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neblina

sab, 22/03/2014 - 08:50

Semana da Água: Último dia e exibição na Prainha

O Riacho amanheceu sob garoa e neblina. Era o dia da inauguração oficial das obras da prainha. Pela manhã teve cerimônia oficial e tudomais.

Riacho às 14hs.

Deck da prainha às 18hs.

Chuva forte às 19hs

Com esse tempo a projeção virou quase uma missão impossível. O Javier (do CAJUV) tinha arrumado uma tenda. Mas os quiosques, os bares e restaurantes da orla (que normalmente funcionam até de madrugada) estavam fechando, porque não tinha ninguém por lá. Assim, além de não termos ponto de energia, também não teríamos público :(

Como desvio, usamos o espaço de um bar que permaneceu semi-aberto até terminarmos a projeção.

E, aqui, os filmes que exibimos:

De viver nos Rios, de viver nas Ruas

Entre Paredes de Concreto

Continua...

Não passamos esse vídeo na noite de projeção, mas achei interessante linká-lo pois fala um pouco da Lei Específica da Billings.

Também, pretendo escrever um trabalho sobre a Semana da Água aqui. Interessados em colaborar, entrem em contato, por favor.

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seg, 17/03/2014 - 22:06

Abertura da Semana da Água no Lago Azul

Tudo começou assim

A Suzon Fuks postou na lista Bricolabs a chamada da semana da água, no final de 2013. Eu achei interessante, mas naquela época estava muito envolvida com outras demandas, e passou... Semanas depois, a Raquel Rennó, do PAEC-UFJF (grupo que colaboro) que organizou o Tropixel, encaminhou a mesma mensagem da Suzon em email privado pra mim. Dessa vez, com mais tempo para ler, achei que seria uma boa oportunidade para começar uma articulação em rede, com projetos internacionais para o Riacho e testar a minha hipótese da tese: o "co-manejo", ou manejo colaborativo, o manejo de escalas horizontais.

Pensei numa proposta bem simples, low-cost, baseada no que vivencio desde fevereiro de 2013, nas reuniões mensais da subprefeitura realizadas por Sergio Hora e Wagner Lino toda última segunda-feira do mês (agora vamos documentá-las nesse blog). Poderia ter articulado algo como a CIGAC, o Tropixel, ou Submidialogias - levando as pessoas das redes, da universidade, em larga escala para o Riacho. Mas acreditei que nesse primeiro momento seria mais viável trazer 2 ou 3 pessoas "de fora" para conversar com a população que "já estava articulada" e "já tinha muitas reivindicações" - AND se mostrava tão engajada nas reuniões de segunda-feira.

Em dezembro de 2013 tive a primeira conversa na subprefeitura que decidiu apoiar o evento. Assim, seguiram uma série de outras conversas e reuniões com secretarias e ONG's que aderiram e ofereceram apoio de divulgação e infraestruturas. Contudo, houve um erro de divulgação. Em janeiro eu enviei para o pessoal da "Promoção da cultura" a versão pré-alfa da programação. Lá a abertura seria no Clube dos Bancários. Mesmo, dias depois, passando a versão correta, indicando o Lago Azul não foi corrigido, pois era quase impossível fazer isso com todo material impresso... E, desse modo a informação foi amplamente divulgada...

Do Clube dos Bancários ao Lago Azul

A cerca de dois meses, em janeiro de 2014, começei a pesquisar possibilidades de articulação com a Secretaria de Gestão Ambiental para delinear com populações locais uma Política para Prestação de Serviços Ambientais. Assim, seria mais coerente ao invés de uma cerimônia cheia de formalidades, uma roda de conversa, linkando um nó de pessoas (org) com o poder público (gov). Isso era que eu pretendia na abertura. Não aconteceu. Talvez pela divulgação errada, ou pela não divulgação. Btw, não aconteceu.

Por conta de outras demandas Wagner Lino não conseguiu comparecer na abertura, o Secretário de Gestão Ambiental enviou Gabriela Priolli, com quem tenho conversado bastante sobre parcerias para o Riacho.

Porém, existe um hiato entre o que ouvi muitas vezes na reunião de segunda-feira e a realidade. O presidente da associação de bairro do Lago Azul - org que atualmente possui um terreno-sede não utilizado e também ocupa uma área que tinha sido escola de lata  - disse que a população envolvida na associação tinha interesse em projetos e que havia uma carência enorme. A minha proposta: começar uma articulação, ou seja, você chama essas pessoas todas interessadas e eu chamo o .gov, com quem tenho conversado para delinearmos propostas de forma horizontal. Ok. isso pareceu bem claro.

Abrindo os trabalhos

Na minha perspectiva o que existe é uma certa esperança messiânica, de que o .gov possa mudar o contexto da vida de todomundo e consiga resolver universalmente os problemas do Riacho. Talvez, por isso as reuniões de segunda-feira lotem, para cobrar demandas e não para oferecer propostas. Infelizmente na cultura brasileira perdura o "apoio em forma de dinheiro" e não o apoio para realizações espontâneas que envolvam  auto-organização e cooperação efetiva das partes envolvidas.

Na abertura, eu fiz uma breve apresentação sobre a semana da água, citei estrutruras como Bailux, Puraqué e até mesmo os containers do Pixelache (muito parecidas com o Lago Azul), e disse que o problema não é ter uma superproposta, mas sim vontade e desejo das pessoas (e falei um pouco do Baixo Centro).

Gabriela trouxe as atividades que estão sendo feito nas áreas de manancial. E depois abrimos uma conversa sobre o que poderíamos fazer juntos  -  em alguns momentos essa conversa quase virou uma discussão e uma cobrança por assuntos difusos, como por exemplo, a poluição do Rio Tietê.

Resultado do Processo 1 de 1

Tenho trabalhado com processos colaborativos faz um tempo. Nem sempre as pessoas, que dizem se envolver amplamente em tudo, participam na hora. Por isso que o ativismo de sofá funciona tanto, pois com um clique você resolve tudo. Em um lugar como o Riacho a presença se torna essencial e isso envolve a participação sem escalas. Ou seja, entender as pessoas (das secretarias, a polícia, o agricultor, o pesquisador) como a si mesmo, como "um ser" que pode dar uma parte do todo que você precisa.

Sei que é um exercício complexo. Pensei que no Riacho estávamos uns passos a frente dessa questão.

Acho que outra coisa que incomoda um tanto é as pessoas (todas elas) não entenderem muito bem "quem é a semana da água". A tal da necessidade de institucionalização. Soa estranho ter um evento de "todomundo". No material oficial saiu que era da Water Wheel, como ONG - MAS a Water Wheel como ONG nem existe, é apenas uma TAZ, uma plataforma que é "eterna enquanto durar". Na entrevista da rádio Milícia, por exemplo, acharam estranho divulgar o domínio http://nebl.in/a. Também já citaram ser uma organização da Iniciativa Verde, da UFABC, e da própria prefeitura de SBC. Não é. Isso gera estranhamento, essa coisa de ser de muita gente, mas também não ser de ninguém. Tudo isso está documentado aqui, no clipping.

Hoje, terça-feira, vamos para Aldeia SoS. Vamos esperar o que teremos por lá.

 

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I Semana da Água do Riacho

1 SAR - I Semana da Água do Riacho Grande: 17 a 22 de março de 2014. 

A documentação das atividades encontra-se disponível nos links abaixo:

Mais da metade do território do Riacho Grande encontra-se em Área de Proteção de Mananciais, sendo 18,6% dele correspondente a Represa Billings. A grande disponibilidade de cursos d'água no entorno do Riacho, assim como a sua localização em uma área de alta diversidade biológica é um fator positivo para a manutenção de ecossistemas aquáticos e também para a prestação de serviços ambientais. Os rios são importantes corredores biológicos que permitem a circulação de fauna e flora no interior das cidades. A localidade também possui um amplo campo para pesquisas em diversas áreas do conhecimento. Entretanto, Riacho Grande cristaliza conflitos acerca dos usos e ocupação em seu Sistema SocioEcológico, apresentando cenários e históricos complexos que envolvem a falta de planejamento urbano e do manejo ecológico adequado.

Dentro desse contexto surgiu a ideia de realizar a I Semana da Água do Riacho Grande, entre os dias 17 a 22 de março de 2014, sincronizada com as ações da Plataforma Water Wheel.A ideia é fazer uma ação colaborativa e integrada, buscando o manejo compartilhado do sistema socioecológico do Riacho Grande (população local, instituições de pesquisa, ONG, sociedade civil, governo). Trata-se de uma ação transversal, integrada que busca o empoderamento e desenvolvimento local.

Confira a programação!

17 de março (segunda-feira), das 18h30 às 20hs:

Abertura - Associação dos Moradores do Lago Azul - Mapa

 “A importância da água no Riacho Grande: meio ambiente, pessoas, sustentabilidade”

Maira Begalli - introdução/proposta da semana da água

Wagner Lino (subprefeito do Riacho Grande)

João Ricardo Caetano - Secretário de Gestão Ambiental de SBC.

 

18 de março (terça-feira), das 15hs às 17hs

* uma van sairá da subprefeitura às 14hs e retornará às 18hs - Rua Araguaia 265 - Fincos

Aldeia S.O.S Tatetos

Estrada Ernesto Zabeu, 200. Tatetos - mapa

“Arranjos Produtivos Locais: Serviços Ecossistêmicos e Sistemas SocioEcológicos”

Maira Begalli - Agroecologia e Agricultura Suportada pela Comunidade

Angélica Mosquera (Colombia)-  Coberturas Vegetais e Serviços Ecossistêmicos

 

19 de março (quarta-feira), das 15h às 17hs:

Rua Araguaia, 284. mapa

Roda de Conversa + Oficina de fotografia com celular

“Como o conhecimento pode modificar o meio que vivemos”, na Biblioteca Machado de Assis, com alunos dos cursos de graduação da UFABC.

O objetivo, além de proporcionar interação entre os alunos da UFABC com os alunos da rede pública é realizar uma oficina de fotografia e gerar material para ser compartilhado na plataforma internacional Water Wheel.

Organização - Suzane Melo

15 vagas, por ordem de chegada.

 

20 de março (quinta-feira), das 16hs às 18hs:

EcoRota Visita ao Parque Estoril Visita de observação + Roda de Conversa 

Rua Portugal nº 1100, Estoril

mapa

“Ecologia Urbana: Possibilidades e Desafios”

Amanda Wanderley - Comunicação digital para o compartilhamento, ensino e divulgação de cenários socioecológicos

María Valverde Brambila - A interdepêndencia da vulnerabilidade climática à socioeconômica.

Claudinei Melo (gestor do Parque) -  O Parque Estoril e a importância da biodiversidade para o sistema socioecológico local.
 

21 de março (sexta-feira), das 16hs às 18hs:

Praça João Bassani, Rua Araguaia, em frente a Biblioteca Machado de Assis

mapa

Roda de conversa “A importância do plantio de árvores para a preservação da água”.

Roberto Resende e Isis Diniz farão um plantio simbólico de uma árvore de espécie nativa da Mata Atlântica, atividade realizada em parceria com a OSCIP Iniciatva Verde.

 

22 de março (sábado), das 20hs às 21hs:

Encerramento no Deck da Prainha, mapa

Projeção do Filme de Viver nos Rios, de Viver nas Ruas

Sergio Hora (subprefeitura do Riacho), Osvaldo Neto (Secretário de Cultura) e Felipe Cabral (diretor do filme)

 

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Localização/Como chegar:

de carro - a forma mais simples é pegar a Rodovia Anchieta desde o Terminal Sacomã (traçado para carros)

mas também é possível atravessar as balsas por Interlagos

transporte público - SP/Riacho - Não existe uma linha direta é preciso ir até São Bernardo do Campo e pegar outro ônibus no Terminal Metropolitano (traçado de transporte público)

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Apoios

Subprefeitura do Riacho Grande

Secretaria de Cultura de SBC

Secretaria de Gestão Ambiental de SBC

Aldeia SOS

Associação Lago Azul

Coordenadoria de Ações para a Juventude de SBC

Universidade Federal do ABC

Iniciativa Verde

qui, 16/05/2013 - 09:25

Primeira reunião na subprefeitura do Riacho Grande, em 25 de março

No dia 25 de março aconteceu a primeira reunião, na subprefeitura do Riacho Grande com o objetivo de envolver a população local nas escolhas da região. A reunião foi convocada por email e contou com a presença de líderes locais, e pessoas das mais diversas atividades, com as mais variadas demandas.

Wagner Lino, o atual subprefeito disse que o objetivo é reunir mensalmente a população local, que sofre com o afastamento geografico de SBC (centro). Ele expôs a situação que a sub passou entre os anos de 2005 até agora,um contexto de abandono que reflete a fragilidade atual do sistema socioecológico da região.

Não consegui participar da reunião de abril, mas pretendo documentar todas as reuniões que devem ocorrer nas últimas semanas de cada mês.

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sobre nebl.in/a

nebl.in/a é um lab que desenvolve atividades experimentais com tecnologias e ecologias livres, no Riacho Grande.

Riacho Grande é subdistrito de São Bernardo do Campo, localiza-se às margens da rodovia Anchieta, via de acesso ao Porto de Santos ( o maior da América Latina). Em seu entorno possui grandes fábricas automobilísticas, que foram palco de reinvindicações sindicalistas na década de 1980, durante o período de ditaura militar. Além disso, São Bernardo é a cidade_residência do presidente Lula (2002-2010).

Porém, Riacho Grande enfrenta dificuldades com infraestruturas básicas, ao mesmo tempo que encontra-se em uma região de manancial (possui grandes reservatórios de água potável), no coração da Mata Atlântica (bioma mais ameaçado de extinção no Brasil, só restam 7% de seu total original) que possui graves problemas, como: desmatamento e ocupações irregulares.

Segundo último censo do IBGE (2010), possui cerca de 50 mil habitantes (a grande maioria de baixa renda e escolaridade) que trabalham como empregadxs domésticxs, caseirxs e estão perdendo o vínculo ecológico com a região.

nebl.in/a acredita em:

  • Promover a preservação do conhecimento ecológico local valorizando trocas ecológicas entre seres vivos.
  • Agregar conhecimento ecológico local às tecnologias abertas para a preservação da biodiversidade local e recuperação de fauna, flora.
  • Dispertar o interesse da população local para debates, ações e pensamentos acerca da biodiversidade local.
  • Subsidiar formas de autonomia e sustentabilidade para a população local, englobando a compreensão da insustabilidade dos modelos de consumo dos grandes centros urbanos para que as pessoas valorizem suas vidas e sua localidade.

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laboratório de tecnologias e ecologias livres | Riacho Grande | Brazil
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Localização

Riacho Grande
Serra do Mar, Mata Atlântica
Brazil
23° 46' 43.0176" S, 46° 31' 46.3332" W
Conteúdo sindicalizado