PropostaInterFace
Organizando uma consulta a aliadxs sobre a proposta de nova interface para o site da MetaReciclagem. Se possível, sigam esta ordem:
- Ler o texto Projeto Infralógica (disponível para download, mas também colado na íntegra mais abaixo).
- Opcional: dar uma circulada aqui no site pra ver como tá triste a situação ;)
- Dar uma olhada nos levantamentos: analise-home, visitando site, descobrindo site, pensando site.
- Analisar a proposta de AI e layout básico.
Aguardamos seus comentários aqui nesse post mesmo (talvez precisem se cadastrar no site, não é difícil), por twitter ou identi.ca (@efeefe) ou por email (direto para felipefonseca ou pela lista). Valeu!
PS.: se quiserem mais infos sobre o trampo no backend e sistema, ou conhecerem alguém ou alguma empresa interessadx em ceder horas de desenvolvimento em drupal, podem dar uma olhada na página InfraLogicaTarefas.
Projeto Infralógica MetaReciclagem
A MetaReciclagem
Desde 2002, a MetaReciclagem vem atuando como um ponto de articulação entre pessoas de diversas áreas do conhecimento com um interesse especial em tecnologias. O resultado disso foi um nível muito aprofundado de inovação na apropriação de tecnologias, particularmente influenciando a elaboração de políticas públicas para o que se chama inclusão digital – mas também em diversas outras áreas.
A perspectiva de desconstrução, recombinação e ressignificação de tecnologias resultou em uma aproximação da MetaReciclagem com assuntos tão diversos quanto a educação básica, a permacultura, o desenvolvimento de políticas ambientais, iniciativas de produção multimídia, arte eletrônica, autogestão, economia solidária, design de produto e outros. Projetos inspirados na MetaReciclagem foram desenvolvidos pelo Ministério da Cultura, Casa Civil, Governo do Estado de São paulo, prefeituras de São Paulo, Santo André e Campinas, SUS, Ministério das Comunicações e dezenas de organizações culturais e sociais.
A MetaReciclagem também influenciou a criação da rede internacional Bricolabs, o blog Lixo Eletrônico e outros. Pelo menos duas teses de mestrado buscaram aprofundar a compreensão dela, que ainda foi mencionada em pelo menos mais meia dúzia de teses e dissertações. Ganhamos o Prêmio de Mídia Livre do Minc. Fomos citados como História de Sucesso pelo IFAP – Programa Informação Para Todos da Unesco. Recebemos menção honrosa no Prix Arts Electronica e no Prêmio Betinho de Comunicações. Atraímos a atenção de eventos como Next5Minutes, Alt Law Forum, Incommunicado, iSummit, Wizards of OS, Shift, Pedagogical Faultlines, Picnic Network, Banco Comum de Conocimientos, Arco, Transmediale e Futuresonic; e de instituições como Waag Society, Virtueel Platform, Sarai, Access Space, ArcSpace, FreeSpace, Medialab Prado, C-base, Timelab, e muitos outros.
Xemelê e Infralógica
Em determinado momento, a MetaReciclagem chegou a consolidar as bases de uma metodologia de criação de conhecimento em rede – o que Daniel Pádua chamou de [xemelê/wikê/fazê], a partir de uma lista de discussão que funcionava como brainstorm constante e um wiki para consolidar informações e referências. Essa metodologia foi bastante pertinente em sua época, tendo sido também aplicada em diversos projetos.
Entretanto, o cenário global de ferramentas colaborativas e multimídia continuava mudando – vieram a febre da Web 2.0, a auto-publicação, o microblogging, os dispositivos móveis conectados, os wikifarms, as redes sociais tanto de larga escala como Orkut e Facebook quanto as específicas como o Ning. Ao mesmo tempo, o número de inscritos na lista de discussão da MetaReciclagem continuava a crescer gradualmente – o que levou a uma sensação de perda de identidade, de um certo desconforto ao compartilhar ideias com uma massa anônima. Hoje, são quase 450 pessoas cadastradas, a maioria das quais nunca se pronunciou na lista. Ao mesmo tempo, crescia a sensação de que as listas de discussão condicionam as conversas a um certo referencial e a uma familiaridade com a escrita que acabam excluindo muita gente.
Rearticulação
Em determinado momento, a MetaReciclagem parecia ter perdido todo seu potencial de articulação e inovação. Essa sensação perdurou por algum tempo, até que em meados de 2007 começamos a tentar renovar os referenciais. Começamos a articular o Mutirão da Gambiarra, um núcleo editorial cuja função seria garimpar a documentação do histórico da MetaReciclagem, ao mesmo tempo em que incentivava a criação de novos textos, vídeos e coleções.
No começo de 2009 articulamos o primeiro Encontrão de MetaReciclagem em São Paulo, durante a Campus Party. A quantidade e a intensidade de pessoas envolvidas trouxe um novo fôlego para a rede. O Mutirão da Gambiarra lançou a publicação online “História da/Histórias de MetaReciclagem”.
Também começamos a refatorar nossa presença online, a partir de uma reunião de Felipe Fonseca, Fernanda Scur, Tatiana Prado e Daniel Pádua. Por muito tempo, a MetaReciclagem estava baseada somente na lista de discussão. O site da rede passou por várias gerações – de HTML estático a wiki editado por não mais que 3 ou 4 pessoas. Em 2007 havíamos criado um site dinâmico em drupal e começamos a migrar todo o conteúdo que estava em diferentes espaços. Finalmente fazendo jus ao posicionamento de que “as tecnologias devem se adaptar às pessoas, e não o contrário”, decidimos usar o site como uma rede social abrangente. Ele permitiria a formação de subgrupos como espaços para a troca mais aprofundada. A partir da compreensão de que os diferentes projetos que adotam perspectivas relacionadas à MetaReciclagem já usam diversas ferramentas na rede para se comunicar, e reafirmando o caminho que se desenvolveu ao longo desses anos com a ideia de Xemelê, o site seria também um grande agregador e referenciador de feeds vindos de outros sistemas.
O desenvolvimento desse site foi caminhando aos poucos (em anexo, um levantamento feito por Tati Prado e primeiras ideias de arquitetura de informação desenvolvidas por Fernanda Scur). Tivemos ainda outra reunião no segundo Encontrão de MetaReciclagem (setembro 2009, Arraial d'Ajuda) com os mesmos integrantes da anterior e ainda Orlando da Silva e Tininha Llanos. O prêmio de Mídia Livre, para o qual havíamos sido selecionados três meses antes, sairia nos meses seguintes e seria uma excelente oportunidade para finalmente desenvolver o site da maneira como gostaríamos (além de também estruturar melhor o núcleo editorial Mutirão da Gambiarra).
O que nos traz aos dias de hoje e a este texto. Durante o mês de fevereiro, trabalhamos em uma proposta de interface para a MetaReciclagem que incorpore toda essa reflexão e esse histórico. Queremos um site que possibilite a articulação de projetos, a formação de subgrupos, a identificação de pares com interesses similares, a agregação de conteúdo de outros sistemas, a comunicação através de diversas ferramentas – feeds, email, instant messaging, etc. Sobretudo, queremos promover a inclusão de todas as pessoas que se aproximaram da rede mas não sabem bem por onde começar.
Foi formado um subgrupo para a Infralógica, para facilitar a tomada de decisões e acelerar o processo de desenvolvimento. Esse grupo se reporta frequentemente à rede em geral, e incorpora o feedback que ela traz. A Infralógica está sendo desenvolvida com o CMS drupal, que é suficientemente flexível, e com o qual boa parte da equipe do subgrupo Infralógica está habituado. Esse esforço de desenvolvimento também será acompanhado de reorganização e edição do conteúdo no wiki, do estímulo a ações presenciais e da articulação com outras redes. Também estará ligado às publicações do Mutirão da Gambiarra e servirá como base ao projeto MicroReciclagem, uma incubadora de projetos de MetaReciclagem.
Referências online
| Anexo | Tamanho |
|---|---|
| projeto_infralogica_metareciclagem.pdf | 44.93 KB |
Grupos:
- 3566 leituras
Comentários
detalhes didisaini
algumas pequenas consideracoes:
muito bom!
opa rede!
achei muito boa as propostas da nova interface, mas tenho alguns comentários:
ta ficando muito massa, parabens pelo trampo galera.
abz
destaques e promoções de conteúdo
salve,
sobre visualização o panels dá uma cara mais 'arrumadinha' pro drupal e o conteúdo disponibilizado. vide o site do juntadados.org
outra coisa bacana que anda sendo desenvolvida pelo CMI que esta migrando (finalmente) pro drupal são promoções de matérias por editores. mas isso tb pode ser feito pelo voting api.
acho interessante porque promove mais interatividade.
as informações báscias podem se trabalhadas em um menu junto com os liqnues 'blog', 'wiki' que o tamanaha citou em seu comentário.
qq coisa posso dar uma força nos panels, que é bem divertido :D
bom trabalho!
Conteudo x Ferramenta
Ola, muito legal a nova proposta!
Continuando o que o Colacino comentou antes, em relacao ao uso de cores contrastantes, de repente poderiamos utilizar esta diferenca grafica para destacar as seções "blog" e "wiki", com o usuario percebendo visualmente a mudanca de ambiente.
Pelo q entendi, a home sera decidida depois, mas talvez valha a pena prever como acessar o conteudo "institucional" (o que é o Metareciclagem, resumo da história, etc).
Concordo tb com o Colacino no uso de fotos e videos, seja em espaços, galerias, embeds, etc.
Se lembrar de mais alguma coisa, volto a comentar aqui.
Qq comentario, duvida, critica ou sugestao, continuo a disposicao.
Sucesso e boa sorte mais uma vez!
Considerações
O trabalho parece-me profundo e bem feito. Congratulações aos envolvidos.
O layout dos CMSs na minha opinião sempre teve problemas. Com o passar do tempo e os novos recursos surgindo os menus e mais menus em ambos os lados que seriam para facilitar a navegação dificultam a percepção visual da informação e portanto a navegabilidade. Ainda que os metarecicleiros sejam geeks, facilitar as coisas talvez traga benefícios para a própria comunidade e facilida para estabelecer a comunicação necessária.
Uma abordagem mais minimalista (que parece ter sido o caminho para a proposição de novo layout) penso ser a melhor quando os links e as informações tornam a home muito complexa. Os blocos de conteúdo bem divididos através de elementos gráficos, a correta utilização das fontes e contrastes de cores acabam por facilitar a navegação e convidam o usuário a mergulhar no conteúdo, explorá-lo e descobrí-lo ao invés de colocar todos os links possíveis e imagináveis na home. Esse foi o recurso utilizado pela BBC Londres http://www.bbc.co.uk/, NBC, Terra que na minha opinião facilitam e muito a compreensão visual das informações.
Coisas do tipo (postado a 2 minutos atrás... postado a 32 dias atrás) será que são importantes no primeiro momento? Ou seria mais importante o título em si? Eu sou da opinião do que o (-) é (+) e toda informação desnecessária deve ser retirada. Em um momento onde cadeias de 140 caracteres do Twitter são a nova forma fluída e rápida de comunicação, quanto mais informação desnecessária pior é para o usuário.
Algumas coisas que podem ser adicionadas a home que ainda não vejo: FOTOS e VÍDEOS. A compreensão semântica no cérebro está dividida da área de compreensão visual. Existe uma memória buffer onde as duas se juntam. Quando isso acontece a compreensão se dá em níveis melhores. Por isso reforçar conteúdos textuais com imagens, fotos, infográficos, vídeos é uma boa.
Bom fica aqui meus 2 cents e parabéns pelo bom trabalho!
home
valeu, pierre! te digo que eu costumo prestar atenção nesse lance de há quanto tempo de edição, mas acho que com os avisos por email e o RSS funcionando isso não é mais tão necessário.
a homepage a gente deixou deliberadamente pra fazer depois de tudo, porque acho que é um assunto bem delicado. quero que ela facilite a compreensão da rede como um todo, mas que também mostre o dinamismo das conversas.