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Pesquisas

 

Begalli, M. ; Freitas, S. R.; Fonseca, M.L. P. 2013. Caracterização do Sistema SocioEcológico do distrito do Riacho Grande, São Bernardo do Campo – SP. Trabalho Apresentado no I Simpósio de Pòs-Graduação da Universidade Federal do ABC, Santo André. 4 a 7 de novembro de 2013, 13p. (pôster em pdf disponível aqui)

Flag It + deriva//lab no Caruara, 25 de maio de 2013

Apresentação da proposta do deriva//lab com a população local do Caruara, aos jornalistas do Flag.it! A intenção é que possam reportar ao seus meios e ao público características socioambientais da região. Para gerar os posts, reportagens e relatos os participantes utilizarão aparelhos celulares, ipads (...) formando grupos mistos, com os colaboradores e a população local. O objetivo é valorizar as trocas colaborativas e a apropriação crítica de tecnologias.

Localização

Caruara, Santos
Avenida Andrade Soares
Brazil

Dissertação de Mestrado, 23 de maio de 2013

Aconteceu em 23 de maio, às 14hs, em Santos a defesa do trabalho de mestrado: "Apropriação Crítica de Tecnologias, Percepção Socioambiental e Petróleo, em Santos", de Maira Begalli

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RESUMO

O presente trabalho analisou a percepção socioambiental de uma população local relacionada a apropriação crítica de tecnologias para o desenvolvimento de pesquisas livres sobre mitigação, análise de impactos advindos da indústria do petróleo e sustentabilidade da zona costeira do município de Santos. A coleta de dados foi realizada entre os meses de junho de 2012 e maio de 2013. Foram estabelecidos os seguintes critérios: 1)Avaliação dos Pontos de Cultura do município de Santos como espaços possíveis para sediar um laboratório experimental temporário; 2)Receptividade da população local com relação a proposta; 3) Reconhecimento da atividade e interesse em colaborar por parte de coletivos que já desenvolvem projetos sobre a temática abordada. Ao final da pesquisa foi possível concluir que os Pontos de Cultura Projeto Parcel e Estação da Cidadania e Cultura podem ser considerados espaços possíveis para sediar atividades de um laboratório experimental no município de Santos. Uma parcela da população da área continental de Santos, residente no bairro do Caruara, demonstrou interesse em participar de atividades envolvendo a apropriação crítica de tecnologias para o manejo socioambiental da região. Relataram um censo crítico bastante apurado quanto ao desenvolvimento que a indústria do petróleo poderá trazer para região: muitos impactos ambientais em contraponto as oportunidades de emprego e lucros. A documentação das atividades realizadas possibilitou que a proposta fosse difundida e replicada para outros coletivos que atuam projetos correlatos em outros países. Assim, é possível considerar que o desenvolvimento de propostas experimentais pode proporcionar a realização de ações socioambientais livres no município de Santos, ou seja, promover ações que incorporem a apropriação crítica de tecnologias ao conhecimento ecológico da população local como forma de empoderamento em relação aos impactos que a indústria do petróleo tende a trazer para a região.

palavras-chave: apropriação crítica de tecnologias, percepção socioambiental, laboratórios experimentais, petróleo, Santos.

baixe aqui o pdf da dissertação

baixe aqui o pdf da apresentação

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Como citar:

BEGALLI, M. 2013. Apropriação Crítica de Tecnologias, Percepção Socioambiental e Petróleo em Santos, São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de Sistemas Marinhos e Costeiros, 97p.

Localização

Santos
Oswaldo Cruz, 257
Brazil
qui, 16/05/2013 - 07:16

Mesa redonda Urbanização de favelas em áreas de mananciais na UFABC

No último dia 9 de maio, a UFABC promoveu a I Semana das Engenharias. Uma das atividades, que também integrou a III Jornada de Engenharia Ambiental e Urbana, foi a mesa redonda "Urbanização de favelas em áreas de mananciais", que contou com a participação da Violeta S. Kubrusly (Prefeitura de São Paulo), e da Tassia Regino (Prefeitura de São Bernardo do Campo) que falou sobre a urbanização integrada e recuperação ambiental no Alvarenga.

A apresentação da Violeta foi bastante didática, contextualizou os problemas que envolvem as áreas de manancial de SP desde 1700, quando o Rio Tamanduatei era utilizado como forma de escoamento de mercadorias da Ladeira Porto Geral, famosa rua de comércio do centro de SP. Comentou sobre os desafios da recuperação da Guarapiranga, de ações integradas para solucionar os impasses envolvendo o meio ambiente, os recursos hidrícos e a pobreza das populações humanas que se fixaram no entorno dessas áreas (por motivos diversos) ao longo dos anos. Disse que nosso modelo de gestão se baseia no modelo francês de recursos hidrícos, e tem como marco a Lei 7.663/91 (Lei Estadual de Recursos Hidrícos).

Violeta ressaltou a importância da nova Lei da Billings para a mudança do cenário da região e da implementação de PRIS (Plano de Recuperação de Interesse Social) que necessariamente PRECISA considerar as populações humanas para o manejo dessas áreas. Expôs alguns casos de recuperação, o que mais chamou atenção foi o do bairro "Cantinho" localizado na área da Guarapiranga. O que mais me chamou atenção (II) é que não usaram espécies nativas para tentar uma recuperação florestal ainda que com pequenos mosaícos nessas áreas já densamente urbanizadas, nem materiais ecológicos ou pensaram em ecoconstruções para essas áreas.

A Tassia trouxe exemplos de SBC, mas seu foco principal foi o contexto do Alvarenga, bairro periférico que teve muitas ocupações irregulares ao longo dos anos.

66% da área de SBC é área de manancial, sendo que esse total reprensenta 55% dos mananciais do Estado de SP. 35% das moradias de SBC são de assentamentos irregulares.

Tassia também comentou sobre a importância do PRIS.

AND, disse que o Riacho Grande será a primeira região a receber coletores troncos da SABESP, entretanto não existem planos mais detalhados para região.

3499 leituras blog de mairabegalli
qua, 15/05/2013 - 13:20

Novidades do Protei

Cesar Harada navegou por diferentes mares, nos últimos 4 meses. Ele documentou a experiência em seu blog e também em vídeos postados na página do Protei no Kickstarter.

Atualmente, Cesar está em São Francisco (EUA) a procura de patrocinadores:

Temos o objetivo de fabricação 1000 Protei até o final do ano. Parece loucura? Mas não é, uma vez que temos o molde, a diferença de preço entre fazer 100 máquinas ou 1000 é muito pequena. Nos próximos meses vai acontecer.

 

2087 leituras blog de mairabegalli

Ensaio sobre o petróleo: Santos, Brasil.

O documentário faz referências sobre a descoberta de petróleo na camada do pré-sal na Bacia de Santos, e as expectativas de desenvolvimento que foram criadas por causa disso. Mas também relata os impactos, no mundo, causados pela indústria do petróleo. Traz registros de uma atividade experimental, realizada em 2012 na área continental de Santos, envolvendo a apropriação crítica de tecnologias como possibilidade para o empoderamento da população local com relação ao processo insustentável que está sendo estabelecido.

Essay about the Oil: Santos, Brazil.

The documentary shows the discovery of oil in the Santos Basin, and development expectations created because of it. Reports the impacts caused by the oil industry in the world. Documents an experimental activity (made in 2012) in the continental area of Santos, involving the critical appropriation of technology as a possibility for the empowerment of the local population about the unsustainable process established.

quem/who?

Roteiro e Direção/Screenplay and Direction: Maira Begalli, Vanessa Ferreira, Felipe Cabral, Teia Camargo -  Captação de Imagens/Cinematography: Felipe Cabral - Legenda/Tradução/Subtitles/Translation Revision: Rafael Tavares -  Edição/Film Editing: Felipe Cabral e Vanessa Ferreira

Brasil, 2013.

registro do Pixelache, no Flickr da Paula.

qui, 02/05/2013 - 07:41

Pirajuba, o peixe amarelo da POLI-USP

Vídeo que documenta a experiência do drone "Pirajuba" - peixe amarelo em Tupi, desenvolvido por pesquisadores da POLI-USP. Os testes do vídeo foram realizados no mar de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. mais infos aqui

 

3523 leituras blog de mairabegalli
seg, 29/04/2013 - 09:00

Tentativas, erros e acertos (30/09/2012)

No último dia, 30 de setembro de 2012, assim como havia combinado, o participante que presta serviços na marina vizinha ao Ponto levou a imagem, feita com o seu telefone celular, da bóia da Petrobras disposta em uma das margens do canal de Bertioga.

Iniciamos uma roda de conversa com os participantes expondo a importância da documentação e externalização de relatos como esse utilizando licenças livres que permitam a cópia, a modificação e a distribuição. Já que tais processos, além de possibilitarem formas autônomas de narrativas de suas realidades locais, também podem servir como ferramentas de empoderamento local. Outros participantes afirmaram que "sempre utilizam" seus aparelhos celulares para registrarem o ecossistema local. Um participante mostrou vídeos curtos, feitos acerca de 10 dias atrás, em que saguis que “passeiam” entre as árvores que rodeiam os muros de sua residência, no bairro do Caruara. O mesmo participante afirmou ter outros registros feitos com seu telefone celular de tartarugas que "sempre aparecem" no canal de Bertioga.

Uma das gestoras do Projeto Parcel trouxe algas que haviam sido coletadas no Morro do Maluf, na Praia das Pitangueiras, no município do Guarujá durante aquela manhã. As algas foram mostradas aos participantes e juntxs identificamos a espécie, por meio de pesquisas em bancos de dados e comunidades de botânica na internet, como uma macro alga verde chamada Ulva sp (Chlorophyceae), conhecida popularmente como alface do mar. Foi exposto aos participantes que para análise da incidência de poluentes seria necessário coletar um indivíduo endêmico do local e delinear uma metodologia para isso, porém não haveria tempo hábil durante as atividades do ConecTAZ “deriva//lab”. O processo envolvendo a coleta, manuseio e identificação das algas teve importância didática sobre as aplicações e usos de espécies de fauna e flora para o uso de experimentos, uma vez que os organismos marinhos são amplamente utitilizados em aplicações envolvendo biotecnologias.

Foram feitos os últimos ajustes no código e a vedação do recipiente plástico, juntamente com os participantes que seguiram às margens do canal de Bertioga com o drone para realizar a primeira navegação. O sistema de chamada telefônica como forma de controle do protótipo, porém o motor utilizado não foi potente o suficiente para fazê-lo navegar na água. Após algumas tentativas os participantes e os colaboradores voltaram ao Ponto de Cultura para o encerramento da atividade.

Mesmo com a falha que impossibilitou a navegação, os participantes não se mostraram frustados, indicando que compreenderam a importância do processo experimental que envolve trocas entre pessoas e absorveram o conceito do “erro como matéria prima” para futuros acertos. Sugerimos a criação de uma lista de email, para dar continuidade a proposta e manter contato. Os participantes mostraram-se receptivos à proposta, porém afirmaram que “quase não usar email” e optaram pela criação de um grupo no Facebook, a plataforma que mais utilizam para comunicação. Assim foi criado o grupo Mãe d'Água.

 

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seg, 29/04/2013 - 08:51

Escrevendo códigos e caminhos (29/09/2013)

No segundo dia, 29 de setembro de 2012, todos os participantes chegaram no horário combinado (14hs) e mostraram-se interessados em continuar as atividades iniciadas no dia anterior. Verificamos incidência de espécies de algas nas margens do Canal e no mangue localizado ao lado do Parcel, entretanto não encontraram espécies no local. Ainda assim comentaram sobre possibilidades de encontrar espécies que pudessem tripular o protótipo e “mostrar a qualidade da água”.

Os participantes também colaboraram no desenvolvimento do sistema (hardware e software) que seria utilizado para o controle do drone. Para isso utilizaram Arduíno com um módulo de controle, que posteriormente foi vedado em recipiente plástico com tampa e cola quente para não entrar em contato com a água. Esse sistema tornaria possível guiar o drone via chamada telefônica por um aparelho de telefone celular com Android, que ativaria o motor e a hélice no sentido desejado para a navegação.

Todos interagiram na montagem dos circuitos eletrônicos, assim como a escrita de linhas de comandos para o controle do drone. Mostraram interesse em em aprender sobre a linguagem de programação, e questionaram sobre onde poderiam comprar um Arduíno, e se o valor era acessível.

Pouco antes do final das atividades (18hs), um dos participantes relatou que uma bóia da Petrobras havia sido recentemente "depositada" na outra margem do canal de Bertioga, mas não soube informar a data exata. Tratava-se de uma grande estrutura metálica, que afirmaram ser "utilizada ao redor de plataformas de petróleo". Outro participante, que presta serviços de marinheiro em um barco particular na marina localizada no canal de Bertioga, se dispôs a fazer uma fotografia da bóia na manhã seguinte, durante seu período de trabalho, para compartilhar durante a atividade.

2021 leituras blog de mairabegalli
seg, 29/04/2013 - 08:43

Começando um lab: os relatos do primeiro dia (28/09/2012)

Durante as apresentações iniciais, em 28 de setembro de 2012, realizamos uma breve contextualização sobre a história da indústria do petróleo no mundo, os aspectos e impactos atrelados ao pré-sal na Bacia de Santos, o vazamento no Golfo do México ocorrido em 2010 e a exibimos o vídeo mostrando os drones do Protei. Dissemos que nesses três dias, o objetivo era construir um protótipo inicial, ou seja, um exemplar-teste com pouco acabamento para compreender as limitações e possibilidades encontradas durante o desenvolvimento, que poderiam ser aprimoradas ou descartadas em futuras tentativas.

Também foi apresentada a proposta do movimento DIYBio, que utiliza a apropriação crítica de tecnologias para aplicações biológicas e as disponibilizam sob licenças livres. A ideia era agregar o desenvolvimento de um drone similar ao do vídeo do Protei com práticas DIYBio, utilizando o conhecimento ecológico local para identificar possíveis organismos biondicadores ou biomarcadores, como algas por exemplo, que poderiam tripulá-lo. o drone. Esses indivíduos poderiam ser analisados posteriormente mostrando possíveis traços de poluição e qualidade da água de um trecho ou percurso do canal de Bertioga. Batizamos o veículo não tripulado de "Mãe d'Água", em referência a Iara, entidade que habita em corpos d' água doce.

Apresentamos o croqui inicial, e os materiais adotados: tubos e joelhos de PVC para a estrutura, garrafas pets para a flutuação, cola quente para vedação, e massa epóxi para a fixação das extremidades. Mas, também reforçamos que esses materiais continham itens considerados tóxicos e provenientes do petróleo. Assim para outros experimentos seria ideal pesquisar estruturas sustentáveis e menos impactantes.

Os participantes sugeriram a possibilidade de utilizarem estruturas similares as do drone para confeccionarem de bóias, que poderiam ser dispostas em pontos diferentes do Canal de Bertioga e do rio Iriri-Macuco para o monitoramento da qualidade da água. Pois relataram que ao longo dos anos, houve um aumento de poluição considerável e perceptível visualmente nesses corpos d'águas. Também sugeriram bambu e folhas de bananeira trançadas para a confecção de drones “livres de petróleo”. A sugestão das bóias se assemelha à iniciativas experimentais envolvendo plataformas marinhas desenvolvidas por MARIN e Asap Island.

Todos os participantes colaboraram na confecção, em atividades diversas: serrando tubos de PVC, alargando as bocas das garrafas pets no fogão, preparando a massa epóxi e na montagem final. As mulheres mostraram muita habilidade, realizando as atividades com ótimo acabamento. Ao final da tarde foram realizados com sucesso os testes de navegação no canal de Bertioga. Como o protótipo ainda não possuía controle por meio dos sensores foi amarrado um barbante em sua estrutura para conduzi-lo. Com o término das atividades foi possível notar uma significativa mudança de comportamento dos participantes em relação aos colaboradores. Estavam mais próximos, interagindo sem hierarquias, e sugerindo possibilidades para o próximo dia :)

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