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primeiro dia de encontrão
Fotinhos no flica e mensagem na lista:
ei bandos
primeiro dia de encontrão. começamos protocolarmente atrasadxs e sem rede. gravei o áudio de toda a conversa, um dia desses eu subo em algum lugar.
o quórum oscilou, mas acho que passamos de 30. gostei muito de retomar um pouco aquele ritmo dos encontros que a gente fazia em sampa: abrir pra todo mundo se apresentar e falar "o que está fazendo aqui". percebi que mesmo aquelas pessoas que eu conheço há sete anos me trazem coisas novas a cada vez que precisam se apresentar. chegou a prova do mutirão #1, circulamos por ali. levantamos temas pra conversar mais nos próximos dias ("o eixo por trás", "infra-lógica" e "esporos") e vamos voltar pra apresentar as conversas na quinta-feira. também abrimos a agenda colaborativa do metalab, e decidimos reservar um pedaço dele pra oficinas permanentes.
queria só colocar aqui algumas coisas em que eu toquei durante a conversa:
reciclagem de computadores não é metareciclagem. metareciclagem é participar de uma rede. lelex levantou a questão do vínculo, eu emendei dizendo que publicar não é compartilhar. lembrei de uma conversa que tive com o Regis, insistindo na documentação e circulação. uma rede distribuída só se realiza na troca, na circulação. precisamos, sim, desenvolver mais a infralógica, pra facilitar a documentação e a circulação, mas é necessário que a gente documente cada vez mais, e usando o nome metareciclagem (pra ser indexado e entrar no agregadorintergalatico). o site precisa, mais do que canal de comunicação, ser um espaço de articulação e troca. de criação e desenvolvimento de projetos.
o encontrão é muito importante como reunião tribal, de reconhecimento e troca. existem tipos de troca que não vão acontecer pela web. eu passei esse último ano e pouco mergulhando na documentação da metareciclagem pra fazer o mutirão. encontrar todo mundo de novo é uma coisa bonita. e essa é a primeira vez que a gente faz um encontro cujo tema é a metareciclagem em si, em vez de a metareciclagem entrar só como assunto incidental. eu gostaria de fazer muitos mais desses.
tem também todo o lance de, uma vez entendidas as práticas das pessoas, a gente conseguir alimentar a reinvenção da própria rede. eu, pessoalmente, tô bastante interessado nas conversas de mitoreciclagem, tecnomagia, rituais... acho que tem um caminho aí pra responder "e depois da 'desconstrução', o quê?".
issae, mais na sequencia
Comentários
professores
Felipe
Sempre houve muita confusão nas apropriações do termo Metareciclagem limitando, por vezes, a compreensão sobre a totalidade do conceito. Porém, não é mau que as pessoas iniciem, mesmo com uma ideia limitada a pensar metareciclagem.
É por aqui que podemos engajar os professores. Principalmente os professores dos pequeninos que fazem alguns trabalhos que até chegam perto, sem querer, de pensar em termos metarecicleiros. Dentro das limitações que o ambiente 'escola' pode ter, é claro.
Uma wikipagina com algumas ideias de projetos, que proponham os conceitos e aceitem a contribuição criativa dos professores, acostumados com a criançada, seria uma idéia interessante.
Eu mesma, na oportunidade que tive na escola em trabalhar com a ideia, iniciei pela reciclagem de computadores, pois foi uma forma de atrair e de atender as necessidades dos grupos.
abração e bom encontro nas galáxias :)
Suzana Gutierrez