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dom, 10/01/2010 - 00:00

Olhando pra trás

Este título pode parecer bem estranho pruma conectaz que acabou de começar. Vai analisar o único post de blog publicado? Tudo bem que ele é longo, mas... vamos olhar melhor pra onde? Antes que alguém pense que isso aqui são receitas para o ano novo, daquelas em que se analisa o que já foi na tentativa de melhorar o futuro, prometo tentar me concentrar e dizer o que é preciso, além de aliviar a minha culpa pelo sumiço.

Pois... entre o último (e, coincidentemente, primeiro) post e este, muitas coisas aconteceram. Umas boas e outras, não. Pra resumir, tivemos o Encontrão em Arraial e a despedida esparsa do Dpadua. Ambas com grande impacto no ritmo de “ois” que eu gostaria de ter dado por aqui. Mas enfim... explicações dadas, sigamos em frente.

Os “ois” têm essa função meio musical: garantir um certo ritmo e dar volume ao que se faz nos tempos de pseudo silêncio. O que ocorre, na verdade, são muitos cochichos apressados e conversas paralelas que marcam a pulsação da rede. Essa última frase já não é mais desculpa ou justificativa pela ausência de coisas nesse site. Quero apenas evidenciar um fato bem comum à MetaReciclagem: muito do que se faz não é dito em alto e bom som, visto à distância ou tornado visível a olho nu. Tem hora que a gente se confunde, não tem mais certeza se pensar também é fazer, se falar é fazer ou se perde no que é importante, prioritário, suficiente, urgente, necessário, imprescindível, fundamental, inútil, desnecessário, sensacional, medíocre, genial, ordinário, legal... No meio disso tudo perdemos de vista a paisagem próxima e começamos a ver o que tá distante. Continuamos a viagem com a impressão de ter esquecido qual o destino, sem nos preocuparmos como é a estrada. Às vezes miramos tão longe que nos achamos capazes de observar o universo sem o auxílio de telescópio, microscópio ou coisa parecida. E dá-lhe supernova... Ganhamos algo diferente às vezes, pelo menos isso, uma imagem bonita, que seja!

Nada contra viajar com liberdade e sem hora marcada... Curto muito, por sinal. Mas o espaço, se não é infinito, é quase... E o tempo, imprevisível e imensurável... acho. Só que em alguns momentos eu concordo com o Win Wenders: preciso de óculos porque sem essa moldura o mundo fica grande demais pra mim. Aboli as aspas porque isto foi dito no filme Janela da Alma, que eu vi há uma década (literalmente) e já não lembro mais suas palavras exatas.

Calma, escrevo muito, mas não pretendo falar sobre a última década inteira. Só lembrei do depoimento porque o tinha citado num e-mail pro Efe logo que cheguei na MetaReciclagem e queria saber como ajudar. Ele me disse que era preciso fazer muitas coisas e eu falei que curtia o lance de fazer projetos. Daí a conversa foi e não parou mais. O que eu tô dizendo é que a MetaRecursos começou mais ou menos por aí, contradizendo o que eu disse no post anterior. Mas a MetaReciclagem é assim... meio contraditória, meio ambígua, meio difusa, meio dispersa, meio isso, meio aquilo e meio aquilo outro também, mas meio aquilo-aquilo outro lá, hmmmm... nem tanto... ou talvez... pode ser...

Nesse campo das indefinições e potencialidades, a MetaRecursos tem um pouco a premissa da fotografia: escolher um enquadramento e fazer a foto. Num impulso, na intuição ou com a consciência analítica. Construir projeto tem muito a ver com tudo isso. Com olhar bem. Com decidir o que se quer mostrar. Com revelar. Com ampliar. Com zoom in. Com panorâmica. Com olho de peixe. Com fisgar instantes e ver de novo depois. Com foco e nitidez. Mas também com brilho e cor. Com técnica. Mas também com sutileza e sensibilidade. Fotografia não é a realidade ou sua reprodução. Ninguém sabe o que é isso ou como fazê-lo. Fotografia é arte já faz tempo. Fotografia é manipulação desde sempre.

E olhando o álbum de 2009, tenho ótimas lembranças dos projetos dos quais participei. São assim porque nenhuma experiência foi igual a outra. Embora boa parte dos textos tenha começado e terminado num copiar-colar dos mesmos trechos, o fato das pessoas envolvidas terem mudado faz toda a diferença.

Sendo mais explícita, começamos bem porque o Mídia Livre virou prêmio. Depois, poderia ter descansado da Rede porque Efe tinha me pedido pra botar o site como prioridade e faltava grana. Já tínhamos passado a primeira fase do jogo. Poderia ir lá pra fora e largar o videogame, como pediria minha mãe em alguma tarde de sol na minha infância: vai brincar lá embaixo, sai um pouco desse apartamento! O lance é que ele me pediu outra coisa (nesta mesma thread do Win Wenders, em setembro de 2008): rearticular os encontros presenciais. A princípio seria em SP, mas como ele já tinha me dito antes que havia um esporo em Arraial d´Ajuda, resolvi registrar a primeira informação, até porque a galera se empolgou com tal possibilidade nas entrelinhas da Campus Party. Os apressadinhos não pensem que foi pela praia, porque eu não sou desse time do calor e areia, ao contrário, só tenho a necessidade da concretude e queria ver tudo bem de perto, com meus próprios olhos.

E lá fui eu, na companhia do Regis, da Carmem, da Goa, do Ruiz, do Orlando e do Efe, pro edital de pequenos eventos que o Minc lançou. O dinheiro não veio, mas o que ganhamos foi muito mais importante que isso: o estreitamento do convívio, das parcerias e a mobilização de muita energia pro encontrão rolar. Energia boa, diga-se de passagem, que contribuiu enormemente pra tudo acontecer. Totalmente diferente do planejado ou previsto. Mas quem se importa? Como disse na época, lá no universo das conversas paralelas: fazer projeto é um jeito de sonhar por meio de gráficos e tabelas. Não sei porque as pessoas dão tanta atenção à forma em vez de se preocupar com a essência... enfim... falo mais sobre isso noutro post...

Uma tentativa simultâneo-paralela foi resolver o transporte pro Encontrão e nesta seção do álbum entra a foto do edital de intercâmbio e difusão cultural do Minc. Aliás, essa página tem bastante imagem com certo exagero de um iniciante em scrapbook. O papo começou na lista, em alto e bom som, com gritos até. O aprendizado foi intenso e frutífero, apesar dessa metodologia ter me cansado, irritado e me feito perder a paciência diversas vezes. E desse jeito, com o grupão inteiro falando, quase sempre sem ouvir quem tá logo ali, as coisas demoram mais. Demoram tanto que a gente teria perdido a inscrição se não fosse a prorrogação (presença marcante e fundamental em todas as páginas deste álbum, é bom dizer!). Nada contra a música dodecafônica, mas harmonia faz falta em alguns momentos. E, pra mim, tava fazendo muita a essa altura do concerto. Daí eu resolvi deixar o barulho rolando, botei um fone de ouvido pra poder escutar a mim mesma, já que minha intuição tava destoando imensamente daquela sinfonia contemporânea. Ainda bem, porque mudar a estratégia colocou a gente no diário oficial de novo. Só que desta vez, mesmo com pontos suficientes (o máximo que poderíamos ter, dadas as condições pra lá de adversas), não houve recursos financeiros equivalentes no MinC e a lista de espera foi nosso lugar. Pensando bem agora, nem sei se adiantaria contar com isso pra viajar porque até hoje não saiu a verba do Mídia Livre. A gente queria se encontrar e pronto, mesmo com pouca bufunfa (tínhamos acumulado outras coisas, lembram?). Aqui vale um destaque: não dá pra esquecer aquela história lá do outro post... aquela... “recursos” não é o mesmo que “dinheiro”. Vamos fazer um pacto pra lembrar disso sempre?

Como a internet tem esse lance de desfazer as fronteiras de tempo e espaço, a gente não parou. Na Idade Média tinham os feudos e na Idade Mídia, comunidades e segmentos de público. Tudo a mesma birosca ou quase, se não fossem os muros e castelos se modificarem. E a Rede não pára. Mistura passado com presente e futuro sem comprometer a estilística. Antes de irmos pra Bahia em setembro, teve a Funarte em agosto. Pra variar, a minha vida (sim, eu saio do apartamento!) tava bem movimentada na véspera da entrega. Pego o celular pra avisar (falando, galera, como antigamente, em que telefone servia pra isso e mais nada) que a gente tá no caminho errado e o texto tá ruim. Saio de uma exposição sobre mitos (nossa senhora do balé moderno não colaborava com a minha concentração porque o assunto pra Funarte era o Mutirão da Gambiarra na perspectiva da “Metamitogênese” e a minha cabeça não ficava num lugar, nem no outro, só mexendo sem parar como a bolinha do olho). Vou passar uma tarde com o Uakti (de novo outra tentativa frustrada de esquecer a MetaReciclagem nessa vida contemporânea e múltipla, em que uma coisa vai se concetando a outra, mesmo quando você não quer. Os caras contando cada detalhe sobre a construção dos instrumentos que inventaram, como eu poderia não pensar na metarec?). Toca pegar o celular de novo pra reafirmar: a gente tá no caminho errado, ouviu?. E você aí fora, tá entendendo porque é difícil documentar esses processos? Acha que deveria ter gravado as conversas? Claro que não... Tenho mais o que fazer!

Por enquanto, a MetaRecursos tem conseguido participar de alguns editais (fazendo os textos desse jeito: meio sozinho, meio com o outro, em duplas, trios ou pequenos grupos) e publicar a versão final aqui no site. Ainda tenho dúvidas o que significa e como documentar estas experiências, mas vamos encontrar algum jeito... talvez... ou não... Com a Funarte veio junto a oportunidade de trabalhar também com a Maira, que havia conhecido pessoalmente antes de ouvi-la na lista, mas nunca tínhamos conseguido estar mais perto (apesar de termos ensaiado conversas e descoberto desejos em comum meses antes). Felizmente a gente melhorou o caminho do projeto, mas sem conseguir encontrar o tal ponto Y (se existe o G, deve haver outros, pra várias coisas, porque o alfabeto é grande, né?). Não achei que era o caso de desistir da inscrição, ainda que soubesse que não iríamos ganhar. O que importa é procurar, recombinar as letras e explorar as áreas, danem-se os pontos. Isso é truque pra vender revistas.

Sem problemas pra mim essa história de inscrever projeto em edital pra não ser selecionado. E não tem a ver com frases feitas, do tipo: “O importante é competir”. Não, não. Essa afirmação é bem politicamente incorreta nesse universo em que compartilhar é a tônica, desculpem. Também não vou substitui-la por outra frase feita: “Colaborar é melhor que competir”. Vai perguntar pras crianças se elas curtem os tais Jogos Cooperativos? Sei lá se foi algum educador bem intencionado e sem noção ou um gênio anônimo do RH que inventou essas dinâmicas de grupo que foram parar na escola (já não aguentava mais encher bexiga e abraçar quem eu nunca vi). Pensando bem, criação anônima é coisa muito mais antiga que o RH, da Idade Média. Como na Idade Mídia, às vezes: se ninguém sabe quem escreveu o texto diz aí que foi o Luís Fernando Veríssimo porque agora tem os tais direitos autorais e as licenças [quase] livres. Pode ter sido o Mário Prata e o Arnaldo Jabor também, só pra variar. Ah, se foi power point veio do Chico Xavier ou psicografias equivalentes acompanhadas de muitas paisagens e da Enya. Atenção: Gentem, os celtas curtiam a natureza e as músicas eram singelas, mas tinha todo um lance com divino! Criação anônima em prol do divino era coisa da Idade Média, mas antes Deus tinha dito: “Vinde a mim as criancinhas” e dizem que “A voz do povo é a voz de Deus”. Desculpem de novo. Mas esse lance de frases feitas é quase um vício. A gente começa e não pára, percebem? Mesmo que não tenha nada a ver com nada. Então... quer fazer projeto? Larga desse vício! Esquece tudo que é lugar comum, pelo menos por enquanto. O Veríssimo é legal, mas não é bem esse aí que circula. Presta mais atenção e procura direito. Quer uma dica? Anotaí: tenta escrever um só parágrafo sem usar a palavra cidadania. Conseguiu? Não? Tenta de novo. Vai pro outro parágrafo e vê se combina com o anterior. Isso é super importante, não precisa estar na moda, mas tem que ter estilo. Voltando: e os dois parágrafos, deram certo? Tenta mais um pouco. Difícil? É, meu filho... “a rapadura é doce, mas não é mole não”... Ops, foi mal! Vamos mudar de assunto pra evitar a verborragia das frases feitas. Outra hora falo mais disso e do que eu andei lendo nos 450 projetos do último ano...

Aliás, outra hora falo mais porque esse post está na sua terceira página, se ele fosse impresso. Achou longo? Então... ele seria bem curto, quase nada prum projeto. Sacou? Fazer projeto tem dessas... escrever. E ler. Lembram daquelas coisas antigas chamadas de livro? Pois é, fazem bem, muito bem. Em muitos sentidos. Outra hora falamos mais disso... Por enquanto, vai só se acostumando a usar a barra de rolagem aí do lado, que já estamos quase no fim. Projeto tem dessa coisas. Tem que escrever e falar bastante, mas não com tantos detalhes porque não é diário, não é o seu diário. Tipo esse post: preciso resumir um ano de trabalho e não sei quantas mil mensagens em poucas laudas. Em texto de projeto também não pode falar pouco porque nem sempre há disponibilidade do outro para admirar a sua genialidade e confiar no que não se vê: uma parte na sua cabeça e outra no mundo. Assim não vale. Todo mundo é assim: tem ótimas ideias e está no mesmo mundo, ainda que nem sempre pareça. Não se ache especial e pressuponha que o outro vai concordar. Mostre que você é especial. Entendeu a diferença? Não? Outros posts virão. Devo terminar este e o álbum não acabou, só um minuto.

Teve também o Knight. Veio a mesma onda de inscrever já sabendo que o prêmio não era nosso. Mas valeria a pena. Outro grupo de novo: além da Maira e do Efe, tinha a Fêscur e o Duende. Poucas conversas, mas bacanas. Correria no final, com Efe resolvendo a parada, afinal estávamos todos parados há tempos. Tudo bem... Nem era tanto tempo assim, mas é aquela história da vida offline passar em minutos e não em bytes. Boralá, tentar movimentar a lista e fazer alguma coisa pra ajudar mais. Pasmaceira total, mas dá pra entender, já era quase Natal e a galera deveria estar ocupada com as compras. Ou será que não? Sei lá, essa lista é tão enfática no discurso anti-consumo... Vai saber... Mas não tenho nada com isso, cada um que cuide da sua vida!

O Knight serviu também pra aperfeiçoar a percepção dos equívocos sobre o Mutirão. Não que o Mutirão seja um erro, não é nada disso. O projeto é que ainda precisa de ajustes. E editais também servem pra isso: pensar melhor no que se quer e como fazer. Ajudam a construir. É processo. Não tem jeito. Não há cronograma que se sobreponha ao tempo de maturação das coisas. Os prazos às vezes ajudam a criar os intervalos entre os pensamentos e elucubrações. Só isso, mas fazem bem. Não devem ser entendidos como imposições do sistema (do cartesianismo, do capitalismo, da lógica de produção industrial que consome nosso precioso tempo, da quantificação que compromete a liberdade de criação, sei lá... para de reclamar!) . Colocá-los na perspectiva da “pressão que faz bem” ou do impulso que move, vai ser melhor pra todo mundo. Pode soar meio jogo do contente, lembrar a história do copo meio cheio em vez de meio vazio... Nada de glamour ou sofisticação nesse argumento, eu sei. Frase feita e lugar comum, se evitam. Sabedoria popular é o que mantém a cultura. A sacada é diferenciar uma coisa da outra. Resumindo: vamos poupar o radicalismo e os preconceitos, por favor. Cronogramas, prazos e processos orgânicos podem conviver no mesmo mundo e bem, vai por mim... Acredita em mim, pelo menos, se você quiser ir do seu jeito. E deve ir, aliás.

Por hoje chega, né? Até porque eu realmente preciso parar, andei abusando das madrugadas... O ano acabou, fechemos o álbum. Sim, eu tava falando de foto das antigas. Daquelas em papel. Percebo agora que a nostalgia reinou nesse post. O ano que passou, um texto impresso em potencial, o livro de papel, telefones pra falar, fotos pra ver e deixar a marca das digitais embaçando a imagem... Mas é que não ia dar certo deixar as fotos jogadas numa gaveta, sabe? Tudo bem que eu pulei várias. Tem sempre aquelas paisagens que te encantam na trilha, você fica deslumbrado com a natureza, seja a imensidão de uma pedra ou a delicadeza de uma planta. Aí você revela a foto e quando vê o álbum, tudo parece meio igual: mato e montanha. Passemos rápido por essas fotos que deve ter outra mais legal daqui a pouco. Então... tivemos um lance assim também com os editais, uns que a gente lê, vê o regulamento e até a começa, mas depois percebe que não é o caso. Ou também: alguém abre uma thread com um link novo, com várias pessoas copiadas, um comenta e ninguém responde. Aí já dá pra saber que não rolou e não vai rolar. Mas tudo bem, a MetaReciclagem não é ONG, né? Não basta apenas abrir mão dos documentos e da pessoa jurídica. Tem que agir de outro jeito, mesmo porque escolha é pra quem tem atitude! Então, se não é ONG, não tem lá o captador de recursos que passa o tempo inteiro escrevendo projeto (ou imprimindo o mesmo mil vezes) pra arrumar grana. Nada contra, muita gente bacana faz isso e é feliz. Sou a favor da felicidade. Da minha e dos outros.

Ainda não sei como será o álbum de 2010. Mas estou pensando no que disse o Arthur Omar, um artista cujas fotos ora gosto, ora desgosto: um clique só, não tem essa de fazer várias fotos e ver qual é a melhor, tira uma só. Depois que eu li isso não sei onde, comecei a olhar pra obra dele com outros olhos... Interessante essa perspectiva. Meu pai já foi fotógrafo e sempre disse que é preciso fazer mais de uma foto pra escolher a boa. Desde sempre eu ouvi isso, desde quando eu era pequenininha e brincava no estúdio (onde a gente também morava, será? tenho que perguntar pra ele porque não lembro da minha casa aos 2 anos, só tenho a memória das imagens. Fotos também servem pra isso: constroem a memória). Anos depois fazia mini-maquetes com o estoque de papel fotográfico vencido: elas começavam meio amareladas e iam ficando cinzas porque o papel continuava a ser velado. Achava legal aquilo ir mudando de cor. Cresci acreditando que o lance era fazer várias fotos e que até o que tá meio velho pode virar algo novo. E agora, então, com a câmera digital, todo mundo faz fotos (ruins) aos montes. Mas nesse entremeio veio o Arthur Omar pra desconstruir essa ideia. Estranho, né? Esse papel que os desconhecidos exercem em nossas vidas... Fazer a gente parar pra pensar no que já sabíamos há tanto tempo... Projeto tem um pouco a ver com isso: falar do que se faz, mas sempre de outro jeito, pensar no que já se faz(ia) ou sab(ia) pra reinventar. Um desconhecido ou conhecido mais distante sempre pode ajudar nessas horas. Mas se até o papel vencido continua mudando de cor... vale a pena pensar nessa constância da inconstância. Vale a pena correr o risco da surpresa e da descoberta. Vale a pena o risco, de modo geral.

Vamos ver o que é que muda e se descobre a partir de hoje e agora: 10/01/10. O que mais se faz com 0 e 1 Quem se arrisca a adivinhar? O Mutirão? A lista? O site, enfim? A Rede? O mundo? O jeito de olhar pros recursos? Os projetos? As ideias? Os sistemas? As teorias? As práticas? As fotos? As pessoas? A nossa vida?

Sei lá... temos que esperar pra ver e olhar bem enquanto esperamos...

Enquanto isso, vamos continuar com os pormenores cotidianos. O Cultura e Pensamento é um edital cujo prazo termina daqui a uma semana. Outro álbum podia ser umas, mas ainda não sei... deixa eu ir lá... Vai que nesse ano, muda justamente a história da prorrogação? Tamo na roça...

 

 

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