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dom, 04/12/2011 - 12:31

MetaReciclagem no Festival Cultura Digital.Br

Terceiro dia do Festival Cultura Digital.Br e programação "oficial" com MetaReciclagem às 16h no encontro de Redes. Isso te diz alguma coisa? Ontem numa das conversas alguém disse que rede era o modelo de organização política do século XXI. Quase que imediatamente olhando para todos os lados, com bocas, narizes e orelhas, vieram os questionamentos. Por que modelo? E por que século  XXI?

Talvez uma das armadilhas mais estranhas dentre as tantas nas quais caímos diariamente seja a de começar a tocar remixes conceituais como realidades dadas. Essa mistura de compreensões que gira em torno do termo "rede", tomada como algo novo, "o novo", é problemática. Aliás, nem precisa associar com o novo. Rede,  às diferentes práticas, técnicas, metáforas, metodologias e tudo mais não se comunicam tão obviamente. Logo, que rede é essa que você está falando?

Armadilha 2. Talvez o impulso seja dizer o que é a "rede" que tá passando pela cabeça, corpo, espírito, tudo junto. Vamos desviar dessa também? Um conjunto de elementos, coletivo fluído, de teorias, gente, máquinas e coisas que não conseguimos rotular ou classificar quase que pedem no consciente para não fazer isso. Me diga o que "a rede" faz. Aliás, se "a rede" falasse por ela própria, o que diria?

Começei falando das impressões aqui do festival pela questão da consciência [http://reacesso.webnos.org/2011/12/03/ficd-br-comecando/] e o mote segue. Podemos buscar outras palavras para ajudar nessa conversa? Hoje o que queremos? Sabemos o que queremos? Como é esse querer coletivo? Como que a gente se relaciona entre o interesse coletivo e o individual? No despertar contínuo desses questionamentos as palavras, as imagens, o capturar da pegada digital de hoje é apenas um conjunto de elementos. Não  sabemos do todo, não vemos um todo, que é fluído descentrado, que são muitos. Mas esse fazer compõe um todo. Com consciência, ou outras palavras.

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