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qui, 20/08/2009 - 12:51

MetaReciclagem, Paulo Freire e aprendizados

Revisando a tradução e republicando aqui um comentário de Jeebesh Bagchi (Sarai) depois que eu fiz uma apresentação sobre MetaReciclagem e Paulo Freire durante o Pedagogical Faultlines, em 2007 (e que enviei de novo pra lista hoje):

"depois de ouvir você falar algumas vezes e seguindo teu trabalho por algum tempo, eu sinto que ele é muito mais complexo conceitualmente do que aquilo que é articulado. O trabalho e o pensamento do Paulo Freire foram uma intervenção notável em seu tempo, mas também são marcados por toda a limitação de seu tempo. Ele tem um compreensão simplista de opressão e conhecimento. Ele polariza a sociedade de maneira acentuada em campos identificáveis de opressor/oprimido e também o conhecimento em submissão/libertação. A divisão mais profunda é entre ignorância e conhecimento. O 'educador' cruza essas separações e faz crescer a conscientização".

"Mas vocês todos trabalham com uma condição diferente de conhecimento. Para vocês o conhecimento é um conjunto de práticas que é ativado através de vários modos de fazer e agir. Ele é libertado e pode vir de diversas fontes. Ele tem um propósito muito difuso, e tendo muito mais pontos de entrada vai mudar as formas de engajamento. Eu também fico sempre intrigado pela natureza carnavalesca do trabalho e sua apresentação. Essa relação com a tecnologia e com o conhecimento ao redor dela que é não-funcional, brincante e ainda assim generativa precisa de uma reflexão séria. Meu medo é que de outra forma ela se afogue como mais um tipo de euforia de 'alfabetização em massa' e daí à exaustão e tomada pelo comércio".

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