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sab, 18/06/2011 - 14:13

Yupana Kernel #Wiqua: Diz aí Wander Selva

Na lista metareciclagem: http://thread.gmane.org/gmane.politics.organizations.metareciclagem/44821 metareciclagem

 

Fiquei curioso pra saber os porquês das escolhas em torno dessa mitologia Inca!
 
E se outro calendário renascido das cinzas gerar os mesmos problemas: inserirmos a natura em algum processo histórico até cozir cultura novamente sufocando natura? De onde emitir um mantra sobre a subjetividade da coletividade?

yupana é também o nome de um ábaco inca, que segundo o último hoax utilizava sistemas de numeração binários e de outras bases diferentes da decimal, como o numero 144, cuja a raiz quadrada é 12. Quantas tautologias precisamos?

yupana é também nome de um supercomputador selvagem que só existe como método númerico, como alfabeto, mas não como industria. Turing quer ser psicografado pra reencarnar como traço solto num garrancho iletrado.

O manifesto antropofágico vacilou quando dizia "Tupi or not Tupi" pois esquecia-se do Tapuia, do Quechua, do Inuit, do Celta, do Visigodo, do Marciano, do Pária e sobretudo de que Nheengatu era uma construção de escribas... Não basta devorar o estrangeiro, é preciso ser devorado pelo nativo da fronteira perdida que está prestes a redescobrir sozinho o fogo, a escrita, a roda, os espelhos. É preciso perder-se para sempre.

Estaremos mais além dos tropicalistas, qualquer-coisa-modernistas, ufanistas messiânicos, positivistas, alternâncias de poder e suas negociações. Não queremos redenção, queremos O Banquete completo.
O grito da década milagrosa já foi dado pra além dos dados e seus administradores de sistemas, não queremos mapas, nem equadores nem meridianos, queremos ainda mais que os oceanos da lua de Júpiter e navegar sem rumo reinventando cosmologias - virgens Tietês, Xingus, Tigres, Eufrates, Ganges... o nome que seja do mesmo fluxo, todos com água potável. 
Não interessa qual a bandeira, bandeirante, termo-parente a ser lido em MMXI ou XII XIII XIV IV... XX... seremos indigestos para os que nos devoram sem comungar-nos, estejam estes com coroas, capacetes ou cocares, chutaremos suas barrigas por dentro até nascermos de novo, sem nome, sem mapa, sem culpa, sem data, sem limites.

 
Ps. ahhh, e se alguém falasse um pouco mais desses códigos pros leigos geral tb não seria mal. Ou como a galera das antigas daqui inventou,  "xemelizar"!
 


O código utiliza algumas bibliotecas python e pythonismos para remixar links da wikipedia, e é só um primeiro experimento pra quem quiser brincar com algoritmos e computabilidade da vertigem (ou um último experimento para quem quiser exorcizá-los). Liturgia laica? Inutensílio.

acredito que tem mais gente por aqui que pode comentar este código idiossincrático e ajudar a pensá-lo como o cerne de alguma coisa nova pra nascer...

o que seria? O que viria?

>reboot

 

1658 leituras blog de o2
qua, 23/03/2011 - 21:23

Janxs - versão epub

Lançamos ontem a edição verão 2011 do MutSaz, inspirado por Janxs. Nas nossas publicações mais recentes, eu já estava flertando com formatos de ebook. Fiz algumas experiências convertendo com o calibre o HTML gerado pelo Lyx. Foram relatados problemas de encode, de quebra de capítulos e outros.

Para Janxs, resolvi retomar a pesquisa. Depois de ler dois livros lançados no formato epub (um padrão livre e aberto, com bons clientes em muitas plataformas), resolvi me concentrar nele. Cheguei até a elencar a busca de softwares para editar ebooks nas minhas prioridades para 2011.

Testei o módulo epub do drupal que poderia gerar ebooks automaticamente. O módulo é complexo demais, gerou um epub pesado e que não funcionava. Tentei debugar, mas acabei deixando de lado. Depois de pesquisar mais um pouco, encontrei o Sigil - um software que simples e objetivamente fazia exatamente o que eu precisava: formatar um epub de maneira clara e sem frescuras. E melhor: livre e multiplataforma.

Para editar Janxs, comecei usando o módulo book do drupal para montar os textos na ordem da publicação. Depois de tudo organizado e revisado, exportei o livro inteiro para HTML (é só acessar /book/export/html/NID, onde NID é o número do node do livro). Salvei o HTML, importei no Sigil e dividi os capítulos. Inseri os metadados e pronto, em pouco tempo o ebook estava pronto. Pelos testes que fiz aqui, está funcionando ok. Aceito ajuda de quem puder testar em outras plataformas além de Linux e Android. Baixem o epub aqui.

2253 leituras blog de felipefonseca
qua, 23/02/2011 - 02:55

Exercício#1

 Eu sei que o que vocês fizeram na primavera passada...

1675 leituras blog de tatirprado
qua, 23/02/2011 - 02:51

Ponte etérea: Santarém-Holanda

No piquenique no Parque do Ibirapuera, no encontrinho do Mutsaz Outono do ano passado, conheci a Ellen. Vindo da Holanda, já tinha dado uma boa volta por essas terras e conhecido a Casa Puraqué, no Pará.

A minha curiosidade e a vontade de ir a Santarém pra olhar com mais calma o que rola por lá já tinha sido despertada no ano retrasado, durante o Encontrão Metarecicleiro na Campus Party, com o breve olá do Gama. Na falta de uma oportunidade concreta de ver tudo bem de perto, aproveitei a experiência da Ellen pra reavivar o gostinho de mistério.

Conversas outras rolaram e nunca passaram perto daí, até que resolvi retomar o texto que ela havia publicado em inglês no mutsaz. Achei que traduzi-lo e juntar com algum depoimento ou imagem dos puraque@anos seria bacana. Faria uma pequena costura de lugares, vontades, universos e ações aparentemente desconectados. Um desses encontros bem desencontrados, tão comuns no universo metarecicleiro e sua multiplicidade de hyperlinks e nexos pouco evidentes.

Enquanto espero pelas vozes e olhares puraqueanos, fico com o da gentil visitante:

 

 

Geeks amazonenses e ativismo social em Santarém
 

Na metade da minha pesquisa sobre apropriação de tecnologia alternativa em Santarém, Pará, eu percebi que de fato algo mudou aqui. No decorrer dos últimos oito anos, redes de ativistas sociais se expandiram pela cidade. Conduzidos principalmente por um grupo de ativistas midiáticos, estas visam à apropriação de tecnologia alternativa e construção da cidadania por toda a região amazônica.

O catalisador por trás disso tudo é o Puraqué. O puraqué é um peixe que vive no rio Amazonas e causa um choque elétrico quando tocado. Eles adotam este nome uma vez que pretendem despertar as pessoas por meio de um choque de conhecimento
 

Seu principal objetivo é a transformação através da apropriação de tecnologia alternativa. Cerca de oito anos atrás, quando começaram seu projeto, foram os primeiros que trouxeram software livre para a cidade. Para eles, o aprofundamento e um meta-conhecimento da tecnologia possibilita aos novos usuários fazer algo concreto com a tecnologia.
 

Nós queremos contaminar pessoas com o “vírus da Cultura Digital” e com a filosofia do software livre, porque durante a revolução do conhecimento o computador se tornou a ferramenta básica que concentra todos os meios de produção multimídia. Além disso, o computador é uma ferramenta incrivelmente poderosa para o aprendizado, comunicação, troca de ideias e para compartilhar informações. As pessoas precisam entender que de outra maneira nossa sociedade nunca se desenvolverá do modo como queremos. O que nós devemos destacar aqui é que enquanto estivermos submetidos ao processo predatório (mineração, desmatamento, soja) traremos mais e mais miséria para nossa região.1


Eles estão cansados de ser explorados pelos recursos que a área contém e querem que o conhecimento se torne a principal característica da região. Conhecimento em tecnologia, mas também a filosofia do software livre numa sociedade capitalista e a consciência sobre os danos ambientais que o lixo eletrônico causa. Portanto, por meio da “contaminação” e educação dos outros, o conhecimento aumentará exponencialmente por toda a região.
 

Uma das coisas que eu descobri e que me interessa particularmente é como eles se mantêm sem qualquer renda significativa. Todos trabalham voluntariamente e dependem das doações de equipamentos usados feitas por empresas ou pelo governos para continuar seus projetos. O que significa que a falta de recursos dificultaria as atividades. Logo, eles oferecem (freqüentemente como voluntários) workshops e cursos e aplicam sua metodologia em escolas públicas com salas de informática (nem todas têm tais laboratórios) e nos Infocentros (centros computacionais implementados e financiados pelo Navegapará, um projeto do governo estadual do Pará). Deste modo, eles recorrem a projetos top-down que são sustentáveis (especialmente em escolas públicas, já que as eleições podem colocar em risco a existência destes projetos) e as hackeam para fazê-las adotar sua metodologia e ideologia, conseqüentemente passando-as aos seus alunos.

 

Isto explica porque os Infocentros de Santarém trabalham de forma diferente, por exemplo, da capital Belém. Os puraquean@s me asseguraram que eles já treinaram mais de três mil pessoas nos últimos oito anos. Nos dois últimos anos a equipe consistiu de aproximadamente cinquenta pessoas. Recentemente o grupo central do Puraqué encontrou trabalhos na área de TIC para todos eles, a maioria como monitores nos Infocentros. Obviamente estas pessoas têm um conhecimento aprofundado em tecnologia, uma vez que aprenderam princípios de programação usando software livre, tendo feito muita MetaReciclagem e passado por um intensivo processo de aprendizagem. Diferente do Belém, em Santarém os monitores ensinam aos usuários dos Infocentros os princípios básicos de tecnologia open source por meio de um curso básico de informática e um diálogo socio-político sobre tecnologia. Hoje, vários monitores dos Infocentros in Santarém estão planejando oferecer um curso de informática avançado também. Isto significa que quem quiser pode levar seu conhecimento além de usar Orkut e MSN.

 

Em vez de visitar os Infocentros para o uso livre dos computadores e Internet, é preferível ter um curso básico. Durante algumas aulas de informática básica para crianças e idosos, eu me dei conta de como é importante ter um pouco de conhecimento sobre como usar as TICs, como funcionam e em quê usá-las. Especialmente para aqueles que são tímidos, inseguros e têm medo da tecnologia. Isto é, são freqüentes os casos de mulheres mais velhas, pessoas que permanecem encarando suas telas sem fazer nada, já que muitas vezes costumam não tocar ou fazer qualquer coisa sem permissão. Elas temem fazer coisas erradas ou danificar o equipamento. Ou ainda elas têm medo de tecnologia em geral, pois não sabem como lidar com isso. Isto significa que, sem um curso, elas não entrariam num Infocentro ou cybercafé, porque, primeiro, elas não sabem como usar a tecnologia, e, segundo, elas não sabem em quê utilizá-la. Elas não têm ideia do que fazer com algo que parece tão natural para nós, como por exemplo o Google Talk. Elas me perguntaram quando mostrei como usá-lo: “Mas o que eu devo dizer?” ou “Devo ser formal ou mais informal?”, até mesmo quando elas batiam papo com seus colegas de curso.
 

Além disso, muitos dos professores de outras iniciativas de inclusão digital, como Casa Brasil e o Pontão de Cultura Digital Tapajós – projetos do Ministério da Cultura sediados em várias cidades do país – se juntaram ao Puraqué e são treinados por ele. Portanto, o Puraqué garante um emprego e um salário para estas pessoas quanto à expansão de sua ideologia e metodologia através da região. Cada vez que um novo curso começa, a primeira aula explicará detalhadamente porque e como usar software livre. Somente após as primeiras aulas introduzindo a filosofia do software livre, eles começam a aprender como usá-la de fato. Aqueles que não estão interessados nesta história e querem apenas usar a Internet não continuarão o curso. Isto significa que aqueles que eventualmente ficarem e concluírem o curso, abraçam a filosofia e, portanto, estão mais propensos a difundi-la. Portanto, o que é sustentável, não é tanto o projeto atual, mas sua metodologia que se expande cada vez mais na região.
 

Concluindo: o que me impressiona mais até agora é que, na verdade, as pessoas passam por uma transformação social. Não porque experimentam o acesso às TICs, mas porque aprendem sobre ela e seu uso as estimula a perseguir seus sonhos ou, simplesmente, ter sonhos. Isto porque as ações focam principalmente os grupos marginalizados, muitas das crianças vivem em situação de pobreza e elas não são encorajadas a continuar estudando depois do ensino médio, o trabalho físico desgastante ainda é freqüentemente mais valorizado que uma carreira em TICs. É esperado que as meninas casem cedo e tenham uma família. Muitas não terminam o ensino médio porque engravidam e muitos garotos acabam em gangues e no tráfico de drogas. É claro que não escolhem essa vida e os cursos no Puraqué permitem que eles percebam que podem fazer algo de fato, que eles têm talentos, que conhecimento é valioso e que podem usar a tecnologia de forma profissional. Isto resulta em muitos dos novos puraquean@s estudando na universidade federal e estadual, em muitas das vezes em áreas relacionadas a TI. Entretanto, a melhor prova e o efeito deste conhecimento e conscientização é a diferença que eu percebi na autoestima entre pessoas que estiveram envolvidas neste projeto e as que não estiveram, especialmente quando converso com vários santarenhos sobre suas experiências. Uma ex-puraqueana me contou que não conversaria comigo antes de começar a freqüentar o Puraqué, pois sentiria uma grande distância entre mim e ela, por ser tão tímida. Ao passo que aqueles que não têm uma experiência como esta, permanecem vivendo na ignorância e aceitando a desigualdade social porque não têm meios para resistir. Ex-puraquean@s agora são pessoas (às vezes muito jovens) que sabem o que querem, são autoconfiantes e desejam aprender mais. Pessoas que de fato perceberam que têm potencial.

1 Entrevista com Dennie Fabrizio em “A rede”, 08/02/2010. Link visitado em 12/05/2010.

 

 

 

2389 leituras blog de tatirprado
qua, 12/01/2011 - 22:49

Pra quem tá ligado no MutGamb

O Mutirão da Gambiarra começou como um projeto de Felipe Fonseca em função das preocupações e algumas discussões na rede sobre a apropriação do nome MetaReciclagem. A ideia era organizar e publicar
material que fosse constituindo e deixando documentados aspectos fundamentais da rede. Em 2010 um grupo emergiu e muitos temas de rotina das produções feitas pelo MutGamb fizeram com que existisse uma lista para esse grupo.

Um ponto marcante para o grupo é: como estabelecer e manter uma comunicação ativa e eficaz com a rede de forma a deixar claro e estar sempre lembrando que a porta está aberta? Isto parece importante porque as iniciativas se institucionalizam silenciosamente, é 
quando as produções se tornam reféns de grupos que se fecham em torno de alguns objetivos se distanciando do ideal de produção colaborativa, aberta, independente.

Por isso esta comunicação. Para ser mais um instrumento de tentativa de deixar claro este processo e como as coisas estão andando. Para relembrar que o Mutirão da Gambiarra - MutGamb é espaço de colaboração aberto dentro dos ideais da rede MetaReciclagem. E para iniciar o processo/período de comunicação para a rede de uma forma mais sistematizada procurando sempre deixar que se estabeleçam a ligação, o elo, as forças que nos unem nessa caminhada metarec. #tamojunto

As estratégias de comunicação e ação neste  grupo são: acertos na lista mutgamb cuja participação é
por convite e aceitação dos presentes, além de IRC mensal aberto. Lembrando que a lista mutgamb é uma lista de organização de produção e não de discussão, para isso a gente já tem a lista metareciclagem.

1712 leituras blog de o2
qua, 12/01/2011 - 15:34

Mutsaz Primavera 2010

Mutsaz Primavera 2010leia mais

1396 leituras blog de siliamoan
ter, 04/01/2011 - 20:43

Apropriação e desenho de sistemas

Dalton chamou minha atenção para uma entrevista com Ramesh Srinivasan no blog do Geert Lovink. Tem um trecho importante ali falando sobre apropriação e afins:leia mais

1578 leituras blog de felipefonseca
seg, 03/01/2011 - 12:05

"Musa" verão 2011

3575 leituras blog de siliamoan
qui, 23/12/2010 - 21:38

Metáforas...

Outro dia me peguei pensando na relação entre os signos astrológicos e as figuras de linguagem. Estava associando uns aos outros, na tentativa de encontrar os melhores pares. Sabe aquelas listas das revistas de sala de espera, nas quais você vê: o presente perfeito, a cor preferida, o jeito de amar, o tipo de beijo, a roupa certa, a flor mais indicada, o número da sorte, o dia da semana, o pai, a mãe, o bebê, o parceiro ideal de cada signo? Pois é...leia mais

1997 leituras blog de tatirprado
qui, 09/12/2010 - 13:17

Notas do Imaginante

por imaginante imaginárioleia mais

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