mutgamb
HiperTropicalDocumentando
Documentação do EncontraoHiperTropical de MetaReciclagem:
- O Encontrão Hipertropical de Metareciclagem, post de efefe, mais fotos (flickr);
- Documentação da Oficina no wiki do Pontão Nós Digitais (e fotos aqui)
- Fotos do prof. Álvaro (é, facebook, desculpem)
- Fotos da Etec (também facebook)
- Fotos e mais fotos (no google)
- Wiki do Jonathan Kemp + tutorial do radiotelescópio
- Encontro Hipertropical, documentação por Alexandre Abdo
- Metareciclando em um Hipertropicalizado céu de ideias por Felipe Cabral
- BikeUba - a cidade das bicicletas, relato e vídeo de Wille
- Ubatuba, bicicletas, metareciclagem e outras coisas - relato de Isaac Filho
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MutGambPublicacaoDigital
Passados alguns anos de atividade do Mutgamb, coletivo editorial nascido em meio às reverberações da MetaReciclagem, cheguei (efeefe) a uma metodologia de publicação online que acredito fazer sentido para os nossos propósitos. A partir da edição atual do Mutsaz optamos por ter editorxs convidadxs, que têm autonomia total sobre formatos e liberdade de experimentação. As publicações podem sair em PDF, em hotsites dedicados, em coletâneas de mp3 ou no que for. Mas também devemos manter uma versão padronizada em formatos múltiplos. No mínimo, uma versão epub e uma versão navegável pelo site mutgamb. O EPUB é um padrão aberto, baseado em HTML e compatível com uma grande quantidade de dispositivos - leitores de livros eletrônicos, telefones celulares, tabuletas e programas para computadores em praticamente todas as plataformas. A versão navegável utiliza o módulo book do drupal - sistema em que foi montado o site mutgamb - e permite a criação de seleções hierarquizadas de conteúdo.
Montando o ebook
Cheguei a testar diferentes alternativas para gerar as versões ebook (ver documentação dos testes em PlataformasPublicacao). A opção mais simples até agora tem sido utilizar o Sigil, software livre (GPL) de edição de ebooks. Ele cuida de todos os aspectos superficiais da formatação, e tem um editor de código-fonte para quem quer se aventurar a coisas avançadas ou debugar problemas no código.
Em geral, preciso partir de uma versão formatada dos textos. Copiar e colar de editores de texto é sempre complicado. No processo de converter o legado do Mutgamb para ebook, enfrentei diferentes situações: algumas edições me possibilitaram gerar um arquivão HTML que eu depois abria direto no Sigil. Foi o caso do Histórias de/da MetaReciclagem, que eu tinha editorado (!) originalmente no OpenOffice.org. Depois de testar diversas formas, optei pela mais prosaica: mandei o OOo "salvar como"... HTML. Depois foi só quebrar os capítulos com Ctrl+Enter (tomando o cuidado de deixar uma linha em branco ao fim de cada capítulo, senão ele deixava o título do capítulo para trás). Já tinha passado um monte de capítulos quando fui verificar o código-fonte de um deles. Tinha um monte de lixo ali gerado pelo OOo: uma confusão de folhas de estilo e informações desnecessárias. E o pior é que ele repetia o código sujo em cada capítulo. Acabei começando do zero: abri outra vez o HTML, tratei de limpar o código na mão e só depois comecei a quebrar os capítulos.
Em outras ocasiões, como o mutsaz primavera 2009, os originais só existiam em PDF, e precisei copiar e colar cada capítulo (e revisar um monte de vezes para encontrar linhas quebradas por hifens, discrepâncias de formatação com negrito/itálico e um monte de outras coisas). Demorei uns três meses (entre vários outros projetos, é claro) para terminar essa edição em particular.
Colecionando dicas então, para alimentar um futuro tutorial do Sigil:
- Publicações que já estão inseridas no drupal com o módulo book podem ser exportadas em um HTML completo (através do módulo para versões de impressão, email e pdf, se não me engano). Também precisam de limpeza depois, mas é pouca coisa.
- Publicações editoradas com o Lyx podem ser exportadas para HTML. Aparentemente o próprio Lyx usa para a conversão o elyxer, software que também pode ser acionado via linha de comando. Vale a pena fazer testes com diferentes maneiras de gerar o HTML.
- Uma vez inserido todo o texto, é bom verificar a formatação de cada um dos capítulos. Para facilitar a geração do TOC (índice), o ideal é que cada capítulo se inicie com um título, formatado como <h1> ou <h2> no HTML (a interface gráfica do Sigil resolve isso de maneira fácil, oferecendo as folhas de estilo (Normal, Heading 1, 2, 3...).
- Eu gosto de prestar atenção à coerência na maneira como são exibidos os diferentes elementos. Não é necessário um padrão entre as diferentes publicações, mas se a URL ou o nome do autor estão formatados de determinada forma em um capítulo, acho interessante manter essa formatação em todos.
- Imagens devem ser redimensionadas com um programa adequado (GIMP, mogrify, etc.) para um tamanho médio (a maior parte dos dispositivos tem telas com resolução limitada, e quanto maiores as imagens maiores os arquivos resultantes). Atualmente tenho usado 500px de largura. As imagens também devem ser inseridas no epub. Na coluna da esquerda do Sigil existem um monte de pastinhas: Texto, Estilos, Imagens, Fontes e Misc. Clique com o botão direito em Imagens, e escolha "Acrescentar arquivo existente". Depois, é só ir no capítulo em que a imagem vai ser inserida, posicionar o cursor e clicar na opção de inserir imagem da barra de ferramentas do Sigil.
- Uma vez revisado todo o texto, verificados os títulos, imagens e formatação, passamos à estrutura do epub. A coluna da direita exibe o índice. Clicando em "Gerar TOC a partir dos títulos", o Sigil vai gerar um índice correspondente aos títulos e subtítulos dentro dos capítulos.
- Depois vêm as metainformações: clique em "Edit > Meta Editor". Insira o título da publicação, autorx (no nosso caso, Coletivo Mutgamb) e idioma. Eu costumo também clicar em "Adicionar básico" e escolher "Direitos", depois na coluna da direita escrever "Copyleft".
- Por último, vou em "Arquivo > Validar EPUB". Ele geralmente vai encontrar inconsistências e malformações de código. Gosto de corrigir essas coisas para evitar eventuais problemas com algum dispositivo.
- Depois disso é só salvar o arquivo e pronto, o ebook está montado. Vale a pena testar em diferentes aparelhos para saber se está funcionando bem.
Montando a versão navegável no site mutgamb.org
Agora que já temos a versão Ebook, podemos publicar a versão navegável no site do Mutgamb (a ordem não precisa ser essa: podemos começar publicando no site, e depois exportar o HTML para aproveitar no Sigil e fazer o ebook. Tudo depende do que temos para começar).
Para começar, precisamos criar um livro novo. Vou em "criar conteúdo > livro", insiro um título e o conteúdo (capítulo abaixo sobre como copiar o conteúdo do epub para o site). Depois, opção importante: "book outline", e selecionar "novo livro". Por fim, tenho o costume de mudar a URL de acordo com a publicação em "opções de endereço". No caso do mutsaz primavera 2009, escolhi o endereço "mutsaz/09-primavera/sobre".
Se simplesmente abrirmos o epub em algum programa para ebooks ou mesmo no Sigil, na hora de copiar e colar no browser ele vai perder a formatação (pelo menos aqui no meu PC atualmente rodando Linux Mint 12 com ambiente gráfico Mate, browser firefox e o editor CKeditor no drupal). Encontrei uma maneira de driblar isso: descompactar o arquivo epub em um diretório temporário ($ unzip livro.epub -d /tmp/livro). Ele vai criar uma estrutura de arquivos, dentro da qual fica um arquivo .xhtml para cada capítulo (em OEPBS/Text). Acesso cada um deles no browser e mando visualizar o código-fonte. Daí é fácil copiar o código formatado, depois ir na página que estou editando no drupal, clicar em "Source" no editor WYSIWYG e colar. Ocasionalmente, perdi a formatação de uma linha em negrito, mas todos títulos, URLs e itálicos migraram sem problemas.
A partir da primeira página do livro, vou criando "páginas-filha". Atenção: não é criar uma página-filha de cada um dos textos: todas devem ser criadas como páginas-filhas da primeira página do livro. Atentar sempre para o "book outline", onde se verifica que ela é filha da página certa e o peso relativo (que define a ordem dos capítulos: quanto menor o número, antes a página é exibida); e para a "configuração de endereço", que sempre deve repetir a estrutura da página do livro (por exemplo, "mutsaz/09-primavera/uma-frase").
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MutSazCunã
O MutSaz, ou Mutirão Sazonal, é uma publicação colaborativa online desenvolvida e publicada pelo coletivo editorial Mutirão da Gambiarra. Aceitamos propostas de contribuições de qualquer pessoa interessada em debater assuntos relacionados à apropriação crítica de tecnologias, ativismo de mídias, cultura digital experimental, construção de imaginários colaborativos e ações em rede. Todas as edições são disponibilizadas no blog para download.
O Mutirão Sazonal Verão-Outono 2012 é inspirado pela Cunã - a semeadora.
Contribuições serão aceitas até o equinócio, dia 20 de março de 2012, em que o Verão dá passagem ao Outono, através desta página.
- Chamada no sítio Metareciclagem.
- MutSazCunaColetanea.
- Envie sua contribuição por aqui.
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Chamada Mutsaz Gênero y Tecnologia - Cuñá
MutSazCuna > Chamada
nesse clima úmido e fértil desabrocha a potência do feminino, das conexões submersas e invisíveis. em época de fugas de sistemas proprietários e reconexões materiais na busca de viveres desautomatizados, sonhamos com tambores, cartas e cheiros. por nossos fluxos desdigitalizados cartografamos nossa vizinhança pós-gênero, pré-cósmica. nossa metarqueologia será, enfim, dançada.
no sub> sub > sub > sub > experimento de ser mulher dentro desta rede de redes, nos soa primeiro impróprio nos ligarmos por este antiquado padrão biológico, já que existem mutantes dinâmicas em cada ser, mas essas categorias sem dúvida trazem aproximações interessantes, já que lidamos com o imaginário comum humano. percebemos que ainda sofremos as consequências de um modo de pensamento totalitário, na nossa falta de destreza meritocrática, estabelecida em números de posts, enquanto fazíamos o jantar das crias. como uma pscicose colonizante, sexo, trabalhos domésticos, informática e maternidade convivem lado a lado nessa categoria. todavia, nesses últimos anos, muitas de nós mulheres nos relacionamos entre pares, em ambientes virtuais como listas de discussão e blogs, encontros espontâneos e informais, nos desprogramando em pequenos refúgios diante de outros ambientes "fervilhantes" e conservadores quanto à categoria gênero em que a discussão é rapidamente polarizada. metareciclagem, hardware, tecnocracia, espaços seguros e feminismo foram códigos comuns em nossas discussões mais íntimas. isso desde o sub-mundo digital que alguns chamam de "livre" mas que se faz livre somente por nossa negação perene de um livro, ou um cara fundador.
muito como no passado as mulheres tinham a responsabilidade sobre as sementes a a gestação, sendo a cria do mundo, muito pela ineficácia do modelo atual de civilização e da comunicação virtual, além do monopólio corporativo dos serviços e processos de entrada no mundo em rede, faz-se ainda mais necessário um ambiente de aprendizado horizontal e propício à gentil colaboração. à germinação livre das químicas e pesquisas científicas. a mulher deve ser sim particularmente incentivada a participar da cultura hacker, não somente porque foi historicamente afastada e ainda vive num mundo pleno de requícios opressores, mas porque o incentivo pode ser determinante para a descolonização de saberes - um aprendizado-diálogo-escuta em que se abre a caixa-preta do sistema-mundo. sim isso acontece desde dentro de nossas casas com nossas mães e filhas - também!
as conversas sobre parentalidade, sexualidade, a opressão tecnocrática ou a gélida carga de violência ancestral de nossos pares tornam-se então pequenos ritos de dor, onde muitas vezes recriamos o amor dentro, fazemos graça, e outras tantas irritamos. à união proposital de qualquer grupelho de mulheres ouve-se com muita frequência: exclusão! nunca o ouvimos quanto o microfone é esquecido na voz do bem-articulado inflado de respeito por seus pares institucionais, sem hesitação mas também sem nenhum êxito, talvez, pois a história oficial se escreverá por este que não é uma pessoa, um homem, mais um mundo-sistema. nesse sentido todxs estão convidados independente de "gênero", "etnia", "cor".
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a proposta que viemos fazer é resgatar e instigar o revelamento, desvelamento e a escritura de histórias de envolvimento de mulheres com tecnologias livres. refletir sobre a sua iniciação ao linux, ao mundo da informática, da netcultura. suas experiências boas e más com esses mundos, e por fim, se a categoria ainda reflete alguma coisa relevante para o mundo contemporâneo pós-gênero.
a sua contribuição pode se dar através de um fragmento de áudio, vídeo, texto, imagem ou artesania até o dia 20 de março (equinócio primavera-outono). envie sua contribuição por esta página. se preferir envie um email para a lista metareciclagem-AT-lists.riseup.net ou direto para tati wells. se sua contribuição já está publicada na rede e você quer só mandar o link, insira-o na página MutSazCunaColetanea ou envie-o pelo formulário.
a edição MutSaz gênero será construída colaborativamente pelo MutGamb, às vésperas do Encontrão Hipertropical de Metareciclagem.
lembrando que a história da mulher não vai aparecer nos noticiários e mídias oficiosas. narre, ouça a história de um(x) amigx para ela existir. aliás, é nesse fazer que ela se constrói.
(nossa xamã catadora ensaia meeeeeeeeee, weeeeeeeeeee.....:)
tati wells
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Ressignificar a Administração
A primeira versão deste texto foi publicada num dos meus blogs de experimentações em agosto de 2008. Tudo relacionado à Internet estava em plena ebulição na minha cabeça e a Interação com a Rede MetaReciclagem apenas se iniciando. Tem muita ingenuidade aí. E certamente mais do que o que consigo ver agora. Mas de alguma forma ainda estou muito relacionado a este texto e ele a mim. Por isso retomo essa versão que formatei para a capa do meu site e coloco aqui, no calor desse verão Mutsaz. Pra Janxs, que fecha e que abre.
Ressignificar a Administração
Há um problema na compreensão geral da administração, tanto da administração (prática) como da Administração (área do conhecimento). Administração é muito mais, mas muito mais mesmo do que tecnologia de gestão empresarial. Porém, as práticas discursivas na área são, compreensivelmente, reducionistas.
Uma esmagadora maioria está preocupada apenas com tecnologia de gestão empresarial (o que não é necessariamente ruim) e chama isto de Administração. Sim as tecnologias de gestão são uma parte, mas apenas uma parte de um todo, muito, muito, muito mais complexo.
Entenda. O que estou tratando aqui não se resume a diferenciar a natureza da organização ou do processo a ser administrado: Empresa Privada, Organização Pública, ONG etc Não é isto. Até porque o gerencialismo é uma realidade na Administração Pública.
Quero evidenciar é que há uma excessiva concentração de interesse e debate em torno de apenas um aspecto da Administração: as tecnologias de gestão empresarial. Esta concentração é tão expressiva que assume, às percepções ingênuas (ou nem tanto), o significado de Administração.
Para quem se preocupa com uma Administração, para além da Tecnologia de Gestão, há um efeito colateral desta substituição muito desgastante: estar a todo momento ressignificando* a Administração nas conversas. E aí, não só há o trabalho (às vezes muito complicado) de ressignificar a Administração, mas também de transpor essa percepção para uma série de conceitos e noções utilizados na área.
A coisa fica mais complicada quando se analisa a natureza do conhecimento que alimenta as construções discursivas deste viés dominante na Administração. O pop-management, como O Monge e o Executivo, não é o pior. O mais grave talvez sejam as abordagens superficiais e às vezes distorcidas do conhecimento formal das Ciências Sociais e outras áreas do conhecimento. Assim, por exemplo, fala-se muito em burocracia mas poucos vão além do senso comum e das sínteses dos livros de Administração.
O excelente artigo de Nicolini (que explica historicamente situação atual dos Bacharelados em Administração no Brasil) apresenta o que eu acredito ser um componente muito importante das causas do problema. Ou seja, cursos fundados e ainda hoje estruturados com base em importação de tecnologia de gestão, distanciamento da pesquisa e educação bancária.
Administração é na verdade um conjunto de práticas imanente à vida do homem em sociedade. Lida com planejamento e organização de recursos, com provisionamento, com tomada de decisões para a vida. Em essência é prática política e, sendo assim, não deveria ser olhada e pensada apenas sob a ótica da tecnologia de gestão empresarial.
Por mais importantes que sejam (não podemos negar os méritos da tecnologia de gestão) as partes não podem ser vistas separadamente como o todo da Administração. Sob pena, como nos mostra Capra, de reduzirmos a complexidade da humanidade a leis gerais e generalizantes apropriadas da Física e da Biologia para explicar o comportamento social.
Acredito que há mais gente incomodada com esta questão, e mais gente que gostaria de ver a Administração recebendo uma significação mais apropriada. E mais ainda, penso que há gente que gostaria de ver esta siginificação presente nas salas de aula dos cursos de Administração. Uma Administração ressignificada para algo mais integral.
Será a Internet, festejada pelo “poder” das mídias sociais, o meio que permitirá uma ressignificação amplamente conhecida da administração?
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