Território Anauá
“Ola, me chamo Pablo Boeri, moro em nova Colina e tenho 17 anos, faço parte do Ponto de cultura A Bruxa tá Solta e quero falar que adorei a idéia do projeto, foi uma idéia criativa e inteligente, pois é uma maneira de consertar a tão falada exclusão digital que é uma realidade de muitos do interior de roraima, espero vê-la aqui em breve, junto conosco. Até breve.”
O que é o PROJETO “TERROTÓRIO ANAUÁ”?
É a possibilidade de canalizar nossas idéias, necessidades, numa ação criada, organizada e programada pela própria comunidade, ou seja, ter em nossas mãos o “controle” das nossas prioridades, produzir o que é relevante para nossa comum_unidade.
Criar-produzir comunicação, fazer desse exercício: fotografar, documentar, entreter, publicar, etc. uma atividade positiva e marcante na formação do pensamento crítico de todos, para se transformar num grande ensaio ético e estético.
Aprendermos a dominar o equipamento multimidia e gerar nossos própria programação, atende hoje, uma de nossas principais necessidades.
Os avanços tecnológicos possibilitam que o cidadão brasileiro, organizado, assentado, possa fazer do rádio e da televisão instrumentos populares verdadeiros, de sua voz, de suas necessidades coletivas locais, regionais, de sua arte e cultura resistentes, sua política e economia solidária.
Em palavras mais abrangentes, é chegada a hora de nossa comunidade assumir o papel midiático: somos nosso próprio canal, somos o que produzimos, com a nossa “cara”, que é única e plural, como plural e única é toda e qualquer Comunidade.
E por tocar na comum_unidade, tocamos na criação comum, que alicerça todo nosso trabalho - o que vamos criar e produzir será disponibilizado de forma “livre”, seguindo a “licença da Arte Livre 1.3” que segue em anexo - todo o conteúdo produzido estará disponível na rede, mas para usá-lo, não é permitido que seja cobrado nenhum valor monetário, nem que seja usado por nenhuma empresa para se promover e, claro, quando usado que seja citada a fonte! E por citar Fontes [de conhecimento, inspiração, interativas e afins, é necessário que cite a Metareciclagem como fonte de inspiração e prática para meu trabalho, além ser um espaço de troca de conhecimentos, é um grande caldeirão mágico-tecnológico do qual fazemos parte. Para saber +, visite: http://rede.metareciclagem.org
Então, como vai funcionar na prática o projeto Território Anauá?
Vamos fazê-lo assim: respeitando as etapas das oficinas, descritas abaixo, o Projeto Território Anauá será criado_produzido coletivamente, tendo como fio condutor, o Teatro com o Grupo “xpto.......” que já está sintonizado com a Comunidade, atuando desde ............ então, já no primeiro encontro, será proposto que o grupo teatral transforme em esquetes todo nosso conteúdo, inserindo sua realidade e propondo um “jeito cênico” para digerir o que estamos estudando. Será proposto que, a cada fase terminada, façamos uma apresentação do que aprendemos em local público, como um páteo, um coreto, etc., nesse momento é fundamental a presença da platéia! Momento em que compartilhamos com todos o que estamos aprendendo. E aí, gravamos essa apresentação em vídeo e a transmitimos através da web, se possível, ao vivo. O material gravado será editado posteriormente pelo grupo e gravado em DVDs que serão distribuídos através do Ponto de Cultura “A Bruxa Tá Solta”. Durante todo o processo de aprendizado será sugerido que o grupo se reveze nas funções, para que todos tenham a oportunidade de experimentar atividades e escolher o que mais lhe agrade!
As atividades propostas, são: Fotografia, vídeo e ferramentas interativas através da web.
Objetivo
Fazer de nosso aprendizado uma ferramenta de libertação cultural, educacional, política, econômica, feita por quem assiste, assistida por quem faz.
Oferecer subsídios para pesquisa e produção autônomas, compartilhando experiências como forma de produção solidária.
Além de ser o veículo educacional por essência! Objetivo maior de nossa vontade: uma escola integral, biocêntrica, itinerante, com todos os assuntos, colocando mestres de todos os saberes, juntando escolas, universidades, entidades, comunidades, etc., nas nossas ondas para aprendermos e trocarmos experiências.
Justificativa
Por que montar o projeto “Território Anauá”?
Porque precisamos de uma ferramenta que nos interligue, que seja útil no nosso dia-a-dia, que navegue pela nossa região mostrando, perguntando, compartilhando informações de interesse de todos. Que nos ajude no Programa Saúde da Família, que nos avise sobre os prazos de recadastramentos, que nos dê dicas de economia solidária, aulas de culinária, e o que mais acharmos necessário (Catá, aqui podemos citar o q vcs acharem + importante! O importante é saber que nosso trabalho é necessariamente uma parceria. Trabalho em equipe, de quem faz, de quem estuda, de quem planta, de quem colhe... De quem colhe informações que podem transformar nossa comunidade...
Descritivo das possibilidades de integração com a dinâmica de ações do Ponto
Acredito que muito mais que possibilidades, com esse aprendizado compartilhado vamos integrar quando juntamos o grupo de teatro [que está envolvido e sintonizado com as necessidades da comunidade] com novos aprendizados, como a fotografia, o vídeo, a internet, pra uma transformação social, cultural, ambiental, viável e completamente possível a curto, médio e longo prazos.
Outro detalhe que ajuda a construir ludicamente a integração do Ponto de Cultura com as atividades propostas, é a apresentação em locais abertos ao público de todo nosso aprendizado, de forma teatral, com cenário, sonorização criados pelo grupo para compartilharmos com todos o que estamos aprendendo e como isso pode interferir no dia-a-dia de forma saudável.
Outra porta aberta à integração, é a possibilidade de contradições! Vamos descobrindo gradativamente novas opiniões e posicionamentos, assim, vamos dando forma e conteúdo às nossa rede...
Descrição detalhada do planejamento de execução e o produto final previsto.
Todas as ações serão alinhavadas através do teatro, então, as oficinas de fotografia, vídeo e web terão como estímulo esquetes teatrais, criadas coletivamente, com o objetivo de tornar claro nosso novo aprendizado, além de proporcionar a prática (técnica) e a criação (conteúdo).
Importante ressaltar que não temos a intenção de formar “profissionais” da área, mas temos a missão de proporcionar estímulo e conhecimento para que a comunidade e, em especial, os jovens se interessem pelo assunto e busquem o estudo necessário para a profissionalização.
Nosso planejamento de execução é o seguinte:
A divisão de horários entre as comunidades será flexível, pois temos que fazer as oficinas em períodos que não prejudiquem a freqüência escolar. Se for possível iniciarmos as atividades no período de férias, como janeiro e fevereiro, teremos períodos mais “intensivos” para nossas oficinas. O importante é termos como meta 8horas de trabalho por dia nas comunidades, para atendermos a todos igualmente. Com plantão “on line” para tirar dúvidas através de “e-mail”, ou se tivermos qualquer imprevisto com os horários, há o comprometimento da proponente em realizar após o período determinado (3meses) a diferença restante com a comunidade, ou seja, de qualquer maneira, as oficinas serão realizadas visando o melhor aproveitamento para todos. Importante levar em conta que as Vilas ficam distantes umas das outras, dependendo de transporte coletivo para deslocamento.
Oficinas:
oi me chamo luzia tenho 16 anos moro em nova colina, eu adorei o projeto fiquei muito empolgada pois tem coisas nele que nós que moramos no interior gostaríamos muito de aprender porém não temos oportunidade e eu fiquei mais feliz ainda de saber que tem pessoas que pensam na gente como você.
Fotografia: teoria e prática 20 dias (em anexo nosso passo-a-passo Pinhole)
Primeira semana
Conhecendo e montando a câmara escura Pinhole
Segunda semana
Conhecendo e aprendendo a usar a câmera fotográfica Digital descobrindo novos olhares através da fotografia
Terceira semana
Aprendendo a pesquisar na internet
Publicação do material criado pelo grupo na internet
> como montar um blog?
> conhecendo comunidades virtuais - o que é uma TV_Rádio livre? Como isso funciona?
Criação de um banco de imagens - acervo criado pelo grupo e acervo que está disponível on line com fotos e
imagens livres.
Vamos ter noções fundamentais para publicação virtual e impressa
O que são ferramentas livres?
Como aproveitar o máximo dessas possibilidades?
Onde consigo essas ferramentas?
Como a rede e as conexões podem ser úteis?
Sites que podem ajudar na pesquisa: http://artlibre.org/licence, creativecommons.org.br, itaucultural.org, midiatatica.org, poro.redezero.org, radiolivre.org. Estudiolivre.org
OBS.: Conhecendo ferramentas para criação gráfica em software livre:
Gimp, Inkscape, Scribus com os respectivos manuais.
Finalizamos essa etapa com um blog e um folder, como resultado de nosso aprendizado compartilhado.
Obs.: durante nossos encontros, vamos estudar dinamicamente, teatralmente, a “História da Arte, da Fotografia, do Vídeo, da TV” serão os primeiros dias para a parte prática e os últimos, para a teoria que será vivenciada através do teatro, por exemplo: aprendemos a montar a câmara Pinhole, aprendemos um pouco da história da fotografia, agora vamos fotografar o grupo teatral encenando o que aprendemos. Isso é um processo dinâmico, que não nos permite detalhar mais através das palavras porque vamos registrar o modo_jeito que o grupo está vivenciando, mas a base será é essa, com pequenas mudanças para que o grupo todo entre na sintonia.
Conteúdo da Oficina de Fotografia:
1ª semana: construção artesanal de uma câmara escura a câmara “pinhole”, seguindo os seguintes passos: Vamos conhecer um processo alternativo de fazer fotografia sem a necessidade do uso de equipamentos convencionais, nesse primeiro momento. Construção artesanal de uma câmara com materiais simples, que não possui lentes, tendo apenas um pequeno furo (de agulha) que funciona como lente e diafragma fixo no lugar de uma objetiva.
Essa experiência é fundamental para entendermos rapidamente como a imagem se forma, é um equipamento razoavelmente barato e fácil de usar. Vamos também, nessas primeiras semanas, conhecer um pouco sobre arte, estudando dinamicamente, teatralmente, a “História da Arte, da Fotografia, do Vídeo, da TV”.
2ª semana: câmera digital Olhar espontâneo, uma raridade! [a possibilidade da fotografia.]
Técnicas básicas para fotografar: ênfase para->
* resolução, qual a melhor resolução pra o meu trabalho? É para vídeo, para web ou para impressão?
* Balanço de branco pra que serve?
* Luz - usar as possibilidades “automáticas” câmera, saber se posicionar em áreas externas, com sol, sombra, chuva, etc. e áreas internas com luz ambiente, entre outras situações
* Zoom ótico e zoom digital quais as diferenças? O que é prioridade no trabalho: resolução ou a cena a ser fotografada?
Finalizamos essa etapa com uma série de fotografias experimentais com o grupo teatral. Ensaio livre!
3ª semana: publicação web
* Publicação de todo o material criado na internet nosso blog! Conhecer as possibilidades que a rede oferece, quais os serviços existentes e como escolher.
* Pesquisar as Comunidades Virtuais afins, listas de discussão e outras possibilidades de interação com grupos espalhados pelo Brasil para trocarmos experiências. Sites que podem servir de referência: eComunita, Casa Brasil, MimoSa, Metareciclagem, contratv, ulibre,
* Como se monta uma TV_RÁDIO LIVRE? Qual a importância de termos uma conexão de banda larga? Como vamos montar nosso servidor e colocar no ar nossos programas? Material de referência: cadernos submidiáticos (produzidos nos encontros Submidiáticos, de autoria coletiva, manual “faça vc mesmo sua TV”, produzido pelo coletivo MidiaTática. Sites para pesquisa: radiolivre.org, tvlivre.org, estudiolivre.org.
* Criação de um banco de imagens - acervo criado pelo grupo e acervo que está disponível on line com fotos e imagens livres.
Finalizamos essa etapa com trabalhos impressos e montagens usando ferramentas livres, como Gimp, Inkscape, Scribus para manipulação de imagens e formatação de material impresso.
PRODUTO FINAL DA FASE FOTOGRAFIA: construção da câmara Pinhole, criação de um blog e publicação do material criado pelo grupo no mesmo espaço.
2ª etapa vídeo_áudio - 50 dias
Iniciamos a fase videográfica com a proposta de contarmos através do vídeo aquilo que vemos, sentimos, criamos...
Sugerimos então, usar parte do acervo existente em vídeo com as Histórias de Vidas da comunidade para entendermos como se “monta uma história”;
* começamos com a decupagem do material para sabermos tudo que está armazenado, desde o desenho da cena até as falas, assim teremos um mapa de todo conteúdo coletado pelo grupo, iniciando inclusive a organização de um banco de dados
Simultaneamente, começamos a soltar idéias para iniciarmos nossas gravações.
[Importante relembrar que todo o processo de aprendizado das oficinas é rotativo, então, todos os participantes farão todas as atividades.....]
Planejamento
O que vamos gravar?
* Como vamos gravar? Onde?
* Como vamos começar?
* Como será o cenário?
* Definição da equipe técnica rotativa
* Mapa de luz - como aproveitar a claridade natural da melhor maneira e adaptar “fontes de luz” recicladas.
Aqui começamos a escrever nosso roteiro
* Passamos pelo argumento, roteiro de gravação, produção, montagem, gravação!
* Importante nesse momento de conversas, troca de idéias e criação, é gravar o áudio para não perdemos nenhum detalhe da conversa “espontânea”.
* Na Contação de histórias o pessoal conta teatralmente as histórias da comunidade, baseado na “decupagem” já realizada na primeira parte da oficina
Planejamento da oficina
1ª parte - decupagem de todo material “Histórias de Vidas” já coletado pelo grupo e organizado no “banco de dados”
2ª parte - planejamento, roteiro e roteiro de gravação (aqui, teremos o fio condutor de toda a oficina de vídeo)
3ª parte - gravação! -> conhecendo a câmara com intimidade - atenção especial para a captação de áudio - microfones, conhecendo quais as diferenças entre eles, o que usar em externas e ambientes fechados, além de aprender a usar Luz natural [níveis de luz, a cor da luz, temperatura da luz, contraluz, etc.] além das experimentações com “luzes alternativas” que podemos pensar e fazer especialmente para nossas gravações....
4ª parte - edição! Rodízio na ilha edição para todos aprenderem e 'terem seu próprio estilo' na edição. Experimentos e técnicas podem conviver nessa fase mais introspectiva da oficina.
Edição de vídeo e áudio usando ferramentas livres- cinelerra e lives para vídeo e Audacity para áudio.
5ª parte - gravação em DVD e convertendo o material para publicação na web.
PRODUTO FINAL PARA A FASE DE VÍDEO: criação, produção e edição coletiva de um vídeo realizado pelo grupo. Tema livre!
3ª e última etapa web_interativa - 20 dias
Publicação do material na web
Compra do domínio e espaço virtual - O espaço virtual é para colocarmos o conteúdo criado durante as oficinas. O domínio poderá ser, por exemplo: www.abruxatasolta.org
O ambiente virtual será o espaço para os participantes das oficinas gerenciarem: colocarem conteúdo (fotos, vídeos, ensaios, enfim... toda a produção artística criada por eles. Será interativo_integrativo. Os visitantes também poderão participar através dos “comentários” e enviando material, desde que seja aprovado pelo grupo, que deverá criar a sua própria “política interna”. A ferramenta a ser utilizada será o WordPress (www.wordpress.com).
Essa ferramenta poderá proporcionar uma troca de experiências muito rica entre os Pontos de Cultura, abrindo mais um canal, que pode vir à ser uma vitrine para mostrar profissionalmente o trabalho, a pesquisa que é realizada em Roraima e quem sabe, criar novas ferramentas para uma economia mais criativa, a médio e longo prazos.
Colocando o material no ar
PRODUTO FINAL DESSA FASE: Publicação de todo material no site e nos blogs.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Será comprado com o prêmio do edital 1 computador, 1 câmera fotográfica e 1 câmera de vídeo, com microfone que será doada ao Ponto de Cultura “A Bruxa Tá Solta”, não vamos especificar os equipamentos porque estão com os valores oscilando, mas teremos essas ferramentas para trabalhar.
- 1515 leituras
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