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ter, 18/09/2012 - 10:42

Mídia zumbi

Encontrei aqui:

1) Somos contra a ideia de mídias mortas. Apesar de a morte da mídia poder ser útil como tática para opor-se ao diálogo que foca somente na novidade das mídias, acreditamos que as mídias nunca morrem. A mídia pode desaparecer em um sentido popular, mas nunca morre: ela decai, apodrece, reforma-se, remixa-se, e torna-se historicizada, reinterpretada e colecionada. Ou ela se torna resíduo no solo e no ar como mídia morta concreta, ou então é reapropriada por metodologias artísticas e fuçadoras ["tinkering"].

2) Somos contra a obsolescência programada. Como base da ecologia mental de circulação de desejos, a obsolescência programada mantém um impulso de morte ecologicamente insustentável que está destruindo nossos meios de vida.

3) Propomos uma despontualização das mídias e a abertura, entendimento e raqueamento de sistemas ocultos e caixas-pretas: seja como produtos de consumo ou arquivos históricos.

4) Propomos a arqueologia das mídias como metodologia artística que segue as tradições de apropriação, colagem e remix de materiais e arquivos. A arqueologia de mídias obteve sucesso em escavar histórias de mídias mortas, ideias esquecidas, alianças e narrativas menotres, mas agora é hora de desenvolvê-la de forma textual em uma metodologia material que leva em conta a economia política da cultura de mídia contemporânea.

5) Propomos que o reuso é uma dinâmica importante da cultura contemporânea, especialmente dentro do contexto do lixo eletrônico. "Se fecha facilmente, deve abrir facilmente". Concordamos que a cultura aberta e de remix deveria se estender a artefatos físicos.

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