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Durante o encontrão transdimensional de MetaReciclagem, na semana passada, eu dediquei a tarde de sábado a fazer rodar a rede mesh com a Alix. Montei o olsr e configurei o dnsmasq para oferecer endereços IP via dhcp e também redirecionar qualquer requisição HTTP para a alix - afinal não estava tratando de acesso à internet: queria explorar possibilidades de serviços de rede locais.

No domingo, fiz uma mini-quase-oficina com o pessoal ao redor da piscina: diferentes dispositivos acessavam uma rede wifi ad-hoc aberta chamada "transdimensao". Um laptop samsung, dois tablets n800 e dois celulares da nokia com wi-fi conseguiram conectar à rede. O laptop Acer do Orlando não conseguiu (nem todas as placas wi-fi rodam o ad-hoc 100% no Linux).

A brincadeira da rede local era: quando tentavam acessar qualquer página no browser eram direcionadas para um pmwiki instalado na Alix. A princípio, a página tinha só algum texto sobre o encontrão, mas potencialmente ela podia explicar o que é a rede local, quais serviços estão disponíveis (atualmente ela já tem um servidor de chat IRC, mas os planos futuros envolvem icecast - servidor de stream de áudio, um diretório de conteúdo - com mídia livre e talvez um dump local da wikipedia, etc.), e eventualmente apicativos-cliente para esse diferentes serviços.

Explorar redes locais - numa espécie de plataforma etérea - tem um lance quase nostálgico, de trazer de volta um sentido de comunidade que era mais presente quando a rede não era tão imensa - os BBSs, usenets e outras redes em que as pessoas se conheciam mais a fundo. Mas tem também esse potencial, de trazer um pouco de indeterminação e desvios possíveis para as maneiras com que as pessoas se ligam em rede.

PS.: no último dia o Eduardo, que é dono da pousada que sediou o encontrão mas também foi um dos primeiros provedores de internet sem fio no Arraial, ficou pilhando em separar alguns equipamentos que estão parados para fazer uma rede mesh no Arraial. Boto fé.