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qui, 18/02/2010 - 13:12

Qual é a do teu mutirão?

Hoje segundo a programação deve sair a chamada para os posts de fevereiro que comporão o próximo #mutsaz. A Maira até quis conversar sobre o assunto esses dias, mas não rolou. Devem estar vindo idéias por aí. Me antecipando, porque já tem uns dias (mais que dias)  que tô pensando nisso, vou deixar aqui uma marca.

Em novembro do ano passado, em meio à atordoação dos acontecimentos, tínhamos um "compromisso" de escrita e  eu sinceramente não sabia sobre o que escrever. Não queria falar do Dpádua, não achava que devia  e já tinha feito isso sem pensar no lance do coletivo editorial.  Então fui buscar nos textos um sentido para essa escrita. Além disso, eu qeria mostrar o selo tarja preta, nele coloquei a imagem que o Daniel criou e que me disse em BH que pra ele aquilo resumia "tudo" de MetaReciclagem. Apenas mais uma  homenagem. 

Num terceiro e último momento daquele post eu exponho toda uma confusão mental com essas conversas  em, sobre, de, para redes. Representações organizacionais, marcas, associações livres. Talvez não seja um post adequado para publicação em algum lugar além do meu próprio blog. Não sei. Depois fiquei refletindo sobre isso, principalmente quando o Mutsaz Primavera saiu. 

Todas as minhas três contribuições que sairam no Mutsaz Primavera têm imbutidas reflexões e confusões profundas da convivência (basicamente online) com algumas dessas pessoas que constroem os fatos e artefatos no contexto #MetaReciclagem. O post de outubro acho que é o mais representativo disto. Ali estão presentes inquietações recorrências de termos e pessoas nessas conversas online. Inquietações com lógicas que me parecem em um determinado momento essencialmente ativistas, no sentido colocado por Freire na Pedagogia do Oprimido. Ou seja, sem reflexão apenas ação. É como se toda a reflexão já tivesse sido feita em algum momento e então agora as pessoas estivessem apenas no piloto automático de jogar no ar certos assuntos, certas palavras. Ainda que os sentidos e as percepções não pareçam partilhar de nenhuma base comum de compreensão além de nomes festejados e assimilados. Confuso? Para mim também.

Nesta contribuição de janeiro agora (na verdade começo de fevereiro) escrevi pensando em uma coisa mais ordenada, que é pra ser contínua, segmento de uma série. Pensei num outro tipo de leitor também. Ainda que me pareça enquanto escrevo este texto que em todas elas o leitor principal seja sempre "eu". Mas acho que dessa vez teve algo de um "eu" "outro".  A do meu mutirão ainda estou descobrindo melhor (e a cada dia acho que vai ser sempre assim, hehe) achando por entre minhas próprias brechas. Ainda que a coisa do prazer esteja óbvia, necessária, é muito vaga. Será? Qual é a do teu mutirão?

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