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projeto

Proposta Festival CulturaDigital.Br 2011

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FESTIVAL INTERNACIONAL CULTURADIGITAL.BR (3a EDIÇÃO)


CATEGORIA DO PROJETO
Encontro de Redes


NOME DO PROJETO
[des]conferência.metarec>Tecendo Redes

DESCRIÇÃO DO PROJETO
Objetivo Geral
Reunir presencialmente os participantes da rede que por meio da auto-organização desempenharão estrategicamente posições e movimentos  como um catalisador de trocas para expandir entendimentos e práticas construídas a partir da filosofia da metareciclagem.

Objetivos Específicos
* Trabalhar a reflexão para um consumo  democrático e sustentável, e o desenvolvimento de ações de redução de lixo eletrônico também a partir da  reutilização de produtos metareciclados;

* Difundir a ideia de resignificação e desconstrução  da tecnologia e da apropriação crítica, para além da montagem e manutenção, desmistificando lixo tecnológico e remitificando metareciclagem;

* Discutir a organização de Informações sobre disponibilização de  computadores reaproveitados em acessos livres de Telecentros, e iniciativas de recondicionamento de peças de hardware para artesanatos e empreendimentos equitativos e sustentáveis;

* Planejar ações de fortalecimento e cooperação da rede no desenvolvimento de competências e capacidades para  lidar com extração segura de materiais constituintes;

* Definir linhas de ação constituintes da associação com o conceito de  economia solidária, economia ecológica/ Instrumentos para gestão ambiental/ ecodesign/ metadesign;

* Potencializar  desdobramentos que assegurem e firmem modelos de práticas para uma sociedade socialmente justa, ambientalmente sustentavel e economicamente viável;

* Criar diálogos e aproximações para promover mobilização, soluções, agregadoras de práticas e iniciativas de acordo com os objetivos da rede.

* Discutir ações em função da Política Nacional de Resíduos Sólidos, elaborando contribuições a partir das experiências da rede para as audiências públicas em andamento.


A MetaReciclagem é uma metodologia aberta e de livre replicação, baseada na apropriação crítica de tecnologias para promover a transformação social. Adotada em dezenas de projetos desenvolvidos por indivíduos, coletivos, ONGs e governos, tem marcado presença efetiva em discussões sobre o desenvolvimento de tecnologias a partir de uma dimensão humana, colaborativa e crítica ao fetichismo tão comum nos discursos sobre inclusão digital. Valoriza características culturais brasileiras como a gambiarra (na forma de criatividade cotidiana informa) e o mutirão (como sociabilidade dinâmica orientada a solução de problemas).

No foco material a MetaReciclagem se motiva pelo problema do acúmulo indevido de resíduos tecnológicos, fruto da cultura do consumo e da obsolescência programada,  que cresce a cada dia em nossa sociedade e que na verdade expressa uma necessidade do próprio sistema produtivo – pois sabemos que  o obsoletismo planejado deixa de ser custo improdutivo e se converte em elemento do processo básico de produção. Como resultado deste processo, riscos ambientais são gerados e há a falta de uma práxis que crie instrumentos, potencializando ações de autonomia e de usos fora do circuito comercial, além  de mecanismos de proteção e preservação ambiental. Além disso, o pensamento e ações sobre resíduos geralmente caminham separados da crítica e ações sobre o mercado. Há uma macro amarração de toda esta realidade que pode ser analisada sobre a ótica cultural e para a qual a MetaReciclagem e as redes associadas já vem trabalhando há algum tempo.   Dentro desta urgência a rede MetaReciclagem (http://rede.metareciclagem.org/) apresenta de forma prática uma leitura do problema do lixo tecnológico, propondo uma práxis que atua na apropriação crítica e desconstrução de tecnologias, de forma descentralizada e aberta, visando à  transformação econômica, social e ambiental.  A partir do problema do lixo tecnológico, a MetaReciclagem está produzindo filosofia e alternativas de sustentabilidade, se associando a grupos que atuam com conceitos como o de economia solidária.

Tais características apontam a virtuosidade política da qual a rede MetaReciclagem é portadora, tanto na crítica ao modelo de consumo baseado na obsoletização acelerada e falsa da tecnologia - e seus impactos sobre o meio-ambiente -, quanto por ter o potencial para oferecer alternativas críticas à ambiência técnica em torno da produção e circulação de bens simbólicos. Isso porque o estabelecimento da indústria do entretenimento é tecnológico no sentido de que o desenvolvimento de seus canais de irradiação – sobretudo o rádio, a televisão, o cinema e a Internet principalmente ao longo do século XX –, bem como suas instâncias de produção requeriam grandes aparatos técnico-industriais inacessíveis ao “homem comum”. A grandeza desse aparato – mais precisamente, a sua necessidade – constitui ainda um obstáculo para à produção simbólica que se disseminasse na forma de ondas de rádio, de sinais de tv, na forma de película fílmica e/ou em plataformas digitais, etc. fora do circuito comercial que o alimenta.

O relacionamento com os aparatos técnicos colocados em prática pela Rede Metareciclagem, entretanto, coloca em suspensão a técnica como algo natural (positivo) ou artificial (negativo). E tomam-na como algo
sobre o qual é ainda possível atuar.

A proposta para o encontro no Festival Cultura Digital.Br é reunir presencialmente os participantes da rede que por meio da auto-organização desempenharão estrategicamente posições e movimentos  como um catalisador de trocas para expandir entendimentos e práticas construídas a partir da filosofia da metareciclagem. Além disso, a rede estará  interagindo também à distância, através de video-conferências e outras tecnologias da informação e comunicação imanentes às rotinas deste tipo de práxis de redes abertas. Um dos tópicos do encontro é a articulação das ações, numa espécie de pré-encontro do Encontrão Hipertropical de Metareciclagem a ser realizado em Ubatuba em maio 2012. Entendendo o evento como uma construção contínua, propomos então esta ação no Festival Cultura Digital.Br como uma forma de agregar e atualizar ideias, conhecimentos e táticas de sutentabilidade econômica, ambiental e social. Os Encontros motivam a aproximação e o fortalecimento dos laços humanos da rede, proporcionando o compartilhamento de experiências, afinando propostas e dando estímulo e coesão às ações e processos deste projeto coletivo.


Justificativa
Desde 2002 a rede MetaReciclagem cria laboratórios autônomos e abertos para o desenvolvimento de suas ações. Realiza também projetos temporários e ações distribuídas. Para a coordenação de seus integrantes em todas as regiões do Brasil, tem uma infra-estrutura autogerida de comunicação, com diversos serviços em rede. Além das questões concretas envolvidas nas práticas de MetaReciclagem, a imersão de atores locais nesse universo em rede propõe também novas formas de organização e de busca de transformação social na era da informação, sem deixar de lado os diferentes tempos de assimilação, aprendizado e atuação de cada contexto criando protagonismos.

A  lista de discussão  da MetaReciclagem conta com quase 500 integrantes, e o site tem mais de 1200 usuários registrados. MetaReciclagem é citada em mais de uma centena de artigos acadêmicos, tendo sido inclusive tema de dissertações e teses de mestrado e doutorado. Influenciou diretamente políticas públicas de acesso a tecnologias. Promove intercâmbio internacional com projetos de todo o mundo, e tornou-se uma referência em relação a tecnologias livres e apropriação crítica. Diretamente combatendo o atual modelo de produção e consumo nas áreas de influencias industriais que  trazem danos, sócio-ambientais e a saúde. Fomentando estratégias de estímulo a reflexões para alterar as relações de consumos e práxis garantidora de políticas públicas atribuidas a um processo de conscientização e preservação efetivos a médio e a longo prazo.

DADOS E LINKS RELEVANTES PARA AVALIAÇÃO DA SUA PROPOSTA
A MetaReciclagem vem tendo nos últimos anos um crescente reconhecimento de sua atuação. Seja na forma de forma de premiação, boa colocação em prêmios ou convites para participação em importantes eventos ligados às temáticas pelas quais transita. Alguns dos destaques recentes são:  2º Lugar no Prêmio Frida (2011). Prêmio de Mídia Livre do Minc (2009). Subprojetos ligados a ela receberam os Prêmio Mídia Livre 2010 (Mutgamb) e Cultura Digital 2010 (Ubalab). Fomos citados como História de Sucesso pelo IFAP – Programa Informação Para Todos da Unesco. Recebemos menção honrosa no Prix Ars Electronica e no Prêmio Betinho de Comunicações. Fomos convidados a participar de eventos internacionais como Next5Minutes, Alt Law Forum, Incommunicado, iSummit, Wizards of OS, Shift, Pedagogical Faultlines, Picnic Network, Banco Comum de Conocimientos, Arco, Transmediale, Futuresonic, Future Everything, Labtolab, Lift e outros.


Prêmios e Menções
Premio Frida
http://www.metareciclagem.org/blog/02-09-11/Premio-Frida
Prix Ars Electronica
http://90.146.8.18/en/archives/picture_ausgabe_03_new.asp?iAreaID=6&showAreaID=6&iImageID=54782
IFAP Success Stories
http://www.unesco.org/new/en/communication-and-information/intergovernmental-programmes/information-for-all-programme-ifap/ifap-success-stories/
http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/CI/pdf/ifap/IFAP%20success%20stories.pdf
Betinho Communications Prize winners 2005
http://www.apc.org/en/node/1773

Encontros, Encontrinhos,  Encontrões
Encontrão I
http://rede.metareciclagem.org/wiki/EncontraoIntergalatico
http://rede.metareciclagem.org/wiki/EncontraoDocumentando
Encontrão 2
http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Encontr%C3%A3o-Transdimensional-de-MetaReciclagem-Bailux-Party
Encontrão 3
http://rede.metareciclagem.org/wiki/EncontraoHiperTropical
#OxeMetaRec
http://rede.metareciclagem.org/blog/26-05-11/MetaEncontro-em-Recife-oxe
#EdoR
http://rede.metareciclagem.org/conectaz/Encontro-do-Recife
Mutgamb
http://mutgamb.org/assunto/Tags/encontrinho
Encontrinho no Fórum da Internet
http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/46372

Dissertações e Teses Recentes
Hernani Dimantas - As Zonas de colaboração metareciclagem: pesquisa-ação em rede http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-17022011-122400/fr.php
Daniel de Souza Neves da Hora -  Diferença, dissenso e reprogramabilidade tecnológica
http://www.scribd.com/doc/28653915/HORA-Daniel-Arte-Hackeamento-versao-web
Henrique Parra - O Leviatã e a rede: mutações e persistencias politico-esteticas
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/zeus/auth.php?back=http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000448289&go=x&code=x&unit=x
Paulo José Lara - Fragmentos das táticas de cultura – técnica e política dos usos de mídia. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Sociologia.
Adriana Veloso Meirelles - Letramento midiático e digital: prática educativa com base na cultura e comunicação. Trabalho de conclusão de curso de Comunicação social, UFBH, 2008.
Luiz Carlos Pinto (Lula) -  Ações coletivas com mídias livres: uma interpretação gramsciana de seu programa político http://www.locoporti.blog.br/wp-content/uploads/2010/07/Trabalho-finalizado-LUIZ-CARLOS-PINTO.pdf

Rizoma
Bailux - http://bailux.wordpress.com/
Puraque - http://puraque.org.br/blog/?cat=8
Ceará em Foco - http://www.cearaemfoco.org.br/metareciclagem
http://pt.wikipedia.org/wiki/MetaReciclagem
http://desvio.cc/tag/gambiologia
http://www.gambiologia.net/blog/


INFRAESTRUTURA COMPLEMENTAR NECESSÁRIA:
-Projetor
-Acesso a internet- streaming de vídeo
-Papel reciclado/Caneta
-Microfone
-Caixas de som
- Bancada, cadeiras


PARTICIPANTES
1. Débora Leal [debora_leal@yahoo.com] -  Rio de Janeiro / RJ.  Formada em Processamento de Dados e com especialização em Análise de Sistemas e Marketing, tem investido nos estudos e em trabalhos que alinhem seus conhecimentos e experiências a projetos que tenham como compromisso a difusão do conhecimento.

2. Viviane Nonato  (LicaNet) [nonato.viviane@gmail.com] - Rio de Janeiro / RJ. Entusiasta de Software Livre, trabalha na Secretaria de Ciência e Tecnologia como supervisora do Projeto Casa Rio Digital/Casa Brasil, ministrando treinamentos de certificação IT Essentials/Cisco e o Progama Intel Aprender. Já participou de eventos como SlackwareShow- FUMEC, GNUGRAF-UNIRIO ,etc. como palestrante e oficineira. Documenta os softwares livres:Inkweb, SynfigStudio,Gimp,Kdenlive e outros em parceiria com a http://www.quadrochave.com/ fundadores do http://synfig-br.org/ , criadora da comunidade Raphael.js.

3. Orlando G. da Silva [orlando@webnos.org] -  Sousa / PB.   Aprendiz de pesquisador;  ator do conhecimento /aprendizado em  administração;  metarecicleiro;  pitaqueiro (aka membro do coletivo editorial) do MutGamb - http://mutgamb.org. Já esqueceu tem um tempo como é trabalhar no ruindows. Sismou que  inventou um conceito em ação que envolve o relacionamento entre sujeito, informação, Internet, redes, discurso e poder, e chama isso de reacesso - http://reacesso.webnos.org.

4. Elenara Vitória Cariboni Iabel [eiabel.lelex@gmail.com] -  Porto Alegre / RS.  Uma cidadã comum, cyberpunkmaloqueira de chinelos, produtora cultural, comunicóloga social, fundadora da Themis - assessoria juridica e estudos de genero, http://www.themis.org.br/index.php?info=3 colaboradora do des).(centro - nó emergente de ações colaborativashttp://pub.descentro.org, fundadora da G2G http://www.interfaceg2g.org/; metarecicleira rede MetaReciclagem http://rede.metareciclagem.org/ , colaboradora dos festivais de Submidialogias http://submidialogia.descentro.org/ e da Ciranda Internacional da Informação Independente http://www.ciranda.net/ e da Revista Fórum; consultora para assuntos de cultura digital no CEA - Centro de Educação Ambiental/Vila Pinto; apoio e promovo programas de pontos de cultura, em especial no Afro-Sul Odomodê. Não gosto do sistema operacional windows, de violência e de machismo; sou mãe do Cauã(22), da Inaê(16) e do Ariel(12) e conhecida pela quantidade de pessoas amigas que amo.

5. Mbraz [marcbraz@gmail.com] - São Paulo / SP.  forma de vida baseada em água e carbono. Se relaciona com outras formas de vida e com processos baseados em silício. Não trabalha, mas produz... o que é diferente. Seu formato atual preferido de produção compartilhada é conhecido como Economia Solidária. É catador de resíduos eletrônicos, mas não tem certezas sobre o que fazer com eles(os que produziram e consumiram-se). Está na luta por que a vida é curta, mas não é breve.
Curtiu? ;)


6. Luiz Paulo Colombiano [lpcolombiano@gmail.com] - Salvador / BA. Formado em Eletrônica pelo IFBA e atualmente é estudante de Engenharia Elétrica na UNIFACS -BA. Desenvolve artefatos na área de hardware livre para empoderamento de comunidades periféricas de Salvador. Também realiza pesquisa na área de difusão do conhecimento através da implementação de laboratórios experimentais subsidiados ou não pelo poder público bem como dentro ou fora da academia. É voluntário do Centro de Mídia Independente de Salvador (CMI-SSA) e empregado da Petrobras. Mais detalhes em : http://va.mu/Go51http://va.mu/Go63  http://va.mu/Go7V  e aqui @Colombiano_ssa

7. Maira Begalli [mairabegalli@veredas.net] - São Paulo / SP. Fundadora da Veredas, onde atua como vice-presidente e diretora de projetos especiais em Meio Ambiente e co-fundadora da Casa de Cultura Digital. Integra o núcleo editorial da MetaReciclagem, o Mutirão da Gambiarra, a RISSCA – Rede de Incentivo à Saúde e Satisfação Corporal e Alimentar. Membro do Conselho Especial do Estado de SP da Condição Feminina em Saúde e Comunicação. Graduada em Gestão Ambiental pela Centro Universitário SENAC (Faculdade de Educação Ambiental), cursou Comunicação Social com habilitação em jornalismo na FIAAM/FAAM. Possui especialização em Comunicação Jornalística pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero (SP) com ênfase em novos formatos de mídas (2007). Trabalha desde 2002 com projetos de tema "sustentabilidade", desenvolvendo experiências sócio-culturais em rede, com múltiplos focos de ação: comunicação, eventos, educação, governos, movimentos e tecnologias sociais e comunidades .

8. Teia Camargo [teiacamargo@gmail.com] - SP. Formação em Rádio e Tv, com ênfase em ações comunitárias e livres. Atua pelos caminhos da vídeo-arte, performance, e vídeo-instalação. Pesquisa o desenvolvimento e convergências de mídias, com prioridade para os processos orgânicos, tendo o corpo como canal fundamental para essa fusão. Participante do grupo MetaReciclagem, premiada com o "Interações Estéticas, Residências em Pontos de Cultura", que resultou numa caminhada pela Amazônia de fevereiro a junho de 2009.

9. Silia Moan Moan [siliamoan@gmail.com] - São Paulo / SP.  Desenha musas, costura um pouco e -as vezes gosta- de filosofia. Passou por letras, artes plásticas e conversa bastante com o design gráfico livre. Trabalha com formação no Pontão Nós Digitais e desenvolve a comunicação visual do Mutirão da Gambiarra e Lab Macambira.

10. Fernanda Scur [scur@terra.com.br] - Porto Alegre / RS. Formada em publicidade e propaganda com mestrado em mídias digitais, webdesigner freelancer, é atualmente doutoranda na área de TIC's para o desenvolvimento.Tem como foco o desenvolvimento de uma metodologia para a comunicação entre parceiros de projetos de inclusão digital baseada em teoria de sistemas e redes.


11. Régis Bailux [rbailux@gmail.com] - Porto Seguro / BA. Designer, midiativista, pesquisador em tecnologia social e educador. Criador do Bailux-Esporo de Metareciclagem (pioneiro no uso de Linux em Arraial d'Ajuda) exclusivamente a partir de contatos online, sem experiência prévia em software livre. Desde 2005 promove encontros semanais entre jovens e turistas/visitantes temporários, desmontando computadores advindos do lixo eletrônico e remontando-os para doação. Articulador local do Encontrão de Metareciclagem/Bailux Party e do Festival Submidialogia.Atualmente tecendo uma rede de quintais open_source_horta de ervas medicinais na aldeia velha pataxo.

12. Yasodara Cordova [yasodara.cordova@gmail.com] - Brasília / DF.  Designer desde a idade média. Formada em Desenho Industrial pela Universidade de Brasília, MBA em Gestão Estratégica pela Fundação Getúlio Vargas, professora da Universidade de Brasília, atua em projetos que possam ter caráter experimental e interessante do ponto de vista do Software Livre. Pesquisadora das possibilidades de intervenção social pelo do design de interação. Scrum master e mãe do Nicolas.

13. Bruno Freitas [bfreitas@gmail.com]  - Rio de Janeiro / RJ - Formado em análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e MBA em TI, programador, ativista do movimento zeitgeist, ultra-novato na arte hacker, colaborador do movimento coolmeia, tocador de ukulele, violão, cavaquinho, banjo (sempre no improviso, gambiarra, amadorismo puro).

14. Carine Roos [carine.roos@gmail.com] - SP. Formada em jornalismo e sociologia, com especialização em comunicação digital. Atua junto aos movimentos sociais principalmente nas temáticas de software livre, cidadania e direitos humanos, inclusão digital, direitos da mulher, reforma da lei de direitos autorais, mídia livre, democratização da cultura e informação, proteção de dados pessoais e acesso à informação pública.

15. Isaac "yzak" Filho [isaacmob@gmail.com] - Recife / PE.  Estudante de licenciatura  em ciências sociais na UFPE, aspirante a antropólogo. Atualmente trabalhando na ONG Moradia e Cidadania/PE como assistente de projetos sociais. Integrante do Coletivo PE Livre e envolvido a cerca de 7 anos com software livre, anarquismo, mídia independente, gênero, diversidade, arte, meio ambiente, contracultura e por ai vai.

16. Tatiana Prado [tatianarprado@gmail.com] - São Paulo / SP.  Arte-educadora com especialização em novas tecnologias e atuação em diferentes instituições culturais. Atualmente é responsável por formação de profissionais em arte e cultura fora do contexto escolar, desenvolvendo programas de abrangência nacional. Integrante da Rede MetaReciclagem, com especial interesse em produção editorial colaborativa, desenvolvimento de projetos em rede e outras formas de mobilizar recursos.

17. Renato Fabbri [renato.fabbri@gmail.com] - São Carlos / SP.  Atuante na difusão de mídias livres e utilização de tecnologias abertas faz certa cara. Fundador do Lab Macambira (labmacambira.sf.net) e integrante de diversos coletivos, dentre eles o Estúdio Livre, o Metareciclagem, a Rede Mocambos e o Transparência Hacker. Produz códigos em liguagens musicais e de programação, com preferencia para utilização de Python e produção orientada ao impacto estético e social. Aproxima-se de pessoas com postura colaborativa e/ou que sejam mais lisinhas. Aprecia produzir textos de cunho puramente estético e outros de caráter catalizador, tais como escritos acadêmicos e subversivos. Espiritualizado até o talo.

18. Hernani Dimantas [hdimantas@gmail.com] - São Paulo / SP.  Um pirata. Como pintor, escritor ou pesquisador,  navega em águas livres para entender e relatar os desvios que as novas tecnologias produzem. Trouxe para as redes digitais o debate sobre o  engajamento das pessoas em projetos colaborativos. Autor de Marketing Hacker e Linkania, seus livros e artigos referenciam os cibermovimentos. É fundador da MetaReciclagem, onde experimenta as diversas formas de apropriação da tecnologia social. Na  Escola do Futuro/USP, atua em diversas ações de inclusão digital, redes e  cibercultura. É também fundador do blog lixoeletronico.org, referência no debate sobre as consequências sócio-ambientais da sociedade hiperconectada.  Tem desenvolvidos trabalhos artísticos no desvio.cc.

19. Luiz Carlos Pinto [lula.pinto@gmail.com] - Recife / PE. Formado em jornalismo, defendeu um doutorado em sociologia sobre ações coletivas com tecnologias livres mas não se sente doutor. Contribui como pode com o projeto de intervenção na comunidade do Coque (Coque Livre), na cidade do Recife. Consegue pagar as contas como assessor de comunicação na secretaria estadual de C&T, mas isso vai mudar. É aprendiz de baixo elétrico, ilustração e de sociologia.

20. Alexandre Negrão [akin@grad.icmc.usp.br] - São Paulo / SP.  Graduando em informática, trabalha com desenvolvimento de software livre no Lab Macambira, tem muito interesse na difusão do conhecimento e em tecnologias livres.

21. Douglas Mondegrass Rodrigues [douglasssss@gmail.com] - Guaxupé / MG. Estudante de Tecnologia em Processos Gerenciais na Fatec de Mococa, aspirante a pesquisador sobre conhecimento livre, sociedade líquida, entusiasta da (des)construção digital e do efeito positivo desta, músico do interior.
Trabalha em Guaxupé desde 2006 com a movimentação da arte independente, contracultura e agora é idealizador do Laboratório Sinestésico, que vem a ser um projeto de destransformação, percepção e utilização do conhecimento singelo em coisas minuciosas e diárias, trazendo para Guaxupé diversas formas de repensamento.

22. Participantes de outros projetos do Festival relacionados à temática da metareciclagem

TAGS
Estratégia em Rede, Lixo Eletrônico, Reutilização, Reciclagem, Tecnologia Social, Ecologias abertas, Economia Solidária,  Sustentabilidade, Meio Ambiente, Incentivo, Iniciativas, Sensibilização da População, Trocas de Experiências, Motivações, Software livre,  Justiça Ambiental, Desconferência, Barcamp, Solidariedade, Valorização da Vida, Desenvolvimento Socialmente Equitativo e Democrático, Commons, Compartilhamento.

IMAGEM DO PROJETO

 

 


 

 

ter, 13/09/2011 - 10:55

MetaReciclagem Uma Mudança de Mentalidade

1. Introdução


A informática passou a fazer parte no dia a dia das pessoas, seja nas transações bancárias, em ambientes escolares, no trabalho e no lazer.  Cada vez mais o computador se mostra presente no cotidiano. Apesar da alta produção na tecnologia da informação, no Brasil, o acesso ao computador e à internet é ainda escasso para alguns indivíduos. Programas de inclusão digital são elaborados para esta parcela, atualmente excluída da dita sociedade da informação, porém estes programas são criticados por especialistas por não atenderem de forma eficaz às demandas do que  é chamado de exclusão digital. Em contraponto com as pessoas sem acesso a estes meios, outra parcela da população, com um maior poder aquisitivo, consome cada vez mais um computador de última geração ou algum gadget de última moda. O consumo desenfreado, numa sociedade onde pessoas trocam de celular duas vezes ao ano, que trocam componentes de seus computadores sempre que um novo mais veloz ou com maior capacidade é lançado, não é acompanhado por uma pergunta básica: para onde vai o lixo tecnológico gerado?


No Brasil, surge um grupo de nome MetaReciclagem, que tem como proposta reciclagem do lixo eletrônico para a transformação social. De acordo com o grupo, também é possível reciclar mentes para esta transformação e a inclusão digital se dá por um processo de apropriação tecnológica e não apenas “usar o computador”. Este grupo, de origem em São Paulo, está presente em todo o Brasil, de forma descentralizada e auto-organizada, inclusive tendo uma forte atuação no Governo Brasileiro (Ministérios da Cultura e Ciência e Tecnologia) com questões pertinentes a tudo que perpasse pelo computador, redes, equipamentos tecnológicos, cibercultura e sociedade.
Este trabalho consiste na investigação da importância de contribuição da MetaReciclagem à questionamentos sobre o lixo eletrônico que está sendo descartado pelos rápidos avanços tecnológicos.

2. Justificativa


Conhecendo mais esse grupo, suas propostas e sua atuação, podemos entender mais  processos como: sociedade da informação, lixo eletrônico, compartilhamento, comunidades virtuais, cibercultura, exclusão digital e liberdade na internet. Estes processos são de suma importância para entendimento de nossa sociedade que, através desse grupo, é observada por uma diferente ótica e assim trazendo à tona questionamentos pertinentes à academia para um maior entendimento de nossa sociedade, visto que este grupo traz uma relação de usuário de tecnologia crítica ao uso e desuso de tais equipamentos.

3. Problematização


Saber ao fundo, rotulando o que seria o grupo de MetaReciclagem é uma questão complicada, pois os participantes do grupo narram que não existe uma história verdadeira do grupo ou todas são verdadeiras. A história é narrada por pessoas que colocam, ou tiram, pontos pessoais e sendo assim o grupo prefere não se agarrar a uma única narrativa. Apesar desta dificuldade de enquadramento do surgimento do grupo, podemos usar os dados destas versões e construir um histórico apontando pontos em comum relevantes ao surgimento do mesmo.


MetaReciclagem é definida como uma rede,  atuando desde 2002, no desenvolvimento de ações de apropriação de tecnologia de maneira descentralizada e aberta.  Esta rede tem como base a desconstrução do hardware, que seria uma forma de desconstruir peças de um computador para entendimento de funcionamento das mesmas; utilização de software livre  e uso de licenças abertas, que garante o uso, alteração, compartilhamento e divulgação de uma forma livre. Como a rede é descentralizada, ela aglutina pessoas de diversos lugares do Brasil. Basicamente, ela tem como estrutura um site e uma lista de discussão. No site os usuários podem participar lendo os materiais que são postados em formato de blog, bem como ter acesso a tudo que foi discutido na lista de discussão. O interessante do site é que qualquer um pode se inscrever e contribuir com o site, alimentando-o com novas postagens e/ou interagindo com o que foi postado. A lista de discussão serve como um canal em tempo real, onde as pessoas enviam e respondem e-mails sobre diversas questões, gerando uma discussão entre os membros inscritos. É importante frisar que as discussões na rede “metarecicleira” (termo usado pelos participantes) não se restringe apenas ao assunto computador, internet e lixo eletrônico, mas tudo que seja relativo ao social: governo, resistência indígena, artes, feminismo, sociologia, antropologia, enfim tudo que é importante, ou julgado importante para algumas pessoas.


O foco deste projeto de pesquisa é se aprofundar nas contribuições do grupo à sociedade, visto que eles vão além de passivos usuários de tecnologia, pois buscam questionamentos sobre a importância da mesma em nossas vidas. O principal questionamento da rede é sobre o descarte do lixo eletrônico, gerado pela velocidade da produção de artefatos tecnológicos. A sociedade atual tem passado por rápidas mudanças na sua relação com a tecnologia, exemplo: um celular antes servia para fazer e receber chamadas; hoje em dia entra na internet e pode ser ligado a um teclado e a uma televisão. Estes avanços geram questionamentos por uma pequena parte da sociedade, por exemplo: onde estão os celulares antigos, em desuso? Sabemos que países mais pobres servem de escoamento para uma nova categoria de lixo gerada por nossa sociedade, o lixo eletrônico. Este tipo de lixo se torna convidativo a parcela mais pobre da população pois ele pode conter peças com algum valor comercial: cobre, ouro entre outros metais. Mas que também certas partes como baterias, que não servem para estas pessoas, são descartadas no meio ambiente e são perigosas pois contém metais pesados e produtos químicos que poluem e afetam diretamente a saúde humana.


Para Bauman, há a hipótese de que todo esse descarte de lixo, que é indesejado pela sociedade, é escoado para uma parcela da população que é chamada por ele de lixo. Um exemplo são programas de inclusão digital que recebem computadores velhos, destinados a pessoas de baixa renda que não fazem minimamente tarefas cotidianas. Podemos lançar a questão: de fato é inclusão digital você oferecer ferramentas que não estejam alinhadas com a atualidade? Para a rede MetaReciclagem é importante saber separar e preparar essa tecnologia obsoleta, tendo cuidado com termos como inclusão digital. Para eles as empresas ou pessoas que se desfazem dos seus aparatos tecnológicos obsoletos devem ter a consciência de um descarte adequado dos mesmos e ter a responsabilidade deste pós-uso. Infelizmente, algumas ONG's, que não têm este aprofundamento, servem de escoadoras de lixo eletrônico, visto que recebem este tipo de lixo de empresas que por sua vez repassa-os para comunidades pobres que irá compor projetos de inclusão digital ou serão destruídos para aproveitamento das partes citadas acima.


Portanto, o objetivo desta pesquisa é uma busca de como o grupo de MetaReciclagem pode contribuir para trazer à tona tanto a academia quanto a sociedade para questionamentos acerca de todo o lixo tecnológico gerado pela sociedade atual.

4. Quadro Teórico


Bauman traz importantes somas a este projeto de pesquisa pois é um grande pensador sobre a modernidade e suas relações, principalmente ao se tratar destas relações levando em conta  consumo, que segundo ele tem aumentado a uma velocidade incrível na modernidade.
O autor traz uma visão muito interessante sobre o que seria o lixo, ampliando seu significado, uma vez que é dada, ao mesmo, uma dimensão sociológica indo além do habitual que é pensar o lixo como apenas aquilo que não serve mais. Bauman vai além nesta ampliação, citando que alguns setores da sociedade estão sendo encarados como lixo, ou seja, descartados, indesejados como podemos observar


“Desesperados, não aceitariam a simples verdade de que odiosos montes de lixo só poderiam não existir se, antes de mais nada, não tivessem sido feitos (por eles mesmos, os leonianos!). Eles se recusariam a aceitar  que (como diz a mensagem de Marco Pólo, que os leonianos não ouviram.), “à medida que a cidade se renova a cada dia, ela preserva  totalmente  a si mesma na sua única forma definitiva: o lixo  de ontem empilhado sobre o lixo de anteontem e de todos os dias e anos e décadas.” (CALVINO apud BAUMAN, 2005, p.9).

A sociedade atual agrava mais ainda essa situação, pois o consumo por tecnologia está avançando rápido demais e são criadas necessidades por uma certa atualização destes equipamentos. O computador que não está “rodando” a mais nova versão de determinado software, aquele celular que não tem as novas funções que todos os mais novos têm e também os apelos publicitários que estimulam o consumo de tais equipamentos, “é a novidade de hoje que torna a de ontem obsoleta, destinada ao monte de lixo.” (BAUMAN, 2005).


5. Objetivos


Agora podemos trazer a discussão e colocá-la na forma de objetivos para serem perseguidos neste projeto:

5.1 Objetivo Geral


Analisando o grupo MetaReciclagem investigaremos propostas de mudança de mentalidade no que concerne à questão do lixo eletrônico, oriundas de novos atores sociais que utilizam a tecnologia como proposta de inclusão social.

5.2 Objetivos Específicos


1. Entender a atuação descentralizada do grupo pesquisado;
2. Identificar suas contribuições à sociedade;
3. Descobrir como a MetaReciclagem pode contribuir para a mudança de mentalidade dos atores envolvidos direta e indiretamente.

6. Questões de Pesquisa


1.a) Qual o perfil dos atores que atuam o grupo MetaReciclagem?
1.b) Como se dá a auto-organização do grupo?
2.a) Quais os impactos das contribuições da MetaReciclagem de forma direta à sociedade?
2.b) O grupo traz discussões efetivas à questão do lixo tecnológico?
3.a) Como se dá o processo de transformação social proposto pelo grupo?
3.b) Quais são os resultados satisfatórios acerca da mudança de mentalidade? Baseado em pontos tocados pelo próprio grupo.

7. Metodologia


A pesquisa dar-se-á, inicialmente, pelo acompanhamento do grupo em seus dois veículos de discussão: Portal e Lista de Discussão. Onde serão colhidos dados das discussões promovidas por seus usuários. Os dados coletados serão analisados e  documentados em diário de campo. O pesquisador decidiu se apresentar ao grupo e aproveitando que, pela descentralização do mesmo, há pessoas em diversas partes do país, inclusive nordeste, fará entrevistas presenciais com pessoas envolvidas no estado de Pernambuco ou em outros próximos (dependendo da disponibilidade de ambos).
Serão aplicados questionários on-line ao grupo, buscando atingir uma boa quantidade de membros do grupo, bem como atingir diferentes regiões do Brasil. Este questionário buscará sondar possíveis diferenças e também elaborar tipos de perfis, levando em conta região, escolaridade, tempo no grupo, experiências práticas e experiências teóricas.

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