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MidiaLivre2010

 2) DESCRIÇÃO DA INICIATIVA

 



Mutirão da Gambiarra é uma iniciativa de produção editorial colaborativa articulada prioritariamente via internet. Agrega diferentes perspectivas acerca do diálogo entre tecnologias de informação e comunicação e a sociedade, ao mesmo tempo em que aplica os conceitos da desconstrução e da apropriação de tecnologias. O material que dá origem a tais obras é resultante das iniciativas da Rede Metareciclagem, uma rede formada por pessoas e organizações em todo o Brasil. O Mutirão da Gambiarra como proposta editorial faz alusão a duas práticas presentes na cultura brasileira:

 

Gambiarra - expressão brasileira que define qualquer desvio informal de conhecimentos técnicos. É uma prática cultural composta por todos os tipos de soluções improvisadas para os problemas cotidianos, viabilizadas com qualquer material disponível. É uma boa definição para a vontade de transformar criativamente o que se quer ou precisa, explorando a tecnologia. Gambiarra é uma solução edificada entre o limite do "temporário" e do "definitivo". Entre seus processos estão tentar, observar, aprender e tentar novamente. Uma condição instável, que permite grandes doses de inovação espontânea.

Mutirão - forma tropicalizada da multidão, que reúne pessoas para realizar objetivos maiores, como por exemplo: construir uma parede, limpar uma casa, ou colocar lâmpadas em uma rua. Quaisquer que sejam as diferenças individuais, as pessoas tendem a ver o Mutirão como um esforço coletivo para um bem maior, que suspende temporariamente as tensões. O Mutirão geralmente não possui hierarquias. Cada um contribui como quer ou pode, e muitas vezes o resultado é satisfatório. Pode ser visto como uma forma muito produtiva para uma comunidade atingir objetivos comuns.

 

2.1) PROPOSTA EDITORIAL

2.1.1) Qual a proposta editorial? Descreva.

A proposta editorial do Mutirão da Gambiarra está diretamente ligada aos propósitos da  rede Metareciclagem: atução descentralizada e apropriação crítica. Proporciona um ambiente online de discussões, documentação e experimentação multimídia, e fomenta a participação ativa da rede. Alguns elementos primordiais da proposta são a abertura, a ênfase na auto-publicação e o núcleo editorial colaborativo. Tais escolhas editoriais permitem não só a reinvenção das próprias regras e a construção permanente de parâmetros, como também garantem a formação de um ambiente não hierárquico e extremamente dinâmico. Uma atmosfera que favorece a autonomia dos integrantes da rede, possibilitando e estimulando a prática da auto-publicação e um nível constante de inovação.

 

2.1.2) Quais são as temáticas mais recorrentes? Descreva.

A proposta editorial de código aberto sugere que as temáticas sejam desenvolvidas de maneira colaborativa. É uma proposta editorial que tem por objetivo ser questionada e não imposta. Se por algum tempo a MetaReciclagem tentou definir-se como um movimento que buscava a desmitificação da tecnologia, hoje existe uma compreensão que vê o mito como fundamental na aprendizagem social instintiva, na identidade de grupo e na proposição de uma imanência cultural. Assim, o  Mutirão da Gambiarra não tenta mais (somente) destruir os mitos que acompanham o desenvolvimento da indústria tecnológica, mas também usar pedaços deles como base para novos mitos que ajudem na construção de arranjos sociais humanos, abertos e colaborativos. Abriga a produção simbólica e experimentação narrativa relacionada à rede: música digital low-tech, ficção tecnomágica, vídeos documentais, quadrinhos pedagógicos, e todas as possíveis combinações dessas palavras. Conceitos como colaboração, produção coletiva de conhecimento, ressignificação da tecnologia e apropriação crítica passam a servir de base para outros níveis de experimentação e criação.


2.1.3) Qual a dinâmica de gestão, produção e difusão da iniciativa? Descreva.

Por se tratar de uma ação em rede, trabalhamos com propostas descentralizadas e autônomas, que concebem suas próprias dinâmicas de gestão, produção e difusão . Sendo que, em sua totalidade, compartilham o compromisso de abrir seus processos de desenvolvimento e dialogar na rede e fora dela.

 

2.1.4) Por que o material produzido é relevante para o público a que se destina? Descreva.

O material produzido pelo Mutirão da Gambiarra serve como base para a documentação das práticas da Rede e também como aprendizado direto, uma vez que as pessoas se reconhecem nos trabalhos concebidos pelos outros. Deste modo, com o Mutirão, mais do que ter acesso a informação relevante de suas próprias ações, os metarecicleiros sentem-se parte de uma movimentação coletiva, que por sua vez abre novos horizontes, novas curiosidades, novos caminhos para realizações. O processo editorial do Mutirão da Gambiarra identifica e linka pessoas com o potencial de desenvolverem-se como inventores, criadores, artistas e técnicos críticos, e promover entre elas a troca de conhecimento e a articulação em rede.

 

2.1.5) Qual é o perfil da equipe? Descreva.

O coletivo editorial reflete e refrata a natureza híbrida da Rede, formada por centenas de pessoas com formação e experiência em diversas áreas: tecnologia, comunicação, meio ambiente, educação, artes, projetos sociais e outras. Um coletivo repleto de diversas referências conceituais e simbólicas, explícitas ou veladas.

Coletivo Editorial

Felipe Fonseca (Ubatuba) - pesquisador e articulador de projetos de cultura digital, tecnologias livres de produção cultural, redes colaborativas de inovação e mídia independente. É um dos fundadores (2002) e até hoje integrante chave da MetaReciclagem (http://rede.metareciclagem.org), uma rede que atua na apropriação crítica de tecnologias, com centenas de pessoas e organizações em todo o Brasil e que recentemente recebeu o Prêmio de Mídias Livres do Ministério da Cultura, além de ter recebido menção honrosa no Prix Ars Electronica 2006 (Áustria) e no Prêmio APC Betinho de Comunicações 2005 (Uruguai). Faz parte do núcleo experimental e de arte eletrônica Desvio. Faz parte do conselho consultivo da Associação DesCentro, do conselho editorial da revista A Rede e da diretoria da Associação Gaivota.

 

Maira Begalli (São Paulo) - Graduada em Gestão Ambiental pela Centro Universitário SENAC (Faculdade de Educação Ambiental), cursou Comunicação Social com habilitação em jornalismo na FIAAM/FAAM. Possui especialização em Comunicação Jornalística pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero (SP) com ênfase em novos formatos de comunicação para jovens, na condição pós-moderna e na Iconofagia (2007). Tem experiência na área de Arquitetura da Informação e Direção de Arte em projetos multimídias de Cultura Livre e Meio Ambiente.


Daniel Pádua (Distrito Federal) - Produtor multimídia com FLOSS (Free-libre-open-source-software), com foco em práticas jornalísticas em redes sociais. Design de UX/UI (Experiência de Uso e Interface com Usuário), Design de Interação e Arquitetura de Informação.

Orlando G. da Silva (Paraíba) - Graduado em Administração. Mestre em Engenharia de Produção. Possui experiência com Gestão em Serviços e com Ensino Superior. Seus interesses de pesquisa relacionam-se a Teoria Organizacional, Estratégia de Operações, Internet e Desenvolvimento.

Hernani Dimantas (São Paulo) - Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCom) da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Tema da disssertação: Linkania - a sociedade da colaboração. Coordenador do LIDEC - Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária - no Núcleo de Pesquisa das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação Escola do Escola do Futuro/USP. Coordenador do Programa AcessaSP e do Programa Acessa Escola - Programas de Inclusão Digital do Governo do Estado de São Paulo. Articulador do projeto Metareciclagem. Fundador do Projeto do Lixo Eletrônico no Brasil. Indicado ao Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia - pelo Projeto Desvio. Tem experiência na área de comunicação, com ênfase em cibercultura, atuando principalmente nos seguintes temas: inclusão digital, sociedade da colaboração, manifesto cluetrain, marketing hacker, gift economy, peer-production, ética hacker.

 

Revisão: Mariel Zasso (Poa - Rio Grande do Sul) - Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (2005). Atualmente, é Mestranda no Núcleo de Subjetividade do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP. Tendo como tema da dissertação a simpatia, a esquizoanálise e a filosofia da diferença, pesquisa também o conhecimento compartilhado e a cultura digital.


MicroMetragens

Teia Camargo (Porto Ferreira) - Formação em Rádio e Tv, com ênfase em ações comunitárias e livres. Atua pelos caminhos da vídeo-arte, performance, e vídeo-instalação. Pesquisa o desenvolvimento e convergências de mídias, com prioridade para os processos orgânicos, tendo o corpo como canal fundamental para essa fusão. Participante do grupo MetaReciclagem, premiada com o "Interações Estéticas, Residências em Pontos de Cultura", que resultou numa caminhada pela Amazônia de fevereiro a junho de 2009.


Gera Rocha (São Paulo) - Formação em Ciências Sociais pela PUC-SP, com ênfase em ciências complexas e sistemas auto-organizados. Editor de vídeo e roteirista, atua nestas áreas principalmente nos processos e práticas de ensino presencial e a distância. Com longa experiência em ferramentas de código aberto pesquisa atualmente plataformas on line de edição de vídeo.

Traduções
Felipe Andueza (São Paulo) - http://lattes.cnpq.br/8869892012807774

Daniel Duende (Distrito Federal) - Escritor, tradutor do Global Voices.

Giselle Bailux  (Arraial d' Ajuda) - Formada em Psicologia pela University of Westminster em Londres, terapeuta e especialista na área de desenvolvimento humano. Trabalha com escolas e com crianças, aplicando o método desenvolvido pelo medico Americano Howard Glasser que ajuda no comportamento e do caráter como um todo.


Projeto gráfico, diagramação e editoração
Sília Moan (São Paulo) - Cursou Letras pela FAFIRE e Artes Plásticas pela UFPE , em Recife. Desenvolve trabalhos de ativação e articulação de redes, e identidade visual do Metaprojeto e da Rede de Projetos ,no Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária Weblab, na Universidade de São Paulo.


*em nota: Daniel Pádua faleceu em 20 de novembro de 2009, mas teve participação fundamental nas articulações editoriais no ano passado, por isso optamos em manter seu nome para a apresentação dessa proposta.


2.2) QUALIDADE ESTÉTICA

2.2.1) Descreva a proposta de linguagem e conceitos estéticos desenvolvidos na sua iniciativa.

Os conceitos de linguagem e estéticos perpassam pelo que chamamos de MetaIdentidade. Envolve a produção, rastreamento, resgate e cultivo dos símbolos da Rede MetaReciclagem, artefatos, bandeiras, selos, bonsais, focando na multi-re-identificação e significação como coletivo. O objetivo é escapar do design e comunicação em sua significação meramente utilitarista-industrializada e retomar o cultivo mitológico das criações.

 

2.2.2) Qual é a principal mídia utilizada na sua iniciativa? Descreva.

A principal mídia utilizada é a internet, através de seus diversos suportes: texto, imagem, áudio e vídeo para a disseminação e concepção das propostas.

 

2.3) GRAU DE INTERATIVIDADE

2.3.1) Como o público interage com o material produzido? Há espaços específicos destinados para essa participação? Descreva.

Não acreditamos que exista uma separação entre público e produtores de conteúdo, uma vez que disponibilizamos chamadas para colaborações e as divulgamos na internet, de diversas formas, para que possamos agregar cada vez mais um universo diversificado de propostas e pessoas.


2.3.2) Há espaço para publicação de material produzido pelo público da sua iniciativa? Quais as ferramentas utilizadas e como estas facilitam a interação com o público da sua iniciativa? Descreva.

Sim, existe. Mais do que isso, a proposta do Mutirão da Gambiarra como núcleo editorial colaborativo de código aberto propõe muito mais do que a mera disseminação de conhecimento, mas a adoção de princípios colaborativos para todo o processo da obra - publicação das fontes, material bruto, entrevistas, referências, artigos, criação de uma comunidade editorial colaborativa e processos coletivos de decisão.


2.3.3) Qual a relação da iniciativa com redes e plataformas sociais? Descreva.

Mais do que uma relação com redes e plataformas sociais, o Mutirão da Gambiarra mergulha na essência do movimento do software livre, que conseguiu provar a viabilidade do desenvolvimento descentralizado e emergente de produção intelectual. Centenas de milhares de programadores em todo o mundo são responsáveis pelo desenvolvimento de uma miríade de soluções para virtualmente qualquer necessidade de software. Essa maneira de produzir influenciou e inspirou nossa forma editorial. Propomos a geração de conhecimento livre não apenas a sua livre distribuição. Criamos processos efetivamente abertos e colaborativos, amparados em comunidades protagonistas na rede MetaReciclagem.

 

 

2.4) TIRAGEM/AUDIÊNCIA

2.4.1) Qual o público alcançado? Descreva e quantifique.

 

O Mutirão da Gambiarra como Núcleo Editorial Colaborativo da MetaReciclagem externaliza processos e propostas das centenas de pessoas e organizações diversas que desenvolvem ações ligadas à desconstrução e à apropriação crítica de tecnologias de informação - bases da rede MetaReciclagem.

 

 

 

 

2.4.2) Qual a abrangência da sua a iniciativa (local/estadual ou regional/nacional)? Descreva.

A iniciativa de alcance nacional recebe textos, imagens e vídeos de participantes diretos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Amazonas, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Produções provenientes de diversos contextos: de grupos locais auto-organizados a programas governamentais de inclusão digital ou de desenvolvimento cultural, colaboradores e pesquisadores que simpatizam com a Rede.

 

Um mapa com alguns dos Esporos da MetaReciclagem ilustra suscintamente a origem de algumas das colaborações que o Mutirão condensa http://rede.metareciclagem.org/map/node

 

2.5) REPERCUSSÃO

2.5.1) Estime a repercussão da sua iniciativa.

O Mutirão da Gambiarra como Núcleo Editorial Colaborativo da MetaReciclagem  possui repercussão pontual, em cada localidade em que a rede atua. Variando de acordo com o engajamento local e sua relação com diferentes formas de transformação social. Um desses exemplos é o esporo Bailux, em Arraial d'Ajuda http://bailux.wordpress.com/. Possui, ainda, repercussão simbólica na rede,  promovendo um grande nível de interação com organizações do terceiro setor e programas governamentais de inclusão digital, no sentido de incorporar a perspectiva da apropriação crítica, da ação em rede, do uso efetivo de software livre e do compartilhamento de conhecimento livre.

 

 

2.6) REGULARIDADE


2.6.1) Qual a periodicidade das publicações? Já teve interrupções? Descreva.

O Mutirão da Gambiarra existe desde 2007. Foi reformulado em meados de agosto de 2009, tornando-se um núcleo editorial plural que desenvolve propostas interdependentes:

- Blog: postagens semanais que relatam eventos e projetos da rede MetaReciclagem.

- Mutsaz: Publicação trimestral, voltada para pesquisa e documentação da Rede sincronizada com as estações do ano, focadas sempre na realidade mundo_meta. Edições estruturadas com blogagens coletivas, agregando produções mensais da MetaReciclagem.

- MicroMetragens: Produção trimestral audiovisual colaborativa voltada para filmes concebidos para a distribuição em mobiles, sincronizadas com as estações do ano.

- MetaLivros Livros e publicações com temáticas especiais, esporádicas, concebidos de forma colaborativa, agregam ilustrações, fotografias e textos (poesias, artigos, relatos).

 - Encontros Sazonais: encontros sincronizados com as estações do ano, com os lançamentos da revista colaborativa MutSaz e com a Série Sazonal de MicroMetragens. Realizados trimestralmente como forma de confraternização da rede, aproximação de colaboradores e adeptos das práticas e projetos, interação com outras propostas e reconhecimento entre metas.

- Encontros Esporádicos e debates temáticos.

 

2.6.2) Desde quando sua iniciativa existe?

Desde 2007, quando a MetaReciclagem (concebida em 2002) completou cinco anos como rede aberta de inovação em tecnologia social. Desde a criação da MetaReciclagem, dezenas de projetos foram elaborados e desenvolvidos com a perspectiva da desconstrução tecnológica como metodologia de aprendizado, criação de espaços simbólicos e apropriação de estruturas. A MetaReciclagem proporcionou a emergência de grupos de ação, influenciou projetos de governo e terceiro setor, possibilitou intercâmbios internacionais e consolidou-se como espaço autônomo de reflexão crítica e ação tática de apropriação tecnológica. Mais do que isso, estabeleceu as bases de um grupo aberto e auto-organizado que propõe uma maneira tipicamente brasileira de entender e usar a tecnologia, uma atualização da antropofagia com o movimento hacker, do tropicalismo com o software livre, um mutirão da gambiarra que só é possível por conta de sua natureza de rizoma autônomo, que se infiltra em diferentes estruturas de poder e promove agenciamentos coletivos. Assim, o coletivo editorial surge como uma formação inovadora, original e tipicamente brasileira, que propõe um modelo de organização coletiva adequada ao século XXI, ao cenário de crescente disseminação de tecnologias e à problemática de inclusão e engajamento social que acompanha esses processos.


2.6.3) Qual é a atual forma de sustentabilidade da sua iniciativa?

O ambiente de documentação livre baseado no fomento de ciclos de desenvolvimento colaborativos, estimula constantemente a sustentabilidade da iniciativa. Utilizamos softwares livres para a produção colaborativa de mídias livres, incentivamos a colaboração na produção de bens culturais livres e sua ampla difusão. Acreditamos na criação de um cenário de produção cultural e tecnológica mais interativo, que possa ir além do consumo da informação-espetáculo.

 

 

4) IDENTIFICAÇÃO DA CATEGORIA

 

4.1) Sua iniciativa de Mídia Livre é destinada apenas ao público local/estadual, ou possui alcance regional/nacional ?

 

O Mutirão da Gambiarra, como Núcleo Editorial Colaborativo da MetaReciclagem, externaliza processos e propostas das centenas de pessoas e organizações que desenvolvem ações ligadas à desconstrução e à apropriação crítica de tecnologias de informação - bases da rede MetaReciclagem.

 

A iniciativa de alcance nacional recebe e publica textos, imagens e vídeos de participantes diretos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Amazonas, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Produções provenientes de diversos contextos: de grupos locais auto-organizados a programas governamentais de inclusão digital ou de desenvolvimento cultural, colaboradores e pesquisadores que simpatizam com a Rede.

 

Um mapa com alguns dos Esporos da MetaReciclagem ilustra sucintamente a origem de algumas das colaborações que o Mutirão condensa :

http://rede.metareciclagem.org/map/node


5) CONTEXTUALIZAÇÃO DA INICIATIVA DE COMUNICAÇÃO

 

5.1) Qual título da iniciativa de Mídia Livre?



Mutirão da Gambiarra - Núcleo Editorial Colaborativo da MetaReciclagem

http://mutirao.metareciclagem.org

 

5.2) Qual o objetivo da iniciativa de Mídia Livre?

 

O Mutirão da Gambiarra reúne, documenta e promove atividades ligadas direta ou indiretamente à MetaReciclagem, articulando parceiros e externalizando as produções. Pode-se dizer que o objetivo central do Mutirão é fomentar e incentivar publicações plurais geradas pelos integrantes, replicadores e simpatizantes da rede MetaReciclagem proporcionando um ambiente livre (condensado pelo site http://mutirao.metareciclagem.org) que valoriza e possibilita visibilidade "além da rede" sobre as atividades, projetos e pesquisas realizadas.

 

5.3) Qual o público-alvo da iniciativa de Mídia Livre?

 

Pessoas e projetos de todas as partes do país que realizam pesquisas e projetos (muitas vezes não relacionados diretamente a instituições de ensino e pesquisa), de diferentes e descentralizadas regioes do país, interessados em produzir conhecimentos e documentação a cerca de conhecimentos e culturas livres, reuso, remix, desconstrução e apropriação crítica das tecnologias de informação e comunicação.


5.4) Quais suportes típicos de comunicação são utilizados na iniciativa?

 

O Mutirão da Gambiarra utiliza diferente suportes de mídia para realizar sua proposta, sendo eles:

 

 

MetaLivros: Livros e publicações com temáticas específicas, concebidos de forma colaborativa. Agregam ilustrações, fotografias e textos (poesias, artigos, relatos).

Disponibilizados para download em http://mutirao.metareciclagem.org/MetaLivros


 


 

MicroMetragens: Iniciativa de produção audiovisual colaborativa voltada para filmes concebidos para a distribuição em dispositivos móveis, estruturada em quatro áreas, sendo elas: experimentação/videoarte, animação, documentário. O objetivo: proporcionar uma reflexão crítica acerca dos conteúdos e formatos audiovisuais, evocando a essência original da proposta do cinema idealizada pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX, que em 1895 realizaram a primeira exibição de cinema em uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada.

Disponibilizados em http://mutirao.metareciclagem.org/MicroMetragens



MutSaz: Publicação trimestral, sincronizada com as estações do ano. Concentra-se na pesquisa e documentação da MetaReciclagem, focada sempre na realidade mundo_meta. Edições estruturadas com blogagens coletivas, agregando produções mensais da rede.

http://mutirao.metareciclagem.org/Sazonal

 

Encontros Sazonais: encontros sincronizados com as estações do ano, para o lançamento da revista colaborativa MutSaz e da Série Sazonal de MicroMetragens. Realizados trimestralmente como forma de confraternização da rede, aproximação de colaboradores e adeptos das práticas e projetos, interação com outras propostas e reconhecimento da rede.

 

5.5) Quais plataformas da internet são utilizadas na iniciativa de Mídia Livre?  Descreva como são utilizadas.

 

  • Ambiente colaborativo online (blog +wiki) - baseado em um sistema livre de gestão de conteúdo que funciona como externalizador das atividades em: http://mutirao.metareciclagem.org;
  • Lista de discussão que funciona como espaço de troca, brainstorm e convívio cotidiano – http://lista.metareciclagem.org;

  • um canal de chat para reuniões remotas e decisões rápidas, no irc #metareciclagem.

  • Estudio Livre:  espaço   em que os usuários podem buscar, publicar, catalogar, compartilhar mídias e fazer transmissões   ao   vivo.   Todas   ferramentas   do   ambiente   são   baseadas   nos  conceitos   de   conhecimento   livre,   colaboração   e   apropriação   tecnológica   de
    recursos audiovisuais. O Mutirão tem se apropriado da plataforma publicando suas produções sob licenças livres.

5.6) Descreva quais as ações são implementadas para mobilizar a participação do público-alvo na iniciativa de Mídia Livre?

 

O Mutirão da Gambiarra articula-se principalmente através da internet pela interface (http://mutirao.metareciclagem.org) com a  revista MutSaz, com os  MetaLivros, os MicroMetragens, os Encontros Sazonais e o Blog). Pela lista (http://lista.metareciclagem.org) com conversações, em ambientes colaborativos, no irc, no canal #metareciclagem; no twitter e identi.ca com as tags #mutgamb, #mutsaz, #micrometragens, #metalivros, #metareciclagem;


5.7) Quais são as principais metodologias de mobilização da iniciativa de Mídia Livre?

 

Para o desenvolvimento das publicações multimídias do Mutirão da Gambiarra, são aplicadas metodologias de produção colaborativa, estabelecida em torno de um grupo editorial formado a partir de chamadas abertas. São utilizadas ferramentas colaborativas online para um nível crescente de produção e troca, abrindo o processo de desenvolvimento da publicação a comentários e contribuições de interessados. Trata-se de um processo de formação de uma comunidade editorial, focado em processos abertos de desenvolvimento e mobilização. Toda a produção, parcial e final, bem como relatos sobre o próprio processo, são disponibilizados em http://mutirao.metareciclagem.org.

 

 

 
AnexoTamanho
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