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qui, 11/03/2010 - 19:17

Caminhos - atualização da/s História/s da/e MetaReciclagem

Abrindo uma conversa aqui...

Tem um lance que acho fundamental a gente articular pra segunda versão do história/s metarec (que, pra quem não sabe, estamos prevendo pra data mítica de aniversário do projetometáfora, 28/06): textos sobre o que aconteceu desde o primeiro encontrão no ano passado (quando aquela pré-edição foi lançada) até agora. Tivemos dois encontrões, um monte de eventos, o prêmio de mídia livre, a transformação geral no mutirão, os planos pro site, a ideia de microreciclagem como chocadeira de projetos. Teve esporificações como o lixo eletrônico que foi a fundo na PNRS, organizou o debate e a instalação do Glauco na Matilha, e na tangente o desvio, indicado pro ISM e tal - isso também dialogando com a pesquisa/metalivro gambiologia, e o mundinho digiartistinha - que até há pouco tempo desdenhava a gente - de repente dando algum valor, mesmo que menos por conta de nossas ações efetivas do que por nossxs amigxs gringxs. Teve um reaquecimento da lista, as blogagens coletivas, os mutsazz. Teve a gente depurando o discurso em uma fileira de editais. Teve (tá tendo) a tese do HD, as pesquisas do Orlando, comentários cheios de orgulho de metarecicleirxs das antigas ao ver o que a gente tem agitado. Tem, claro, a ausência do @dpadua, que resumidamente é a ausência de um pilar essencial de criação, viagem, delírio, mas que também põe essencialmente a teste a natureza p2p que ele sempre defendeu - aquele exercício de pessoas em roda, fazer uma teia com barbante, e as coisas continuarem.

Daí que acho que ia ser excelente a galera escrever sobre isso tudo. penso em duas possibilidades:

1) uma chamada aberta, desde já até meados de maio, como foi a chamada da Gambiologia. Tenho algum medo da tendência procrastinadora de 93,5% dxs metarecicleirxs (que se soma à profusão de estatísticas falsas). Mas isso pode dar uma oxigenada legal, também pondo pra escrever uma galera que entrou nos últimos dois anos e tá meio que correndo atrás do bonde - não queremos ser a "voz oficial" dxs anciãxs da metareciclagem, mas também ouvir essxs novxs chegadxs. Tentar orbitar um pouco e ver como o nosso discurso que entre a gente é tão coeso é compreendido, absorvido e rearticulado ali nas tangentes.

2) Outra alternativa (que eu gosto menos) é essa atualização virar tema pra uma blogagem coletiva. Que acham? Isso mistura um pouco os assuntos mutsaz e metalivro, mas acho que pode virar. Se for por aí, acho que a gente pode fazer na virada de março pra primeiro de abril (primeiro de abril, 50% é ficção, né?). Mas dessa vez fazer organizado, avisar com pelo menos duas semanas de antecedência, divulgar MUITO em todas as redes vizinhas e deixar rolar a blogagem coletiva por um tempo mais razoável - se pans de 31/3 a 7/4. Ou então, a gente foca essa chamada de agora no que eu propus muito em cima da hora no mês passado - olhares "de fora", ou pelo menos a gente tentando investigar como essas pessoas que ora se aproximam da rede nos vêem (também mais ou menos o que eu falei ali na primeira opção). Enfim, curiosidades.

digam lá!

2036 leituras blog de felipefonseca

Comentários

digo aqui

ai... esse incômodo com o mutirão que tanto me atormenta (e eu te atormento por tabela!, efe)

então...

não curto nem 1), nem 2). Rá!

 

ó... acho que a 2) é uma boa ideia, mas não sei se começaria com o “histórias da/de metarec”. Vejo essa participação dos “de fora” como mais uma possibilidade de experimentação pro mutsaz. E acho bacana q os “convidados” escrevam sobre o que quiserem. Se for o caso e tiver coisas diretamente ligadas ao metalivro, algo migra pra lá e tudo bem. Editoria serve pra isso e a proposta colaborativa tem esse dinamismo como essência e qualidade. Acho eu. Hoje.

Ah, e concordo com esse lance do prazo. Mas penso que a chamada é que deve ser feita com mais tempo de antecedência (e talvez multiplicada mais vezes) porque estender demais o prazo da blogagem não sei se altera muito (e aí fica muito grudada na do mês seguinte).

 

Sobre a 1), me chama atenção essa ideia “atualizar a versão”. Uma coisa é atualizar o software... aperfeiçoar, substituir, ampliar as “funcionalidades”, corrigir bugs... Outra coisa é contar histórias, recontar [a(s)] história(s). E, geralmente, quando se faz uma nova edição de um livro, acrescentam-se notas, inclui-se um outro prefácio, revisa-se um ou outro capítulo, reescreve-se um conceito, “atualiza-se” uma informação que a ciência comprovou... No “histórias da/de metarec” , se for o caso, acrescentaria mais “versões” sobre um mesmo episódio, escritas por outras pessoas. Sim, porque é nessa perspectiva que eu acho que faz sentido a ideia de “versão”: cada um que conta tem a sua versão (inclusive a mesma pessoa, em momentos diferentes). Não é, portanto, algo “atualizável”, apenas múltiplo.

Mas, sinceramente, não vejo motivo pra mexer nesse vol. 1 porque a editoria tá redondinha... a gente acaba de ler e se sente bem, ao mesmo tempo em que percebe a possibilidade pra continuidade (sem ser idiota como o inexistente fim do Senhor dos Anéis 2) ao ler a última frase. Pra mim, “atualizar” a versão q tá, significaria mudar nada ou pouca coisa, talvez uma revisão de texto mesmo e mexer em pequenos detalhes no modo de apresentar “citações” (pq alguns trechos se repetem, nem sempre com necessidade). E, de mais a mais, se a galera das antigas quisesse se pronunciar sobre o universo que você documentou, teria feito isso quando você abriu a chamada. Ou pode fazer quando/se tiver vontade, criando uma nova editoria quando for a hora. Quem não é das antigas, mas acabou de chegar, também pode recriar – conferir um ar nostálgico fictício, analítico, crítico, homenagem poética... sei lá... E aí teremos uma (ou, esperançoasamente, mais) “versão atualizada”.

Outro motivo que me faz pensar que atualizar a versão 1 é desnecessário é o tamanho. No último edital (cultura e pensamento), quando estava imprimindo o portifólio, tive que deixar de fora o gambiologia. Estava tão grande que ficou inviável imprimir e não cabia no envelope (eqto o “histórias da/de” já estava impresso frente e verso e encadernado, com menos volume e mais bacana pra visualizar). 100 páginas é facinho de ler numa tacada só. 200 eu já penso 2 vezes... Tudo bem, eu sei que soa contraditório e eu não sou a melhor pessoa pra dizer isso porque ignoro solenemente as regras e dicas que circulam por aí sobre leitura na tela ou “volume de conteúdo” na internet. Eu desrespeito as mais básicas, como aquela de dividir os posts em partes. Tô nem aí e massacro as pessoas com os megaposts na metarecursos, por exemplo, mas lá faço de propósito. Nem mesmo abuso das reticências pra dar tempo dela pensar ou respirar. É pra perder o fôlego mesmo...

E o tanto de assunto que você cita, efe, já tem coisa suficiente para um novo volume. Vejo o caminho por aí... um “histórias da/de metarec X”.

Pois... já que hoje acordei com o “bichinho do contra” fazendo aeróbica, vou discordar também do Orlando. Não precisamos de mais parâmetros. O tema-título “história(s) da/de metarec” já norteia e é aberto o bastante pra cad1 que aparecer, escrever e se comprometer (consigo mesmo, antes de mais nada) a colaborar, se assim desejar (seja por chamada aberta ou convite específico).

Mas sei lá... é que hoje, nesse dia movimentado dos cartunistas, tava aqui pensando que flicts passeia... e “estrelo- menino maluquinho” prepara festa na lua e adjacências pra receber o glauco...

Tava lembrando que quando era criança adorava arrumar minha coleção de livros e gibis... Ficava sempre em dúvida no que fazer pra que os livros pequeninhos não fossem engolidos pelos grandes e, por isso, sumissem. Além disso, também não sabia a ordem: “as anedotinhas do bichinho da maçã” me parecia ser o primeiro. Depois tinha “mais anedotinhas...”, “novas anedotinhas...”, “as últimas anedotinhas...” Como nunca teria certeza qual era a certa, cada vez eu punha numa ordem... Criança se diverte com qualquer coisa... Nem precisava abrir o livro pra rir...

Bom... disse aqui...

já temos o primeiro “história(s) da/de metarec”. Deixemos vir, então, “mais”, “novas”, “recentes”, “futuras”... “história(s) da/de metarec”...

 

ó... e esse negócio de atualizar software toda hora, relançar livro em datas comemorativas é tudo jogada de marketing ;)

definir pessoas e temas chaves

O formato blogagem coletiva que levou ao #mutsaz me parece meio atravancado. Gosto da idéia de uma chamada aberta e divulgação (opção 1), mas acho que pode haver também uma espécie de seleção, conversa com pessoas para comprometimento em escreverem sobre assuntos específicos e assim fechar um núcleo definido de  X  pessoas que já tem tema definido para entregarem no prazo Y. 

Mesmo assim deixaríamos em aberto aberto para qualquer outra contribuição que viesse no prazo. Além disso, talvez havendo essa definição das X pessoas e o tema escolhido por cada uma, poderia haver uma divulgação e incentivo para a produção em conjunto no mesmo tema, ou seja estimulando outras pessoas com afinidade com o tema a procurarem uma das pessosa pré-definidas e conversar sobre possível escrita conjunta.  Algo do tipo

A, B, C, D, n... que vão escrever sobre 1, 2, 3, 4, n... aguardam até tal dia para possíveis parceiros de produção. Não rolando, já se comprometeram a escrever sozinhos. Mas, O QUE QUEREMOS MESMO é que outras pessoas, indepentende de cor, credo, raça, religião e tempo que conversa MetaReciclagem, se agreguem a esse processo colaborativo.

Sei lá. Algo assim. Compliquei demais? 

estrutura

fala, virgo. acho que não precisa especificar tanto quem faz o quê e quando. também prefiro a primeira estratégia, e gosto de misturar a chamada aberta com alguns pedidos específicos de texto (a gambiologia foi assim). mas dá pra deixar mais orgânico. nada impede de ter dois ou mais textos sobre um mesmo evento, ou as pessoas escreverem juntas, ou ignorarem. se a gente mantiver a conversa rolando, tá valendo.

opiniao :)

voto na primeira, mas abrir a chamada depois de lancar gambiologia em 22/03

 

 

 de acuerdo, maira.

 de acuerdo, maira.

chegando...

Voto na primeira, pois acho a alternativa mais simples para cá chegar, e pegar uma cadeira na sala intangível da metareciclagem.

Acho pertinente a observação do dasilvaorg. Com parâmetros, fica mais difícil se perder nas ideias.

Mas independente de alternativas, cá estou e estarei. Agora em passos curtos e firmes, que transitam do conceitual para o prático.

Abraços,

douglas, tua voz é uma das

douglas, tua voz é uma das que eu tô querendo ouvir mais. entender teu processo de apropriação de todo o referencial e discurso, que acho que tá rolando exatamente agora!

vqv

E ouvirá, Felipe. Por aqui

E ouvirá, Felipe. Por aqui estou a sair do contexto de discurso, e caminhando para o início da prática.

O primeiro passo foi arrancar da mente o processo que estava emaranhado, e escrever num pedaço de papel. O segundo, escrever o email. Estou ainda a pensar se o processo se desenvolverá como braço do coletivo de arte ou de outra forma. Mas conhecimento é reciclável. Repensarei sempre.

Assim que concretizar a primeira busca prática, que é a observação de como o lixo eletrônico é tratado aqui, vou postar um tópico.

E procurarei a cada passo relatar os processos. Claro, que o passo pode ser para trás. Mas em ocasião que estamos em frente a um precipício, um passo ao reverso significa muito.

Coisas são preciosas. O filtro das ideias é uma vela no escuro. O dos sonhos, um candelabro.

E prossigamos.