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Recife

Seminário Internacional sobre Resíduos de Equipamentos Eletrônicos

Opa!

Vou tentar contar um pouco, lembrando que com ótica maregipiciana, uma coisa meio filosofista poetizada na ira revoltante.

Imaginem um caixa, com fundo de veludo azul, mais uma caixa fria no ar que ela transborda e na essência de algumas pessoas (seres) que ali estão, o lugar onde esta caixa estar é bonito iluminado pelo sol, no alto longe do alcance dos imortais (pois os mortais tenho como aqueles que resguardam), mortais que estão aqui neste planeta para purgar seus pecados, sob a liderança de Senhores que instigam o consumo; o lugar como disse é bonito, banhado, ilhado por sujeiras.

Se conseguirem imaginar o que estou tentando descrever estarão no evento, na cobertura do prédio onde fica a FBB, onde esse ver uma parte do Recife antigo, a ilha onde estar o o marco zero da cidade, no coquetel de abertura SALMÃO, não a cor da parede mais o que se comeu, pessoas apertadas pelo lugar e pelo seus ternos e gravatas, ..., também tínhamos gente que sonha com estes patamares e pessoas que nunca sonhara e não aceita estas classes, pessoas que como um vírus penetra no corpo para planta metapensamentos, metaideologias, metatestemunhos, metapráticas, para metagir!

Muita coisa boa foi falado e feito, mais teve também muito "Mais do Mesmo", e o evento seguiu seus horários pois tinha uma cara chato que estava pouco preocupado com o que se estava falando a função dele era controlar o tempo, como se não bastasse um contador regressivo de costas para o publico, que pressionava os palestrantes a olhar pra baixo e não no olho das pessoas, obrigava que  se falasse freneticamente para não extrapolar os vinte minutos, não
faltou desencarnados, o que ainda estão na matéria acho que não estavam a fim de pagar ou ir pro centro do Recife, na muvuca pré Carnaval.

Mais aconteceu ligações, conspirações, muitos contatos foram trocados e uma rede que não vê foi sendo formada, ou seria fortificada ...

Todo mundo queria contar o que estava fazendo ou fez, quando eu palestrei eu preferi falar da essência do faço e o que me leva a fazer ...
Na hora do artigo, ir os 3 la para cima já era o uma coisa fora do que estava sendo feito e as palavras do Iuri, o se levantar e sentar na ponta do palco, isso impactou mais do que se lêssemos ou mostrássemos um vídeo ... sei lá.
Com certeza foi o assunto do almoço, muitos refletiram sobre ...

Tanto que ao final do evento, muitas falas, direto ou indiretamente fizeram referencia a nossa atitude, representada no gesto do Iuri.

OBRIGADO, do fundo das entranhas das profundezas do meu coração onde se alojam meu puros e sinceros sentimentos.

Perdão nobre Iuri por não ter lhe dado abrigo e dispor de pouco tempo de atenção, Valeu Maira quando crescer quero ser como você, assim metarecicleira, Orlando, goa, achei que ia mos nos encontrar ...
Isaac não preciso dizer nada, continuemos.

A TODOS OS Metareciclagem TamoJuntos, e vamos metareciclando este sistema!

Alguns fotos que fiz, to no aguardo das que o evento fez!

https://plus.google.com/photos/108758887536148535369/albums/584290545896...

dom, 03/07/2011 - 02:28

Joaquim Izidro & O Espelho D'água: Tempos Vindouros

"Acorda o tempo,  em linhas brancas

brandura mansa, coração

a mão desliza num som de cordas

o sonho vaza na escuridão"

Um novo trabalho que abre sensacionalmente, apenas isso, sensacionalmente! "Tomba devagar, vento de chuva, venta molha.... Mil galhos...". 

Isto é muito Joaquim Izidro, e muito a banda maravilhosa que constrói junto esta produção. Lembrando do O Andor e as Horas, dá até para arriscar ver uma identidade. "Gigante de Folhas com seus batalhões."

Mas eu "já nem sei mais explicar". Apenas que há uma energia, uma força, uma beleza, uma magia que emana do trabalho de Joaquim Izidro e que não se prende em classificações, generalizações. Antes disso, se solta em "lugares além do mar". " Coisas que a gente não vê passar". Porque "a vida marca" e "o chão demarca". Não dá pra fugir.

"já foi... Tão logo chegue o amanhecer"

 

 

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qui, 26/05/2011 - 20:01

MetaEncontro em Recife: #ôxe!

O encontro de metarecicleirxs em Recife nesta quinta feira,  25 de novembro de 2010, reforçou para mim uma aliança moral em torno das replicações metareciclagem pelo mundo afora.

Este relato é o segundo que faço sobre aquele encontro. O primeiro se perdeu entre um bug do site e alguma burrada minha em paralelo. Mas, talvez esta seja uma boa oportunidade de reelaborar todo um texto carregado de percepções principalmente sentimentais.

Cheguei quase duas horas atrasado, então o pessoal já me recebeu no bar e isto eu acho que criou um clima mais camarada e menos formal que para mim foi muito importante. Porque não sei como seria primeiro discutir metareciclagem formalmente para depois partir para uma confraternização. E era essa a agenda que parecia estar se configurando. Mas meu atraso não foi proposital e durante todo o percurso de ida (de Intermares - Cabedelo até a frente da Torre Malakoff - Recife) minha cabeça esteve a mil por hora. O que sairia dali?  Depois fiquei curioso sobre o que pode ter sido conversado antes. Será que teremos mais relatos?

Me encontrei com o @yazius na Conde da Boa Vista e fomos para o apartamento da @raquellirax, depois de um rápido cafezinho saímos em caminhada para o Bairro do Recife. Chegando por lá fomos recebidos por @LulaPCosta@rbrazileiro@meirycoelho, @andreasaraiva, @lincoln, @cabraligor e mais uma galera que tava comendo e bebericando junto. O momento da materialização dos avatares é sempre muito legal. É impressionante como a gente desenvolve carinho e respeito por relações que se dão prioritariamente por interações online. E assim a noite seguiu agradável, regada a cerveja e num ambiente meio mágico, meio real, meio concreto, meio e inteiro. Energias do centro de Recife.

Das coisas que ainda estão martelando por aqui nos pensamentos trago algumas falas e alguns momentos. Seja para marcar possíveis interlocuções futuras daquela  conversa, seja apenas para registrar com carinho momentos muito agradáveis que passamos juntos. Ainda que nem tudo tenha sido carinho e agradabilidades. O tom político esteve forte em vários momentos deixando brotar as convicções, as ideologias e as marcas de vida das pessoas ali presentes.

A Meiry Coelho frisou uma associação entre MetaReciclagem e movimentos. A necessidade da MetaReciclagem se assumir enquanto movimento e consequentemente a necessidade de ser divulgado um histórico neste sentido: "Vamos apresentar a rede", disse ela. Nesse momento Brazileiro, eu e Lula falamos do Mutirão da Gambiarra I. Mas ao mesmo tempo ponderei sobre o formato e o conteúdo desta publicação.  Contar uma história com fragmentos da lista e textos de diferentes pessoas mostra pluralidade ou diversidade, mas não deixa de ser apenas um recorte, e que nesse caso me parece centrado em contextos e grupos específicos.  O que podemos fazer para promover a produção das histórias MetaReciclagem com outros recortes, contextos e grupos então? E como essas produções inscrevem MetaReciclagem como movimento? O que deveria ser MetaReciclagem como um movimento?

Andréa Saraiva nos falou, emocionada, sobre as vivências MetaReciclagem da galera do Ceará. Sobre os momentos das percepções, das aprendizagens compartilhadas, dos sentimentos de acesso e descoberta dxs meninxs. Dos brilhos nos olhos. E no segundo seguinte emendou:  "É preciso fazer disso economia, sustentabilidade". MetaReciclagem enquanto economia é para mim o cerne da aliança moral da qual falo aqui. Daquelas coisas que rasgam a alma para a  responsabilidade que precisa ser assumida. É a prática de permitir que metarecicleirxs vivam como metarecicleirxs. Questão para a qual meu host Cyrano pode ser trazido para o centro da conversa, por sua  percepção da experiência com a vertigem metarec nesse ponto da sobrevivência e de como ele vem desenvolvendo isto. Enquanto que em termos de lixo eletrônico a experiência e-waste lá do Ceará que Regiane Nigro nos relata pode ser o foco das atenções para a construção de soluções. Afinal, que outro esporo metarec está numa dinâmica tão avançada de negociações e compreensões práticas do processo como este?

Com Ricardo Brazileiro fiquei "tirando onda", na melhor das intenções de trazer à fala as percepções do próprio sobre os RedeLabs e a Cultura Digital Experimental. Então sentenciei: "É produto! Você compõe um produto e é elemento valioso nessa composição". E essa minha compreensão do produto (que não quer dizer algo acabado nem fechado mas nesse caso em processo contínuo) e como isto está relacionado com mercado e com marketing acho que é uma coisa interessante de ser falada, visualizada e discutida. Até porque não me pareceu ser uma visão clara pra quem na hora estava ligado na conversa. O que me chama mais a atenção ainda para os processos não manifestos inscritos nas nossas ações diárias.  Brazileiro, claro,  muito elegantemente  colocou alguns questionamentos para uma compreensão geral da questão,  mercado - produto,   e ficamos no aberto para um papo que espero ainda role qualquer hora dessas.

Outro ponto interessante que se atiçou feito brasa no vento foi a percepção do Luiz P. Costa sobre um discurso meu,  centrado segundo ele em "estereótipos". Não sei realmente do que o Lula tava falando, mas achei na hora que devia ser referente a algum dos meus ataques à academia, questão sobre a qual a Fabiana Moraes (inteligente, bela e sentada entre os dois no  momento) ficou me aturando falar a partir de uma visão de construção da alteridade e do estádio do espelho em Lacan. Pode?! Ahh, e ainda aturou grosseria e dedo em riste meus. Fabiana, já me desculpei e agradeci sua paciência,  mas reitero aqui porque nunca é demais. Lula, vamos botar pra frente essa questão que você tá vendo ai!! Afinal, você é o grande parceiro do Encontro do Recife, por quem eu tenho muito respeito e estima.

A noitada dos metarecicleirxs em Recife ainda produziu várias surpresas agradáveis naquele dia. Já começou com o prazer de ter o Lincoln ali com a gente  pra recordar e celebrar Dpádua.   Depois a Maíra Brandão  apareceu por lá sorridente e atenciosa pra dar um abraço  e somar sua energia e forças. A valéria e o Seu Lira,  respectivamente companheira e pai da Raquel Lira também estiveram por lá. Valéria chegando de uma seleção para o mestrado em Antropologia na UFPE e com a cabeça meio ainda cheia de caraminholas. Seu Lira,  dentre outros assuntos dos tantos que domina,   nos passou um tutorial para churrasco sem fumaça. Metarecicleirx geral! Na sequencia quem chegou e esticou a noite conosco foi Beth de Oxum, com  tranquilidade e colocações precisas nas suas avaliações do processo de comunicação na rede de pontos e nos projetos com rádios que está a desenvolver. Beth, muito obrigado por no final da noite ainda oferecer um recanto para o descanso, que não pude aceitar porque não teria tempo para descansar naquele horário, já que em menos de 3 horas eu tinha um outro compromisso inadiável.

Além das pessoas que lembrei o nome aqui teve mais gente bacana que compareceu por lá e com quem troquei uma ou outra ideia. Uma figura muito gente boa que estava com Beth e  ficou me mostrando a sacação do painél da obra ao nosso lado. Dois camaradas que trampam com fotografia e com os quais conversei sobre tecnologia, poder e grana. E outros que estiveram presente, participaram ativamente das conversas, mas que por conta do momento informal acabei pecando em não pegar os nomes para seguirmos num papo posterior.  Ó, quem tava por lá e não teve o nome citado aqui, desculpa esse velho fanfarrão que geralmente não consegue sistematizar essas coisas muito bem. Só que os vários sorrisos cúmplices e carinhosos ainda estão aqui na cabeça. Valeu!

Por fim avalio como muito positivo este nosso encontro. Fortaleceu algumas vivências online e vai servir como base para os muitos desafios em torno da MetaReciclagem, ou do que eu estou gostando de chamar agora de Práxis MetaAfins, que temos por enfrentar juntos. Salve metarecicleirxs , cuja pronúncia pode ser metarecicleiréchs como propõe nosso metaduende. Aliás, lembrado na noite por sua poderosa compreensão mitológica da metareciclagem. Seguimos do mito para ação,  para o mito,  para ação...

 

 

 

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APH no Recife

Segunda Jornada do SAMU Metropolitano em Recife: Olhar, críticas e propostas

O texto a seguir é um relato sobre a Segunda Jornada do SAMU metropolitano em Recife, ocorrida agora em novembro de 2010. Foi escrito por um profissional de saúde com alguns anos de experiência no dia a dia dos hospitais e plantões de emergência na região metropolitana da cidade. O conteúdo toca no lado negativo da gambiarra, da tecnologia de gestão e da política. Esta é uma colaboração para o Verão 2011 Mutsaz que nos lembra que Janxs possui duas faces.

 

Os dados da violência, nada de RH e confusão sobre terrorismo
Depois das apresentações dos militares e do chefe do SAMU em Recife tivemos o primeiro palestrante, gerente geral da SDS(Secretaria de Defesa Social) , que apresentou bons slides, com boas animações , tinha domínio da apresentação , sabia se expressar e interagir com o público. Mas logo veio o primeiro deslize: ao afirmar que Pernambuco tinha a polícia mais integrada do Brasil disse que isso se devia ao trabalho da gestão Eduardo. Ora, personificar na pessoa do governador essa integração é demais. Ainda que o palestrante estivesse sendo institucional, não poderia personificar essa situação por razões políticas óbvias.
Obrigações institucionais nunca deveriam ser confundidas com ações midiáticas manipuladoras na pessoa de nenhum gestor, seja ele o governador seja ele do 3º escalão, porque governar não deveria ter nada com estrelismos midiáticos. Mas sabemos que isto não é verdade , e o que tem de gestor dando entrevista não cabe num fanzine, mas num cabe mesmo (mermo, mermo). E compondo mesas então, não cabe numa Caras (Ainda existe isso?Caras??????????).
Depois do bom início o que se seguiu foi um processo de esvaziamento do conteúdo humano na fala do primeiro palestrante. Quando falou da diminuição significativa da criminalidade no Recife e no número de homicídios, por mais que tenha tentado humanizar seu discurso falando das dores das perdas dos entes pelas famílias, a prática na verdade é outra. As pessoas não passam de números, ou melhor dados, porque são processados num software programado por alguém para dizer que os números expressam evoluções positivas significativas neste ou naquele campo de ação governamental. Não sei onde esse povo vive, mas com certeza não é esse o cenário real. Houve melhorias numas áreas, mas em outras houve pioras e o que é pior, houve uma degeneração na personalidade arquetípica do povão. E isso faz determinadas ações midiáticas e manipuladoras parecerem grandes atuações. Mas claro que terceirizadas e a baixo custo. Basta ver o que se utiliza de reciclagem e mão de obra barata em decorações das datas comemorativas das festas de fim de ano. O que vejo na verdade é que já chegou o tempo das pessoas mudarem a consciência e entenderem que bem mais do que ações bélicas, as melhorias humanas urgem, sobretudo em nível gestor.
Por último o palestrante falou sobre o Backbone(“coluna vertebral”????) um sistema de transmissão digital que faz parte de um diagrama de ações, que por graça divina não era pentagonal. E arrematou mostrando um projeto arquitetônico de um chamado CCR (Centro de Controle e Regulação). Um centro bacana estruturalmente. E ainda que eu eu não entenda nada de arquitetura, aparentava estar bem planejado e pronto pra ser construído, porém ainda incorporando uma personalidade militarista, aquela que separa as autoridades dos outros trabalhadores já induzindo quem estará na gerência e quem estará na execução.
Findada a primeira palestra senti falta de um projeto voltado para os recursos humanos, nenhuma previsão de incremento orçamentário para reajuste salarial de todas as categorias envolvidas e nenhum projeto de normatização que impeça a atuação de “pessoas influentes”(“Otoridades” com vínculos políticos, familiares ou classe social, fundados em princípios da Família Tradição e Propriedade). Senti que o perfil institucional patriarcal, autoritário e hierárquico militar ainda influencia muito, desde o tempo do discreto charme da burguesia, se perpetua e induz os temidos “Distúrbios Civis” que se tornam o cenário ideal para ações de emergência, que frequentemente requerem muitos recursos financeiros e se transformam num excelente ralo para desvio de dinheiro público.
O segundo palestrante do primeiro dia foi um tenente coronel dos bombeiros do Recife. Rapaz jovem porém seguro. Fez uma ótima exposição e só pecou quando elencou o 11/9 como exemplo de atentado terrorista, porque primeiro que já está provado que o 11/9 foi um ataque de falsa bandeira americana (Veja vídeos como Loose Change http://www.youtube.com/watch?v=3gNLqTFYlmc por exemplo), depois porque o exemplo de Helsinki, que foi uma Olimpíada, é muito mais ilustrativo. Além do mais as empresas que industrializaram o entretenimento do futebol são muito mais danosas ao próprio futebol, do que um possível atentado terrorista, pra isso as fronteiras e aeroportos junto com a Polícia Federal devem estar estruturadas e preparadas, socorristas têm a ver com os problemas de APH (atenção pré-hospitalar) que surgirem no cenário. Prevenir atentado terrorista é um papel de outra esfera de gestão.
O último palestrante do dia foi o o chefe do SAMU Recife, que falou rapidamente e objetivamente. Pareceu até o terceiro par de Terezinha de Chico Buarque, não trouxe nada e também nada perguntou. Foi rápido, raso e seco.

 

Humanismo, gambiarras e a educação em APH
No segundo dia cheguei no meio da palestra de um interlocutor que de início parecia ser alguém que realmente se interessava pelas pessoas que necessitam dos serviços de urgência, e portava-se como numa atuação arquetípica de profissional médico. Era um representante do MS que foi mais infeliz que feliz em sua apresentação e nas respostas às perguntas da plateia. Não foi em momento algum brilhante como saudou o cerimonial da jornada ao final de sua apresentação na tentativa de fazer um “APHzinho”(APH = Atenção Pré-Hospitalar) para o gestor, num claro uso de suporte básico, só para melhorar o ar de auto-suficiência que externava na mais patética apresentação militarista quando deveria ser humanista, o que só sublinhou a péssima qualidade do exposto e das resposta aos questionamentos dos participantes.
O representando do MS foi na verdade extremamente infeliz, usou um vídeo do GATE (Grupo de Atividades Táticas Especializada), tropa de elite da PM de São Paulo, pra referenciar a coragem e atitude de um grupo que quer atuar em momentos onde o espírito de grupo é fundamental. Certo, isso foi entendido, mas o que ninguém entendeu foi por que usar o GATE? Havia muito bons exemplos além deste, como por exemplo os Anjos do Asfalto de São Paulo, que exemplifica muito melhor tal premissa em ser corajoso, atencioso, acolhedor, com a atitude técnica esperada para o momento. Todo profissional envolvido em APH tem consciência disso, não me venha um gestor, que trabalha na cartilha da redução de despesas e execuções a baixo custo, me falar que precisamos ter melhor e maior empenho. Porque isso significa trabalhar mais, com uma demanda cada vez mais excruciante, ganhando pouco e sendo gerenciado por repetidores de ordens que, ao invés de investirem em recursos humanos e insumos para o trabalho, terceirizam ao mais baixo possível custo e nos relegam à situações que só sabe é quem experimenta o dia a dia.
O que precisamos na verdade são melhores cursos formadores dos recursos humanos e educação continuada de alta qualidade, que devem ser proporcionadas à todos e não somente aos mais achegados ao núcleo gerencial. Esta educação continuada deve ser avaliada periodicamente por Instituições como Universidades Federais e sem a mínima possibilidade de apadrinhamento, seja de cunho político, familiar ou afetivo, muito menos prostituído.
O que precisamos e queremos ver são gestores que veem e enxergam os profissionais, que valorizam e se corresponsabilizam com as nossas ações e fragilidades, que em geral são enviesadas com necessidades não supridas pela esfera gerencial, e não este “Pai Patrão” que só nos impinge desconfianças e cobranças, não nos ouve e mal nos vê. Claro, não podemos generalizar totalmente, mas há uma preponderância deste tipo gerencial.
O que deveria ser discutido eram melhores materiais e insumos, viaturas e melhores salários pra todas as categorias envolvidas, mas disso ninguém ouviu sequer rumores. E ademais, por mais organizado e asseado que pareça o meio militar (e estes são pilares positivos das instituições militares), os pilares negativos do Autoritarismo e Hierarquização parecem ser o dia-a-dia dos quartéis mundo afora. Sem falar que vez por outra um Coronel tem uma empresa ou é acionista majoritário de uma Indústria, como o ex-chefe da guerra contra o Iraque Cel. Donald Rumsfeld, e se utiliza dessas guerras pra auferir “Profitys”, lucros, em meio a dor e ao sofrimento de uma nação invadida, dominada e arrasada.
Os Políticos, os governos, os Rotschild, os Rockffellers, as famílias Reais mundo afora não se importam com as ditas pessoas comuns, eles as exterminam e as escravizam e podem facilmente colocar a responsabilidade em catástrofes naturais, em surtos epidêmicos e conflitos armados, espalhando dor, fome, desespero e miséria. A gente tem que se ligar e procurar se informar sobre a Agenda Esotérica, sobre o Codex Alimentarius e a Agenda 21. São essas as peças doutrinárias principais de pessoas que ocupam cargos comissionados em geral, que só vivem maquinando as formas de reduzir os custos dos seus subordinados, nem que para isso custe a vida dos nossos pais e/ ou filhos,por exemplo. E somos nós que os escolhemos, mas não escolhemos todos os outros cargos, alguns muito importantes, mas que são relegados ao 2º escalão justamente para sair do foco, porém,em geral, são os que comandam.
Então para o representante do MS aquele modelo militarista parecia inspirar. Foi o que deixou claro, além disso, fez umas críticas ao próprio governo para quem trabalha, foi quando pareceu mais sensato, reclamou da falta de dedicação dos profissionais socorristas, e se entregou por três vezes, quando disse que: 1º)Viajava muito... Só que isso nós já sabíamos, (e também sabemos de diárias e de vinhos caríssimos nos jantares de muitos gestores Brasil afora); 2º)quando disse que ia relaxar num plantão, imaginem relaxar num plantão desses de final de semana na grande Recife. Gostaria de convidá-lo a se divertir. E quando declarou que faria um ACLS por puro modismo nesse mesmo final de semana, além de despreparo para o cargo no MS, demonstrou claramente que tem afãs militaristas e com a postura de Médico que tem, deveria estar se preparando, para depois de sair do MS entrar numa Corporação de Corpo de Bombeiros e daí dar vazão as suas vontades militares. E ingressar como convidado numa dessas Universidades Particulares no curso de Medicina, para realizar seu sonho de ser Médico.
Cobrar empenho de socorristas e equipes do SAMU é o mesmo que proferir a falácia da obviedade, pois a maioria das pessoas que trabalham em equipes do SAMU são abnegadas e entregues aos seus serviços. Serviço mesmo de verdade, que com certeza não é ficar sentado atrás de birô despachando, nem andar de motorista ou de avião do Oiapoque ao Chuí dizendo que estão trabalhando muito, estando na realidade em reuniões e decidindo as suas ações através de estatísticas e critérios políticos, mas nunca através de uma partilha colegiada de necessidades negociadas e colegiadas.
Dizer que vai relaxar num Plantão é um disparate que beira o humor circense, porque ou esse plantão é uma mamata ou ele não sabe o que é um plantão brabo de Zona Metropolitana no Recife. E se conhece a realidade foi infinitamente infeliz uma vez que o sentimento de quem realmente trabalha num plantão de SAMU ou de urgência e emergência num grande centro deste país não partilha nenhum sentimento de diversão, a não ser que esteja regredido ou tenha aquele velho olhar burguês de que se num é com os meus ,é tudo muito engraçado. Há palhaços e palhaços, é fato! Mas a realidade do APH(Atendimento Pré-Hospitalar) numa Zona Metropolitana de cidade grande nada tem de engraçado ou desestressante.
Ao final da apresentação deste representante do MS duas pessoas fizeram perguntas. Primeiro um bombeiro da Bahia, que falou do estado deplorável das Ambulâncias e viaturas do corpo de bombeiros da Bahia e da falta de material de trabalho, havendo inclusive casos de mangueiras de incêndio que se rompem ao serem usadas. Questão de falta de manutenção e substituição ao acabar a vida útil do material. Disse também que as ambulâncias andavam amarradas com arames, as tão conhecidas gambiarras, que nada mais significam que um caminho mais curto, ridículo e barato,o caminho do lobo, muito utilizado por gestões estapafúrdias e patéticas. O colega da Bahia provou com a sua intervenção a coragem, a atitude e a disposição de socorristas que apesar de mal equipados e com viaturas aos pedaços conseguem desenvolver um trabalho digno. Mas o palestrante de pronto afirmou que estava a par e que coincidentemente havia estado com o governador de lá na semana anterior à Jornada e que estes problemas já estavam em vias de resolução .Pelo menos foi essa a impressão que ele quis dar. Soou como uso de Mertiolate para APH e não satisfez o conteúdo do argumento, pelo simples fato de não ser Mertiolate padrão de APH em nenhum lugar do mundo.
Depois foi a vez uma moça educada, que com muito cuidado, sem atacar em nenhum momento o representante do MS, fez dois questionamentos, tendo o cuidado de se apresentar antes. Salvo engano, perguntou qual a opinião do mesmo em relação aos Paramédicos Americanos/Canadenses e de se o mesmo tinha conhecimento de cursos de socorrista com 700h e até 1600h de formação. Foi a partir daí que o palestrante degringolou. Começou logo a se defender e fazer uma piada de improviso quanto a questão dos paramédicos ,de muito mal gosto e de uma complexidade tipo Zorra Total, e ainda se utilizou de sua autoridade para atacar a interlocutora, quando ao perguntar se os cursos nos quais ela ensinava eram credenciados pelo MEC, numa desesperada atitude de quem se mostra despreparado para estar no cargo que ocupa, o que não é nenhuma novidade para qualquer ser senciente com alguma vivência em Urgência e Emergência em Unidades SUS Brasil a dentro, e quanto mais dentro pior, todos sabem. Pois se não estivessem credenciados, se preparassem, que eles estavam chegando para avaliá-las... Pairou a ameaça no ar... Muitas pessoas não entenderam nada.
Digo que não fazem mais que sua obrigação em fiscalizar e avaliar os cursos de formação. Mas que procedam de maneira limpa, e não somente credenciando a partir do escopo político, nepotista e tradicional que ainda hoje vigora, apesar de estarmos em uma gestão dita popular (eu digo populista, outros amigos me dizem populosa). Enfim, nosso representante do MS nem respondeu e ainda falou que tem cursos de 300h sendo ultra eficazes. Epa! Peraí, não era ele quem iria endurecer contra os cursos? De repente cursos ultra-rápidos viraram opção? Depende de quanto vai sobrar da terceirização do serviço, né? Isso sim!
Depois, atacou a sua própria classe (enfermeiros), aprofundando uma ferida aparentemente resolvida, mas que sempre existiu no nível subjetivo. Profissionais resolvidos sabem o que fazem por dedicação e por estarem amadurecidos em escolher os seus caminhos, porém essa não pareceu ser certamente, uma qualidade desse Senhor, que afirmou aos enfermeiros da platéia, num total desrespeito com a classe e sem autorização expressa nenhuma da classe médica ou dos médicos ali presentes, que quem quisesse fazer procedimento médico fosse fazer medicina, remetendo também a outro nó crítico que é a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), uma briga que é muito mais mercantil que humanista. Até falar isso muitas pessoas, inclusive eu, achavam que nosso palestrante era médico, mas qual não foi a surpresa e expressão de surpresa total quando ele se entregou pela última vez, se dizendo enfermeiro. Nessa hora eu pensei em me levantar, pegar o microfone e falar um monte(“tchi”),mas tive que conter o espírito de agressão que me tomou naquele momento, e isso eu devo ao meu mestre Sensei que nos ensina os preceitos na Arte e que estes se levam para a Vida,é o caminho. Ou seja ,nem respondeu a moça,ou respondeu muito desconexamente num desespero típico de políticos que quando se sentem ameaçados atiram pra qualquer lado, atirou mal contra os amigos e contra o próprio pé e foi socorrido com um elogio de que teria sido brilhante na sua apresentação. O que ficou foi uma péssima impressão, não só para os profissionais de APH, para todos os presentes.
Nosso palestrante concluiu fazendo um jogo de quem é tipicamente “Border–line”: atira no cão pra pegar no diabo e deixa aquela sensação de que o autoritarismo,a violência das palavras e das atitudes, e o desespero de quem não sabe onde está são típicos nestas gestões. O que não é nenhuma novidade, o problema é que certas armas são quase sempre eficazes e provocam uma implosão e um silêncio posterior que evocam temores, mas não em mim. Foi odiosa e de péssima qualidade a apresentação e o posicionamento do gestor. Ficou claro, algum enfermeiro ou medico não vendido duvida disto? Eu não, e tenho certeza que a enfermeira e educadora em APH também não. Ele simplesmente teve o desplante de fazer uma piada mais ou menos assim: ...”Paramédico no Brasil só vai existir assim: a pessoa vai ficar esperando um médico no meio do caminho e pára ele no seu trajeto”. Pronto, isso foi a resposta dele ,ou seja, segundo esse Profeta do APH, só dessa forma existiria Paramédicos no Brasil. Parece engraçado,contudo é revestido de uma repelência e uma virulência tão visível que fica aquele sentimento de “toco” de basquete na atmosfera.
Mas, como já se tornou célebre a frase, em nosso tempo tudo que é sólido se desmancha no ar. Pois foi isso que aconteceu, algo que aparentava ser sólido de repente “ploft”, desintegrou-se em nada, um vazio espacial tão agônico que só nos restam duas opções nesta situação: ou os verdadeiros guerreiros do APH se estruturam e se colegiam ou continuaremos subordinados a estes comissionados gerentes que obedecem a uma ordem política, terceirizam serviços e oferecem serviços mistos onde a redução de custos é a principal diretriz, não importando quantas vidas sejam ceifadas por conta destas contenções de despesas. E não houve nada a acrescentar no 3º dia....Nem nada brilhante... pelo contrário!

 

Encontro do Recife

O objetivo é colher sugestões, reclamações, propostas, contribuições, reclamações pra fazer possível o que já imaginável

 

 O Encontro do Recife - #EdoR

 O encontro de metarecicleirxs na cidade do Recife em 20xx

 

 

 

 

Quando 

a definir em 20xx

Onde

Recife - PE (local a definir)

Por que se encontrar

Para pensar junto sobre os discursos que tornam a metareciclagem possível, desejável, erótica e uma ação coletiva libertadora, delirante, criativa - ou não. Discursos materializam o exercício de poder de controle e de autoridade; de legitimação e de caixas (fechadas).

Para exercitar mais uma oportunidade de superação das posturas dicotômicas (ativista - acadêmico etc) que são a bem dizer bem cômodas e interessantes, mas são moinhos.

Para dialogar a Metareciclagem como um MOVIMENTO SOCIAL. E não se trata mais então de nomear ou não o que seja a Metarec, trata-se da disposição da necessidade (até de sobrevivência) de pensar uma articulação com outras formas de atuação coletiva de maneira que se aprofunde uma certa identidade. Porque há várias em trânsito, não é mesmo? Elas são excludentes? Elas se cooperam? No que a afirmação e consolidação de uma identidade 'movimento social' contribui com as articulações necessárias com o 'novo' governo federal? E com os governos estaduais?

Objetivos

- A presentar pesquisas recentes sobre emergências, experiências, processos, metodologias que se situam no entrecruzamento entre cultura, política e T.I. no Brasil;

- Discutir influências, experiências,  discursos justificadores de ações coletivas com mídias livres colocadas em prática na primeira década do século XXI;

- Avaliar a relação dessas práticas com as regras, modelos, preconceitos e limitações das instâncias de pesquisa.

 

 

Participantes

 

(Para participar basta colocar o nome,  uma tag e vir fazer junto)

Andréa Saraiva - #economiadacultura

Célia Menezes - #tecmulher

Daniel Duende  - #mitoreciclagem

Douglas Rodrigues - #musicorec

Felipe Fonseca - #redelabs

Glerm Soares - #tecnocracia 

Hernani Dimantas - #zonasdecolaboracao

Isaac Filho - #mitoreciclagem

Luiz P. Costa - #midiaslivres

Luca Toledo - #culturaciborgue

Maíra Brandão - #politicadecultura

Marcelo Braz - #economiasolidaria

Meiry Coelho - #sociomovimentos

o2 - #reacesso

Patrícia Fisch - #vidalivre

Raquel Lira - #politicadecultura

Régis Bailux - #bando

Regiane Nigro - #lixoeletronico

Ricardo Brazileiro - #cotidianosensitivo

Stella D'Agostini  - #midiaslivres

Tati Wells - #baobavoador

Teia Camargo - #acoesanimicas

Yasodara Córdova - #ontodesign

 

Pesquisas (acrescente outras)

Hernani Dimantas - Zonas de Colaboração e MetaReciclagem: pesquisa-ação em rede

Thaís Brito, Ricardo Ruiz, Pixels - Contracultura digital

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Algumas Questões

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O Encontro do Recife

 

 

 

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