecnologia e negócios, moderada por todos os usuários.

- MetaOng - agência de notícias auto-gestionada abrangendo terceiro setor e empreendedorismo.

- Telecentro - sistema de publicação coletiva e descentralizada utilizado num workshop no telecentro de Cidade Tiradentes, em São Paulo.

- LigaNois - publicação coletiva e descentralizada para conexão de diversas idéias

- Colaborativo - publicação coletiva e descentralizada utilizado num workshop no telecentro do Jardim Copacabana, em São Paulo.
Cursos & Workshops

Um dos objetivos do Projeto "ParqueDigital é a recuperação da voz humana, ou seja, a utilização das tecnologias e ferramentas que possibilitem às pessoas o exercício da cidadania em sua totalidade. E através das opiniões, publicações, do copiar e colar e, principalmente, do engajamento em comunidades de interesse.

Os 'Cursos' tem como foco a criação de cursos, seminários e Workshops destinados a inclusão das pessoas às tecnologias. Não apresentamos receitas, ou cursos de habilitação à informática. Atuamos às avessas, pois mostramos as possibilidades, o porquê da utilização desta tecnologia. Não pretendemos ensinar. Pretendemos dar condições de aprender.
Biblioteca

Tendo em vista que os computadores eram reciclados no próprio Parque Digital, pensamos que seria interessante montarmos uma infra estrutura lógica para atender a biblioteca. A criação de uma biblioteca digital nos moldes do Comunidade do Parque será de grande valor à comunidade, bem como, atenderá as expectativas das diretrizes do Parque Digital. Basicamente, tivemos:

1. Disponibilização de computadores reciclados pelo projeto "MetaReciclagem"
2. Adequação do hardware à finalidade.
3. Criação de uma comunidade para pesquisar e identificar relacionamentos da biblioteca digital com outras comunidades.
4. Adequação de programas (software livre) para gerenciamento dos documentos. Rede p2p (ponto a ponto)

====  Sacadura Cabral  ====

Como consequência direta do projeto Parque Digital, escolhemos uma comunidade próxima do parque e que pudesse compartilhar da conexão de Internet Wifi do mesmo. Essa comunidade foi a Sacadura Cabral. Bairro de periferia de Santo André e recentemente urbanizado pela prefeitura, oferecia o cenário ideal para testar e desenvolver os conceitos de evetiva apropriação tecnológica pregada nos conceitos do MetaReciclagem.

Foi então criado um TeleCentro dentro do centro comunitário e um empreendimento popular, a micro empresa chamada InforMeta, em funcionamento até hoje. Foi a primeira e única experimentação real do projeto MetaReciclagem na área de geração de trabalho e renda.

====  Olido  ====
O Centro Cultural Galeria Olido, no centro de São Paulo (Av. São João,), é um complexo com cinema, salas de ensaio e apresentação de dança, galeria de exposições e mais uma série de atrativos. No terceiro andar, está planejado um espaço-modelo do projeto PontosdeCultura.

Por conta de uma parceria da Secretaria Municipal de Cultura, do governo eletrônico da prefeitura de São Paulo, do projeto Cibernarium, da cultura digital do Ministério da Cultura e do projeto MetaReciclagem, o Olido abriga, no mezanino acima do telecentro popular, um esporo de MetaReciclagem planejado especialmente para esse fim. Integrantes do projeto MetaReciclagem planejaram a implementação do espaço, que hoje sedia ações de reciclagem de computadores, aprendizado informal e seminários técnicos.

Os responsáveis pelo esporo OlidoCibernarium são Willians (Fejuada), Julio e Joe.

====  Autolabs  ====
O projeto Autolabs aconteceu dentro do projeto Cajus, Centros de Ações Juvenis, uma parceria da Prefeitura Municipal de São Paulo com a Unesco, Fiat e LaFabbrica com diversos grupos independentes. Previa a montagem de estrutura e a realização de oficinas de apropriação tecnológica e produção midiática para trezentos jovens da Zona Leste de São Paulo, organizadas em parceria com o Mídia Tática (http://midiatatica.org).

A participação do MetaReciclagem deu-se em diversos níveis: desde a elaboração do projeto, passando pela doação de 45 computadores em parceria com o Agente Cidadão e a montagem de três telecentros, seguida pela realização de oficinas de reciclagem de computadores e um processo mais aprofundado de capacitação técnica e orientação para a criação de um empreendimento auto-gestionado de suporte e assistência técnica.

Devido a diversas complicações gerenciais que fugiram do controle dos grupo envolvidos, acentuadas pelo encerramento do projeto em plena época eleitoral, não houve condições para a continuidade do projeto. Tivemos também uma série de dificuldades técnicas que podemos atribuir tanto ao pouco tempo para montagem das estruturas (menos de duas semanas) e a uma certa inércia das partes envolvidas em aprender novas formas de utilizar a tecnologia. Em termos objetivos o projeto foi um grande fracasso, gerando atrito atrás de atrito com oficineiros, bolsistas e coordenadores. Mas o saldo de aprendizado foi gigantesco. O projeto Autolabs nos fez amadurecer e adquirir experiência fundamental para novos projetos.

====  Cybersocial  ====
O projeto CyberSocial foi uma L4N criada em parceria com o Agente Cidadão dentro do Shopping SP Market, durante o I Mês Social. Foi a primeira vez em que montamos um laboratório completo, com um servidor exportando o ambiente gráfico para clientes diskless reciclados ("terminais burros") e pintados. Os computadores foram pintados pelo artista plástico Glauco Paiva, e o CyberSocial contou com cursos abertos cobrindo diversas áreas, técnicas e conceituais.

==  Hernani Dimantas  ==

Tinha 42 anos no início da lista.
Antes da criação do Metáfora, trabalhava no projeto Marketing Hacker e para a revista NovaE, além de outros projetos colaborativos.
Sentia a necessidade de criar um coletivo em potencial, organizar uma multidão, um movimento que necessitava ampliar a voz.
Hernani conheceu Felipe Fonseca numa lista de discussão, a WideBiz, onde felipe assinava seus emails como izquierdo, el horrible. Marcaram de se encontrar para uma palestra no MAM, onde se encontraram pela primeira vez. Perceberam nessas conversas que o que estavam blogando e o que as corporações estavam escrevendo eram vozes diferentes.

Sua primeira mensagem na lista foi:

"Acho a idéia da metáfora sensacional. Temos, no entanto, que se movimentar para os lados. Penso em inúmeras possibilidades com esse debate. Principalmente, na criação de um projeto coletivo de conversação com os mercados digitais. Fiz um texto sobre a metáfora e postei lá no Marketing hacker... é mais uma informação de baixo pra cima... e para os lados...

abs

hdhd"

==  Paulo Bicarato  ==
Paulo Bicarato, 33 anos no início da lista, jornalista. Morava em São Paulo.
No início do projeto Metáfora, trabalhava para o grupo Catho escrevendo uma newsletter sobre Tecnologias da Informação. Conheceu Hernani Dimantas na lista Widebiz e foi apresentado por este ao Maneco, da revista NovaE, onde começou a publicar artigos.

Sua primeira mensagem na lista foi:

"Bom, pessoALL, é o seguinte:

Por culpa do Izq, cá estou eu. Ainda tô fuçando nas mensagens já postadas na
lista, e em breve espero colaborar com meus parcos conhecimentos (isso *não*
é nenhuma espécie de metáfora, ok?).

Pra quem ainda não me conhece, é só dar uma olhada no *Alfarrábio*.

Ósculos & amplexos a todos,

:: Paulo Bicarato ::
Jornalista
http://alfarrabio.org/"

==  Daniel Pádua  ==
Daniel Pádua, 22 anos no início do projeto, webdesigner dissidente do circuito publicitário de Belo Horizonte, com prêmios e muito tédio. Estava experimentando trampos com sistemas de chão de fábrica, pra aprender mais sobre usabilidade, e testando tudo quanto é tecnologia de comunicação autônoma na web. Nas horas vagas escrevia o que eu achava disso tudo, e poesias para a minha amada de outrora.
Conheceu Felipe Fonseca através da lista Joelhasso e participava da lista ClueTrain, onde conheceu Hernani Dimantas.
Por acaso do destino, lançou uma brincadeira de sucesso mundial na web (blogchalking) no mesmo fim de semana que a lista foi criada. Por causa da repercussão, TODAS as portas se abriram. Não parou de conhecer pessoas em articulações que também não cessam. Foi morar em São Paulo  com Felipe Fonseca e Bia Rinaldi, membros do metáfora. Trabalhou no governo eletrônico da Prefeitura de São Paulo, a convite de Maratimba (André Passamani), também membro do Metáfora. Foi cuidar do site do ministério da cultura em brasília, sendo empregado por José Murilo Jr., também membro do Metáfora.

"a minha vida foi revirada e revirei a vida de muitas dessas pessoas, às quais estarei conectado para sempre, pelo visto. num sentido literal, o metáfora me pôs no mundo."

Sua primeira mensagem na lista foi:

"> Que nome dar a um projeto que tem
> por objetivo entender e propor aplicações para uma realidade em que
> passaremos do online/offline para uma cultura permanentemente conectada?

Aproveitando a deixa, e meio que imitando o Paulo, O Charlie Brown, lá na
lista Joelhasso, vou me apresentar:

Meu nome é Daniel Pádua, tenho 22 anos, capixaba mas residente de Belo
Horizone, morando com os pais, mas ajeitando a vida pra casar. Trabalho
como designer de interfaces e redator de web, numa produtora que ajudei a
fundar (a Stratta), e, durante o ócio criativo, escrevo no
http://dpadua.blogspot.com/ e dou uma espiada em tecnologias emergentes,
tipo redes sem fio, p2p e publicação instantânea, pra módi escrever uns
artigos quando dá tempo. Nas horas vagas, eu sento no bar e converso com o
povo, componho umas músicas, ou dou umas voltas nas casas de uns amigos.


Gostei da idéia da lista. Ducarai. Se me bater alguma outra coisa na
cabeça, eu escrevo de novo :)

Até,
Daniel"

==  Felipe Fonseca  ==

Sua primeira mensagem na lista foi a mensagem inicial, relata acima no texto.

==  Paulo Colacino  ==

Sua primeira mensagem na lista foi:

"Amigos

Primeiramente valeu Felipe pela criação do espaço. Vamos provar aqui
que várias cabeças, dão mais cabeçadas que uma só e juntas cabeceam
melhor do que sozinhas. É isso aí.

O segundo desafio é organizar isso aqui, se é que será possível. A
pergunta é: vamos ter um diretriz, projetos, um objetivo, ou vamos
discutir à esmo ? Caos ? Ordem ? Ou caordem ?

É que já escrevo e leio tantas coisas que fica difícil organizar as
idéias. O que acham se tivéssemos projetos seguindo a linha do Think
Cycle (http://www.thinkcycle.org/) ? Não precisaríamos de um site
para isso, mas aqui mesmo no grupo podemo organizar e discutir sobre
temas, usando a área de ARQUIVOS, BOOKMARKS...É uma idéa podemos
evoluir para isso ou não. (Já sei que o Felipe vai chutar isso mas
blz.)

Segue o trem.

[ ] 's

Paulo Ricardo Colacino
http://charlie.intelligent.com.br/"

==  Wagner Tamanaha - Tupi  ==

Sua primeira mensagem na lista foi:

"--- Em metafora@y..., "Daniel Pádua" <dpadua@s...> escreveu
> Nos EUA, Europa e Ásia, quem está montando as redes são
as próprias pessoas
> que as usam. Geeks, nerds e cia, pra ser mais exato...

Falai' metaforas,

Miliano eu li tb q na inglaterra neguinho achava q as empresas
q estao fazendo upgrade pra redes wi-fi poderiam disponibilizar
a banda ociosa de suas redes para a comunidade. Tipo
delimitar areas e horarios em q qq um pudesse usar a infra, e
nao deixar apenas os funcionarios. Se as redes privadas sao
usadas so' das 9 as 5 entao pra q desperdicar?

Se pam esse raciocinio justifica os movimentos tipo warchalk,
onde neguinho tem o dom de disponibilizar os pontos de
acesso, ids, senhas uscambau rabiscando no chao ou na
parede...

Outra possibilidade mais statusquo-friendly e' essa rede aqui
em pindorama comecar em espacos de convivencia tipo o q na
gringolandia rola nas starbucks, universidades, pa' e tal.


Demorou!


[  ]'s
Wagner"

==  Charles Pilger  ==

Sua primeira mensagem na lista foi:

"On 2 Jul 2002 at 10:49, Joelhasso wrote:
> E RSS ainda não encontrei nada, mas poderia ser algo
> semelhante: baseado em AvantGo.

Eu confesso que adoraria programar para o Palm, mas me falta algo
básico: um Palm, ou um emulador. Achei emuladores, mas sabe-se lá
porque eu tenho que ter um Palm para emular ele. Não entendi bem isso
:P

[]'s
--
Charles Roberto Pilger (charles@h...)
Webmaster/Webdeveloper do servidor institucional da Unisinos
Work: http://www.unisinos.br/ Personal:
http://www.charles.pilger.inf.br/
"Se você acha a educaçao cara, tente a ignorância" - Derek Bok"

==  Dalton Martins  ==

Dalton Martins, 24 anos no início da lista. Estava concluindo seu curso de engenharia elétrica na Unicamp e trabalhava como estagiário de engenharia de redes no CPqD, em Campinas. Morava em Campinas.

Sua primeira mensagem na lista foi:

"Fala, Pessoal !!!

Cheguei na lista ontem através de uma matéria no www.nominimo.com.br.
Reli várias mensagens desde o início do grupo e posso dizer que há
algo muito quente começando por aqui...
Vi as idéias do PR e curti muito. Vem bem ao encontro de várias coisas
que venho pensando e tenho vontade de contribuir de alguma forma...
Só para constar, sou Engenheiro Elétrico e estou fazendo mestrado na
área de tecnologias para desenvolvimento de aprendizagem colaborativa.
A idéia de trabalhar na periferia é ótima... Inclusive, não sei se é o
caso, mas dá para batalhar uma doação de computadores (Pentium 100 e
por aí vai) em algumas empresas da região aqui de Campinas...

Bom, é isso aí, espero poder colaborar com idéias, projetos e muito,
muito trabalho... :-)

[]´s
Danton
"Stay on target, Red 2!"  "

==  André Passamani - Maratimba  ==
Sua primeira mensagem na lista foi:

"> Fiquei besta com a simplicidade e a maravilha da ideia do
Daniel. Cheguei
> até vcs. Instigado entrei para lista para ver como vivem os
> metaforicos.
>
> Designer, 28, Mineiro no Rio. Tentando me informar sobre
coisas que não
> entendo, mas MUITO me interessam.

oi! tb vim aqui entender essa historia toda... :)"

==  José Murilo Jr.  ==

==  Bernardo Schepop  ==

Sua primeira mensagem na lista foi:

"Fiquei besta com a simplicidade e a maravilha da ideia do Daniel. Cheguei
até vcs. Instigado entrei para lista para ver como vivem os
metaforicos.

Designer, 28, Mineiro no Rio. Tentando me informar sobre coisas que não
entendo, mas MUITO me interessam."


==  Infra-Estrutura do projeto Metáfora  ==

a própria "infra metáfora" continua - migrou de yahoogrupos para projetometafora.org (host villago) e depois para colab.info (host próprio).