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EdoR

ter, 26/04/2011 - 12:05

técnica, tecnologia e tecnoxamã: mbraz devorado

A técnica são modos de fazer e de saber-fazer, muitos modos de
saber-fazer mais as relaçoes de afeto(ou parentesco, no sentido
indígena) compoem uma cultura... ou uma tecnologia, como queiram.

a questão maior é como estas culturas, ou tecnologias, se inserem num
sistema maior de predação. Se para o índio, há uma relação entre
aquilo que o devora(a onça, o jaguar, a jibóia...) e a possibilidade
de que ele tambem a devore, num sistema de produção mutualizada de
sentido (de saber-fazer, de como matar a onça); num sistema de
produção como o capitalista, por ex., a mesma lógica pode ser
aplicada.

Se o índio ao matar a onça, de certa forma, absorve parte de seu
espírito e de seu modo existencia; ao lutarmos contra o capitalismo em
determinados momentos nos transformamos nele, pois somos a sua
contraparte, o seu complemento como presa a ser devorada.

Ao falarmos da natureza da tecnologia, e não da cultura digital(pois a
cultura digital está inserida numa cultura maior) tambem podemos usar
os mesmos principios filosoficos. Se a maquina computadora, as redes,
o google, por ex., funcionam como uma especie de Oráculo de Delfos
que, se por um lado me responde questoes, por outro se alimenta dos
meus dados (do meu perfil, de onde estou fisicamente e o que ando
fazendo). Portanto um sistema de presa e predador indígena, onde um
tenta devorar o outro.

Porem ha' um desvio nesse sistema de predação... ocorre quando o
tecnoxamã subverte o uso previsto da maquina computadora - esta que é
pobre em cultura e natureza pois pensa com somente a parte
racional-lógica-simbólica do homem, feita por esse como criatura. Tal
desvio ocorre quando se pega peças soltas, moldando-as num toscolão ou
um toscolinho, via Glerm. Quando a subversão do uso rompe a
pré-determinação da máquina fria e adentra por um outro dominio, o da
sonoridade. Os sons são tanto do domínio da humanidade quanto da
Natureza. Nesse momento a máquina torna-se maracá, pois transcende
mundos espirituais. Parte daquilo que é morto(feito de minerais,
silício, artificial, que não se reproduz) para adentrar no domínio da
vida, a composição maior e misteriosa, feita de sonoridades,
sensações, percepções e afetos.

Voltando a Viveiros de Castro, que na real é somente um tradutor, ou
transdutor, da natureza indígena, podemos nos perguntar: -Onde então
realmente estamos na cosmogonia  da predação capitalista? Entre os que
comem comigo, entre aqueles que me comem ou naqueles que eu como?

E-mail do Mbraz em 26 de abril de 2011. Parte de uma conversa na thread "chat ruiz e fabi" que veio / vem rolando esse dias na lista metarec.  (Deu vontade de botar no site e relacionar ao EdorR, depois tento explicar.)

3144 leituras blog de o2
ter, 01/03/2011 - 07:39

Fóruns e linguagens

 Desde o inicio de fevereiro temos participado como ouvintes e palpiteiros dos foruns de linguagens de Jampa, principalmente do forum da musica. Desde de então tudo que temos apresentado, interado a galera sobre, vem surtindo efeito.

Desde o Dominio Público das obras de Pedro Osmar até o debate sobre a coletanea que está para ser prensada; do debate de fomento a produção cultural até a revisão dos conselhos - municipal e estadual - de cultura, editais regionais e criterios de avaliação. 

Discussões tão amplas assim esbarram em assuntos delicados à primeira vista: MinC, Lei Rouanet, Direito Autoral, Sustentabilidade, Economia Viva, Produção Colaborativa e envolvimento com o governo.

Tantos poréns e receios foram deixados de lado ontem a noite. Toda última segunda feira de mês o fórum da música de João Pessoa promove um debate de formação ou desinformação. Dessa vez fomos convidados- por estarmos presentes sempre - a orientar um debate sobre direito autoral. Assunto complexo pra quem está tentando sobreviver de música em moldes antigos, artistas que muitas vezes ainda não se adaptaram ao mundo digital, ou até não tem a dimensão da nova forma de lidar com a arte resultante de seu trabalho nesses novos paradigmas culturais. Pois bem apresentamos slides, videos, debatemos, falamos muito, ouvimos muitas duvidas, questionamentos e sugestões. Acabamos com um punhado de musicos, compositores interessados em novas formas de direito autoral, cheios de desapontamento com o sistema vigente que muitos não tinham ideia de como funcionava, de porque a musica que comporam rendeu apenas 50 centavos pelo ECAD nesses anos todos. Artistas carentes de novos caminhos e esperanças para ter sua obra aceita e divulgada por ai. Carentes de show com público, de ouvintes de amantes de suas poesias e melodias.

Saimos de lá elogiados por estes e incubidos de levar essa mensagem as outras linguagens, saimos com um folego extra dado por antigos que estão prontos a se adaptar ao novo. Saimos daquela sala num prédio histórico subutilizado com um pé numa nova realidade para a cena cultural da paraiba. 

Se é otimismo nosso não sei, mas que os figurinhas e figurões ali presentes botaram mais fé que imaginavamos, botaram, e a curiosidade e a trilha que começou a se abrir foram os alimentos pra isso.

Os poréns viraram bandeiras, e estas bandeiras levantadas pelos artistas até então alheios a tudo isso, vão para rua, para ação para a colaboração com todos os interessados nisso. #tamojunto

1983 leituras blog de stellamsd

Encontro do Recife

O objetivo é colher sugestões, reclamações, propostas, contribuições, reclamações pra fazer possível o que já imaginável

 

 O Encontro do Recife - #EdoR

 O encontro de metarecicleirxs na cidade do Recife em 20xx

 

 

 

 

Quando 

a definir em 20xx

Onde

Recife - PE (local a definir)

Por que se encontrar

Para pensar junto sobre os discursos que tornam a metareciclagem possível, desejável, erótica e uma ação coletiva libertadora, delirante, criativa - ou não. Discursos materializam o exercício de poder de controle e de autoridade; de legitimação e de caixas (fechadas).

Para exercitar mais uma oportunidade de superação das posturas dicotômicas (ativista - acadêmico etc) que são a bem dizer bem cômodas e interessantes, mas são moinhos.

Para dialogar a Metareciclagem como um MOVIMENTO SOCIAL. E não se trata mais então de nomear ou não o que seja a Metarec, trata-se da disposição da necessidade (até de sobrevivência) de pensar uma articulação com outras formas de atuação coletiva de maneira que se aprofunde uma certa identidade. Porque há várias em trânsito, não é mesmo? Elas são excludentes? Elas se cooperam? No que a afirmação e consolidação de uma identidade 'movimento social' contribui com as articulações necessárias com o 'novo' governo federal? E com os governos estaduais?

Objetivos

- A presentar pesquisas recentes sobre emergências, experiências, processos, metodologias que se situam no entrecruzamento entre cultura, política e T.I. no Brasil;

- Discutir influências, experiências,  discursos justificadores de ações coletivas com mídias livres colocadas em prática na primeira década do século XXI;

- Avaliar a relação dessas práticas com as regras, modelos, preconceitos e limitações das instâncias de pesquisa.

 

 

Participantes

 

(Para participar basta colocar o nome,  uma tag e vir fazer junto)

Andréa Saraiva - #economiadacultura

Célia Menezes - #tecmulher

Daniel Duende  - #mitoreciclagem

Douglas Rodrigues - #musicorec

Felipe Fonseca - #redelabs

Glerm Soares - #tecnocracia 

Hernani Dimantas - #zonasdecolaboracao

Isaac Filho - #mitoreciclagem

Luiz P. Costa - #midiaslivres

Luca Toledo - #culturaciborgue

Maíra Brandão - #politicadecultura

Marcelo Braz - #economiasolidaria

Meiry Coelho - #sociomovimentos

o2 - #reacesso

Patrícia Fisch - #vidalivre

Raquel Lira - #politicadecultura

Régis Bailux - #bando

Regiane Nigro - #lixoeletronico

Ricardo Brazileiro - #cotidianosensitivo

Stella D'Agostini  - #midiaslivres

Tati Wells - #baobavoador

Teia Camargo - #acoesanimicas

Yasodara Córdova - #ontodesign

 

Pesquisas (acrescente outras)

Hernani Dimantas - Zonas de Colaboração e MetaReciclagem: pesquisa-ação em rede

Thaís Brito, Ricardo Ruiz, Pixels - Contracultura digital

Rafael Evangelista - Traidores do movimento: política, cultura, ideologia e trabalho no Software Livre.

Eliane Costa - "Com quantos gigabytes se faz um barco que veleje": o Ministério da Cultura, na Gestão Gilberto Gil, diante do cenário das redes e tecnologias digitais.

Luiz Carlos Pinto (Lula) -  Ações coletivas com mídias livres: uma interpretação gramsciana de seu programa político

Paulo José Lara -

 

 

Algumas Questões

Vamos estabelecer uma programação? Como?

Quem vier, como vem e onde fica? 

 

Situação desta ConecTAZ: 
funcionando

Localização

Brazil
8° 3' 33.228" S, 34° 53' 33.2808" W
sab, 22/01/2011 - 00:56

Ana de Hollanda por @lulaPCosta em 8 tweets

Mais do que o perrengue com o PMDB e sua gula, o retrocesso na política do MinC indica um prejuizo maior para a gestão DIlma.

A escolha de Ana de Hollanda é até agora o maior erro da presidenta no processo de construção de uma hegemonia a partir do gov. Lula.

O prejuizo a que me refiro não é evidente nem para oposição direitista nem para cidadão médio. Mas 1) despotencializa mov sociais;

2) privilegia setores já abastados entre produtores culturais no Brasil;

3) Consolida um processo milenar de exclusão e anulação da fala de setores marginalizados da sociedade brasileira;

4) Desrespeita um processo democrático elaborado no MInC durante oito anos;

5) Confirma a tradico de descontinuidade entre uma gestão e outra na gestão pública;

6) O que é uma forma tb de confirmação do caráter personalista da gestão pública e das formas de fazer política institucional no Brasil.

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Via twitter rss: http://twitter.com/statuses/user_timeline/57140382.rss

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O Encontro do Recife

 

 

 

Estamos organizando as ações Aqui. ConeTAZ Encontro do Recife.

 

É um exercício de tradução limitado pelo vocabulário

O trecho de texto abaixo começa com a intenção de um post do blog #reacesso e  migra para um texto a ser construído na wiki metareciclagem. Se ele passar a ser um texto com mais de um colaborador entramos em uma outra fase.

.....

Tava  aqui estudando um texto que fala de como a desconstrução não é uma crítica convencional do texto porque ali o "desconstrutor" não  supõe "saber mais" que o construtor. E que o que essa prática  explora de fato a capacidade que a linguagem tem de falar mais que os controles que temos dela. Daí, não sei porque, lembrei de um episódio em sala de aula no semestre passado, numa disciplina sobre redes, quando eu insatisfeito com as discussões que estavam me parecendo formalistas demais, coloquei que o problema com o discurso que estávamos ali tentando estabelecer era essa amarra do produzir "acadêmico" que nos faz ter que trazer vozes já legitimadas aqui ou acolá para falar por nós.

Lembro que o que eu pensava na hora era essa coisa de cada palavra, expressão, noção usada num texto, discurso acadêmico ter que trazer aliados "teóricos" para uma disputa. Conceitos, noções, perspectivas que estabelecem posições e colocam as possibilidades do jogo. As contrapartes, adversários no jogo,  ou  possuem também algum  "domínio"  das posições colocadas ou jogam com outras posições para objetivos aparentemente iguais. Apenas aparentemente, porque há  objetivos implícitos, objetivos não manifestos, que de fato diferenciam os objetivos.  Estas posições  tem que ter  legitimidade de acordo com as convenções dos grupos que estão no jogo. Um  clube fechado onde as regras não são influenciadas por percepções externas.Só podemos usar conceitos e noções a, b ou c que vêm de X, Y e Z porque X, Y e Z já são reconhecidos pelo jogadores como posições legítimas. É aí que o formalismo enche o saco, limita e provavelmente produz esses espetáculos sem sentido que muitos veem nos trabalhos acadêmicos.

Que posições eu vejo na práxis que podem ser trazidas para o jogo ?

Então é que faz sentido ter as posições e sua limitações e trazer posições da práxis para ampliar as compreensões e chegar a ....

mas estamos limitados pelas possibilidades de tradução, os vocabulários não são suficientes para traduzir as experiências sem perder muito de sua riqueza

Aí nesse jogo, ainda estamos enfrentando questões  morais e legais a serem dribladas

as experiências não são limitam às purificações que precisamos fazer delas para narrá-las no contexto acadêmico... aspectos morais, legais

por outro lado não há de fato essa fronteira no clube. O que é elimidado para purificar o texto se dá apenas no texto, por isso a compreensão do  pesquisador sempre é mais ampla que o que há no seu texto,

O pesquisador, escritor, narrador dos fatos para a academia purifica as experiências para o texto mas lida  com as impurezas na práxis e sabe que o texto, os textos são sempre muito limitados,  pois por menos de impurezas que tenhamos eliminado o texto não é a experiência....

 

Depois de algumas contribuições na lista elaboro o que vem a seguir em 06 de junho de 2010

Nestas nossas "conversas" em lista, de uma forma mais direta e com um tempo e espaço de dispersão e esgotamento maiores,  ou em posts de blogs e wikis e com outras caracterizações de tempo e espaço, ou mesmo nos mensageiros instantâneos, no IRC, cada um desses espaços e práticas sócio tecnológicas com suas possibilidades e limitações, sempre revivo a sensação que fez chegar à compreensão do #reacesso.

O reacesso, à primeira vista, com uma olhada superficial, pode parecer um simples ir e voltar de de textos e compreensões. Mas, por outro lado, ao mesmo tempo que leio a ordem do discurso, vou tendo cada vez mais reforçada uma noção de que,  ainda que eu não sinta que consiga expressar plenamente, e que bom que não consiga, reacesso é real como aquela realidade que eu crio.

Criamos as realidades ao nomear certas coisas que carecem apenas de reacesso para receberem um outro nome e assim por diande. Mesmo quando não nomeamos explicitamente  trabalharmos com a noção, a visão, a crença, um tipo de discurso ao qual não ligamos sempre conscientemente e diretamente a textos anteriores, e aqui eu uso texto compreendendo que pode significar muito mais do que algo que está escrito.

Recentemente fui apresentado à metáfora da tecnologia enquanto texto. Noção creditada ao Steve Woolgar e que a Christine Hine utilizou num livro de 2000, o Virtual Ethnography. A intenção nesse parágrafo era falar disto um pouco, já que achei a noção muito interessante e parece que ela tem um fundamento também para como estou visualizando a construção de um entendimento de tecnologia com a Actor-Network Theory. Mas quando eu retomo a escrita imediatamente algo me vêm à cabeça. Que o reacesso é, também,  justamente uma reação à dificuldade de lidar com as referências.

É justamente esse processo que eu estou falando, de ter as pessoas conversando sobre um assunto mas sempre tendo que buscar referências como aliados para  para que a conversa continue. Só que uma percepção imediada, agora, é que essas referências, ainda que me parecem quando penso em "objetivo" muito semelhantes, mas devem  ter intencionalidades que eu não compreendo, não acesso, não vejo, não sinto e por aí vai.

Acho que a discussão vai na questão desses aliados-referências para o falar e como participar da conversa r sem esses aliados-referências. É possível? É possível que a sua fala seja considerada? E os aliados-referências não manifestos? Bem, claro que o pedacinho do Foucault que eu li deu uma turbinada aqui na capacidade de visualização da coisa. E, ao mesmo tempo, seŕa que eu posso dizer que tô entendendo quando o Liquuid diz que a lista é muito acadêmica, que somos muito acadêmicos?

Vou voltar pro resto do texto do Foucault, esse, como vários,  eu não consigo deixar pela metade. O que reforça para mim aí que há uma série de problemas em torno dessa questão do reacesso, especialmente quando limito a questão à releitura do que em tese ainda não foi lido.

MutiraoThreadOutono2010

"Metareciclagem e a Academia"

 

dasilvaorg:

"Algumas considerações sobre um papo que certamente não começou aí, mas que recentemente foi retomado nesta thread: Referência do Código Aberto e do Software Livre

* Academia é muito genérico. A gente cai num imaginário genérico acadêmico, mas há mais mistérios entre o céu e a terra blá, blá, blá...
* Se pensarmos nas coisas como sistemas de crenças e práticas dá no mesmo ser acadêmico ou não;
* Retórica é o ponto em qualquer um desses sistemas;"

 

dalton martins

"exato!
a liberdade tá na forma do pensamento, a estrutura é prisão apenas para quem vê a prisão..."

 

pro.thiago

"Ontem, conversei com colegas que escolheram a univerdade como seu palco.
A universidade é legal, mas trocamos, no papo, dois riscos:
O espaço acadêmico também contém seus vícios, ideologias, conchavos, cozinhações do galo, ranços e ranhos ideológicos. Se (des)enganado pela ilusão do copyright da verdade pode se tornar uma emboscada para algumas mentes, fechando códigos e acessos. Pena...
Quantos departamentos vinculados à multinacionais, apropriados pela lógica de mercado e pela geração de títulos viciados...
O segundo risco é a punhetagem. A acadêmia pode ser uma  das gaiolas do medo. Conhecimento que não produz transformação social, para mim perde o sentido. Engorda traças mas não gente... A universidade precisa de mais "extensão", vascularidade, sintonia com nossas comundades.
Na cultura popular quem define o "bamba" é a comunidade, sua história e compromisso:
"Menino, quem é seu Mestre?"
Qual é o lugar do conhecimento?:
"diz que foi poraí...", talvez até pela univerdade se tiver quem o possa achá-lo:

http://www.youtube.com/watch?v=9-WaE08iWpc&feature=related

Mas cuidemos com as salas de jantar, não se perdamos no poraí que seja:

http://www.youtube.com/watch?v=uR3gWHPNy54 "

 

franscisco alves

"Isso!
Eu via um bocado de birra e de gente que nãoqueria ficar por baixo e ficava tirando argumento da cartola de tudo quanto é jeito para se opor a mim. Só para dar uma de que também é contestador e argumentador.
Fora desse ambiente rolamais humildade, desde que eu seja humilde também.
Experimentei isso não apenas quando falava sobre software livre, mas sobre coleta seletiva e lixo e vegetarianismo também.
Tem orelha seca com a mente mais aberta e disposição para aprender que muito universitário."


mbraz

"nana, nina , nao. Creditar somente ao sistema de crenças e' bastante
comodo para quem esta' dentro e ligado a academia.

Se o orelha seca e o Dr. forem presos nao ficarao na mesma cela.

Se o orelha seca mandar um texto para o congresso que nao caiba nas
normas da A.B.N.T, recebera' um muito obrigado somente como resposta.

Se cortarem todas as bolsas de pesquisa e 'financiamento' no Brasil,
quem podera' nos socorrer? Chapolim Colorado?

;))

m'braz ... de muito bom humor aqui na Bahia."

 

dasilvaorg

"Sistemas de crenças e práticas é muito diferente de apenas sistemas de crenças.

E afinal, de onde vem essa expressão "orelha seca"?

m'braz, acho que não dá pra ver, como você diz,  "quem está dentro e ligado à academia" como privilegiado só por "ser" "academia". Aí a gente desmantela uma idéia de Redes? Não?

E pensando assim, como você pensa em: PODER?

A Bahia é massa! :)"

 

dalton martins

"Companheiro,

Dentro e fora é que é a questão. Se vemos assim, a separação já tá criada.
Ligado e desligado todo mundo tá.

A questão num é o onde, e sim o como.... Bater na academia é igual
bater no governo.... Mas, a mudança não começa lá, começa aqui,
pertinho... Ou aí. Ou não.

Abs"

 

mbraz

"orelha seca vem no proximo email que voce ainda nao leu.

Leituras lineares fazem parte do sistema de crencas e praticas da academia.

tem muita rede aqui na bahia... ;)

eita, num criei separacao nenhuma, nao, bixim? Num to batendo na
acadimia nao, to batendo nos academicos mesmo, que estes sim sao o
processo.

Ou voces acharam que eu estava falando em instituicoes?"

 

dasilvaorg

"Ai, ai que minha compreensão é limitada m'braz. Ademais não estou na Bahia, nas redes e, portanto, a mente tá menos arejada. hehe

Se você cria uma categoria,  "acadêmicos",  você tá falando de instituições sim, não? Ou você está querendo se referir a organizações. A Marilena Chauí é que tem um texto que eu gosto falando da universidade instituição X universidade organização: http://pet.icmc.usp.br/enapet/docs/GD4_texto2.pdf

:)"

dalton martins

"mbraz,

 falar de acadêmicos, políticos, cientistas, filósofos ou anarquistas é a mesma coisa.
 apenas categorias abstratas de algo que apenas tu sabe exatamente o quer dizer. ou seja, se tu tá batendo em acadêmicos, tu tá batendo em si mesmo, pq a idéia que tu tem de acadêmicos é tua e pode ser que as coisas não ocorram exatamente assim...

 o bacana do metareciclagem pra mim é que aqui a gente vive experiência viva de rede.
 e na rede somos tags emergindo e submergindo...
 se caímos na mesma prática de categorizar e bater, talvez, e apenas talvez, estejamos repetindo o mesmo padrão que criticamos.

 e vamo no fluxo e muito axé pra ti!!"

lelex

"e para ser uma nobel em fisica não pode ter pousado pra revista de moda.

;-)"

 

pro.thiago

"Cada espaço tem seus códigos.

Na "acadêmia", tal como conhecemos hoje, um "oreia seca" realmente teria dificuldade de fazer-se ouvidos seus saberes. A linguagem é mais rebuscada, as reflexões mais subjetivas, os espaços mais demarcados por grossas hastes de óculos e rechunchudas barbas. A simplicidade não é bem-vinda sem os floreios ideológicos. Lá se citam autores decor(ativos)  - citam, citam e citam.

São os língua seca, afinal se fala, cospe, baba e na maioria das vezes porra nenhuma.

"Oreia seca" é um termo, pejorativo, pelo qual se chama o peão de obra, que por causa do pó, do cimento e da cal, fica com a orelha seca quando constrói as casas das pessoas. Também é sinônimo de quem só obedece patrão, é ignorante e não tem muitas alternativas na vida profissional. Orelhas secas e baixas.

No canteiro de obra, o doutor  entra, mas é outro espaço, outros códigos. Enquanto o Jardim de Akademus de hoje é intelectualmente refinado - o termo acadêmia vem de uma escola criada por Platão em um jardim consagrado ao herói ateniense Akademus, dedicada ao culto das Musas  -, o Canteiro dos Oreias é um espaço empírico de pesquisa tecnológica, que por vezes também se vicia de esteriótipos e reproduções, mas no fim ao menos dá casa.

No Canteiro dos Oreias o Doutor pode dizer o que deve ser feito, mas não sabe fazer, e o oreia seca  tem que obedecer senão não come. Poder. Mas, na práxis, é o oreia quem manda na hora de realizar, que sabe usar a colher, carregar, misturar, queimar, chapiscar, calfinar, faz, é poeta, escultor, mas se fode.

"Saber" e Saber fazer. Onde está o Poder? Pode uma coisa dessa?

Quem me dera mais de orelhas e línguas nossas nesta ilustre acadêmia.
Quem me dera mais cientistas construtores de outras realidades e pedreiros capazes arquitetar novas formas de morar e estar no mundo.

orgânicos abraços tecnocientíficos e coletivizatórios,"

 

mbraz

"eita, que 'categorias abstratas' e' mais um dos delirios do
'academico', agora com aspinhas.

o que parece muito estranho, e' que sempre se pensa que ha' algo dado.
O que a Marilena Chaui escreveu ...o que Kant propos como imperativo
categorico.. e por ai' vai.

Nao passa pelos ''linguas secas'', agora com duas aspinhas, que
criamos conceitos pelas praticas sem depender do academicismo, agora
sem aspinhas.

resumindo: nao somos nós que nao estabelecemos dialogos com os
academicos, sao seus codigos que sao demais limitados para entender
que metarecicleiros  buscam novos modos e praticas do conhecer.

ou, em patxohã, lingua dos pataxós: Korro pootá, kaô!"

 

efeefe

"acho que essa coisa de outrar pra desqualificar é bem limitada. eu
conheço acadêmicxs que sabem construir casa, conheço peão que floreia
os causos e dá aula de vida com isso.

generalizar é sempre um equívoco. é assim que começa a intolerância, o
fundamentalismo e as guerras. mais do que isso, qualquer generalização
que engloba pessoas MUITO diferentes é inútil.

bom lembrar que aqui na metareciclagem tem uma pá de gente que está na
academia - dalton, hd, orlando, fescur, rboufleur, daniel hora,
dricaveloso, lula pinto, e mais um monte. colocar "acadêmicos" de um
lado e "metarecicleiros" do outro é propor o contrário do que a gente
faz aqui na prática.

pela tolerância"

 

sergio teixeira

"pro. thiago,

queria participar dessa discussão, na parte sobre oreia e lingua, começando com: "o modo como fazemos as coisas só é assim enquanto não o questionamos em suficiência.", "nosso pensamento molda os instrumentos que usamos assim como, reciprocamente, eles moldam nosso pensamento... tudo isso depende do que percebemos. Espontaneamente ou levados por outrém", "consciência é CON-SCIÊNCIA - conhecer junto", autopoiese do sistema..., por aí vai...
quase desanimei e só para não desistir, coloco:
um sistema pode ser visto do ponto de vista de uma interrelção de atividades. Cada pequeno ato que compõe as atividades serve, mais do que a alguma coisa, a alguém. Qual é essa rede de "servidos", esses alguéns beneficiados com nosso músculo-pensamento realizado? Eles merecem isso por que? Que outra forma poderia ter essa rede?
abraços,"
 
dasilvaorg

 

"O conversa tá caminhando, bacana, deixa eu aproveitar para refletir sobre algumas questões que foram colocadas:


Se cortarem todas as bolsas de pesquisa e 'financiamento' no Brasil, quem podera' nos socorrer?

Esse é um ponto bem interessante para tocar e que mostra exatamente o imbricamento que não permite que a gente faça distinções absolutas. Basta uma pergunta: O que era o programa Casa Brasil? "Acadêmico"? (com duas aspinhas como gosta o m'braz, hehe)  As bolsas eram do CNPQ, não? O que não deu certo por lá?



"Saber" e Saber fazer. Onde está o Poder? Pode uma coisa dessa?

A questão do poder foi uma provocação para o m'braz porque o contexto que ele tava colocando é dual, estanque. Nesse caso PODER me parece ter uma acepção bem estanque também. Emobra eu não entenda nada teoricamente de PODER, sei que teve um francês arretado que colocou a coisa de uma forma bem dinâmica.



o que parece muito estranho, e' que sempre se pensa que ha' algo dado.

Entendo a sua interpretação, mas citar referências e teorizar é coisa de todos nós. Reconheço que na prática acadêmica muita gente não reflete sobre as referências e as teorizações e apenas reproduz e repete, assim como muita gente de um modo geral não reflete sobre muita coisa. No Encontrão Bailux Party eu conversava com o Eduardo Montoto sobre consciência de si, possibilidade de consciência crítica, como isso surge, como se trabalha isso na contramão de uma pá de coisas ao nosso redor para "robotizar" nossos comportamentos? (Aliás, m'braz, aproveita que você tá em Arraial e se puder dá um super abraço no Montoto por mim!!!)



criamos conceitos pelas praticas sem depender do academicismo

O academicismo é uma prática. Será que é boa para práxis essa distinção entre teoria e prática?



Cada pequeno ato que compõe as atividades serve, mais do que a alguma coisa, a alguém. Qual é essa rede de "servidos", esses alguéns beneficiados com nosso músculo-pensamento realizado? Eles merecem isso por que? Que outra forma poderia ter essa rede?

Sérgio, sei que as questões foram para o Pro. Thiago, mas eu fiquei curioso com teus questionamentos. Por que pensar em formas de redes?

Abração, ou na língua inventada aqui em casa:  Tã, Chã."

 

dalton martins

"ff já versou e reversou na tolerância atenta que inventa o caminho do meio.

mas, acho que vale a pena, exatamente por aqui ser metareciclagem, dar uma olhada nessa coisa de código...

se nos propomos a dizer que o código de alguém é limitado ou não, ampliado ou não, a mim me parece que:

  1. temos acesso ao "código fonte" e a partir dali o hacker cria seu fork, algo ocorre e uma nova versão surge;
  2. se não temos acesso ao código fonte, o que me parece o caso por se tratar apenas de um conceito e nenhum de nós aqui tem o root da Matrix, julgamos por algo que achamos que é. Aí, surge a dualidade, a classificação e o fanatismo metarecicleiro, com ar libertador, renovador e inspirador abre suas asas, através da inovação necessária. A rede morre exatamente aí e em torno do conceito uma organização surge, independente de CNPJ, hierarquias formais ou salário de fim de mês. E o movimento que se diz renovador, mais uma vez é abduzido na circularidade das próprias armadilhas, perde a capacidade de diálogo, de rede mutante... até o próximo surgir.

e assim seguimos, olhando para algo que parece ser o outro, sendo que apenas vemos nossa projeção do que achamos que é o outro em puro movimento...

abs,"

 

rbailux

"Fenomenologia da percepção.abs holograficos do bando"

 

dasilvaorg

"Impressionante como texto pode emocionar.


Aí, surge a dualidade, a classificação e o fanatismo metarecicleiro, com ar libertador, renovador e inspirador abre suas asas, através da inovação necessária. A rede morre exatamente aí e em torno do conceito uma organização surge

Dá medo. Parece um mecanismo automático sem fim.

 


e assim seguimos, olhando para algo que parece ser o outro, sendo que apenas vemos nossa projeção do que achamos que é o outro em puro movimento...

Se só olhássemos..."

 

dalton martins

" Exato.
 Mas, num me parece que seja sem fim.
 Acho, por exemplo, que espaços de reflexão como esse aqui realmente tem o potencial de levar para um outro lugar e ir dissolvendo esse ciclos em espirais da vida afora. É assim a metareciclagem que vejo hoje, e acho que nunca a parte meta do nome me fez tanto sentido quanto agora.

 Outro dia, tava ouvindo de um desses manos que respeito deveras de várias estradas me contando que, na visão dele, o MetaReciclagem era algo incrível. Uma das poucas listas, grupos ou sei lá o que, que ele viu sobreviver tantos anos com o vigor de atividade ao longo do tempo. Aí, me disse que parou para refletir nisso, pois ele queria perceber qual ou quais elementos convergiam para isso. A sacada que ele teve foi: ninguém nunca conseguiu definir metareciclagem, sempre que tentam, alguém vem, diz outra coisa e aquilo tudo gira de novo numa sensação curiosa de incompreensão, afastando alguns, aproximando outros... Uma dança, um ritmo de vai e vem, mas uma sensação de algo interessante ainda continua habitando esse espaço.

 Parei para pensar no que ele me disse. Pode ser que seja isso, pode ser não. Não faz tanta diferença assim, mas ainda acho bonito ver um conceito que num é conceito e que se dobra por dentro de si mesmo o tempo todo. Talvez seja isso o fundamento das redes livres... ou não.

- Mostrar texto das mensagens anteriores -"
 
lelex
 
"a pessoa humana só será livre  qdo for dona dos seus próprios códigos,..."
 
 
glauco paiva
 
"Acho que o lance é fazer e documentar que os acadêmicos se viram pra escrever e falar sobre o que está acontecendo.
Acredito que esta é uma boa relação com esse povo, a gente faz e eles estudam e devolvem esse produto pra quem quer fazer mais e melhor."
 
 
tati prado

 

"-No livro de Pelé as coisas vão acontecendo, e depois acontecendo, e depois acontecendo. É diferente do seu, porque você fica só inventando. O seu é mais difícil de fazer mas o dele é melhor".

 
Clarice Lispector - "Crítica Leve"


vai saber se vale a pena confiar na clarice...

só sei que eu(s), elx(s), outrx(s), tudo junto sempre vai dar "nós"... qual seja o lugar em que a gente esteja..."

 

morgana gomes

"Merleau-Ponty
filosofia poética"

 

hdhd

"mBraz

o problema são as instituições... academia, igreja, governo... tudo onde o poder constitui a hierarquia.

os academicos são pessoas... foram os academicos q criaram a ética hacker (não a instituição), alias desde platão o q importa eh disseminar conhecimento... a instituição enjaula e tá ai para ser hackeada

e vc acha q entre os indios não há hierarquia? ;)"

 

glauco paiva

"Qual é o problema com os caras que estão estudando enclausurados? De uma forma ou de outra acabamos nos referenciando nos caras...
Num dá pra não pensar na utilidade da academia nem nas formas como podemos usar esse conhecimento e torna-lo livre, acho que é o papel de quem se diz libertário.
É só ter um pouco de boa vontade e olhar em volta pra perceber que todo o discurso que ataca a academia está se baseando nela mesmo, usando as mesmas fontes, isso eu não entendo bem."

 

fabi borges

"ai que coisa,"

 

lelex

"todo cemitério tem seu valor.. sambaquis... tumulo do conhecimento... o que não significa morto... apenas sepultado.. tem que desenterrar!"

 

mbraz

"

mbraz

 para eiabel.lelex, metareciclagem
mostrar detalhes 18 mai (2 dias atrás)
 

'Extraído de: Política Livre  -  25 de Abril de 2010

A índia Arnã Pataxó, 30 anos, cujo nome na "língua do branco" é
Mariceia Meirelles Guedes, ganhou o Prêmio Mulher de Negócios 2009 -na
categoria Negócios Coletivos -, concedido pelo Serviço Brasileiro de
Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-BA).

Ela é da comunidade indígena de Aldeia Velha, umas das mais antigas do
extremo sul, onde se encontram sambaquis (depósitos constituídos por
materiais orgânicos e calcáreos) que seriam de 2.400 anos atrás. A
aldeia fica em Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro (a 709 km de
Salvador). Arnã é uma das 40 integrantes da Associação de Etnoturismo
Pataxó da Aldeia Velha.

"Nasci e cresci vendo e ajudando meus pais na venda e produção do
artesanato. Tenho orgulho do que faço", comentou ela. Arnã diz que
falta apoio por parte do poder público e de empresas privadas. (A
Tarde)'


http://www.jusbrasil.com.br/politica/4738847/trabalho-de-india-pataxo-e-premiado-em-porto-seguro"

 

respondendo ao hdhd

"sim.


chamo 'hierarquia' a Roda do Tempo. Um dia voce esta' acima, no outro embaixo.

Amanha, ritual pataxo' no meio da mata fechada. Perguntarei
diretamente: - Entre voces, ha' hierarquia?;)"

 

lelex

"tá mbraz, mas toda tribo tem cacique, tem paje, tem tuxaua, enfim, cada um com seu conhecimento a ser partiulhado, o que determina certa hierarquia, sim.

 

ou não?"

 

fabi borges

"ahuuuuu, to vendo que esquentou a discussão,
certxs tecnoxamãs na área...
uma hierarquia é necessária, toda tribo tem xamã, diz um
o outro diz: o franciscanimo sucumbiu ao catolicismo,
a hierarquia prevaleceu, o que seria dos mitos sem seus inventores,
inventar sociedade é inventar e invenenar mundo
o outro redargui: todo mito pressupoem hierarquia, toda mitologia é patriarca,
os fatrios sucumbiram a hierarquia, não há escuta para a não representação
essa escuta deve ser inventada
o outro sonda: que fazer com essa vontade de ser representado, de aparecer na foto do satélite
não seria mais resistente sendo menos indivíduos e mais ponto de conexão?
o outro diz das tragédias, se a coisa explode, não tem líder?
o terceiro diz, vcs sabem que falar já é representar, então por linguagem entendemos nós, os sapiens-comunicants
_se todo mundo emite como se escuta?
vc quer modulação, diz o quarto?
e quem modera a modulação?
garota de programa,
daí tem o cafetão, o líder da parada"

 

lelex

"sem esquecer dos cartões de credito, hehehehe"

 

fabi borges

"e as credenciais...

porque não acaba no programa
o programa é a combinação
o chefe no embate ali, se impôe
como alguém que tem afinidade com o futuro
a representaçao sempre inclui futuro,
o olhar para a coisa que não existe,
a fé é a vontade de comunidade,
enquanto a crença é comum
a crença é um valor frequentemente dominada por imagens
sem imagens ainda há crença?
tem que ouvir com o suvaco diz a outra
e o suvaco e o mendigo não dizem nada, não disseram
esse é o silêncio buscado?
uma efervescencia antes do domínio,
primeiro a orgia, depois a família,
, não, mas o chipanzé é lider
ah, voltamos ao passado para equilibrar mundo
e segue"

 

sergio teixeira

"Orlando, desculpa o descontexto. "Forma de rede" estava na minha imaginação porque quero brincar de representação visual de redes usando algoritmos force-based, e depois fazer cellular automata tridimensional. Parece só brincadeira estética mas, acho que tem mais depois. Se alguém quiser se juntar ..."

 

efeefe

"oi sergio,

não entendi "algoritmos force-based" e "cellular automata tridimensional".

xemeliza isso aí pra gente!

(e piada interna agora entre outrxs: alguma lembrança de 2002?)"

 

dasilvaorg

"não "tava" em dois mil e dois mais conheço uma versão dessa estória. hehe :)

É, Sérgio, aproveitando a auxílio luxuoso do pandeiro do Felipe, xemeliza aí!!!

:)"

 

sergio teixeira

 

"Para ajudar a justificar esse assunto aqui, é porque eu queria representar graficamente o jogo de poder entre os oreia e língua, seca e moiada e quem sabe testar formas tridimensionais que se alterariam conforme a perturbação introduzida no meio. É um brinquedo que acho que trará insights.

Algoritmos force-based:

Imagina que você quer desenhar uma representação de rede em 3D: alguns nós (bolinhas) conectados a outros (linhas). Na forma mais direta, isso só vai dizer quem tá ligado a quem. Agora imagina que você quer que essa forma represente uma situação em que algum atributo comum às bolinhas causa repulsão mas cada bolinha relute em ser repelida por causa de alguma conveniência. Para cada bolinha, o potencial de repulsão e o senso de conveniência (que tende à aproximação) podem ser diferentes. O desenho espacial agora teria um critério definido. Imagina então se esses atributos de cada bolinha fossem dinâmicos, variassem no tempo. E se fossem, compostos? E se pudéssemos inferir sobre diferenciais (tá bom, aí já é uma viajem mais longa na maionese)

set up initial node velocities to (0,0)

 set up initial node positions randomly // make sure no 2 nodes are in exactly the same position

 loop

     total_kinetic_energy := 0 // running sum of total kinetic energy over all particles

     for each node

         net-force := (0, 0) // running sum of total force on this particular node

        

         for each other node

             net-force := net-force + Coulomb_repulsion( this_node, other_node )

         next node

        

         for each spring connected to this node

             net-force := net-force + Hooke_attraction( this_node, spring )

         next spring

        

         // without damping, it moves forever

         this_node.velocity := (this_node.velocity + timestep * net-force) * damping

         this_node.position := this_node.position + timestep * this_node.velocity

         total_kinetic_energy := total_kinetic_energy + this_node.mass * (this_node.velocity)^2

     next node

 until total_kinetic_energy is less than some small number  // the simulation has stopped moving

Cellular automata:

Imagina agora que cada bolinha pode reproduzir-se, morrer (sumir), crescer, mudar de cor, variar de estado, etc, dependendo do comportamento de sua vizinhança imediata. É um processo recorrente em que a cada mudança de estado de uma bolinha, muda também sua vizinhança, e assim por diante. Com o tempo, o desenho pode entrar em loop (fica se repetindo numa sequência determinada), pode sumir tudo (acaba o mundo), estourar (se estiver em um espaço confinado), sei lá o que mais...

Tem um japonês que estudou cristais de água congelada. Se essa água foi abençoada antes do congelamento, a forma de cristalização era bonita; se eram submetidos a maus pensamentos, os cristais eram feios...

Será que dá correlação? Sei lá, quero saber é o que advém dos tipos de perturbações internas.

abraços"

 

tati prado

 

"sei lá como junta essa parte que eu gostei:
Parece só brincadeira estética mas, acho que tem mais depois. Se alguém quiser se juntar ...

com aquilo outro logo ali embaixo, com mais isso:

http://tinyurl.com/3a8t4d5
http://tinyurl.com/37vagy4

coreologia... laban... são nomes e umas ideias do mundo da dança...

movimento!

trajetórias rumo às perturbações público-coletivas agora..."

 

pro.thiago

"que suruba epistemológica.
como caminhamos bastante e os como os recortes excluem alguns contextos, vou tentar responder tod@s nessa mensagem única:

o importante galera é não entendermos a conversa de maneira polarizada ou acusativa, esse debate sobre "academia" nos moldes atuais e outras tecnologias de produção de conhecimento é antigo. é claro, que todos os espaços são plurais, porém marcados sempre por tendências hegemônicas.

Conhecimento advém da(s) experiência(s).O palco das experiências é a vida. Nós pesquisadores, acadêmicos ou não, temos que perder a vergonha de falar de valores.
Transmitir informação é diferente de produzir conhecimento. O desdobramento natural do conhecimento é a interação deste com o cotidiano e a comunidade, nisso a "academia", em geral, pena um tanto.

A "academia" simula esse processo com experiências restritas em espaços isolados. Às vezes faz bem, em outras nem tanto. Porém há outros espaços independentes capazes de produzir conhecimentos, muito embora este fato não seja reconhecido pela maioria dos acadêmicos. É claro que ambos os espaços podem e devem conviver, porém, é interessante que comuniquem, troquem, que haja reciprocidade... Código aberto, não? Aí está a ideia de rede e simbiose, a consciência da condição sistêmica, já percebida há milênios pelas culturas ancestrais e hoje apropriada pelo discurso acadêmico.

As hierarquias... há diversas formas delas, algumas impostas e outorgadas, outras mais autênticas segundo cada contexto. A autoridade autêntica - condição de ser co-autor do outro - depende do reconhecimento de uma comunidade, como é comum na cultura raquer, na capoeira, na aldeias indigenas e não de títulos oficiais.

Quanto se restringe um trabalho de pesquisa a um compêndio de citações de outros trabalhos empobrecemos a prática científica, seja acadêmica ou não. Produzir e criar conhecimentos pressupõe o contato com informações legadas pela cultura - fazemos isso a todo momento, como já dito -, mas não apenas sua mera reprodução. 

abraços experimentais, coexistente e convergentes,"

 

vitorio amaro

"Era uma vez...
Flamingos dançantes do lago ... /;..in;,formaçãozzzz\\\\
correm correm correm
procurando
Flamejantes do Sol
/// cantam
correm,.;, correm
//faiscantes
Concepção de ideias e de práticas
e os dogmas em que estou?
meus pés na lama
e agora o que faço?
pra onde corro oq abraço/;.?
pra onde corro?
corre corre corre dança a dança
flamejante
/e a verdade/;? que manda e com
eu obedeço então tão tao anda? oq faço/;?
comandanda comanda como anda?
Quem manda no q faço/;]?
;.,/Loucas vcs são loucas]
meus pés na lama;.;.o que eu faço/?:
e minhas asas?
meus peś na lama e como eu saio/;.?
entro na dança e quem comanda;.?
iiiiiiiiiierarkias hahaha
como eu me faço
hauahuahua
corre corre corre pra todos os lados
e minhas asas;//.?:
quando as bato/;;?
meus pés na lama
oq eu faço/;.?
eu obedeço então tão taooo
nunca desfaço
/vento frio de outono/ #Outono
e minhas asas/?
a prática eu penso e falo huauhahua
Liberdade/;;;;?????
como as faço/;]?
//pés de lama
bico seco eu falo!!!
ME contorço
E quando eu faço/:?"

Conteúdo sindicalizado